sábado, 17 de setembro de 2011

ENTREVISTA COM CARLOS HENRY, O AUTOR DE LOBO-GUARA E OUTRAS SÉRIES DE HQs!


Mais um talkie show virtual está começando, bengalas friends,
 e o nosso entrevistado de hoje tem muito à dizer sobre sua carreira,
 profissão, experiências agradáveis e desagradáveis pelas quais passou 
e superou nessa turbulenta e maravilhosa carreira de desenhista e
 autor de Histórias em Quadrinhos no Brasil. Ele está na batalha 
há muito tempo. É um dos mais talentosos e criativos
artistas da nova geração. 
Ele também vai falar sobre um assunto polêmico,
 que deixa os mais velhos leitores preocupados, Comic  Reader 
 Mobi ou seja: Webcomics. Estaria as publicações analógicas 
fadadas a desaparecerem das bancas, num futuro não muito 
distante? Nosso convidado de hoje está na briga, “dando tiro
 pra todo lado”  e prestes a publicar sua primeira
 webcomics. Seu nome é...

CARLOS HENRY,
autor de Lobo Guará e outras séries de HQs




Tony 1: Salve, grande Henry. Está preparado para encarar 
este verdadeiro interrogatório do F.B.I, revelar seu dossiê, 
bengala brother? (Rsss...). Vou vasculhar seu 
passado regresso, parceiro.

Henry: Kkkk..fique a vontade! Minha vida é um livro aberto,Tony!

Tony2: Você nasceu na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, 
em que dia mês e ano?

Henry: Dia 10 de novembro de 1972.

Tony 3 : Qual é seu nome completo?

Henry: Carlos Henrique da Silva, pseudônimo Carlos Henry.

Tony 4: Você se autodenomina cartunista e crítico de Histórias
 em Quadrinhos, por quê? Já escreveu para algum jornal críticas 
sobre a nona arte?

Henry: Sim, já escrevi para jornais de bairro e revistas 
alternativas como Historieta, Panacea (muito popular nos
 anos 90, sobre Cultura Pop) e inclusive para o Fanzine das 
Xornadas (publicação oficial da IX  Xornadas de Banda 
Desenhada de Ourense, na Espanha, em1997).





Tony 5: Hablas spañol? Yo tambíen. Ay, caramba... (Rsss...).
 Continuando... em 2003 você deixou a cidade do Rio de Janeiro 
e decidiu mudar para a Paraíba, por quê?

Henry: Bom, eu estava me separando e como minha então 
companheira,  Sheyla , estava grávida do Rafael, meu caçula 
e com outro de colo, Gabriel, com quase 1 ano, ela retornou para
 sua terra, na Paraíba. Comecei a sentir muita falta de meu 
filho Gabriel, então, decidi viajar e morar na Paraíba pra
 ficar perto deles. Anos depois, me separei definitivamente
 e estava decidido a voltar para o Rio de Janeiro,mas, 
numa dessas guinadas da vida, conheci minha atual esposa, 
Maria José, e decidimos ficar aqui...rs

Tony 6: Hmmm... foi uma atitude legal. Daí encontrou a Maria José?
Cabra sortudo... Você começou fazendo fanzines na UFRJ 
(Universidade Federal do Rio de Janeiro), confere? 
Em que ano você publicou seu primeiro fanzine e qual
 era o nome dele?




Henry: Comecei em 1989/90 a publicar no fanzine Ponto de Fuga
impresso na gráfica da UFRJ. O editor era um atendente de
 lanchonete que ficava no andar da Escola de Belas Artes,
 chamado Paulo Henrique. Ele e outras feras participavam, 
alunos de lá ou  não.

Tony 7: O que você cursava na UFRJ? Tem formação acadêmica? 
Se formou em que?

Henry: Eu não era aluno da UFRJ, só conheci  o Paulo Henrique lá.
 Não tenho formação acadêmica; apenas o Segundo Grau 
completo.

Tony 8: Captei vossos “sinais de fumaça”, bengala brother... 
Sempre foi  fã de quadrinhos? Quais eram seus personagens 
preferidos e que autores você admira ou admirava?




Henry: Desde os  6 anos,quando meu pai voltava do trabalho e
 eventualmente, trazia gibis do Batman e Capitão América, 
pra mim e meu irmão gêmeo, Beto ler. Depois de alguns anos, 
cheguei a ter uma coleção quase completa de Heróis 
da TV e Capitão América!Basicamente, ali estavam os 
meus personagens preferidos. 
Autores preferidos dos EUA são: Andrew Loomis (que não 
era do meio de quadrinhos, mas, é mestre de cada 10 em 
10 aspirantes à desenhistas), John Romita, Neal Adams, 
José Luis Garcia Lopez, John Byrne, Sal & John Buscema, 
George Pérez, Alan Davis, Brian Hitch, David Finch, 
Claúdio Castellini, Adam Kubert  e Carlos Pacheco.
 Dos brasileiros, Renato Silva, Edmundo Rodrigues,
 Eugênio Colonesse, Seabra, Mozart Couto, Watson Portela, 
Arthur Garcia, João Pacheco, Allan Alex, Hector 
Gómez Alisio, Joe Bennet, Mike Deodato, Ivan Reis,
 Eddy Barrows, Al Rio, Adriana Melo, Ely Barbosa, 
Cedraz, Aluir Amâncio, Rogério e Ridaut (os 3 que faziam 
a revista do Senninha), Lan, Laerte, Bira Dantas. 
Dos quadrinhos adultos,estilo europeu, Moebius, 
Enki Bilal, Philippe Caza, Leo (brasileiro radicado 
na França, autor de Aldebaran), Solano Lopez, 
Francisco Ibáñez - cartunista espanhol, autor de 
Mortadelo & Salaminho).




Tony 9: Também sou fã de todas essas feras que você citou e, 
em especial, Francisco Ibañez... Profissionalmente você
 começou em 1996, produzindo cartuns para a revista 
Coquetel (da editora Ediouro), estou certo?
 Conta pra gente, como foi que você conseguiu publicar 
seus primeiros cartuns nessa importante revista, que é
 conhecida em diversos países?

Henry : Quando ainda residia no Rio de Janeiro, no bairro 
de Bonsucesso, a editora ficava na outra esquina de onde
 meus pais moravam. Eu morava perto tb, então resolvi 
levar uns cartuns para avaliação.O responsável pelo 
setor, que nem recordo nome, aprovou e encomendou alguns. 
Ele dava o tema, mas, nem  tudo era aprovado. 
Aliás, existe uma irônica e trágica história sobre meu 
período lá. Fui apresentado a um senhor de cabelos 
brancos, óculos escuros, mascando chiclete e casaco de 
couro preto, numa das ocasiões. Fazia cartuns e HQs 
bíblicas de 2 ou 3 páginas para revista de passatempos
 de mesmo tema. O vi  2 ou 3 vezes. Um tempo depois,
 ele havia se jogado da janela do seu apartamento 
no Bairro de Fátima, morrendo de forma trágica, em 2003. 
Mas, o mais irônico foi o seguinte: sem eu saber, 
este senhor era o desenhista  Sampayo , que fora desenhista 
da revista O Judoka, da EBAL, personagem que admirava. 
Fiquei  tão perto de um mestre que desenhou um dos
 personagens mais marcantes da HQ brasileira e 
não sabia! Infelizmente, perdi uma oportunidade de 
ouro de conhecer mais sobre ele e os bastidores
 do herói tupiniquim.


Carlos Henry fez um cross over entre Capitão 7 e Fantastic Man para
a edição # 1 da revista Almanaque Meteoro. Veja a arte abaixo.







Tony 10: Caraca!!! O Sampayo? Era ele!? O cara se matou?
 Minha nossa o homem deveria estar numa tremenda
 depressão, empepinado ou endividado, sei lá. 
Também comprei mito O Judoka, da Ebal, e também era
 fã do Sampayo. Que história incrível, bengala Henry... 
digo sempre: “É preciso ter equilíbrio na vida”.
 Fazer o que, NE? Perdemos um grande artista, infelizmente. 
Prosseguindo... Durante quanto tempo fez cartuns
 pra Coquetel? Depois dessa sua primeira experiência 
fazendo cartuns pra eles, para que outra editora você
 também trabalhou e o que você fazia para ela?

Henry: Não durou muito, porque como falei, nem todos 
os cartuns eram aprovados, por censura, acredita? 
Existia medo de se falar em política, principalmente 
dos EUA. Lembro que fiz uma onde aparecia o Reagan 
e Gorbachev e eles não deixaram passar. 
Também tinha o detalhe que eu sempre tinha que ir num 
banco em Ipanema ou Copacabana sacar pagamento, 
embora a editora ficasse ali pertinho, maior sacanagem!
 Por estes dois motivos parei de fazer cartuns pra Ediouro.
 Depois disso, em 1999, ganhei Menção Honrosa no Salão de
 Banda Desenhada & Cartoon de Moura, em Portugal. 
Já em 2000, fiz cartuns para Editora Universal, do Bispo 
Macedo, para revistas, livros, papéis de carta, etc, 
como funcionário efetivado.

Tony 11: Abocanhar um prêmio em Portugal, esta foi legal.
 Quanto ao bispo, eu não imaginava... legal...Você me disse
 que colaborou para a revista Historieta, do saudoso Oscar 
Cristiano Kern, do sul do país, OK?  Que HQ você
 publicou neste revolucionário fanzine, muito 
popular nos anos 80?

Henry: Na edição 17, de 1999, com a HQ de terror regional 
“Encontro Macabro”, que teve roteiro e desenhos meus, 
com arte-final do talentoso Marcio Sennes. Na mesma edição
 tinha uma matéria de minha autoria tb, ”Os Heróis Brasileiros
 Nos Novos Tempos”. Na edição 18, do ano 2000, colaborei 
com a matéria “Super-heróis nos anos 80: eu era feliz 
e não sabia...”. Na edição,19,em 2003, colaborei com uma 
entrevista que fiz com o quadrinista Laudo.

 Tony 12: Laudo Ferreira? O cara é fera...  Como e quando você
 conheceu o escritor e editor de Historieta?

Henry: Conheci o saudoso Oscar Kern via carta, eu ainda não
 tinha Internet em casa.  Eu estava interessado em comprar a
 coleção de 1 a 8 de Historieta, que estava na promoção.

Tony 13: Escreveu pra ele, pra compra e acabou virando 
colaborador... boa jogada. De que outras revistas de HQs
 brasileiras você participou?

Henry: Ah, cara, muito fanzine e revistas alternativas… 
Mancha Gráfica, Heróis Brazucas, Profecia, Impacto-Fabricado 
No Brasil, Le Bouche Du Monde (França), Voyeur, Farpas 
do Abismo, Ácido Ofício, Mandala, Tchê, Cabal,
 Phobus, Pesadelo, BD Jornal (Portugal), Almanaque
 Meteoro, Prismarte, Quadrix...




Tony 14: Gostei de ver que você, de fato, agitou “o ambiente”, 
gosto de gente como você , Henry, que corre atrás...
 Você citou, La Bouche Du Monde… vamos falar sobre esta 
revista... este é o nome de uma publicação feita por um 
brasileiro que reside na França. 
Como você conheceu o editor, e o que você publicou por lá e em 
que ano foi, monsieur Henry? (Rsss...).

Henry: Conheci o Eduardo Pinto Barbier, também cartunista,
 além de editor da lBdM, via carta. Foi em 1999. Publiquei duas
 tiras avulsas de humor negro.

Tony 15: La Bouche Du Monde está se tornando bem
 conhecida por lá... Jornal, O Cidadão... vamos falar sobre ele.
 O que exatamente você fazia para este periódico e onde ele
 é ou era publicado?




Henry: O jornal era de uma ONG chamada CEASM, eu fazia 
cartuns e caricaturas.

Tony 16: Ok. Em 2001, segundo meus espiões (Rsss...), você montou 
uma Oficina de Quadrinhos para o Projeto Criança Petrobrás,
 numa ONG chamada CEASM. Confere? Fale-me sobre 
esta sua experiência...

Henry: O jornal O Cidadão tinha sua sede no CEASM,  então, 
logo fiquei conhecido e foi através dele que consegui uma 
oportunidade pra ensinar lá dentro, no Projeto Criança
 Petrobrás. Foi uma ótima experiência, onde pude ensinar 
Quadrinhos para crianças e adolescentes da rede do
 ensino público, recebendo razoavelmente  bem. 
Foi  um bom  período pra mim, onde pude mostrar
 aos meus alunos que existia HQ brasileira e que existia 
vida além do mangá...rs

Tony 17: É, a nova geração só pensa em mangás, é incrível... 
Dar aula, transmitir conhecimentos é sempre bom. 
Também já ministrei muitas aulas... 
Seguindo: Editora Escala... vamos falar sobre ela. 
Ainda, segundo meus informantes (Rsss...), esta editora publicava 
uma revista para dar chance aos novos talentos chamada 
Graphic Talents (isto só pode ter sido coisa dos bengalas
 friends e grandes guerreiros Franco de Rosa e Carlos Man, 
aposto), exato? Foi nela que você publicou pela primeira
 vez o seu personagem Lobo-Guará, um super-herói bem 
brasileiro, certo? Em que ano isto aconteceu e como você 
conseguiu vender o “seu peixe” pra eles?
    
Henry: Na verdade, foi um selo da editora Escala, dirigido pelo
 Dario Chaves, que foi editor da revista Pau Brasil, na Editora
 Vidente. A idéia era dar chance a vários personagens e autores
 da HQ brasileira, em revistas formatinho e colorida. 
Eu apresentei o projeto e ele aprovou.



Tony 18: Dario Chaves? Publiquei uma HQ dele num dos 
almanaques Phenix, de não estou enganado. Legal saber que
 ele virou editor da Vidente e desta revista da Escala. 
Henry, quantas aventuras do Lobo-Guará saiu pela Escala?

Henry: Em título próprio, pelo selo Escala Graphic Talents 
n° 16, em outubro de 2003, num arco completo com 3 HQs, 
à cores: Sagrado Coração Da Terra, Inferno Verde e
 Irmãos De Sangue. Este mesmo material esta sendo publicado
 pela Mobicomics agora. Lembrando que foi  publicado
 pela primeira vez  em janeiro/fevereiro de 2000 na 
revista Impacto - Fabricado No Brasil n° 2 , da
Taquara Editorial. Nesta versão, estreou em P&B, com a 
HQ Sagrado Coração Da Terra, apenas.

Tony 19 – Legal. Eu não sabia disso... Fontes fidedignas me 
informaram que você, depois que foi morar na Paraíba, se
 especializou em ilustrações para RPG e que começou a 
trabalhar para uma editora da Inglaterra. 
Qual era o nome dessa editora britânica e como fez 
contato com ela? Você tinha um agente para vender seus
 trabalhos pro exterior?





Henry: O  nome da editora era Mongoose Publishing. Eu mesmo 
entrei em contato com várias editoras deste seguimento. 
Se me lembro bem, eram 20 dólares por ilustração e eu tinha
 um agente pra ajudar nos pagamentos. Este agente era
 famoso por dar calotes nos desenhistas de quadrinhos e 
quase entro na dança também, não fosse minha
 insistência em cobrar... rs, rs

Tony 20: Esses agentes não são fáceis, mas há os honestos 
(Rsss...). Durante quanto tempo você fez ilustrações para
 RPGs e para que outras editoras do exterior,
 além da Mongoose?

Henry: Fiz entre 2003 e 2004. Além da Mongoose, para este 
seguimento,também, fiz  ilustrações para Elemental Lands 
e Goodman Games. Na arte-final, tive o prazer de ter
 Josival  Pereira,talentoso quadrinista e ilustrador da
 Paraíba, além de grande amigo.

Tony 21: Parece que, de repente, você engrenou fazendo inúmeras 
colaborações para editoras de quadrinhos fora do Brasil, 
graças a Internet e ao seu talento, é claro. Essas editoras
 eram Indies (Independentes)? Diz aí qual eram os nomes 
dessas empresas gringas e que personagens você fazia
 para eles. Eram criações suas ou deles?




Henry: Eram criações deles. Death Squad e Paladins 
(Argo Comics), Archers Team (Chameleon Studio, apenas
 uma Pin-Up pra um evento de HQ nos EUA e ainda
 levei calote), Satan’s  Fawn (Chiamera Comics, uma 
mini-série de 4 edições que desenhei apenas 1 edição, 
que sumiram sem nem me pagar) e capas para Nuclea, 
Wyldfire e D-Frost (Twelve Comics).

Tony 22: Caramba, o que tem de gringo caloteiro não 
está no gibi, hein? É bom o pessoalq eu quer trabalhar 
pra fora do país ficar ligeiro... (Rsss...).
 Você também publicou HQs nas revistas Quadrix e 
Prismarte (revista do P.A.D.A). Como você pode ver sou 
super bem informado. Meu sistema de espionagem 
funciona de verdade, bengala brother (Rsss...),
 que tipo de histórias em quadrinhos você publicou em 
cada uma dessas revistas? Fale-me sobre eles...

Henry: Na Quadrix, publiquei  Uma Nova Vida, de estilo mais
 pessoal e reflexiva. Esta HQ é de circa de 91, de estilo "Armorial" 
(movimento que visa trabalhar a arte com elementos da
 cultura nordestina) tem um clima de sertão pós-apocalíptico
 e árido, misturando o misticismo e seres fantásticos do
 cordel nordestino. Muita influência de Moebius, Watson 
Portela, Phillipe Caza, Enki Bilal, Mozart Couto.
 Nela, pude contar com arte-final  e letreiramento de
 Romo. Fiquei  tão animado que decidi dar continuidade
 à ela. Desenhei umas páginas, desta vez com artefinal 
de André Gomez, do Prismarte, mas, o cara sumiu e 
parei. Viso publicar ela na Le Bouche Du Monde,
 um dia. Na Primarte 50 e 52,publiquei Panteão (Ninho de Cobras)
 e Rasga-Mortalha (Invernos Passados), personagens meus
 no estilo super-herói. Em ambos, tentei seguir um 
estilo de HQ menos pretensiosa e com temas mais 
identificáveis aos brasileiros, como: corrupção política e
 violência contra mulher. Essas histórias também foram 
publicadas como webcomics, no meu selo Excelsior 
Quadrinhos, no site NHQ. Inclusive, estou vendo
 com o pessoal do Prismarte  fazer um Almanaque Excelsior, 
juntando este material, de forma impressa.





Tony 23: A galera da Prismarte (P.A.D.A) faz um belo trabalho. 
Gosto muito... Quem me falou de você, pela primeira vez, foi 
o Rod Reis (autor de Blenk ), que tem um pé no setor editorial
 e outra na música. Depois, nos conhecemos pela Web. Você me 
pediu autorização para fazer uma HQ com Fantasticman 
(personagem criado por mim na década de 80). 
Durante o lançamento de Apache, na livraria Comix, tive 
duas surpresas agradáveis: 1- Reencontrei um velho amigo,
 o meteórico Roberto Guedes, que estava lançando,
 também, a edição #1 do Almanaque Meteoro. 
2- Havia um crossover de Fantasticman e o Capitão 7, nesta 
bela edição publicada pelo Guedes, escrita e desenhada por
 você e a HQ tinha uma bela mensagem final para 
todos aqueles que fazem quadrinhos. 
Como conheceu o Guedes e como surgiu a oportunidade 
de participar da primeira edição do Almanaque Meteoro? 
Aliás, quem não conhece, eu recomendo. Comprem Meteoro.
 É muito bom.

Henry: Rod Reis? Não foi o Roberto Guedes que falou de mim? 
rs,rs... acho que você está se confundindo... bom, conheci o 
trabalho do Guedes, numa entrevista feita por um 
fanzine  e depois, entrei em contato com ele. 
Na época, fiquei cheio de críticas ao trabalho dele,
 falando que era imitação da Marvel dos anos 60-70 ,etc. 
Mas, só depois fui perceber o quanto ele era 
genial mesmo. Era apenas uma forma de fazer
 HQs despretensiosas, mas, bem arquitetadas e 
eu não enxerguei isso na ocasião. Hoje, sou um dos 
maiores fãs dos roteiros e personagens dele. 
A HQ Forças Aliadas!, com o encontro de Fantastic  Man e 
Capitão 7, foi uma forma de homenagear 2  personagens 
que curtia e também de colaborar com uma HQ,à pedido 
do Guedes. Nela, tive arte-final de Marcio Correia, amigo 
que fez umas ilustrações comigo no estúdio, pros EUA. 
Foi uma honra pra mim publicar com o Guedes!
 E quero repetir a dose com 2 páginas de humor, estilo Mad, 
que tenho aqui na gaveta.

Tony 24: Não me enganei, não, bengala friend. 
O primeiro a me falar de você foi o Rod Reis, me lembro bem... 
Qual é o nome do seu estúdio e qual é o principal produto
 que você comercializa? Você tem funcionários? Colaboradores?

Henry R: Se chama  Deseart, fazemos design e artes gráficas 
2D e 3d, atendendo para o Brasil e exterior. Mas, é algo
 pequeno, um estúdio pessoal. Tenho colaboradores terceirizados.

Tony 25: Muita gente trabalha assim como você, não há
 nada errado. Terceirizar hoje via WEB é prático e econômico...
 As Webcomics estão aí pelo mundo afora. Apesar delas não 
satisfazerem os antigos leitores de gibis – como eu-, 
que não trocam o material impresso por nada.
 Você sabe, que  as vendas tem desabado nas bancas de
 jornais (em todo o mundo), mas a nova geração taí ligada 
na tecnologia de ponta, consumindo este tipo de HQs
 virtuais em seus IPODS.Você lançou, em 2010 um selo 
Webcomics chamado Excelsior,como me disse... pergunto: 
Qual era a finalidade, visto que ele saiu como download grátis? 
Não acha que muita gente está avacalhando o já 
abalado mercado editorial brasileiro, graças 
a esses downloads FREES?

Henry: É, quando eu falava que as bancas não funcionavam 
mais como antes e que os webcomics são o futuro, 
você não botava fé, nê, Tony? rs,rs... confesso que também
 prefiro o material impresso, sentir o cheiro das revista
 nas mãos. Mas, eu sou da geração do final dos anos 70,
 início de 80, passado. Esta geração nova quer praticidade, 
rapidez. Além disso, eles tem os Ipods, Celular, Internet, 
Games, tudo ai, pra concorrer com as HQs. 
Pensando assim, o melhor é aproveitar as novas tecnologias,
 aliando-se a elas. Uma forma de fazer isso é com os
 webcomics. Seria uma forma também de não depender
 de editores e ter um alcance praticamente infinito
 de leitores, mandando o problema de distribuição pro saco.
 Com a Internet, poderia se fazer divulgação de graça com 
longo alcance, através de Twiter, Blogs, Sites, etc. 
Claro, poderia se investir depois em edições impressas, 
mas, a plataforma de lançamento, teria que ser webcomics. 
É um novo mercado, vamos nos aliar a ele.
 A finalidade do selo Excelsior, foi fazer o público conhecer 
os personagens do selo e ver sua aceitação. Como falei, estou vendo 
edições impressas agora. Sobre os downloads Free, depende da proposta
 do editor. Ele pode disponibilizar a HQ Free, mas, pode 
se auto-licenciar, fazendo  camisetas, canecas, canetas,
 etc, ou vender espaços publicitários.Vai da proposta de cada um. 
Agora, colocar a HQ online, sem nenhum lucro atrelado...
 acho que não é o melhor caminho.

Tony 26: Aleluia, irmão! Até que enfim “caiu a ficha”! 
Afinal, você é um profissional e isto é coisa de amador...
 O problema dos autores nacionais, Henry, é que eles
 ainda não aprenderam a comercializar através da WEB 
e acabam disponibilizando esses PDFs (HQs completas) FREES 
e isto, sem dúvida, além de nada render à eles, acaba
 prejudicando as vendas em bancas.
 Mas, parece que agora você encontrou um caminho. 
Isto é ótimo. Fico feliz. Mas, isto é assunto pra outra questão 
que farei à você na sequência. Por hora, pergunto: 
Qual é a sua ligação com o Alzir Alves e com a Nivea, 
o simpático “Casal 20” da Rascunho Studio, que estão 
fazendo um belo trabalho na região nordeste?




Henry: Conheço Alzir há muito tempo, há mais de 10 anos. 
Quando o conheci, eu era um agente e ele era aluno do 
curso de quadrinhos do Senac, ministrado por Gilton Lira, 
um grande ilustrador publicitário daqui da Paraíba. 
Ironicamente, hoje  Alzir é o agente responsável pelo
 Rascunho Studio. Mais irônico ainda, é que o mesmo Alzir 
me convidou há uns 4 anos atrás pra ser o agente no
 estúdio dele, fazer contatos, etc. Fiquei por um curto período
 com ele, porque também queria desenhar, não ficar  só 
ficar na parte  burocrática da coisa. Então, depois, decidi
 sair. Somos amigos até hoje e até organizamos uma 
palestra do Rascunho Studio na minha cidade. 
O casal 20 das HQs são gente fina e posso dizer de
 antemão, são os mais  honestos do meio. 
Eles realmente divulgam o artista e se esforçam para que 
ele consiga seu espaço nos EUA.  Ei, Alzir, vou cobrar pelo 
marketing, hein? O  que a gente não faz pra garantir
 o leite das crianças... rs,rs

Tony 27: Agora ficou claro, sei que você tinha um relacionamento
 com o pessoal do rascunho Studio só não sabia exatamente
 qual era. Valeu, Henry. O “Casal 20” faz um grande trabalho
 na região. São gente finíssima... Sei que recentemente 
você teve uma experiência com uma agência de publicidade 
aí da sua região. Fale-me sobre ela e o que você fazia nela?

Henry: Foi na Multformas Comunicação. Eu era  desenhista, 
cartunista e ilustrador, até cordel  fiz.  Apenas desenhava em P&B, 
as cores eram feitas por outra pessoa, coisa rara.
 Foi uma boa experiência. O dono, Arnaldo, foi uma das
 melhores pessoas com quem trabalhei, muito gentil e 
profissional, sem ser egocêntrico, como muitos donos 
de agência são. E a equipe, era fora de série, gente bacana!

Tony 28: Pequenas editoras americanas... elas proliferaram pela 
WEB feito pragas... (Rss...)...você também trabalhou com elas? 
Cite algumas e que tipo de HQs realizou pra elas? 
Elas pagam corretamente? Qual o preço pago por um original
 produzido na América Latina?




Henry: Já citei o nome delas anteriormente. 
Fiz HQs de super-heróis e fantasia medieval, basicamente.
 Quanto a pagar, eu também já citei quais eram caloteiras e
 parava logo o serviço. Hoje, o preço ta por base, uns 50 dólares
 em editora pequena, por página.

Tony 29: Perdão, pela redundância... acabei fazendo a mesma 
pergunta duas vezes, pô... deve ser coisa da idade (Rsss...).
 Vamos falar, agora, sobre tiras de jornais, de faroeste... 
você também criou e desenvolveu este tipo de material
 para jornal? Caramba, você é polivalente, bengala friend. 
Desenhar HQs de western não é fácil, você sabe...

Henry: Na verdade, não foi pra jornal. Foram  tiras feitas  sob
 encomenda, para um fã  veterano de faroeste, um amigo
 chamado Daniel Benício, com Flecha da Noite, um xerife índio!
 Maior viagem! Como era fã do Chet, coloquei o cowboy 
brasileiro e seu parceiro Blue na história, como participação
 especial. Era 2005, ainda era meio cru no desenho e não 
curtia faroeste. Comprei 2 edições "Tex Gigante", desenhadas 
por Colin Wilson e Joe Kubert, pra me inspirar, e adorei 
aquilo! Desde então, passei a gostar do gênero, em Hqs e 
filmes. Nesta, tive arte final do Samuel  Bono e ela continua 
inédita! Se alguém quiser  publicar, é só entrar em contato.

Tony 30: Flecha Ligeira!? Putz... eu adorava este persoangem 
quando eu era criança. Comprei muitos gibis da RGE deste 
título. Quanto ao Chet, também sou fã desse clássico nacional.
 O Bono, este cara sabe trabalhar de veradde... 
Por fim, vamos falar de Webcomics, ou melhor, Mobi Comics. 
Esta parece que foi sua nova conquista.Você fechou um 
contrato, recentemente, com uma empresa americana
 especialidade neste tipo de HQs virtuais, certo? 
Qual é o nome desta empresa e como você a descobriu?

Henry: O nome é Mobicomics, uma editora virtual brasileira,
 não americana.  Descobri ela na Internet, numa matéria
 do site Universo HQ.
 Tony 31: Pensei que era gringa... ando mal-informado. 
Desse jeito vou acabar tendo que despedir meus espiões (Rsss...).
 Seu Lobo-Guará será disponibilizado no formato 
Comic Reader Mobi para Ipode em português ou em inglês?

Henry: Será pra todo mundo,em Português e Inglês.

Tony 32: Legal... Quando é que vamos poder acessar esta sua 
HQ virtual e como é que o pessoal tem que fazer 
ou pagar para lê-la?

Henry: Já está online, só entrar no site http://mobicomics.com.br/
Lá diz como.


Lobo-Guará, que foi publicado pela editora Escala, virou Webcomics
Tony 33: Vou conferir, bengala Henry... Há muitas empresas de 
Comic Reader Mobi, hoje, na WEB, você sabe... mas, parece 
que esta empresa que você acabou de fechar com ela
 tem o sistema mais bem desenvolvido, onde os balões das 
HQs ampliam para que o leitor possa ler o texto.
 Dá para falar a respeito?

Henry: Ainda não, tudo é muito novo pra mim. 
O melhor é o leitor entrar em contato, acessando o site.

Tony 34: Cara, como ando mal-informado. 
Alguém me disse que esta empresa que você fechou tinha
 o melhor sistema. Ou seja, um sistema como a Marvel 
usa amplia os balões, dando assim melhor leitura.
 Hmmm... cabeças vão rolar por aqui (Rsss...). 
Seguindo...  Pelo visto, você deve ser o primeiro
 brasileiro a fechar um contrato deste tipo, eu acho.
 Negativo. Alguém acabou de me informar que o Shimamoto já
 está trabalhando com este pessoal que você acabou de fechar 
negócio... sem problema... agora vamos a pergunta que deve
 estar na cabeça de muita gente que faz HQs no país e que 
também gostaria de entrar nessa de Webcomics: 
Como a coisa funciona? Ou seja, eles pagam por 
acesso, obviamente, mas, quanto pagam por cada acesso?
 E qual é a porcentagem que eles levam dessa 
transação comercial virtual?

Henry: Não sei se sou o primeiro a fechar este tipo de
 contrato. A publicação na MobiComics é bastante simples.
 Enviando o material completo, analisam e, se for aprovada, 
a assinatura de um contrato para conversão e distribuição
 do quadrinho no formato digital. Neste momento, você 
define um valor para a revista (os valores possíveis são
 U$ 0.99, U$ 1.99, U$ 2.99 e assim por diante. 
Depois. o autor recebe um login e senha para acompanhar 
as vendas online. A venda ocorre em todo o mundo. 
Quanto as participações, o autor fica com 25% do preço
 de capa. O restante fica distribuído assim: a Apple
 (fabricante do iPhone e iPad e dona da plataforma iTunes)
 fica com 30% e MobiComics com 45%. 
A exclusividade da publicação se dá apenas para 
meios digitais. A futura publicação impressa do livro
 não está comprometida.




Tony 35: O Shima, parece, que o bengala friend do Oriente
 saiu na frente, Henry. Mas, isto pouco importa...
 acho que você esclareceu bem como a coisa funciona,
 para os interessados. Mas, US$ 0,99 cents? 
Não tá barato demais? Sei lá...  O tal contrato tem duração 
de quanto tempo? Você está livre para publicar a mesma
 HQ disponível do Lobo-Guará no formato Comic Reader
 Mobi, na Web, com editoras tradicionais ou não?

Henry: Três anos, podendo ser prorrogado. Durante o período 
na Mobicomics, ela tem exclusividade de forma digital. 
Na imprensa, estou livre pra publicar, como já disse.

Tony 36: Você pode dar uma dica, para quem quer entrar 
nessa de Webcomics? Como devem proceder?

Henry: Produzir e entrar em contato, visando o público, um nicho. 
Não o seu próprio umbigo. E deixar de fazer fanzine,  isso é
 coisa do passado. Salvo, depois da publicação digital, em
 pequena tiragem, algo melhor acabado, para seu público
 que já está formado.



Tony 37: A galera toda agradece, pela dica, pode ter certeza... 
Um sonho?

Henry: Viver dos meus quadrinhos.

Tony 38: Todo autor vive sonhando com isso... mas a coisa anda 
cada vez mais difícil com a má distribuição, tiragens ridículas 
e essas vendas ruins. Mas, tentar é preciso, é óbvio... Uma decepção?

Henry: Ter  vendido uma coleção quase completa de Heróis da
 TV e Capitão América, formatinhos da Abril... pressão dos pais.

Tony 39: Os velhos foram cruéis? (Rsss...). Nem tanto, dá pra 
recuperar a perda numa boa loja de sebo... Quais são seus
 planos para o futuro?

Henry: Não faço planos, vivo cada dia. 
Mas, no momento, estou procurando editores pra meus
 projetos: City of  Dreams e meu mangá: Eco Teen. 
Seja impresso ou webcomics, pros EUA. 
Também estou iniciando estudos para uma revista de 
artes marciais e erotismo soft, c om uma personagem 
chamada Lady Ninja. Este é curtição mesmo, de forma
 indie, mas, que também vou tentar transformar 
em  webcomics.

Tony 40: Caramba! E você ainda diz que não tem planos
 para o futuro? Imagina se tivesse (Rss...). 
Legal, você é batalhador e leva a coisa a sério.
 Gosto disso.  Na sua opinião, o que vai acontecer com 
os gibis e revistas  impressas? Vão desaparecer de
 circulação? As webcomics dominarão o mercado?

Henry: Acho que  as duas formas podem existir  lado a lado, 
porém, não acho que volte à existir uma indústria da
 HQ nacional, impressa, como quase foi nos anos 60,
 com as revistas de terror. Será em pequena escala, 
com os independentes. As vendas ainda não são
 uma maravilha, mas, pode se notar que estão
 crescendo e os da Marvel e da DC estão caindo 
vertiginosamente, por falta de originalidade,
 elitismo e preços salgados. Prova que o leitor quer 
algo que entretenha, mesmo atrelado a clichês 
e com preços mais populares. 
E a melhor forma de apoiar a HQ nacional e comprando! 
Mas, comprando bom material, não apenas por
 ufanismo. Bom senso, gente.

Tony 41: Essa “indústria nacional” que você citou, 
nunca existiu, bengala friend... todas doram tentativas 
passageiras, infrutíferas...  Nosso bate papo está prestes 
a terminar, infelizmente, bengala friend. Foi legal,
 esclarecedor e assim pudemos, todos, conhecer melhor 
o seu trabalho, realizações e planos... 
Quer deixar seu e-mail, fone para contato, blog, web 
site (pra quem quiser fazer contato), ou o endereço de 
onde poderemos acessar sua webcomics?

Henry: Meu email é henrystudio@hotmail.com
 além do meu Deviantart : www.carloshenry.deviantart.com
Para acessar e ler a HQ do Lobo-Guará, basta acessar:

    Tony 42: Ok. Muito sucesso para você, nesta nova empreitada,  muita paz, muita saúde e criatividade, Henry. Valeu, seu depoimento, sem dúvida, 
foi esclarecedor e na certa vai ajudar muita gente a embarcar 
nessa de quadrinhos virtuais. Grande mano amplexo e 
até a próxima, bengala guerreiro.

Henry: Valeu,Tony! Pra mim foi uma honra ter este 
bate-papo virtual com vc. Lembro bem do ano de 84-85, 
quando vi numa banca de jornal, no bairro onde morava, 
Bonsucesso, a revista do Fantasticman, pela ETF.
 Tava duréx na hora e pedi pro jornaleiro, pra dar uma
 olhada. Ele deixou e viajei com os desenhos que lembravam 
Neal  Adams. Acho que era do Beto e teus também.
Devolvi, a revista já com o jornaleiro olhando torto
 pra mim...rs,rs.. depois consegui ela num sebo.
 Na minha opinião, seu personagem  foi bem aceito
 porque tinha um tema universal, o espaço sideral,
 como tema, numa boa trama, com bons desenhos.
 E um recado aí pros leitores: a melhor forma de 
apoiar a HQ nacional é comprando HQ nacional! 
Nada de Marvel e DC com mega-sagas repetitivas, 
morte-retorna de super-heróis, em roteiros pretensiosos 
sem nenhum entretenimento, com cronologias confusas. 
Os indies estão ai pra mostrar sua força e
 qualidade, leia-os! Aos quadrinistas brasileiros:
 Os leitores querem revistas baratas e que tenham 
roteiros que os desligue da realidade, que os entretenham 
de forma sadia e direta. Não vamos fazer personagens
 psicologicamente perturbados, como os gringos 
fazem. Já basta a violência no mundo real. 
E vamos aproveitar o mercado de  webcomics também!

Tony 43: Aos nossos webleitores um grande mano amplexo! 
E fiquem plugados, pois vem aí entrevistas com:
 Beto Potyguara (um professor que agita no Rio Grande
 do Norte); Paulo Hamasaki (ex-braço direito do 
Maurício de Sousa); Primaggio (o fera genial e ex-poderoso 
chefão da Abril), e de muita gente boa. 
Aguardem! See you later, bengalas friends.


LEIA LOBO-GUARA, DE CARLOS HENRY,
NO FORMATO WEBCOMICS, 
SE VOCÊ TEMUM IPAD EM...
 http://itunes.apple.com/us/app/mobicomics-store/id400722545?mt=8&ls=1




BENGALAS BOYS, EM QUADRINHOS?


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