Chet - Um Clássico de western criado no Brasil |
De repente, os antigos leitores e apreciadores das
HQs de westerns viram suas preces serem atendidas.
O velho e bom tema está de volta às bancas e em sites especializados no comércio de HQs, como:
Bigorna, TexBr, Comix, Bodegadoleo, Planeta Gibi, etc.
Toda essa gente está contribuindo de uma forma
fantástica para divulgar essas novas séries.
Pois é, esse nicho de leitores, até então esquecido
pelos grandes editores do país, que só sabem
lançar mangás e super-heróis bombados -
com excessão da gloriosa Mythos, que regularmente
coloca nas bancas edições de Tex -, é que essa gente
corajosa está apostando.
Tex cavalgava sózinho pelas bancas brasileiras
há mais de 50 anos. O velho ranger bonelliano
sempre teve seu público fiel.
Além de Tex nada mais existia no mercado
editorial brasilerio. Subitamente, aqueles que
sempre adoraram essa linha de produtos
voltaram a sorrir.
O tradicional ranger da Bonelli Comics |
O grande e heróico precursor da volta dos gibis
de westerns no país foi o corajoso editor independente
chamado Arthur Filho, ao lançar a primeira edição
da revista Billy The Kid.
Coube a esse desenhista, escritor e admirador
do gênero, a ousadia de enxergar e editar
esse título que outrora fez muito sucesso.
Relançado pela Panini |
Na América, muitos títulos do gênero como: Jonah Rex,
The Lone Ranher, e outros, ainda continuam a ser editados.
No Brasil, ninguém mais acreditava nesse gênero -
exceto a Mythos, que edita várias edições de Tex-,
que foi taxado pelos mais jovens como
"Revista para velhos", etc.
Quanta bobagem... por acaso Hollywood parou
de produzir westerns ou filmes épicos?
Outros personagens surgem por todo o país |
Só na cabeça dos nossos editores, sem a mínima
visão de mercado, é que podem passar esse tipo
de preconceito idiota e sem fundamento contra
as HQs de bang-bang.
Ao meu ver,o público-leitor deseja é paga para
ver uma boa história, pouco importa qual
seja o seu gênero.
Se há milhares de jovens que torcem o nariz para
um título de Oeste, também existe uma verdadeira
legião de pessoas maduras, como eu, que apreciam
o gênero, tem poder aquisitivo e não depende
da grana dos país para adquirir o que deseja.
Mas, nosso "doutores editoriais" parece que
sempre ignoraram isso.
É sempre assim... as grandes iniciativas sempre
acabam partindo dos pequenos e acabam
sendo copiados pelos grandes.
Billy The Kid, de Arthur Filho chega a ed. # 14 |
O interessante, é que esta versão tupiniquim idealizada
e realizada por Arthur Filho veio de encontro dos
anseios dos saudosistas e Billy The Kid trás em suas
páginas apenas autores brasileiros. Feras, como:
Júlio Shimamoto - o grande mestre -Saidenberg,
Elmano Silva, Airton Marcelino, A. Moreira,
Sandro Marcelo e o próprio Arthur, que além
de viabilizar o produto, também adora westerns
e desenha algumas histórias, formam o
destemido time. Esses são os nomes dos
corajosos que fizeram ressurgir, das cinzas,
esse gênero tão idolatrado pelo público
leitor brasileiro. Precisamos reverenciá-los.
A equipe da editora Opção II também conta
com a colaboração de E. Thomaz e do incansável
Worney de Souza - grande e intrépido batalhador
que sempre fez manter acesa a chama das
HQs nacionais, com seu troféu Angelo Agostini.
O velho mestre e grande escriba, Worney, mostra
todo o seu conhecimento sobre a área de HQs
através de matérias que abordam autores
consagrados pela crítica e pelo grande público.
Na América lançaram uma nova versão de Lone Ranger (Zorro, no Brasil) |
A revista Billy The Kid está em sua décima quarta
edição, num verdadeiro ato de heroísmo desse
maravilhoso grupo que Arthur Filho conseguiu
formar. Lançado pela editora Opção II - do
próprio Arthur -, o gibi contando as mais incríveis
histórias desse lendário personagem do Oeste
pode ser adquirido via e-mail, e pelos sites: bigorna.net,Comix,TexBr e demais sites
especializados na venda, via Internet, de gibis,
que cresce a cada dia. Outra oção, também,
é pesquisar no Google... "Billy The Kid comics
da editora Opção II", que você logo encontrará.
Editores independentes também agitam o mercado nacional |
Graças ao pioneirismo desse intrépido editor
independente, Arthur Filho - um professor de karate,
que é um grande apaixonado pelo gênero é que
resurgiram no mercado outros produtos do mesmo
segmento, como: Apache - Um Western Diferente -,
pela editora As Américas - e Chet, edição
comemorativa de 30 anos, criado pelo grande
escriba e pesquisador do Oeste Wilde Portella
e seu irmão Watson.
A editora As Américas publica um western diferente |
Chet tem muitos admiradores desde que foi lançado
pela extinta e saudosa editora Vecchi e com certeza
alegou seus antigos admiradores e conquistou novo público.
As novas aventuras de Chet e seus companheiros
foram lançadas em 2010 pela também editora independente
chamada Ink and Blood Comics, do sul do país.
O gibi ainda pode ser adquiridas via WEB.
Já não era sem tempo a hora de alguém lembrar e
apostar nesse segmento, que sempre teve
um grande público saudosista e que há muito
tempo havia sido esquecido.
Nossas bancas que viviam empesteadas de
super-heróis e mangás enlatados, destinados ao
público jovem (teen), aos poucos estão abrindo
espaço para outros gêneros.
Springville estreou na edição # 5 da revista Apache |
Graças a Deus. Foi preciso que um editor
independente fizesse despertar esse segmento.
Será que os nossos pseudos-editores nunca perceberam
que existe vida inteligente além da Marvel ou da DC?
Particularmente, não tenho nada contra enlatados
ou super-heróis, visto que também sou autor de
alguns personagens desse seguimento.
Porém, o mercado não pode e nem deve se
restringir só a esses dois gêneros.
O público mais adulto também deve ser atendido.
Bang-bang com sabor brasileiro... esta foi a grande
novidade de 2010 ano e já está conquistando um
novo público e resgatando os antigos leitores.
Que Manitu proteja a cavalgada desses nobres
heróis que vieram abrilhantar ainda mais o
mercado tupiniquim de quadrinhos:
personagens, escritores, desenhistas e, principalmente,
editores, que apostaram e estão investindo nesse
grande e promissor segmento.
Que venham mais cowboys e grandes aventuras!
Um clássico europeu |
E aguarde! Vem aí a ed. # 1 de Chet. Nova série. |
See you later, cowboys!
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É isso mesmo Tony!
ResponderExcluirJá tinha lido uns faroestes da Grafipar,que tinha baixado e comprado em sebos,mas,estava afastado.Só voltei a ler com Tex Gigante,desnehada por Colin Wilson e Joe Kubert.
Tb colaborei em 2 edições da BTK.Realmente,foi o Arthur Filho que começou este resgate do gênero feito no Brasil.
Editores são uns tapados!!!
Só mesmo fãns abnegados como o Arthur, o Tony e o W. Portela para trazerem os Gibis de faroeste de volta.
ResponderExcluirNo próximo BDjornal (o #27) vai sair entrevista com Paulo José e Wilde Portela com Wagner Macedo na condução das mesmas!!!
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