quarta-feira, 25 de abril de 2012

ENTREVISTA COM WAGNER MOLOCH, VIDEOMAKER LIGADO AO MUNDO DOS QUADRINHOS!




O entrevistado desta feita não é um 
autor de Histórias em Quadrinhos.
Ele é um videomaker. Ou seja, o cidadão 
produz vídeos. Porém, seu nome e os seus
 trabalhos atuais estão ligados
intimamente aos grandes nomes de grandes 
 autores da arte sequencial do país.
Fomos apresentados, pela WEB, por Rafael 
Portela e chegamos a trocar alguns e-mails. 
Esse criativo produtor de vídeos
colaborou de forma fantástica me enviando 
fotos para ilustrar a
entrevista que fiz com o grande mestre Watson 
Portela (mais um recorde de audiência), que está
de volta ao cenário editorial brasileiro 
depois de merecidas férias
(para a alegria dos seus fãs),
 há alguns meses atrás.
E foi assim, que visitei o site do nosso 
entrevistado de hoje e seu blog e tomei
conhecimento do trabalho incrível desse 
guerreiro da produção
de vídeos, fotos e web designer, e de seus laços
 com renomados
autores do mundo das HQs desse país, criando 
e desenvolvendo sites
para gente de peso do cenário editorial 
tupiniquim. Vamos, todos, agora, saber 
um pouco mais sobre esse
fantástico cidadão e criativo 
bengala brother chamado...

WAGNER MOLOCH,
O VIDEOMAKER E MESTRE
DOS SITES DE AUTORES DE

QUADRINHOS!




Tony 1: É sempre bom fazer novos amigos 
e um prazer entrevistar
gente criativa e batalhadora como você, Wagner.
Eu e nossos webleitores queremos saber 
mais sobre você, sobre sua
trajetória profissional e sobre esta sua paixão,
 envolvimento e dedicação com os grandes 
mestres dos quadrinhos nacionais.
Posso dar o pontapé inicial? Está preparado?

Wagner: Simbora! Pronto pro papo! 
Satisfação em falar contigo também !
Curto muito o Fantasma Negro!






Alberto Jorge de Almeida Lima (Beto)

Tony 2: Fantasma Negro!? Este velho 
personagem foi uma criação
minha e do bengala brother Beto 
(Alberto Jorge de Almeida Lima).
Produzimos esse herói misterioso na década 
de 80. Faz um tempão danado... e é bom 
saber que gente, como
você, ainda se lembra dele. Grato, pela lembrança
e citação. Pena que este nosso herói não vingou...
Mas, vamos nessa, o que passou passou...
Como citei na abertura, foi graças
ao Rafinha, filho e atual empresário do
 meu querido brotherzão
Watson, que acabamos trocando ideias 
via e-mail e você foi
super atencioso me enviando fotos 
deles para ilustrar a entrevista.
Na sequência, descobri que o blog do 
Watson tinha sido feito por você.
Depois, visitei seu blog, seu site 
e adorei o seu trabalho. Parabéns.

Wagner: Realmente, já estávamos conectados
 via Facebook,
porém não tínhamos batido um 
papo legal ainda.
Muito grato pela visita e visão do meu 
pequeno universo, procuro
realizar tudo que sonho nessa vida, 
consequentemente as
coisas vão acontecendo.

Tony 3: Um certo poeta americano dizia que
 todos os homens
sonham quando dormem e que apenas 
aqueles que sabem
sonhar acordados tornam-se grandes
 realizadores.
Isso, ao meu ver. Tem um “Q” de verdade...
Como mencionei, visitei seus portais 
virtuais e foi assim
que descobri sua forte ligação
 com autores
de quadrinhos... Como e quando 
surgiu esta paixão pelas HQs? 
O que você curtia quando era pequeno
ou adolescente?

Wagner: Sim, tenho forte ligação com 
o mundo das HQs desde a infância.
Curtia terror e ficção basicamente como 
fica bem explícito diante daquilo
que produzo atualmente. Eu não me 
ligava exatamente no que era
quadrinho nacional ou não, mas tinha
 uma inclinação por ele,
pois via diferença do material do exterior. 
Também tive contato com
a Turma da Mônica, Os Amendoins, 
Trapalhões, Turma da Fofura e os
heróis que ainda circulam por aí e 
que vivem um bom momento com
as produções americanas 
cinematográficas em alta.










Ao longo da vida, minha coleção
aumentou e diminui. Em um certo período
 torrei quase todas as
minhas HQs em fliperamas da cidade. 
Fui um adolescente
que perdeu o juízo achando que
 recuperaria tudo novamente,
o que obviamente não foi possível,
tamanho era o material histórico
 e raro que eu possuia (hehe)...
mas aos poucos quem sabe
 ainda chego lá...

Tony 4: Quando os antigos jogos eletrônicos
 (uma grande novidade na época –
Década de 80) chegaram com uma gama de 
casas de fliperamas
(nomes dado as primeiras e antigas casas 
deste tipo de diversão eletrônica,
antes da era da informática oficial), foi um rebu.
Toda galera se apaixonou por aquilo e 
muitos passavam horas e horas a fio
nas casas de fliperamas, como você.
Acho que foi nesse exato momento do
 passado, com o advento
dessas casas de jogos é que as HQs começaram
 a perder terreno para os jogos eletrônicos.
 Muita gente que lia HQs deixou de
comprá-las e mergulhou de corpo e alma nos games.
Prosseguindo... Obviamente, o teatro, o 
cinema, a TV, a fotografia,
os vídeos e as histórias em quadrinhos, 
 têm tudo a ver com a arte da
comunicação. O seu interesse em produzi
r vídeos surgiu quando? Como?
E, por quê?

Wagner: Desde os anos 90 eu já fazia
 edição com 2 vídeos cassetes e um
aparelho de som, aprecio muito essa 
manipulação, editei algumas coisas
para amigos, produzi curtas, filmagens
 introspectivas e viagens diversas.
Hoje eu mesclo este hobby com profissão, 
pois recebo algumas encomendas
também. A paixão pelo vídeo é a forma
 audiovisual de apresentação
que me fascina, o que mais gosto de fazer
 é meu diário de bordo que
chamo Doc Moloch
 (www.docmoloch.blogspot.com.br ),
 pois nele
apresento algumas de minhas apreciações, 
eventos e pessoas, e
atualmente com um foco em HQ Nacional 
e Colecionadores,
e digo uma coisa, preparem-se pois
 minhas ideias estão tomando forma.
Muito material riquíssimo será feito. 
Esta será mais uma contribuição
que dou a este universo que tanto aprecio.




Tony 5: Que os deuses continuem lhe inspirando
 parceiro e que você possa realizar 
esses seus inovadores projetos...
“Doc Moloch”? Ainda não vi isso, mas
 o título parece interessante.
Vou lá conferir, prometo... Diga-me, que tipo 
de vídeos você, especificamente, produz?
Para que tipo de cliente?

Wagner: Além do Doc Moloch, também 
faço vídeo para minhas criações
musicais e curta metragem, alguns 
documentários em parceria,
vídeo de apresentação, de promoção
 de eventos, etc.
Só não pego grandes clientes pois não
 tenho suporte para isso ainda ( hehe).
Mas vídeos pessoais, apresentações e
 bandas de rock é o que mais
tenho produzido, além do meu trabalho pessoal.

Tony 6: Você além de videomaker também 
é fotógrafo e webdesigner, OK?
Você foi o responsável pelo desenvolvimento 
do site do Watson,
do Shima e de outras feras. Como e quando
 você começou a desenvolver
websites e como conheceu o mestre Watson?
http://watsonportela.com/paralelas/

Wagner: Sim, aprecio fotografar mas 
não trabalho com isso, apesar que
num certo período trabalhei fotografando
 “mulheres da vida” (hehe)...



Tony 7: As “primas”? Isso é que eu chamo 
de unir o útil ao
agradável (Rsss...)... continue...



Wagner: Este tipo de trabalho rendeu
 uns bons trocados.
Quanto aos blogs, a primeira ideia
 veio quando fiz uma busca
sobre um artista ilustre de São José 
dos Campos (minha cidade),
chamado: Hans Hermann Swoboda
(www.hhswoboda.blogspot.com.br),
 já falecido, e fiquei
impressionado por não existir nenhuma
 referência sobre ele.
Sua obra me inspira desde a infância, 
e eu sabia pouco sobre suas
atividades aeroespaciais na cidade.


São José dos Campos
Em minha busca incessante 
encontrei seu filho Michael Swoboda,
apresentei minha ideia de resgate,
 para ajudar na manutenção
de sua memória para a cidade. 
A partir daí fui expandindo,
buscando artistas que aprecio e 
que não possuiam uma referência
fixa na WEB. O trabalho desses 
mestres geniais estavam espalhados
em pequenas matérias, scans e entrevistas. 
Sempre achei que eles
precisavam de espaços próprios, até 
mesmo para motivá-los ao retorno
em alguns casos. Decidi enveredar 
por essa trilha. E assim tenho feito
até hoje. Fiz websites para o 
Watson Portela, Júlio Shimamoto,
Adauto Silva, Swoboda, Basílio 
Baranoff, Ely Barbosa,
Flavio Colin e em breve Eugênio 
Colonesse, e também estou dando 
suporte ao espaço já existente de 
José Lanzellotti.


Lanzelotti

Tony 8: Hans Hermann Swoboda? Pelo visto, 
um pioneiro aeroespacial
do Brasil e eu, como muita gente por aí, jamais 
tinha ouvido falar nada sobre ele.
Isto é um absurdo. Brotherzão, este seu 
trabalho de resgate dessas
pessoas incríveis é fantástico! 
Bengala friend, meus parabéns.
Sempre achei que esses feras
 (não importa de que área),
que contribuíram de alguma forma para o 
desenvolvimento do país mereciam ter seu
próprio espaço na WEB e você conseguiu 
materializar exata idéia
de forma brilhante. 
Nota mil! Tô contigo e não abro!
O site do Watson ficou excelente, assim
 como o site do old bengala
brother e grande mestre Júlio Shimamoto...
Como e quando você conheceu o Shima?

Wagner: Watson por exemplo, eu tenho 
algumas HQs dele, pensei a
princípio em postar páginas em um blog. 
Porém, achei interessante contatá-lo para algo 
mais pessoal. Conheci o Rafael,
que apresentou a ideia ao pai, então 
tudo correu bem.
Já conversei com Watson inclusive 
pelo Skype. Nosso papo foi de
rock progressivo a quadrinhos, 
passando por cachaça e camarão (hehehe...),
acho sua obra importantíssima e torço 
para seu regresso em definitivo
para breve, precisamos dele produzindo! 


Rafael Portela e o pai

Com o Shima foi a mesma coisa,
apesar que seu e-mail verdadeiro só fui 
conseguir através do
Edu Manzano. Apresentei minha
 ideia e ele apreciou bastante,
concordando que realmente lhe faltava
 um espaço assim. Ele foi
me enviando material também, mas 
com ele, por ter contato direto,
tive mais proximidade. Conversamos 
constantemente, ele aprecia
bastante minhas esculturas (não sei se 
falei que sou escultor
também (hehe)... e que o Shima também
 me incentiva a voltar a
desenhar, pois ele teve contato com algumas 
coisas que fiz no passado.
O mestre Shima tá sempre me mandando
 toques úteis. É surreal
imaginar que tenho o Shima como 
professor direto e incentivador assim
(hehehe)... mas só anda me faltando 
tempo para me dedicar ao
desenho novamente. É a tal velha história 
da necessidade de
se ter dias de 50 horas.






Tony 9: Escultor, fotógrafo, vídeo maker e até
 desenhista de HQs...
pelo visto estamos ante um bengala polivalente.
Gosto disso, me identifico com gente criativa como você, 
que costumo chamar de “Maluco Beleza” (Rsss)... 
Digo sempre: “O mundo é dos doidos.” Se não fosse
 a ideia de um doido, com certeza estaríamos
 morando em cavernas até hoje (Rsss...). 
Quanto ao mestre Shima, sempre foi muito
simpático. Eu o conheci pessoalmente
 nos tempos em que eu trabalhava na
editora Noblet e cheguei até a visitá-lo em
 Jacarépagua, quando
deixou São Paulo city e foi morar na cidade
 do Rio de Janeiro para trabalhar
com uma agência de publicidade carioca,
há muito tempo atrás. 
Além disso, o fera é uma usina de otimismo
que sempre contagiou aqueles que o cercam 
e o homem também
sempre foi uma máquina de produção. 
É um excelente ilustrador, publicitário
e apaixonado por quadrinhos.
 Há algum tempo atrás mandei
pra ele uma entrevista, mas o bengala
 brother até hoje não me deu um retorno,
estranhamente. Mas, deixa pra lá...
Você, Wagner, tem uma empresa, tem sócio? 
Ou produz
tudo sozinho, na base do free lance?


Jacarépagua - Rio de Janeiro
Wagner: Tudo sozinho mesmo. 
Tornei minha casa minha área de
trabalho para tudo. Aqui se parece hora
 com sebo, hora com locadora,
hora com oficina (hehe...), por isso 
disse que não encaro grandes
empreendimentos, pois sozinho 
não dá para atender a demanda.

Tony 10: Coisa de maluco, mesmo... 
Deus te conserve assim...
Para que empresas, agências e clientes
 você, já trabalhou
nos últimos anos?

Wagner: Prostitutas, bandas de Metal 
e pessoas apresentando
seus mais variados produtos (Rsss...).

Tony 11: Prostitutas... Incrível, pois até as “primas”
 entraram para o seu curriculum, clientela (Rsss...).
 Legal, afinal, elas também são gente e queira 
ou não, a Liga das Senhoras Católicas
do Brasil, algumas dessas meninas também
 fazem um grande e importante
trabalho social atendendo os 
solitários e até enfermos.
Conheço uma que atende pessoas enfermas, 
que não podem se
locomover e até deficientes físicos.
Isto não é um trabalho digno de louvor?
Os falsos moralistas e os pseudos-puritanos 
não concordam com meu ponto de vista, é óbvio. 
Mas, ninguém pode negar
que esta é a profissão mais antiga do mundo
 que começou no
passado, quando os maridos levavam
 suas esposas para se
prostituirem nos templos para levantar
 fundos para essas casas
de oração. Apesar de parecer piada 
é a pura realidade.
A coisa é milenar. Mas, esta é outra 
história que fica para outra vez...
Jussara Lanzellotti, vamos falar sobre essa 
querida e intrépida
bengala girl e filha que se dedica arduamente 
a divulgação do
seu querido pai - o grande mestre José 
Lanzellotti -, um
dos maiores artistas que este país já 
teve, além de grande pesquisador
das coisas do Brasil...
Você, pelo que me consta, produziu um
 vídeo sobre o pai dela e
também fez um site. Confere? 
Como e quando você teve o
prazer de conhecer a nossa querida Jujú,
 nossa bengala sister?





Wagner: Grande pessoa ela mesmo ! 
Na verdade ela já possuía um blog,
o Rafael Portela me falou sobre ele, 
acabei conhecendo e oferecendo
meus serviços à ela para dar um trato
 no blog. Eu me lembrava pouco
do trabalho de seu pai, mas através dessa
 iniciativa me aprofundei
em seu universo, descobrindo a pessoa
 fantástica que ele era.
Ainda não foi produzido nada por mim
 para o Lanzellotti, porém está
a caminho um documentário sobre sua vida
 e obra dele, que inclusive já fechei com o
 Álvaro de Moya para participar,
pois eram amigos. 
Aguardem pois um rico material 
será apresentado!


Moya

Tony 12: Professor Moya, preciso entrevistar 
esse fera, um dia...
Espero que a galera bengala fique atenta, 
pois, com certeza,
este documentário vai dar o que falar. 
Grande sacada esta sua,
Wagner. Me avise quando a coisa rolar.
 Let’s go... Eugênio Colonesse...
vamos falar sobre esse saudoso e 
produtivo autor de quadrinhos...
ele, Rodolfo Zalla e o fizeram história e 
foram os fundadores do lendário
estúdio D-Arte, que nas décadas de 60 e 
70 produziram
inúmeros títulos de variadas séries para
 o mercado nacional de HQs,
para diversos editores. Produziram de tudo, 
desde terror, combate, aventuras,
super-heróis, etc... você, bengala friend and brother
 Wagnão , também criou e desenvolveu
um site para o genial Colonese, certo?
 Ele foi feito por você, como
homenagem a um dos nossos grandes 
mestres das Hqs, ou foi
feito sob encomenda de filhos 
ou parentes dele?

Wagner: Sim, grande Colonesse ! 
O blog para ele entrou também em meu
projeto de resgate, o que chamo de “Luta Contra o 
Anonimato Digital de Grandes Artistas”.

Tony 13: Caceta! Achei este título fantástico, duka...
 continue...

Wagner: Mas ainda não tem material 
publicado, estou acertando os
detalhes com sua filha. Mas também 
teremos um documentário sobre
ele, e espero que consiga desenvolver este ano.
 Estou muito empolgado,
pois antes de tudo será uma viagem pessoal
 única ter acesso a todo
esse material. Fico triste com a forma
 que tudo aconteceu, a depressão
em que ele entrou, após ter desaparecido 
quase todo seu material
original, mas isso fica pra ser 
apresentado no documentário.

Tony 14: Ouvi falar superficialmente sobre
 a tal depressão que ele
Sofreu e sobre o total desrespeito 
com os originais dele.
Cara, você é um anjo que surgiu para 
imortalizar esses grandes mestres.
A maioria deles já estavam quase esquecidos... 
e isso é uma puta sacanagem.
Na América eles veneram os mestres do passado e no 
Japão os mortos são sempre lembrados e
reverenciados. Um país sem memória é um 
país sem história. Congratulations, again (Rsss)... 
As novas gerações precisam e
devem conhecer a obra desses gênios das 
HQs nacionais e dos grandes pioneiros,
sejam eles dos mais variados setores...
O seu trabalho é incrível e muito importante,
 visto que você ao
desenvolver vídeos e sites está resgatando
 o trabalho dos grandes mestres do passado e
 contemporâneos do mundo dos
quadrinhos... gente de peso, verdadeiras
 feras do até então
chamado terceiro mundo subdesenvolvido,
 mas que revelou
muitos talentos. Essa gente jamais 
deve ser esquecida, pelo
importante trabalho que fizeram e 
por sua relevância ao contribuirem 
(e alguns ainda contribuem) 
para o desenvolvimento
e perpetuação das HQs nesse país. 
Pelo que pude notar, registrar e perpetuar
o trabalho desse povo criativo era mesmo a sua
intenção inicialmente...

Wagner: Totalmente! E muito mais
 pelo caminho virá. Espero que pessoas
se contaminem com a ideia, criando 
espaços dedicados a artistas, ou seja
quem for de sua cidade que teve uma 
relevância, mas que o tempo não
fixou seu nome na história atual.

Tony 15: De fato, muitos passam despercebidos 
pelo cenário histórico nacional,
infelizmente. E a nossa imprensa só dá 
destaque para os grandes medalhões
nacionais e internacionais (este últimos
 principalmente), e acabam
esquecendo de enaltecer as pratas da casa. 
Acho isso um absurdo...
você é o cara! Tá fazendo a coisa certa...
Wagner, em que dia, mês, ano 
e cidade você nasceu?


São José dos Campos 
Wagner: Dia 24 de Setembro de 1973 às 
10 da manhã na cidade de São
José dos Campos, interior de São Paulo.
 Fui ejetado ao mundo junto
com o álbum The Dark Side
 of the Moon (hehe...)...



Tony 16: Ejetado!? Esta foi ótima (Rsss...)... 
Pink Floyd! Dark Side of the Moon...
Pra mim esse é o melhor disco desses 
caras que revolucionaram a
música mundial com um rock progressivo 
de alta qualidade.
Ainda tenho esse vinil, além de vídeos, 
DVDs, etc...
Essa banda é duka, é insuperável, 
ao meu ver. Avante...
Moloch... este seu sobrenome
 é russo, polonês?
Qual é a origem da família Moloch?

Wagner: Na verdade meu sobrenome
 é Ribeiro, uso Moloch desde 1988
como um pseudônimo forte. 
Muitos vêem uma relação nazista
devido ao nome de origem alemã e ao
 filme de nome Moloch,
de 1999, do diretor Alexander Sukorov , 
que trata sobre a vida
de Adolph Hitler e sua amante Eva Braun.
 Outros associam ao filme
de Fritz Lang, Metrópolis, de 1927,
 sobre máquinas escravizando
homens, sobre a superioridade dos ricos...
 mas a real é que peguei
em um livro de satanismo e demologia.
 Em 1988 senti a necessidade
de um pseudônimo, pois sempre fui ligado 
ao ocultismo e a musicalidade
mais obscura também como Black Metal, 
Gótico, Doom...
achei esse sobrenome forte, e uni o meu 
verdadeiro nome
(Wagner) ao Moloch, e já se 
foram 24 anos...

Tony 17: Então, Wagner Moloch virou 
seu nome de guerra... de fato, soa bem...
Foi bem escolhido e é marcante, 
quando se associa ele aos diretores de peso
e outras cositas más que você citou... 
Vamos em frente,
meu obscuro e ocultista 
bengala brother...
Quanto você cobra para criar e
 desenvolver um website?

Wagner: Para o blog é muito variável,
 depende do acervo divulgado,
se terei que tratar imagens, criar logo, etc.
Recomendo entrarem em contato 
comigo para avaliar cada caso.

Tony 18: Quanto custa, mais ou menos, 
hoje, uma produção de vídeo?

Uma escultura hiper realista de Moloch

Wagner: Conecto a resposta acima a 
esta questão também,
é bastante variável.

Tony 19: Quem estiver a fim, aguarde, que até 
o final dessa  entrevista ele vai dar o e-mail par
a contato... 
Que produtores de vídeo ou cinematográfico
 influenciaram você,
bengala boy friend?

Wagner: Kenneth Anger, José Mojica Marins
 (que tive a honra em
apresentá-lo na Virada Cultural de SP, 
em 2011, em dois palcos),
George Romero, David Lynch, Alejandro 
Jodorowsky,
Gaspar Noé, Glauber Rocha, Stanley
 Kubrick... esses são os
caras que fazem a minha cabeça, 
que adicionam
muito ao meu universo.






Tony 20: Um time da pesada, que também adoro...
Cite alguns grandes autores de quadrinhos,
 nacionais e importados...

Wagner: Possuímos trabalhos excepcionais
 na história da humanidade, como:
Ao Coração da Tempestade e O Edifício de
 Will Eisner, por exemplo,
que possuem narrativa e arte que se 
distanciam e muito de histórias
de super-heróis, tratando tão bem 
do quotidiano e abordando o
preconceito. 







Temos, também, Flavio 
Colin e seu traço inconfundível
navegando pelo misticismo e história 
brasileira, o surrealismo da parceria
Neil Gaiman e Dave McKean, a escatalogia
 urbana de Marcatti e Angeli,
Revistas como Heavy Metal, que por
 definição eram chamados de quadrinhos
adultos, pelas abordagens mais 
substanciais da ficção, erotismo e fantasia
que os diversos artistas participantes
 nos ofereciam, a sátira de
MAD, O estrondoso sucesso do 
Elseworld de Frank Miller, Cavaleiro das
Trevas... e que tal citarmos Moon Shadow, 
A Garagem Hermética,
Dylan Dog, lembrar de Alan Moore, 
Robert Crumb,
Ely Barbosa, Bira Dantas, Mozart Couto...
poxa, há tanto a ser citado que valeria 
alguns megabytes de textos (hehe...)...




Tony 21: Com certeza, com certeza (Rsss...). 
Há muita gente genial nesse
 universo maluco dos quadrinhos, tanto
 no setor nacional quanto 
no internacional... Mudando de pau 
pra cacete... vamos falar de cinema...
Grandes diretores do cinema nacional 
e internacional?

Wagner: José Mojica Marins e 
Stanley Kubrick.

Tony 22: O Mojica Marins (o nosso Zé do Caixão) é 
tão genial quanto Kubrick.
Aliás, acho que o Mojica, sobre certo aspecto, foi 
até mais genial do que o Kubrick...
O cara foi um dos primeiros a enveredar
 pela vertente do terror no Brasil. 
Fazia cinema sem recurso financeiro, vivia
 na pindaíba, não 
tinha grana para pagar seus colaboradores,
 comeu o pão que o
 diabo amassou, mas fez filmes geniais 
como Esta Noite Encarnarei 
no seu Cadáver, etc. Seu personagem, 
Zé do Caixão, virou programa
 de TV, fez um sucesso danado e 
depois o homem foi 
esquecido pelo público brasileiro, 
inexplicavelmente. 
Só anos depois sua genialidade foi 
resgatada pelo público 
americano e seus filmes trash, que fizeram 
um grande sucesso 
na América e pelo mundo afora, foram 
considerados obra de arte.
 Taí um cara que ralou muito e que 
fez muito pelo cinema 
nacional e que jamais deveria ser esquecido.
 Acho o público tupiniquim muito 
injusto com os nossos 
grandes artistas... Joe Cuffie 
(José Mojica Marins, o Zé do Caixão)
merece um puta website, Wagnão. 
Já pensou em elaborar ele, parceirão? 
Vamos em frente que atrás vem gente (Rsss...)...
Qual é a sua opinião atual sobre 
o cinema nacional?





Wagner: Tenho visto muita coisa independente 
se desenvolvendo, o que é
ótimo, pois a grande indústria é um reflexo 
de novelas televisivas,
acho um porre, salvo exceções raras.

Tony 23: Concordo contigo... a Globo entrou 
firme nos filmes
cinematográficos realizando 
películas geniais como 
O Alto da Compadecida,
um clássico da literatura nacional e outros
 filmes, mas só dá artistas
das novelas da TV deles nas telonas, apesar 
dos filmes serem bem produzidos.
Cadê os novos talentos? A coisa fica maçante, 
sempre as mesmas caras,
apesar desses antigos atores e atrizes
 globais terem um talento inegável...
Qual é sua concepção sobre as 
histórias em quadrinhos produzidas
no Brasil, (apesar de serem incipientes), 
seus autores e raros editores?

Wagner: Um universo muito particular, 
peculiar, em especial nas produções
que abordam a ficção científica, 
história do Brasil, causos, escatologia,
situações urbanas do quotidiano. 
Temos um rico acervo, não precisamos
flertar tanto com super-heróis, temos 
muito a ser explorado ainda
e torço para que o momento em que
 vivemos só cresça e se torne sólido.
A volta as bancas das HQs brasileiras 
também seria muito necessária, pois
atingiria novamente todos os públicos. 
Atualmente tudo anda se
restringindo apenas as livrarias.

Tony 24: Também acho isso um absurdo, 
apesar do belo trabalho que vem sendo
feito pelos independentes. 
Mas a coisa ficou elitizada. 
O grande público não tem acesso a 
livrarias e até desviam delas, que
 têm um preço salgado demais.
 Os preços de bancas eram 
democráticos, as revistas podiam 
ser compradas por
 gente de todas as classes sociais. 
Atualmente, tem nego vendendo 
gibi nas bancas por preços absurdos, 
devido as tiragens medíocres.
Um absurdo. Isso também tem 
afugentado nosso público-leitor,
 que não é idiota. 
Outro dia entrevistei o grande mestre
 e bengala friend Primaggio, recentemente...
o Primo (apelido dele) disse que a editora
 Abril tentou fazer HQs
 nacionais (vide revista Crás, etc), mas 
que o público não aceitou o material 
tupiniquim.






Posso concordar com o Primo num
 aspecto: Na verdade, 
existe uns babacas preconceituosos
que só curtem super-heróis e mangás e que 
torcem o nariz quando surge uma
 HQ Made in Brazil.
Mas, discordo em outro ponto, pois 
acredito que o
 grande público não tá nem aí se o 
material é nacional, 
importado ou do planeta Marte. 
O leitor, ao meu ver, quer apenas se divertir.
 Se gostar do material vai continuar
 comprando. 
Não importa a origem. Taí a Turma da
 Mônica que não me deixa mentir.
 Os roteiros das HQs do Mauricio 
são geniais, divertidos, enquanto 
a maioria dos roteiros brasileiros
 são sofríveis.
 O cinema nacional sofre do mesmo mal...
 Cadê nossos bons escribas? 
Comprei a revista Crás, da Abril, que reunia
 diversos autores, 
e confesso que não vi ou li nenhum
 roteiro sensacional. 
Como alguém pode escrever um bom
 roteiro em 3 ou 10 páginas? 
Essa limitação do número
 de páginas na época
 podou os bons roteiros, com certeza, 
apesar do bom nível profissional que a 
Abril conseguiu reunir na época. 
O time de profissionais era ótimo, mas o espaço 
era ultra limitado. Prosseguindo...
Com o advento da WEB criou-se um novo
 conceito de se ler uma boa HQ através 
de IPads, tablets, celulares top de 
linha, etc. Na sua opinião, as
 revistas, os gibis impressos, 
tendem a escassear ou 
desaparecer, com o tempo?

Wagner: Espero que não desapareçam, que 
todos os autores 
e editores dêem as mãos e sigam fortes. 
Nada substitui o prazer 
do toque no papel, o aroma. Virar a página,
 faz parte de toda uma
 experiência sensorial. Eu particularmente 
não consumo 
nestes formatos, meu celular só
é utilizado para ligação e mensagens 
e já é suficiente
 para me deixar louco,
já os outros equipamentos sinceramente
 ainda não 
me foram úteis para meu dia a dia.

Moloch - Um artista de múltiplo talento

Tony 25: Deus te ouça, pois acabei de receber
 um e-mail da editora Abril
me oferecendo duas opções de leitura
 para a revista VEJA: 
digital e impressa.
Por todo o mundo muitos editores estão se 
tornando digitais,
 como a tradicional enciclopédia Barsa, o 
Jornal do Brasil, etc... 
talvez sejamos os “últimos dos mexicanos...
 para não dizer, moicanos...” (Rss...).
 Como anda o mercado de produção de vídeos
no país? Ele está aquecido? Há alguma lei 
de incentivo para
este segmento específico?

Wagner: Sim, existem leis que favorecem, porém 
não quero mexer com isso
no momento, é uma burocracia danada e 
a concorrência é desleal...
não tenho energia para desprender 
no momento.
Quanto ao mercado as coisas estão 
acontecendo, tenho muitos
amigos na área, e só cresce. 
Independência ou morte!

Tony 26: Esse histórico e famoso grito de 
independência precisa ser bradado por 
todos os setores que mexem 
com arte neste país! Meu querido e 
consciente bengala
brother, você tem ideia de quantos vídeos
 já produziu até hoje e
qual foi o que mais lhe agradou?

Wagner: Não tenho em mente, mais de 
50 pelo menos acredito que já produzi, porém 
o que mais estou apreciando 
em desenvolver é o Doc Moloch,
a experiência é ótima... cobrir eventos 
de forma independente, nada
superficial como uma simples matéria de
 TV, não se preocupar com o
tempo, estou apaixonado por este momento.

Tony 27: Maravilha... Uma produção de vídeo 
caprichada deve exigir 
muita gente, como: maquiador, iluminadores,
 montadores, etc...
 é possível manter uma grande equipe
 para fazer uma bela produção 
no país ou isso é coisa de 
produtor estrangeiro?

Wagner: É possível, por experiência. 
No meu caso é só uma câmera na
mão e aproveitar a luminosidade local, 
por isso chamo o Doc
de “Diário de Bordo”. Produzo dessa
 forma praticamente o que vejo,
com a forma simples de olhar, e
m primeira pessoa.

Tony 28: Atualmente, há rodeios quase
 que mensalmente por todo o país.
Eles atraem o público e como conseqüência 
muitos cantores sertanejos ou não
de sucesso comparecem a esses grandes eventos.
Com a crescente produção musical 
de selos independentes muitos desses
artistas fazem a produção de DVDs e Blueray,
 que registram suas
apresentações ao vivo. Na certa, este novo 
mercado, que há anos
(após a quebra da maioria das
 gravadoras do país), vem
crescendo cada vez mais tem aquecido o
 mercado de produção
de vídeos por todo o Brasil. Você também 
explora esse segmento?

Wagner: Não. Além de não apreciar a
 música desse pessoal,
detesto rodeios, prefiro MMA, 
nenhum animal sendo machucado.

Tony 29: MMA? Nenhum animal sendo 
machucado... (Rsss...). 
Genial... ô loco... vamos prosseguindo... 
Trabalhamos (os estúdios Pégasus) em 
parceria com o
Spectrum Studio, do bengala brother 
Eduardo Lolo, ex-guitarrista da
velha banda musical chamada Brazukas
 (antiga Bengalas Boys),
da qual participei durante uns 15 anos. 
Nesse estúdio produzimos
locuções, audiovisuais para empresas, 
trilhas musicais, jingles, etc.



Outro dia estive por lá e o Lolo estava 
a milhão, produzindo um curso de
inglês e espanhol para uma renomada
 escola de idiomas e fiquei
sabendo que este mercado (de gravações) 
está superaquecido
atualmente, graças a uma lei que 
incentiva e obriga toda produção
de cunho didático a ter um CD de áudio
 ou de vídeo, para esse
tipo de produto pedagógico. Você também 
está usufruindo disso?



Wagner: Não, nem estava ciente. Vou procurar
 me informar.
Talvez seja uma fonte extra de renda, 
desde que não me
atrapalhe em outros setores (hehe...).

Tony 30: Qual é a sua formação?

Wagner: Sou do rádio, operador. 
Minha atuação principal no
momento é a escultura.

Mais esculturas do criativo Wagner Moloch
Tony 31: Curti as imagens que você enviou 
para ilustrar as matérias e algumas 
dessas suas esculturas estão
aí para serem apreciadas pelo mundo.
 Afinal, temos uma audiência
internacional... é mole? (Rsss...). 
Agradeço à todos que acompanham
e que colaboram com os nossos blogs, 
nossas matérias e entrevistas, etc.
Curiosamente são justamente as 
entrevistas os links mais acessados pelo
mundo afora, graças ao nosso tradutor
 para diversos idiomas...
as entrevistas, elas despertam o
 interesse geral.
Sobre suas esculturas, achei-as fora de
 série, principalmente, aquelas
dos etês, parecem super reais...
Todo mundo tem um sonho, qual é o seu?

Wagner: São muitos, mas vou ser sincero 
e expressar o que
vem a cabeça no momento:
Uma graphic novel com minhas criações
em escultura.

Tony 32: Um produto editorial diferente 
(sui generis) e até inimaginável
por milhares de editores, com certeza... 
algum editor
 de vanguarda está curtindo este bate papo?
Alguém se habilita a investir? 
Taí uma ideia arrojada...
Alguma frustração, bengala brother?

Wagner: Sempre, faz parte, mas a maior
 seria a perda de um grande amor.

Tony 33: Um cara romântico, hein? 
O que eu já vi cara
 ficar down por causa de uma mulher, de 
um grande amor  perdido ou de um grande e 
louco romance não tá no gibi. Pra mim, paixão
 é doença e pira a cabeça de qualquer
 um (de ambos os sexos). É preciso ter equilíbrio,
 sensatez. Afinal, a felicidade deve estar dentro
 de cada um de nós e
 não externamente. Porém, não a Cristo 
que suporte a perda de
 um grande amor, sem dúvida. 
Os mais fracos de cabeça acabam
 desandando e 
muitos tornam-se alcoólatras ou
 dependentes de drogas, 
lamentavelmente...
Projetos para o futuro?

Wagner: A continuidade de tudo que
 faço e cada vez mais otimizar
meu espaço para conclusão das realizações.

Tony 34: Wagner Moloch por Wagner Moloch...
defina-se: quem é você? (rsss…)…

Wagner: Um angustiado navegando
 em um navio no alto mar.

Tony 35: Você é o capitão da sua embarcação.
 Aliás, cada um 
de nós dirigimos nosso próprio “barco”. 
Só nós podemos mudar 
o rumo das coisas e se concentrar em
nossos objetivos. Em síntese: Estamos,
 todos, no mesmo barco.
Remando contra a maré, essa é que é 
a grande verdade (Rsss)...
Como diz a letra de um antigo samba
 do mestre Paulinho da Viola:
“Faça como o velho marinheiro,
Que durante o nevoeiro,
Leva o barco devagar!”
Quem desejar produzir qualquer tipo 
de vídeo ou site com você, como
deve proceder? Deixe aí seu e-mail,
para contato, etc...



Wagner: Procurem-me em qualquer rede social, Google, etc...
Wagner Moloch. Estou em todas.
Meus principais canais são:
Meu blog principal:
Canal no Youtube:
Doc Moloch:
Projeto Musical:
Email e telefone para contatos:
(12) 91865255–

Tony 36: Viagens internacionais... que países 
você já visitou?
Teve alguma experiência 
profissional fora do Brasil?

Wagner: Não. Mas já me estiquei bastante 
pelo Brasil,
mas fora ainda não fui. E tem gente lá de 
fora que me enche o saco
pra visitá-los (hehe...).

Tony 37: Não perca esta chance. 
Aproveite os convites.
 Viajar, conhecer novas culturas é sempre
salutar. Abre a cabeça e a gente volta 
pra casa com outra visão de mundo...
Na minha opinião, um profissional 
da área de comunicação 
sempre deve atuar em diversas mídias,
 ainda mais hoje em dia. 
Meus estúdios sempre foram multimídias – 
muito antes desse termo ser usado amplamente - 
 e acho errado aquele
 que só pensa em produzir quadrinhos 
(apesar deles serem a minha paixão), 
 pois há um vasto mercado 
para ser explorado no que
tange a arte e criação. Englobar a produção
 de vídeos, fotos, sites, blogs, trilhas, animação e 
audiovisuais, sempre foi uma
 boa opção para autores que sonham 
em manter um estúdio -
 uma empresa-, funcionando e pagando
 seus compromissos
 em dia. Afinal, não dá pra ficar só 
pensando no lado 
artistico quando se tem uma porrada
 de contas para pagar. 
Se uma empresa não pagar seus 
encargos sociais o
 governo vem e fecha. 
Querem arrecadar e não querem 
saber se você é um genial autor de 
HQs ou coisa parecida. 
A realidade é dura e cruel no
 mundo dos negócios e 
HQs é um simples negócio 
como qualquer outro.
Quaquer investimento gera despesas e,
 por lógica, têm que gerar receitas
Para bancar os custos, para obter algum
 lucro. É simples. O resto é
pura babaquice de gente que viaja na
 maionese, literalmente.
Viver só de HQs nesse país – autores
 brasileiros com suas próprias criações –
sempre foi difícil, complicado e, 
atualmente, é verdadeira utopia, dado
aos raros editores que se aventuram em lançar títulos 
brasileiros em nossos pontos de venda. 
A única exceção é o nosso querido 
e criativo guerreiro das antigas,
Mauricio de Sousa, (um campeão 
de vendas), é óbvio.
Portanto, agregar novos parceiros para 
incrementar e diversificar a
prestação de serviços de um estúdio 
é uma sábia decisão...
você, Wagner, também faz – ou já fez -,
 parcerias com o pessoal que
rabisca ou com estúdios de arte e criação?
 Qual foi o resultado?

Wagner: Olha, as parcerias irão acontecer
 daqui pra frente.
Há ideias em fusão, aguardem
 novidades futuras.

Tony 38- Beleza... vamos aguardar...
Caro bengala brother, foi uma grata 
satisfação poder entrevistá-lo e
conhecer um pouco mais sobre você,
 sobre sua trajetória,
projetos e suas conquistas. Deixe aí sua 
mensagem para aqueles
que sonham em se tornar um videomaker
 e multimídia como você...

Wagner: Insistam. A palavra “não” deve 
ser encarada como um desvio
e não uma cancela em definitivo. 
Façam acontecer. Sejam criativos,
no que diz respeito a realização. 
Não pensem que só com verbas
exorbitantes poderão criar algo, com
 zero também se produz,
basta querer.

Tony 39: Concordo plenamente com 
as palavras suas. Nada consegue deter quem 
tem deteminação e muita garra.
Grato, por sua colaboração e muito sucesso, 
bengala boy friend!
Bem vindo a milenar confraria 
dos Bengalas Boys Club!
See you later, Wagnão!

Wagner: Muito grato, Tony, pelo espaço 
oferecido... espero ter
contribuido de alguma forma. 
Agora vou pro quintal,
pois tem algumas esculturas me chamando,
impacientes para nascer.


Tony 40: Bom trabalho, bom “parto” e até 
breve, Wagnão!
DICA: Siga os links abaixo e visite os sites
 criados por Wagner Moloch
para os grandes mestres das 
HQs nacionais. Confira.

Copyright 2012\Tony Fernandes\
Estúdios Pégasus – 
Uma Divisão de Arte e Criação da
Pégasus Publicações Ltda – São Paulo – 
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