segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A VOLTA DAS GRANDES SÉRIES DE QUADRINHOS DE WESTERNS ESTÃO DE VOLTA NAS BANCAS DO BRASIL!


Chet - Um Clássico de western criado no Brasil

De repente, os antigos leitores e apreciadores das 
HQs de westerns viram suas preces serem atendidas.
 O velho e bom tema está de volta às bancas e em sites especializados no comércio de HQs, como: 
Bigorna, TexBr, Comix, Bodegadoleo, Planeta Gibi, etc. 
Toda essa gente está contribuindo de uma forma 
fantástica para divulgar essas novas séries.
Pois é, esse nicho de leitores, até então esquecido 
pelos grandes editores do país, que só sabem 
lançar mangás e super-heróis bombados - 
com excessão da gloriosa Mythos, que regularmente
 coloca nas bancas edições de Tex -, é que essa gente 
corajosa está apostando. 
Tex cavalgava sózinho pelas bancas brasileiras 
há mais de 50 anos. O velho ranger bonelliano
 sempre teve seu público fiel. 
Além de Tex nada mais existia no mercado 
editorial brasilerio. Subitamente, aqueles que 
sempre adoraram essa linha de produtos
 voltaram a sorrir.

O tradicional ranger da Bonelli Comics


O grande e heróico precursor da volta dos gibis 
de westerns no país foi o corajoso editor independente 
chamado Arthur Filho, ao lançar a primeira edição 
da revista Billy The Kid.
Coube a esse desenhista, escritor e admirador 
do gênero, a ousadia de enxergar e editar 
esse título que outrora fez muito sucesso.

Relançado pela Panini


Na América, muitos títulos do gênero como: Jonah Rex,
The Lone Ranher, e outros, ainda continuam a ser editados. 
No Brasil, ninguém mais acreditava nesse gênero -
exceto a Mythos, que edita várias edições de Tex-,
 que foi taxado pelos mais jovens como 
"Revista para velhos", etc.
Quanta bobagem... por acaso Hollywood parou 
de produzir westerns ou filmes épicos?

Outros personagens surgem por todo o país


Só na cabeça dos nossos editores, sem a mínima
 visão de mercado, é que podem passar esse tipo 
de preconceito idiota e sem fundamento contra
 as HQs de bang-bang.
Ao meu ver,o público-leitor deseja é paga para
 ver uma boa história, pouco importa qual 
seja o seu gênero.
Se há milhares de jovens que torcem o nariz para
 um título de Oeste, também existe uma verdadeira
 legião de pessoas maduras, como eu, que apreciam
 o gênero, tem poder aquisitivo e não depende 
da grana dos país para adquirir o que deseja.
Mas, nosso "doutores editoriais" parece que 
sempre ignoraram isso.
É sempre assim... as grandes iniciativas sempre 
acabam partindo dos pequenos e acabam 
sendo copiados pelos grandes.

Billy The Kid, de Arthur Filho chega a ed. # 14


O interessante, é que esta versão tupiniquim idealizada 
e realizada por Arthur Filho veio de encontro dos 
anseios dos saudosistas e Billy The Kid trás em suas 
páginas apenas autores brasileiros. Feras, como:
 Júlio Shimamoto - o grande mestre -Saidenberg, 
Elmano Silva, Airton Marcelino, A. Moreira, 
Sandro Marcelo e o próprio Arthur, que além 
de viabilizar o produto, também adora westerns
 e desenha algumas histórias, formam o 
destemido time. Esses são os nomes dos 
corajosos que fizeram ressurgir, das cinzas, 
esse gênero tão idolatrado pelo público 
leitor brasileiro. Precisamos reverenciá-los.
A equipe da editora Opção II também conta 
com a colaboração de E. Thomaz e do incansável
 Worney de Souza - grande e intrépido batalhador
 que sempre fez manter acesa a chama das 
HQs nacionais, com seu troféu Angelo Agostini. 
O velho mestre e grande escriba, Worney, mostra 
todo o seu conhecimento sobre a área de HQs 
através de matérias que abordam autores 
consagrados pela crítica e pelo grande público.

Na América lançaram uma nova versão de Lone Ranger (Zorro, no Brasil)

A revista Billy The Kid está em sua décima quarta 
edição, num verdadeiro ato de heroísmo desse 
maravilhoso grupo que Arthur Filho conseguiu 
formar. Lançado pela editora Opção II - do 
próprio Arthur -, o gibi contando as mais incríveis
 histórias desse lendário personagem do Oeste
 pode ser adquirido via e-mail, e pelos sites: bigorna.net,Comix,TexBr e demais sites 
especializados na venda, via Internet, de gibis,
 que cresce a cada dia. Outra oção, também, 
é pesquisar no Google... "Billy The Kid comics 
da editora Opção II", que você logo encontrará.

Editores independentes também agitam o mercado nacional


Graças ao pioneirismo desse intrépido editor 
independente, Arthur Filho - um professor de karate, 
que é um grande apaixonado pelo gênero é que
 resurgiram no mercado outros produtos do mesmo 
segmento, como: Apache - Um Western Diferente -,
 pela editora As Américas - e Chet, edição 
comemorativa de 30 anos, criado pelo grande 
escriba e pesquisador do Oeste Wilde Portella
e seu irmão Watson. 

A editora As Américas publica um western diferente




Chet tem muitos admiradores desde que foi lançado 
pela extinta e saudosa editora Vecchi e com certeza
 alegou seus antigos admiradores e conquistou novo público.
 As novas aventuras de Chet e seus companheiros 
foram lançadas em 2010 pela também editora independente 
chamada Ink and Blood Comics, do sul do país. 
O gibi ainda pode ser adquiridas via WEB.
Já não era sem tempo a hora de alguém lembrar e 
apostar nesse segmento, que sempre teve
 um grande público saudosista e que há muito
 tempo havia sido esquecido.
Nossas bancas que viviam empesteadas de 
super-heróis e mangás enlatados, destinados ao 
público jovem (teen), aos poucos estão abrindo 
espaço para outros gêneros.

Springville estreou na edição # 5 da revista Apache


Graças a Deus. Foi preciso que um editor 
independente fizesse despertar esse segmento.
 Será que os nossos pseudos-editores nunca perceberam 
que existe vida inteligente além da Marvel ou da DC?
Particularmente, não tenho nada contra enlatados 
ou super-heróis, visto que também sou autor de
 alguns personagens desse seguimento.
 Porém, o mercado não pode e nem deve se 
restringir só a esses dois gêneros.
O público mais adulto também deve ser atendido.
Bang-bang com sabor brasileiro... esta foi a grande 
novidade de 2010 ano e já está conquistando um
 novo público e resgatando os antigos leitores.
Que Manitu proteja a cavalgada desses nobres
 heróis que vieram abrilhantar ainda mais o
 mercado tupiniquim de quadrinhos:
personagens, escritores, desenhistas e, principalmente, 
editores, que apostaram e estão investindo nesse
 grande e promissor segmento.
Que venham mais cowboys e grandes aventuras!

Um clássico europeu 


E aguarde! Vem aí a ed. # 1 de Chet. Nova série.


See you later, cowboys!

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3 comentários:

  1. É isso mesmo Tony!
    Já tinha lido uns faroestes da Grafipar,que tinha baixado e comprado em sebos,mas,estava afastado.Só voltei a ler com Tex Gigante,desnehada por Colin Wilson e Joe Kubert.
    Tb colaborei em 2 edições da BTK.Realmente,foi o Arthur Filho que começou este resgate do gênero feito no Brasil.
    Editores são uns tapados!!!

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  2. Só mesmo fãns abnegados como o Arthur, o Tony e o W. Portela para trazerem os Gibis de faroeste de volta.

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  3. No próximo BDjornal (o #27) vai sair entrevista com Paulo José e Wilde Portela com Wagner Macedo na condução das mesmas!!!

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