quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENTREVISTA COM BETO POTYGUARA, UM PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE, QUE TAMBÉM É ESCRIBA, E QUE MUITO TEM FEITO PELAS HQs!


 A entrevistado de hoje é  um legítimo 
representante dos quadrinistas da 
região nordeste do país.
 Mais especificamente 
           do estado do Rio Grande do Norte.
Tem formação acadêmica e já há algum 
tempo vem brigando e 
batalhando muito para que as
 histórias em quadrinhos 
aconteçam na sua região.
Contrariando as vendas em bancas, que 
andam cada vez mais baixas, prenunciando
 uma possível tendência de se ter ,num futuro
 não muito distante, histórias em 
quadrinhos apenas em Ipodes e a quase extinção
 dos antigos e queridos gibis que alegraram 
inúmeras gerações de leitores, 
muitos movimentos em prol das HQs
 vem sendo realizado nos quatro cantos 
do Brasil, inclusive, com o 
apoio dos governos locais.
 Será que as boas e antigas publicações impressas 
do gênero resistirão ao tempo e a alta 
tecnologia de ponta? 
Ou será que aos poucos o material 
impresso será escasso em nossos
 pontos de venda? 
Se depender do nosso entrevistado
 de hoje e de outros inúmeros editores 
independentes as HQs impressas jamais
 sucumbirão. Mas, até quando esses 
verdadeiros heróis da resistência
 conseguirão suportar as novas
 e revolucionárias 
tendências mercadológicas tecnológicas? 
Quando esta geração, que adora 
o material impresso, 
sucumbir, a nova geração manterá acesa 
a chama das mídias impressas? 
Só o tempo poderá responder 
a estas e outras questões.
Porém, me pergunto: 
O que teria levado ou motivado 
este cidadão, que tem formação
 acadêmica, a enveredar
 pelo mundo das HQs? 
Web leitores, hoje todos nós vamos
 conhecer um pouco mais sobre o fantástico
 trabalho que vem sendo desenvolvido por 
este incansável guerreiro, chamado...




BETO POTYGUARA,
 O GRANDE GUERREIRO
E PROFESSOR DO 
RIO GRANDE DO NORTE,
QUE LUTA EM PROL DAS
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS!

Tony 1: Grande, Beto Potyguara, é uma satisfação
colher seu depoimento e poder mostrar
 ao mundo o que você tem
 realizado ao longo dos anos na 
sua região, em prol das Histórias em Quadrinhos. 
Podemos começar?

Potyguara R: É o jeito...

Tony 2: Você tem formação acadêmica, certo? 
Se formou pela UFRN (Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte),
 em que área especificamente?

Potyguara R: Sou Bacharel e Licenciado em História,
 e é exatamente esse lado que me impulsionou
 a produzir tiras com temáticas de
 cunho crítico sobre a História do Brasil, sobre a Educação...

Tony 3: Ok, mestre! Entendido, câmbio (Rsss...). 
Beto Potyguara... 
Hmmm... Achei este seu sobrenome muito estranho, afinal, 
potiguar é como chamamos aqueles que nascem 
no Rio Grande do Norte... 
Qual é o seu nome verdadeiro, Bengala friend?



Potyguara: Por um acaso você é da Receita 
Federal ou Recenceador?  Bem, meu
 nome de batismo é Roberto 
(BETO) Flávio Gomes de Lima. 
Comecei no ramo, fazendo ilustrações e 
assinando como BETO LIMA. Até descobrir 
que haviam mais quatro, só na 
Grande Natal, entre políticos, 
publicitários, clones e o pior, 
já existia um cartunista paulista
 adotando esse mesmo 
nome artístico. Me lembrei do
 lance que houve com
 o Jorge “BEN JOR” e resolvi  
adotar o POTYGUARA. 
Meu ídolo de infância era o 
Daniel Azulay, ainda 
cogitei incluir algo do gênero, 
um AMARELAY ou um 
VERMELHAY. Mas o que
 queira mesmo era que 
representasse minhas origens, 
Luiz XIV já havia utilizado 
o SOL, me sobrou o Cajú ou o
 Jerimum (abóbara 
pra vocês aó do "Sul Maravilha"), 
mas eu não tinha nenhum 
“Castanha” pra fazer
 dueto comigo e também nunca tive 
vocação para carroça de Cinderela.
 A escolha foi uma homenagem a nação 
indígena que originalmente
 povoou o nosso estado. 
Tudo o que ouvir, além disso, é lenda! 
Embora exista a velada menção ao
 “POTI”, cartunista e ao meu Zine, POTYLÂNDIA.
 Embora por aqui também me 
chamem de Beto Potiguar às vezes, entre outros 
adjetivos menos nobres. Também temos o saudoso 
gravurista e muralista 
CURITIBANO, Napoleon Potyguara 
Lazzarottoo “Poty” (com “Y”), Tony. 
Não sou o único da espécie, nem
 serei “o último dos potyguaras”.

Tony 4: Receita Federal? Nem pensar (Rsss)... 
Sou um agente secreto da Interpol, 
bengala friend (Rsss...).
 Mandei levantar seu dossiê, dividas
 com a Casas Bahia, etc (Rss...). Brincadeira... 
Você disse:
 “Entre outros adjetivos menos nobres?” (Rsss...). 
Interessante e curioso... 
mas, deixa pra lá... Em que dia, mês, ano, você nasceu?






Potyguara: Por que, vai me dar um presente no dia? 
Se for tá perto, viu? 25 de Outubro de 1971.

Tony 5: Outubro, de 1971? Você ainda é um 
bengala Young... Presente? Quem sabe... (Rsss...).
 De repente, posso te enviar 50
 caminhões de encalhes de Apache (Rsss...). 
 Atualmente, você é professor das redes 
públicas de Ensino do Rio Grande do Norte
 e da prefeitura de Natal, OK? 
O que é que você me diz sobre os salários
 dos professores e sobre o caótico sistema
 de ensino no país, mestre Poty?

Beto Potyguara e o grande Mestre Poti

Potyguara: Primeiramente, Mestre Poti, é
 “o outro”, o José Potiguar (e esse tá vivo).
 E segundo se disser o que penso 
vão lhe tirar do ar por tempo
 indeterminado, heheehheh! 
Mas tentarei ser light: desenvolvi síndrome 
do pânico, LER, rouco forever e depressão 
pós-giz. Tive a vida ameaçada 
por alunos em quatro oportunidades,
 mas o que me 
levou ao nocaute foi à falta de
 sensibilidade, profissionalismo 
e companheirismo da classe docente local. 
Ser diferente (desenvolver 
projetos, contribuir de fato 
na formação de um cidadão crítico), 
incomoda muita gente.
 Inclusive, há uma parcela de 
colegas de trabalho que
 me rotulavam como “amigo da 
escola” (com um ranço 
pejorativo), pois fiz muito 
trabalho voluntário e
 desenvolvi projetos que geraram 
receitas para as escolas. 
Depois que o din-din vinha, a galera se
 levantava e queria
 dar idéias para onde seria destinado 
o montante. 
Se a grana já veio com o fim estabelecido. É osso!
 Relevo tudo que veio dá parte 
dos meus alunos, pois eles são vítimas, não do
 Sistema, chavão clássico que a escola 
se vale para fugir de sua parcela de responsabilidade
 e compromisso. Teve uma greve por 
aqui recentemente que durou 79 dias, sabe
 quantas pessoas de minha 
Instituição participaram? Bem, tinha EU 
e se contarmos comigo, diria que
 éramos UM! Existe uma casta que 
não faz jus ao salário que recebem. 
Fui vítima de perseguição 
política em todas 
as duas Redes. No município, o
 qual dei uma “banana”, 
recentemente, foi o mais legal: 
pedi remoção da escola, 
me “barraram no baile” e mesmo estando 
com LER (tendinite), me”readaptaram”
 na secretaria para ser digitador. Gente, boa!
 Visto carimbado só de ida 
pro Inferno. É, um elefantinho incomoda 
muita gente! 
Principalmente quando ele tem
 coragem de dizer o que 
os outros só tem na hora do
 intervalo, quando os
 coordenadores  ou os ex-professores
 (gestores eleitos 
por nós) não estão por perto. 
Vai sair? 
Bem, se você acha que tem 
como sobreviver fora
 do Município. Frase da diretora
 fútil que irá passar,
 como todos os vírus e 
pragas passam um dia. 
Minha resposta: Sempre tive,
 só me faltou oportunidade
 e iniciativa. “Tô vivin da 
Silva” desde janeiro!



Tony 6: Os professores deste país 
além de serem muito
 maus remunerados, também são
 desunidos, my friend? 
Que merda. Parecem uma classe
 que conhecemos, você sabe: autores de HQs. 
 Mas, tudo bem, prosseguindo... 
Meus informantes me 
disseram que você participou 
de muitos fanzines. Sua paixão pelas histórias 
em quadrinhos começou quando?

Potyguara: Tu mandas-te me espionar, foi? 
Coisa feia! Colaborei em alguns fanzines 
por esse Brasil afora e sites 
de tiras também. Minha paixão pelos
quadrinhos começou
 na infância, bem antes de saber ler
 os textos eu lia as gravuras. 
Os anos 70 e 80 eram mágicos, 
muita oferta e revistas
 baratinhas. Minha mesada de filho 
de proletariado (mecânico de posto de gasolina), 
me permitia colecionar
 simultâneamente:  Turma da Mônica, 
Aventuras do Didi,Os Trapalhões, Peninha,
 Zé Carioca, Hulk, Superaventuras
 Marvel, Herois em Ação, Cap. 
América, Homem-Aranha 
e Herois da TV, fora as edições 
especiais que pintassem.
 Depois veio o Sarney, Collor e
 fiquei só no Hulk e 
Superaventuras Marvel. 
Hoje nem isso, eheheh. 
Eu era feliz e não sabia... devolvam 
a minha infânciaaaaaaaa!

Tony 7: Nossos ex-governantes 
“maravilhosos”, eles 
roubaram a sua infância? Sacanagem... 
(Rsss....). 
Você, bengala friend, é cartunista,
 roteirista, ilustrador e colaborou em diversos 
sites da Internet?
 Fale-me sobre este seu lado polivalente...

Potyguara: É o lado esquerdo. O direito é o 
lado estético. Bem, não gosto de 
ser chamado de quadrinista, por que 
não faço “quadros”, nem domino
 todas as manhas da área;
 “desenhista”, também não, pois não tenho
 formação acadêmica. 
Descobri-me como cartunista e 
contador de história,
 mui tardiamente, dentro do
 meio universitário. 
Era apaixonado pelos quadrinhos
 da Turma do Maurício de 
Sousa e pelos personagens da 
Disney (Estúdio da Abril):
 Biquinho, Morcego Verde, 
Pena Kid, Pena das Selvas,
 Penado (Fantasma) Pen-Hur, 
são coisas que só o brasileiro e sua
 criatividade é capaz de realizar.
 E fora os quadrinhos dos
 Trapalhões, pela Bloch. 
Em função dessa mega exposição 
acabei desenvolvendo 
essa minha veia humorística. 
Mesmo tendo contato com 
os Supers, meus primeiros
 personagens sempre se
 bandearam para o lado das paródias. 
Somente na Universidade 
e com o contato com a Wizard (Globo) 
é que descobri que
 isso poderia ser uma profissão, hehhhe...

Tony 8: Tudo ficou bem claro, Betão... 
Vamos em frente... 
Pelo que eu sei, você é um dos 
fundadores da famosa 
República dos Quadrinhos. 
Como e quando surgiu a idéia de criar a tal 
República e qual era o objetivo?


Logo do blog


Potyguara: Idealizador cairia melhor e “famosa” 
é bondade sua. Mais esse dia 
chegará, não pela ostentação, 
mas pela persistência, pelo
 trabalho obstinado e 
competente que está
 sendo desenvolvido. 
Tentarei resumir uma década em
 poucas linhas: bem em 1998,
 após ter contato com os fanzineiros
 de outros pontos do país e
 fortemente influenciado pela 
criação da Fábrica dos
 Quadrinhos (Brasil) e pelo movimento
 “revolucionário” 
que a Image representou 
(pelo menos era o que se lia), 
reuni 3 colegas e criamos o 
RN-Zine, camisas foram confeccionas, 
contatos foram feitos e necas... 
no ano seguinte fui convidado 
a integrar um projeto de criação 
de uma revista cultural
 pra cidade do Natal, dentre 
os vários nomes, o último 
que vingou foi o “Matéria –Prima”. 
Revezando-me no papel 
de produtor cultural e único 
ilustrador, propus para o grupo 
ter uma coluna própria em que 
eu pudesse divulgar os
 quadrinhos não só de minha 
autoria, mas dos colegas que
 tinha feito via carta social: 
Rafaela Bater (RJ), Sidney 
Carvalho - Miudins(BA), Luciano Irrthum
 MSP 50 v. 3 (MG),
Marcelo -MICKEY Náusea (PB), 
Silvano MELO (SP) e 
até o LORD Lobo (ainda lobinho).


Tony 9: “Ainda Lobinho?”... Essa foi foda... (Rsss...). 
Continue...

Potyguara: Pela lista, percebe-se que
 meu olho clínico e VISONÁRIO funciona.
 Batizei  a sessão de República dos
 Quadrinhos, afinal seria uma verdadeira 
reunião de jovens e promissores talentos, 
 sonhadores em viver da  produção de 
sua própria arte (alguns conseguiram).
 Só o Lord Lobo já estava num nível 
mais profissional que os demais 
(a geração do zine de papel). 
A revista não vingou, mas a idéia sim. 
Anos se passaram até que surgiu a possibilidade
 de tornar realidade esse projeto. 
Como citei anteriormente, minha inspiração era a 
IMAGE, a RQ seria um selo que 
serviria pra reunir artistas que teriam o controle 
sobre suas criações. Antes, porém,  surgiu o Quarto
 Mundo e realizou o que já pregava a galera que era 
possível de acontecer. 
O intercâmbio e a troca de publicações
 ainda é melhor maneria do produtor 
independente conseguir 
levar os seus trabalhos a outros pontos do país.
 Nos fanzines, isso já acontecia, 
não é nenhuma novidade. 
Só que a aplicação quando tem $$$ 
envolvido, torna-se
 mais delicada.


A galera do ABAS (diretoria)

Tony 10: Falou em $$$$, a coisa sempre complica... 
Você também presidiu a ABAS 
(Associação Brasileira de Arte Sequencial), 
durante um bom 
tempo, certo? Qual era a proposta inicial da ABAS
 e porque você acabou rompendo com ela? 
É verdade? Dá pra explicar, por quê?

Potyguara: Na verdade ainda presido até 
o final deste ano. 
A ABAS foi uma extensão da
 República dos Quadrinhos, após está se tornar
 nacional em 2009. Foi um passo muito 
audacioso e ingênuo de minha parte,
 pois passei a depender da honestidade 
e comprometimento de 
outros e ficando refém destes,
 já que juridicamente 
e para a Receita Federal  e o 
Ministério do Trabalho, 
só quem responde é o Presidente. 
Vontade dá e passa! 
E foi isso o que aconteceu 
com os fundadores de papel. 
O pessoal quer participar de
 eventos, de exposições, mas não quer ter a 
responsabilidade de correr atrás de 
patrocínio, de montá-las. 
Os objetivos eram os mais nobres e 
altruístas possíveis: 
Incentivar a produção acadêmica,
 artística e cultural
 de seus associados e colaboradores (realizado); 
promover o resgate da memória gráfica dos
 núcleos federativos (realizado parcialmente no
 Rio Grande do Norte); 
Contribuir no estímulo à leitura 
de crianças, jovens e adultos por meio
 da utilização e divulgação da arte 
sequencial (realizado); 
Estimular e conscientizar os
 educadores a utilizarem as
 artes gráficas em geral
 como recurso didático em sala de aula 
(realizado); Defender o livre 
exercício da profissão,
 assegurando ampla independência 
e liberdade de
 criação e expressão (tentamos).
 O Estatuto foi feito para homologar 
a fundação, mas desde 
o início avisei que a criação 
de um Regimento Interno e
 alterações deveriam ser feitas
 em seu teor, para que
 os interessados de outros estados
 (membros colaboradores) 
tivessem uma participação mais
 ativa e pudessem 
contribuir de uma maneira mais efetiva,
 inclusive com uma taxa de anuidade. 
Somente o ilustrador Mazza, se predispôs a vir a 
Natal para ser empossado (a outra 
maneira era por meio de 
uma procuração pública).
Quanto a minha decisão, foi 
embasada no fato que uma 
Associação tem que ter isso: AÇÃO! 
Conjunta e solidária. 
Dediquei mais de dois anos a 
defender e promover o
 trabalho de outros e negligencie
 a minha produção em 
detrimento disso. Aí começaram 
as sabotagens internas: 
 além da greve branca, dos 
departamentos de comunicação
 e marketing, financeiro e de 
criação de projetos, o nosso 
vice-presidente utilizou-se 
do nome da entidade em 
proveito próprio em pelo 
menos 3 oportunidades e 
quando teve espaço na mídia
 falou no singular e não
 no plural, além de mencionar
 o projeto de quadrinhos 
na escola, uma bandeira
 antiga que eu defendo por
 aqui. E essa não foi a 
primeira vez em que 
uma idéia de minha autoria,
 uma vez tornada 
pública, foi incorporada por algum 
oportunista de plantão.
 Por isso o “PROJETO PSSIU” (silence) 
 foi instituído.







Os artistas potiguares não se reconhecem 
enquanto categoria e nos viam como um grupo, 
não uma Associação.
  Em menos de dois anos foram realizadas
 4 exposições coletivas em Natal
 (com artistas de nível internacional);
 pela primeira vez foi criada uma premiação
 para homenagear a nona arte local; 
da mesma maneira, um Fórum de discussão 
político cultural, o FAN – Fórum 
de Arte Sequencial de Natal. 
E o retorno: homenageados que não compareciam 
e encaminhamentos decididos no Fórum que não 
andaram. Uma das grandes reclamações  aqui era 
que o RN nunca participou de um evento
 nacional, inscrevi-me no FIQ, cadê a “vaquinha para 
o estande” a mobilização para captar recursos junto 
aos setores públicos e privados? Sempre só pude
 contar com os mesmos nomes 
 (o Quarteto Fantástico) e 
que nem sempre estavam
 disponíveis ao mesmo tempo . 
Some isso às falcatruas e às atribuições 
como Presidente e Editor e você já sabe por 
que “pedi o penico”.
A SOQ # 6 será destinada 
exclusivamente para contar a
 história da RQ-ABAS.
 Será lançada em dezembro.



Tony 11: É sempre um drama quando
 se tenta reunir essa classe 
tão desunida, infelizmente. 
Se estamos todos no mesmo barco
devemos, todos, remar contra a maré, eu acho.
Mas, existem alguns "abobrinhas" que são foda.
Sei como é isso, já tentamos fundar
 cooperativas de editores de 
desenhistas aqui em São Paulo.
A farra é  “duka”, é sempre boa 
(em geral, em restaurantes 
suntuosos aconteceram essas reuniões), 
mas nunca dão em 
porra nenhuma.
Há muito narcisista ente nós, assim 
como os "espertinhos" 
que acabam fazendo a coisa desandar...
Bengala friend,  fiquei sabendo
 que você adora futebol, como
todo bom brasileiro, e que fez 
muitas charges para 
jornais esportivos.
 Cite alguns e depois diga  qual
 é o seu time de coração?

Potyguara: O “Jornal O Gol” (impresso e online), 
O  “Jornal do Torcedor” , o extinto síte 
“Olé Net” e para a coluna
 “Apito Final” da “Tribuna do Norte”.
Também tive uma arte publicada na revista 
Nação Tricolor do Grêmio  de Porto
 Alegre: O imortal! Mas o certo é 
que nós estaremos...
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver!” 
É preciso dizer mais...

Tony12 : Um potigua, legítimo. 
Um nordestino “da gema”,
torcendo pra um time do sul do país? 
Nunca vi isso, nem em circo...
O pessoal aí da sua terra vai te chamar
de traidor, vai querer te linchar (Rsss...)... 
Como cartunista, em que
 revistas ou jornais você atuou?

Potyguara: Como cartunista, ilustrador
 e chargista esportivo:
 Tribuna do Norte, Jornal do Torcedor,
 Illuminati e O Gol.
 Todos periódicos locais. 
Minhas tiras saíram mesmo foi no 
Universo Online: TIRAS NACIONAIS,
 RONIN 47e TIRANDO 
UMA. Como roteirista em duas edições
 da Revista MATURI # 3
 e 4 e “Os Notáveis e Outras Histórias”
 todas feitas em 
parceria com os irmão Wolclenes 
e Wanderline Freitas.
 E uma edição solo,“Carcará, cabra 
pió num há!”, indicada
 ano passado ao  Ângelo Agostini
 na categoria de melhor
 lançamento independente
 (como webcomics e lançada 
nesse ano  impressa).


Tony 13: Mais um intrépido e incansável,
 bengala brother (Rsss...).
Como editor, quais revistas, 
jornais, ou zines, você lançou?

Potyguara: Rapaz comecei em 1984, fazendo 
revistinhas
 em papel paltado e vendendo. 
Até albúm de figurinahs eu fiz. 
Fazia fanzines muito antes de saber que eles 
 tinham esse nome.
Editor de fato, na acepção da palavra, 
foram dois zines: 
Potylândia e o Anarkia Toral (indicado ao 
Angelo Agostini – 2006) e toda a linha editorial de 
webcomics da República dos Quadrinhos.
São hoje: 6 edições do selo 
AMOSTRA GRÁTIS – destinado a 
divulgar material autoral dos 
membros da RQ : ORIGAMI 
(Marcos Ronin), CARCARÁ 
(Euzin), LÓG (Vilson), 
OS CABEÇAS(Wanderline), 
CERAL KILLER (Joseniz),
 O INFERNO SÃO OS OUTROS
 (Hector Salas) e em breve
 TATUÍ de Flávio Calazans.

Tony 14: Cara, incrível... quanta gente boa você 
conseguiu lançar, hein? Parabéns...

Potyguara: Seis SOQ-SÓ QUADRINHOS – 
WEBMAGAZINE inspirada na extinta wizard.
 É um mix que traz quadrinhos,
 entrevistas,  cobertura de eventos, perfis
 de artistas, previews... 
tudo relacionado a ABAS /República
 dos Quadrinhos.
Um e-book com viés acadêmico: 
Humor Gráfico: algo para ser
 levado a sério de Antoni Wroblewski . 
Além, é claro, da legião
 que foi o Agosto Pra Tudo. 
Além de idealizador do projeto, 
convidando os artistas, fiz a montagem
 e seleção da grande maioria das
 34 webcomiscs que foram ao ar. 
É melhor citar somente as que
 “eu não mexi”: Studio MADE IN PB, 
Autobrumografia, Rusiate, Autor em 
Crise e Não é a Dupla 
Dinâmica. É bem verdade q
ue as duas do Vanderfel só tive
 o trabalho de montar a contracapa e 
colocar os logos na capa, ehhehe.
 Enfim, é só fazer as contas que 
eu tô com preguiça.
Impressa, fui autor e editor do já citado, 
“Carcará, Cabra Pió Num Há!””

Tony 15: Muitos feitos fantásticos em prol
 da nona arte. Até o Vanderfel (Wanderley Felipe), 
meu ex-sócio está
 na parada? Maravilha... Dá pra explicar pra galera 
como faz pra ter tempo pra fazer tudo isto e ainda 
lecionar? (Rsss...). Incrível...


Potyguara: Esqueceu de mencionar meu trabalho 
como designer gráfico. Bem não há segredo 
é a Otimização do tempo e a 
Organização, mesmo (profissional, por que em casa...).
 Duas horas diárias no mínimo, são 
destinadas pra pesquisa 
e atualização do blog, menos nos FDS. 
Crio minha tabelinha 
de prioridades: sei que até dezembro tem o HQ PB e
 O FLIQ (Feria de Livros e Quadrinhos em Natal) e 
o FIQ em BH; palestras em outubro; duas últimas 
AMOSTRAS GRÁTIS (depois,” fio”, só no Médico), o 
catálogo sobre o AGOSTO PRA TUDO 
e a última edição da SOQ!
Mas não sou de K-PAX. Como, defeco, durmo, 
assisto TV, brinco com meu filho, 
faço sexo (sim! eu tenho 
um “bilau”!), leio quadrinhos...

Tony 16: Ainda consegue arrumar 
tempo pra “bimbar”? 
Caceta... (Rsss...). Esse bengala Young é mesmo
 cabra valente.
 Você também escreve roteiros...
 criou alguns personagens seus? 
Trabalhou em parceria com que artistas?


Potyguara: Heheeeh.. Só PERGUNTA EXTENSA.
Não cataloguei mais são próximos
 de 40 títulos, todos a espera de 
parceiros desenhistas ou de tempo 
livre do papai pra dar 
atenção as crias. Como roteirista,
 sou mais rápido e posso
 escrever várias séries sem me 
perder. Já desenhando, o
 desgaste físico das outras 
atividades já me proporcionam 
momentos de fadiga e não 
tenho a mesma perícia.
 Agora quando “dá na veneta”, 
produzo muita coisa em
 pouco tempo (entenda-se “Veneta”
 como “din-din”).
 Vamos citar só os personagens 
que já ganharam vida de 
fato (entre zines, sites  
e revistas impressas): Tiras:
 Carcará, Dr. Placebo, Klã Destino, 
Forte Poty, Tininha a 
fessorinha, Gaijin o pequeno
 guerreiro , Pelotinha ( texto e 
traço) e Poderoi (com os irmãos Freitas).
HQS: Os Menininhos, Fora de 
órbita e a série os Notáveis 
(esse último em parceria com os 
irmão wanderline e 
Wolclenes). Estou convidando
 outros artistas pra darem 
vida aos meus outros projetos: 
Golias City,
 Bicho- Bom e Os Descartáveis.






Tony 17: Exposições... vamos falar sobre elas... 
De quais exposições você já participou?

Potyguara: Participei da “Caricaturas e Quadrinhos” e 
“50 anos dos quadrinhos potiguares” em 2009 – 
Ambas em Natal.
 E da Encontro de Cartunistas 
do Rio de Janeiro (2010). 
Promovi  e participei das 
exposições nacionais de tiras 
“O Que Não Esta no Gibi, Está por
 Aqui” (2009) e a itinerante 
“Mitos e HeroiS: releituras contemporâneas
 (2009 – 2010) – apesar dos convites para  
o interior do estado e para João 
Pessoa. Pra mim, chega! Ofereci ao
 Gibi Con e ao FIQ, mas 
não se interessaram.

Tony 18: Haja fôlego, para fazer tantas coisas... 
é impressionante, seus feitos. O ” Projeto Agosto 
Para Tudo” foi idealizado por você?
Qual é o principal objetivo?


Potyguara: Primeiro é o de comemorar
 a fundação da RQ, segundo é o de integrar 
o calendário nacional de eventos
 do país, criando o intecâmbio entre os artistas,
 estreitando distâncias, gerando
 parcerias, expondo os talentos 
envolvidos para o mercado 
editorial brasileiro.

Tony 19: Que artistas participam desse projeto e a
 quanto tempo ele existe?

Potyguara: Outra resposta difícil de lhe 
dar com precisão,
 pois teria que sair contando no dedo. 
Só o FARRAZINE tem vários 
colaboradores, mais foram 
34 títulos e mais de 20 autores,
 fora os colaboradores diretos e
 indiretos de cada título. 
E esse foi o ano zero. O marco da 
nova fase da República 
dos Quadrinhos.



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Tony 20: Tenho um grande amigo por aí na sua região,
 o grande Gilvan Lira (Gilímeros), mestre em desenhar 
mulheres super sensuais.
Você tem notícias dele ou algum contato com ele?



Potyguara: Não. Dos membros do Grupheq 
sou mais próximo apenas de Luiz Élson 
que trabalha comigo. Mas conheço e 
converso online ou em encontros
 eventuias com o Marcio 
Coelho e o Ivan Cabral. Admiro 
muito o talento do Gilvan,
 mas só esbarrei com ele 
duas vezes rapidamente.

Tony 19: Mestre Poty, o professor José Potiguar, dá pra
 falar sobre ele? Quem foi ele? O que ele fez em prol 
das HQs, na região, etc... viu como 
estou bem informado?
 Meus espiões não são fracos, não... (Rsss...).


Potyguara: É. Mas você me chamou de
 Mestre Poty , o título é dele.
 Só que ele não tem o “Y” é de Potiguar, 
mesmo. José Potiguar foi o primeiro 
cartunista regular de um periódico no estado, 
não foi o primeiro ilustrador,
 como muitos erroneamente reproduzem .
 João da Escócia (xilogravuras no século XIX) e o 
Erasmo de Xavier (década de 20 do século passado)
 são nossos precursores de fato na mídia impressa. 
 Agora, Poti é um marco pela longevidade 
(começou em 1950), foram quase quatro décadas
 fazendo charges, tiras 
(esse sim é mérito exclusivo seu)
e passatempos  para os principais 
jornais da capital, sem 
no entanto receber um 
centavo sequer por sua obra. 
Tá certo que isso lhe rendeu alguns
 serviços na área de
 publicidade, mas mesmo assim, não teve o 
reconhecimento devido, pelo 
menos  até a gente 
aparecer na área.
 Agora, Poti, não foi um formador 
de novos talentos,
 nem liderança artística local. 
Os quadrinhos de
 fato e de direito passam a existir
 e a formar novas
 gerações de quadrinistas 
apenas na década de 70 
com a criação do Grupheq.

Tony 20: Você já realizou projetos de HQs
 educativas em parceria com o governo local?

Potyguara: Tentei e como. 2010 e 2011 foram
 anos de seguidas e infrutíferas visitas
 as lideranças política locais. 
Mesmo sem o crivo e o patrocínio
 do poder estatal, venho desenvolvendo
 o projeto “Quadrinhos na escola”
  que tem duas diretrizes básicas: a lúdico-artística,
 voltada ao público discente e 
de capacitação de professores
 para a utilização das artes gráficas
 como recurso didático.

Tony 21: O Troféu Mestre Poty, era um dos grandes 
projeto da ABAS (para 2009), para homenagear os 
artista locais, OK?
Vocês conseguiram viabilizá-lo na época?
 Ele ainda existe?


Potyguara: Foi lançado em 2009 a votação, 
mas a premiação ocorreu no ano seguinte. 
Ocorreram duas premiações,
 portanto e  “acabou-se o que era doce”. 
Produzir uma premiação  para
 quem não merece ou valoriza, pra que?
Nos dois anos houve homenageados que
 não compareceram. Agora sei por que 
a galera só deixa pra homenagear o povo 
depois de morto...pra evitar o estresse!

Tony 22: Como vocês elegiam os artistas para 
receber o Prêmio mestre Poty?


Potyguara: Em duas etapas. A primeira online. 
Por e-mail ou por uma enquete com o nome de tudo 
que aconteceu ou foi lançado
 no estado e  que era disponibilizado para 
o pessoal votar.
 Antes divulgávamos o “Voto Consciente”, uma 
resenha sobre os indicados ou  links para se ter 
acesso as  obras ou a maiores informações dos
 participantes.Os 3 mais lembrados 
eram  encaminhados para a decisão de um 
Júri de convidados da área. 
Em sua última edição  a 
comissão julgadora foi 
composta  pelo cartunista carioca, 
radiado em Natal,
 BRUM; o mineiro MATHEUS MOURA 
(Bigorna, A-3) e 
MOACIR TORRES 
(EMT, Turma do Gabi)... presença!

Tony 23: No tempo da extinta Grafipar 
(de Curitiba), houve uma grande 
representatividade de autores da região nordeste 
nos produtos editoriais do país. Esse movimento,
 se não me engano, foi conduzido pelo
bengala friend e grande escriba Watson Portella.
 Acho que nunca mais o país viu acontecer algo similar. 
Na sua opinião, porque não vimos
 mais essa gente de talento publicando suas HQs 
nas editoras da região sudeste?



Potyguara: Por falta de iniciativa própria. 
A pouco bati um papo com  o  Flavio Luiz
 “O CABRA – AÚ”  da Silva, onde ele me 
confidenciou que a sua carreira só 
deslanchou depois que resolveu mudar os ares de 
Salvador (Bahia) por S. Paulo.
Com as facilidades da net, 
não precisamos ser tão audacioso, 
mas participar do circuito nacional
 de eventos pra expor
 seu trabalho, pra conhcer gente. 
Afinal tem muito brasileiro
 contribuindo paro o exterior 
sem sair de sua cidade de origem.
Agora ficar em casa chocando e
 reclamando da vida, fio...
 Acomodação! 
Não tenho outra explicação.

Tony 24: O que você anda fazendo ultimamente, 
agitado bengala friend?
Essa informação minha rede de espionagem não
 me forneceu dados (Rsss...)...


Potyguara: Agora depois do “Agosto pra tudo”, relaxar
 e recarregar as baterias e me preparar para os eventos 
de quadrinhos que vem por aí, citados anteriormente.
 Já existem 3 roteiros prontos para o próximo título de 
Carcará (2012) e vou tentar me superar pra levar algo 
para vender no FIQ!

Tony 25: Essas publicações independentes, 
que você costuma lançar, são destinadas
 a qual tipo de público? 
Adulto, infantil, jovens?
 Como elas são comercializadas?

Tiras\Gaijin


Potyguara: Todos os gostos, idades e credos.
 O material virtual não são 
comercializadas, só os impresso. 
O virtual tem um alcance maior,
 dá uma maior visibilidade
 ao seu trabalho  e é um bom 
termômetro do que pode 
vir a  funcionar em bancas 
ou livrarias. Carcará com já
 mencionei, foi lançado 
inicialmente online antes de ser impresso. 
E isso em nada 
comprometeu as vendas.



Tony 26: Nessa nova leva de produtos há autores de diversas
 partes do país, 
ou apenas autores  potiguas?


Potyguara: PA, RN, PB,PI, CE, BA, RJ,
 SP, MG,PR, RJ, DF  e do exterior EVARISTO 
OMIDO (brasileiro residente 
no Japão). Se municipalizar, aí o 
número expande ainda mais.

Tony 27: Ô loco!!! Tem gente de todos esses
 estados do país?
 Tem nego de tudo quanto é estado brasileiro e
até do Japão? Sensacional! Graças a Deus, 
atualmente, há muitos movimentos i
ndependentes em prol das
 Histórias em Quadrinhos por todo o Brasil. 
Qual é a sua opinião sobre eles?


Potyguara: Admiro muito. Sou fã da organização e 
da união dos vizinhos mais próximos: 
cearenses, paraibanos e pernambucanos. 
E por isso me entristeço em perceber 
como o pessoal daqui tem uma visão
 amadorística e nenhum
 espírito de irmandade ou pelo menos
 de uma competitividade sadia e cordial.
 O ideal da ABAS era 
exatamente de criar uma 
confederação desses núcleos já existentes, para
 podermos lutar por politicas públicas que 
favorecessem a produção da HQB.

Tony 28: Você consegue ganhar 
dinheiro fazendo HQs 
ou editando produtos?


Potyguara: Os quadrinhos não são
 a minha principal 
fonte de renda. Sou educador 
e designer, dai sai a minha receita. 
Mas as publicações impressas vendem
 sim ou você acha que eu tiraria dos 
meu “vasto salário” 
de educador recursos para sair 
doando minhas edições 
aos pobres?! eheheh! 
Carcará teve uma aceitação muito boa
 (fora de Natal) o que me animou 
a investir mais nessa carreira. 
Agora eu não misturo as coisas, 
o que vem dos 
quadrinhos volta para os quadrinhos. 
Já tive o retorno integral do investimento
 inicial em minha primeira publicação. 
Como já foi paga, agora o que esta 
entrando será convertido na próxima.



Tony 29: As vendas em bancas caíram 
bruscamente em todo o mundo e se fala 
muito em Webcomics. Na sua opinião,
 esta será a nova forma de comercializar quadrinhos? 
As revistas impressas tendem a desaparecer?


Ao lado do governador Iberê


Potyguara: São mídias difentes e atualmente
 para públicos distintos. Quando essas ferramentas se 
tornarem mais acessíveis ao
 grande público, acho que se há 
algo natural que ocorra. 
Mais vai demorar bastante e ambos devem coexistir 
numa boa por um longo tempo. 
Agora o futuro aponta nessa direção 
quem não se atualizar se trumbicará.
 Mas sempre haverá os bengalas boys
 para consumirem as versões impressas 
e bolorentas dos sebos. Humm...
que estrannha sensação 
de DEJAVU? Acho que também fiz essa
 mesma pergunta 
ao Flavio Luiz, heheehhehe...

Tony 30: - Um sonho?


Potyguara: Vários! Mas só se for os de recheio de baunilha. 
Os de leite condensado e goiaba, não curto não...

Tony 31: Uma frustração?

Potyguara: Descobri recentemente que não 
sou imortal... que merda! E
  os meus planos para 3015?!

Tony 32: Planos para o futuro, na área profissional?

Potyguara: Publicar, publicar e publicar. E ganhar $$$!
 Reconhecimento é bom, mas não paga as contas no final 
do mês, ehheehhh!

Tony 33: Caro, bengala boy friend, foi um 
prazer trocar idéias contigo e assim
 poder divulgar o trabalho que você 
realiza aí na sua região.
Parabéns. Deixa aí, antes de
 encerrarmos, seu e-mail, 
site, blog, etc. E, também, dá uma 
dica para aqueles que desejam
 participar dos seus inúmeros projetos.
 Pergunto: Aqueles que colaboram em suas
 edições, são remunerados?


Potyguara: betopotyguara@gmail.com
(pessoal); para colaborar ou para divulgarmos
 algum evento em nosso portal: rquadrinhos@gmail.com
Quem quiser publicar algo envie
 para esses e-mails aí, que 
teremos o maior prazer e atraso 
em lhe responder, hehehehe!
E os colaboradores recebem a 
nossa eterna gratidão! 
Deixe de dar ideia... eu não recebo...







Tony 34: Muito sucesso, Betão, e que todos os 
seus sonhos virem realidade!
 Tá valendo, um hiper mano amplexo, pra
 você e pra todos
 os seus colaboradores...
.
Potyguara: Cara, 33 é a idade de CRISTO? 
Passamos dela e chegamos na  sua
 pergunta de número 34.  Isso foi uma 
entrevista ou um interrogatório do DOI-CODE?


Tony 35: Defina-a como quiser... (Rsss..). 
Mas, o DOI-CODE era um órgão repressivo do
 tempo em que o militarismo 
imperava no Brasil.
Muita gente morreu nessa época terrível ou foi
 pro pau-de-arara, pra ser torturado. 
Não chego a tanto, eu acho... (Rsss...).


Potyguara: Hehheehh! Brincadeiras à parte, 
curti demais. E só parei na última e tem
 gente que não consegue dar uma 
inteira. Olha aí, respondi 33 perguntas 
sua sem sair de cima 
da cadeira e de frente do monitor. 
Em Natal, são 02h 15m , 
heheheh. Abração, Tony. 
 E tudo de bom para você e ao 
seu público maravilhoso! 
Fiquem com a paz de Deus! 
Fiquei muito lisonjeado com 
o convite e espero ter
 correspondido as expectativas! 
Agora pra terminar me
 elucide uma questão: por que 
ficou  me chamando
 de “bengala boy”? Algum dos
 seus espiões andou 
me “brechando” na hora do 
banho, foi? Ehheehheheeh!

Tony 36: "Brechando?" Eita! Arre égua!
Oxiii! (Rsss...). Se isto, "bichin", quer dizer
 espiando, como dizemos por 
aqui no sudeste, pode ter certeza que sim...  
Explicando melhor, Betão: “Bengalas Boys” é
um termo carinhoso que encontrei 
para se referir a nós, aqueles que já passaram 
dos 40 anos de idade e que ainda
 são aficcionados por HQs ou saudosistas do bom e
 velho rock and roll; dos maravilhosos
e criativos anos 60 e 70. 
Na verdade, o termo surgiu
 há alguns anos atrás quando 
eu tinha um grupo musical 
formado por músicos mais velhos, 
que curtiam a boa 
música (coisa rara hoje em dia).
 Tocávamos à noite e ao fecharmos com um dos
 clubes ou casas noturnas o dono me disse:
 “Cara, precisamos fazer um cartaz
anunciando o show da banda. 
Qual é nome da banda?”
Não tínhamos um nome definido do grupo musical.
 Tocávamos por pura paixão e farra,s em grandes 
pretensões musicais. 
Então, pensei e disse: “Coloca aí... Bengalas Boys,
só tem gente de idade no grupo, mesmo.” 
E não é que a coisa pegou?
 Durante muito tempo tocamos usando esse
 “nome estranho”, como diziam os nossos fãs e 
seguidores da época.
"Mil anos" depois, comecei a navegar pelo Orkut, 
que é constituído em grande parte por adolescentes.
 Ao descobrir o Facebook encontrei nele pessoas de 
mais idade, como: Dom Alavares
 (De La Mancha), Sir Lancelott, Marcelino, 
Duke/Jãoeine e outros caras da minha faixa etária. 
Daí sai com este papo de confraria
 dos Bengalas Boys Club (gente experiente, mais 
vivida e tarada por HQs). 
E não é que a coisa pegou, mesmo? 
Em geral, o pessoal não entende 
muito quando ouve 
a gente usando o termo “Bengalas Boys”, 
ou seja, os Bengalas = coroas, 
 gente mais velha;
 boys = rapazes, meninos. Ou seja:
 os velhos que ainda 
são meninos ou rapazes. 
Em síntese: os “coroas” que
 ainda têm o espírito
 jovem, bengala friend.
Enfim, Betão, o termo não é nem
 uma alusão a sua – talvez - ,
bengala murcha... (Rsss...).
Grande mano amplexo a todos 
os bengalas boys friends.  
  C'est fini, como diriam os franceses.

Matéria especial de Daniel Sacks, sobre HQs
 você encontra acessando o link abaixo...
http://bengalasboysclub.blogspot.com


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