sexta-feira, 11 de novembro de 2011

HARVEY COMICS, UM DOS MAIORES IMPÉRIOS DE COMUNICAÇÃO DA AMÉRICA!


HARVEY COMICS! 

 UM IMPÉRIO NA ERA DE OURO

 E NA ERA DE PRATA

DOS QUADRINHOS

AMERICANOS!
Matéria especial - Por Tony Fernandes

NOTA: Se você acha que a Harvey Comics
 só publicava títulos infantis está
completamente equivocado.
Você irá se surpreender ao descobrir a
 gama de títulos que este verdadeiro império
editorial da América chegou a publicar.
 Leia a matéria a seguir...


Stuntman - Um dos super-heróis
lançados pela Harvey




Joe Simon e Jack Kirby em
1946 trabalharam para a
Harvey fazendo
super-heróis e HQs
de suspense 

Alfred Harvey (1913-1994)


Os desenhos animados da Harvey ficaram famosos


A Harvey Comics, que também ficou conhecida
 como Harvey Publications, foi uma grande 
e importante editora de História 
em Quadrinhos dos Estados Unidos.
 Ela foi fundada em 1941, por Alfred Harvey,
 após este ter comprado a pequena editora
 chamada Brookwood Publications. 
Seus irmãos, Robert e Leon, se associaram 
a ele, no negócio, pouco tempo
 depois, eles transformaram a pequena 
Brookwood na poderosa Harvey Comics, 
um verdadeiro império de 
comunicação americana.


NOTA: Alfred Harvey era o Presidente
Leon Harvey (o irmão gêmeo de Alfred)
era o Editor e Vice-Presidente
e Robert Harvey era o Gerente de Negócios.

 COMO TUDO


COMEÇOU...

Inicialmente a empresa só publicava sob
 licença alguns títulos que compravam de
 autores ou outros editores, mas a partir 
de 1950 começou a criar e desenvolver 
seus próprios personagens.



O artista mais criativo da Harvey 
foi, sem dúvida, o lendário 
Warren Kremer (1921 - 2003)
 um escritor e desenhista que criou e 
desenvolveu personagens como Richie 
Rich (Riquinho, no Brasil), Hot Stuff
(Brasinha, no Brasil) e o famoso logo 
da empresa com o Jack-in-The-Box -
 um Arlequim que saia de dentro de 
uma caixa, graças a uma mola. 
Também conhecido como
 João-bobo, no Brasil.


 O estilo inconfundível de Kremer é 
reconhecido como de alta qualidade
até hoje pelos grandes
 artistas do setor editorial e do
mundo da animação 
da América e do mundo.

MINI BIOGRAFIA DE UM GRANDE ARTISTA

WARREN KREMER
(Harvey Comics – 1948\1982)


Kremer
Kremer nasceu no Bronx, bairro pobre 
de Nova Iorque, filho de um pintor de sinais.
Ele adorava e foi influenciado por artistas, como:
 Alex Raymond (Flash Gordon) e Harold Foster
 (Príncipe Valente), entre outros.


Flash Gordon - Criado por Alex Raymond
Príncipe Valente de Harold Foster -
Edição brasiliera
Kremer frequentou a Escola 


Superior de Música e Arte e

foi graduado pela Escola de Artes
 Industriais. Assim, ele começou 
a fazer layouts, letras e 
ilustrações para desenhos animados 
e para as revistas de aviação
 durante dez anos. 
Começou a trabalhar com quadrinhos na 
pequena Ace Publications. 
Seu primeiro título publicado 
foi Hap Hazard.
Se casou com uma profissional da área
 bem conhecida, uma letrista chamada Grace.
 Devido a uma hérnia  Kremer não foi 
mandado para o front durante a 
Segunda Grande Guerra Mundial.
Foi graças ao amigo Steve Mufatti, 
que ele acabou indo 


trabalhar na Harvey Comics.






Começou como freelance em 1948.
 O então editor Sid Jacobson estava 
decepcionado com a má concepção da 
maioria dos quadrinhos daquela época
Sid queria algo diferente, desejava
 sair da mesmice que existia
no mercado. A maioria dos
editores se limitavam a fazer
produtos similares aos
 concorrentes. Faltava criatividade.
Era preciso criar algo 
novo, diferente.


Após ter assistido diversos filmes 
de animação ele não conseguia 
entender por que
os quadrinhos eram inferiores 
aos animações desenhos da TV.

 Assim, decidiu contratar Kremer para fazer
 um projeto de animação e para renovar 
os quadrinhos da Harvey, pois os
editores desejavam
 ampliar a  linha de produtos
editorias e a atuação desta
marca no mercado.
 Kremer, após examinar os layouts dos 
demais colaboradores decidiu recriar tudo.
 Passou a criar personagens bem
 melhores e seu traço e estilo eram
 marcante e bem diferenciado.

Hot Stuff (Brasinha, no Brasil) -
Todas as capas foram desenhadas
por Warren Kremer
Nota: Este personagem sofreu preconceito,
por ser um capetinha. Nunca
estreou uma série animada e
jamais foi licenciado para produtos
de merchandising


NOTA: Apesar da Harvey criar personagens
estranhos como: capetinha, bruxa, fantasmas,
 gigante monstruoso, etc,  que deveriam, por lógica,
 assustar as crianças, essas incríveis
criações acabaram cativando os
pequeninos e até mesmo os adultos.

Spooky (Lelo, no Brasil)


Muitos profissionais admitem que o
 estilo de Kremer influenciou 
toda a indústria das Histórias 
em Quadrinhos e da 
animação daquela época.
 O artista trouxe ao mercado um novo
 conceito de personagens super
 carismáticos destinados as crianças
(pré-adolescentes) e que acabou 
conquistando até os adultos.


O talentoso, desenhista 
e roteirista, criou e redefiniu
 muitos dos mais conhecidos 
personagens da Harvey - inclusive
os títulos que eram licenciados-, como:
Gasper (Gasparzinho), Hott Stuff (Brasinha), 
Palooka Joe, Little Audrey 
(Aninha, no Brasil), Little Max, Rich 
Rick( Riquinho, no Brasil), 
e Stumbo The Giant
(Miudinho, no Brasil).

Página de uma das  primeiras 
HQs de Casper

Richie Rich
(Riquinho, no Brasil)

Stumbo Giant (Miudinho, no Brasil)
foi baseado em Gulliver

Uma das primeiras HQs de Audrey
(Aninha, no Brasil)


Capa por Marty Taras e Kremer
Little Dot (Brotoeja, no Brasil)

Nesta capa de Little Dot encontramos
Little Lota (Bolota, no Brasil),
que depois ganhou sua
própria revista
Kremer também se destacou como um 
excelente desenhista de figuras 
humanas ao produzir trabalhos de alta 
qualidade para os romances publicados
pela Harvey, para histórias de guerra e
para alguns títulos de terror e
suspense,  num período que
ficou conhecido como  
“A era de ouro das 
HQs americanas”. 

Outros trabalhos de Kremer



Câmara de Calafrios -
Série de suspense
que fez sucesso






Arte: Joe Simon e Jack Kirby

HQs de suspense
Warren Kramer em pouco
 tempo se tornou 
o principal artista da Harvey, onde
 trabalhou durante 35 anos na maior
 parte do tempo como diretor de arte.
Além de fazer os desenhos a lápis para
 todos os personagens daquela casa 
editorial Kremer também fazia
 storyboards, para os desenhos animados, 
artefinalizava alguns trabalhos e dava um 
show de pintura ao fazer as capas dos 
principais títulos da casa.
Segundo Sid Jacobson, 
Kremer era incrível.



 Jacobson
Produzia oito páginas a lápis por dia, 
além de fazer outros trabalhos 
dentro da empresa.
A maioria dos artistas da divisão 
de arte e criação das revistas de humor 
da Harvey eram instruidos para imitar
 o estilo de Kremer, que havia caído 
no gosto popular e que fizera aumentar
 consideravelmente as vendas
dos produtos.

A carreira de Kramer 

pós-Harvey 

(1983-2003)



Warren e Joe Simon
Depois que o genial artista saiu da Harvey 
em 1982, ele passou a desenhar vários 
personagens para a Marvel Comics e para
 a Star Comics. 


Fez: Eworks, Terry Planet, Roy Royal e 
Top Dog, entre outros trabalhos marcantes.
Em 1989, ele foi vitimado por um problema 
grave vascular que o impedia de 
desenhar com a mão esquerda – 
ele era canhoto. 
Tentou usar a mão direita, 
mas acabou desanimando com 
os péssimos resultados e
decidiu parar de desenhar.

Kremer, na Marvel
Warren Kremer em idade avançada
viveu em Bloomfield, Nova Jersey e

faleceu no hospital de 
Glen Ridge em 2003.

A OPINIÃO DOS
OUTROS

PROFISSIONAIS


“Ele foi um dos melhores e mais criativos
 desenhistas que surgiu na América”, declarou 
a desenhista da Marvel, Marie Severin, irmã 
do também desenhista da 
Marvel John Severin.


Marie Severin
"Quando Warren entrava numa empresa 
de animação, todos nós tínhamos que 
se adaptar ao estilo dele ou deixar nossos 
empregos! O homem era bom demais.
 Entendia muito sobre arte.” – afirmou Martin
Taras, um famoso e respeitado 
animador da época e artefinalista
de quadrinhos.

ALFRED HARVEY,

O FUNDADOR DA
EMPRESA


Alfred Harvey
Ele foi editor, roteirista e um grande 
empresário da área de comunicação da América, 
que ficou conhecido como um dos fundadores
 da famosa Harvey World Famous Comics – 
na era de ouro dos quadrinhos-, uma 
empresa que produzia História em
 Quadrinhos e desenhos
 animados para a TV. 
Alfred também criou Richie 
Rich (Riquinho)
 e Little Dot (Brotoeja, no Brasil).
Além de ter criado os dois personagens
 infantis ele também criou a super-heroína
 Pantera Negra em parceria com o 
desenhista Al Gabrielle. 
Um sucesso de vendas na época.










Black Cat foi um grande sucesso,
como afirmava este anúncio
daquela época!
A casa editorial dos Harvey 
sempre deu oportunidade para 
muita gente entrar no concorrido 
mercado das Histórias em Quadrinhos.
Foi nessa editora que o jovem e talentoso
 desenhista Don Heck começou sua 
carreira profissional.


Don Heck
Tempos depois, Don Heck, ficou famoso 
fazendo desenhos para diversos
 super-heróis da Marvel.

QUANDO O EDITOR

SE APOSENTA


Alfred Harvey se aposentou em 1982 e sua 
empresa foi vendida para a HMH 
Communications sete anos depois.
 O nome da empresa foi mudado
imediatamente para Harvey
 Comics Entertainment.


O mascote, símbolo da Harvey – o Arlequim 

de mola que saia de uma caixinha-surpresa,

 uma reminiscência ao mascote/logo

 do Famous Studios, que aparecia nas

 séries de desenhos animados da

 Noveltoons nos anos de 1940 até

 1960 foi eliminado. 
Atualmente é  a Classic 

Media empresa da Entertainment

 Rights PLC que é a proprietária dos

antigos desenhos animados da Harvey.

No Brasil, os quadrinhos da Harvey Comics
 foram publicadas, com sucesso, por
 diversas editoras, tais como: 
O Cruzeiro, Rio Gráfica e Edirtora 
(atual Globo) e pela Vecchi.


Hut Stuff (Brasinha) -
Edição brasileira

Um original de Casper (Gasparzinho)

MUITOS TÍTULOS NO 

MERCADO, 

UM CARRO-CHEFE






Wendy (A bruxinha Luiza, no Brasil)


Entre os inúmeros títulos publicados por 
esta casa editorial renomada, os
  os mais conhecidos e que ela usava
 sob licença estavam:
 Gasparzinho, Baby Huey (Bronco ou
Huguinho no Brasil),Herman e Katinap,
 Little Audrey (Tininha, no Brasil),
Tommy Tortoise e More Hare e a série 
Modern Madcaps. 

Baby Hue (Huguinho, no Brasil)


Todos esses títulos, na verdade, foram
 criados pelo estúdio de animação
 Famous da Paramount Pictures durante 
a década de 40 e seus desenhos 
animados fizeram muito sucesso 
até o início da década de 50.


A Harvey Comics publicou muitos
 quadrinhos baseados nos personagens do
 Famous Studio, mas também criou
 seus próprios personagens, 
como Richie Rich e Little Dot 
(Brotoeja) e outros.




Uma das primeiras HQs 
publicadas de Casper

Original em que os desenhos
estão mais evoluidos
Mas, foi Casper The Friendly Ghost 
(Gasparazinho, o Fantasminha Camarada,
 no Brasil), que se tornou o maior 
sucesso editorial da empresa, 
tornando-se o carro-chefe.

OUTRAS PUBLICAÇÕES

 DA HARVEY

A Harvey também adquiriu a licença para 
a publicação de personagens bastante 
conhecidos de tiras de jornais, como: 
Mutt e Jeff  e Sad Sack – um personagem 
na linha de Recruta Zero, mas que
 foi criado bem antes do
 famoso personagem de Mort Walker
e que caiu nas graças dos militares
americanos e do público em geral.
A empresa tinha uma linha
 editorial bem diversificada.
 Entre os anos 50 e 60 enveredou 
também pelos gêneros: 
super-heróis, suspense, terror
 e faroeste.
Os antigos desenhos criados pelo 
 Famous Studio foram reformulados 
e lançados em quadrinhos
 e novas animações foram produzidas 
e distribuídas para a televisão como
Harveytoons. 




Gasparzinho, o fantasminha camarada,
 se mostrou muito carismático
e se tornou muito popular com
incrível rapidez 
Os personagens ligados ao universo de
Casper, como: The Ghostly 
(Trio Assombro - nome dado no Brasil), 
Hot Stuff  The Little Devil (Brasinha, 
no Brasil ), Wendy The Good Little Witch 
(A bruxinha Luisa, no Brasil),
Stumbo The Giant (Miudinho, no Brasil) 
e Spooky The Tuff Little Ghost 
(Lelo, o Fantasminha Travesso, no Brasil),
foram todos adicionados a linha  Harvey de
produtos editorias e alguns deles 
chegaram até a ganhar edições 
próprias e foram comercializados
em licenciamentos para
merchandising .

OS PRODUTOS

 HARVEY SAEM

 DO MERCADO
Alfred Harvey (à esquerda), Fred e
George Baker
Infelizemente a Harvey parou de lançar
 suas publicações no período entre 1982-1986.
 Alguns dos seus principais personagens 
passaram a ser publicados pela Marvel 
Comics Group, que chegou até a lançar 
a revista do Gasparzinho - duas edições 
foram publicadas em maio de 1997-,
além da adaptação do filme.


A Harvey foi vendida mais uma vez em 
1990 para Jeffrey Montgomery- 
que anos depois também editou 
algumas revistas e fez filmes animados. 
Seguindo mesma  linha criada pelos irmãos
 Harvey, Jeffrey, também lançou HQs
 licenciadas, como: Popeye e o Gato
 Félix, sem obter sucesso quando a empresa
passou a se chamar Harvey Entertainment. 
Também decidiu  republicar quadrinhos no início 
dessa década, com o título de 
Clássicos Harvey.




Em 2001, a Harvey Entertainment 
vendeu os direitos dos personagens
 para a Classic Media, que os publicou
 sob licença. Pouco tempo depois, 
a Harvey Entertainment teve seu 
nome mudado para Sunland Entertainment.
 O personagem Sad Sack  é ainda 
de propriedade dos herdeiros dos Harvey,
 assim como a heroína Black Cat, dois
 grandes títulos do passado que
 também fizeram muito sucesso.

A DISTRIBUIÇÃO DOS


DESENHOS ANIMADOS




Durante muitos anos a distribuição dos 
desenhos da  Harveytoons Show 
ficaram a cargo da Worldvision. 
Esta empresa distribuia as 
primeiras séries produzidas pelo Famous
 Studios e durante algum tempo as 
séries animadas produzidas pelo 
famoso Fleischer Studios, até 
 ser  incorporada à divisão de
 TV da Paramount Pictures. 
Atualmente, é a Classic Media que
 distribui os clássicos desenhos
animados agora chamados de
Harveytoons.
Porém, as Histórias em Quadrinhos desses
simpáticos personagens
aos poucos foram desaparecendo
do mercado.

NOVAS EDIÇÕES


ESPECIAIS  PARA

COLECIONADORES




A editora Dark House lançou a série Harvey 
Comics Classics,  que traz mais de
100 HQs. São arquivos antigos restaurados
 que apresentam histórias produzidas entre 
1949 e 1966. Na coleção há a edição especial
 de Casper The Friendly Ghost (Gasparzinho),
chamada Harvey Classics Vol. 1.
TRata-se de uma edição 
especial comemorativa pelo sexagésimo
 aniversário da estréia de Casper – 
com HQs desenhadas por Steve 
Muffatti e Ernie Colon.


 Esta publicação luxuosa e imperdível
em 480 páginas e fará os antigos leitores
da série a relembrar suas infâncias,
com certeza.




  Richie Rich (Riquinho) também ganhou
um álbum especial que reúne as
 clássicas histórias dos anos 60 e 70.
 Este personagem foi criado por Sid Jacbson e 
Warren Kremer.


Little Dot (Brotoeja), que surgiu como
 HQ na revista SAD SACK , em 1949,  e 
que foi criado por Leon Robert e que só 
ganhou revista própria em 1953.
também faz parte da coleção.
  Hot Stuff (Brasinha) e as Meninas
da Harvey também fazem parte
desta preciosa e sensacional 
coleção da Dark Horse.
  

 Little Audrey  (Aninha, no Brasil),
 que começou como desenho 
animado da Paramount-, e Little
 Lota (Bolota,no Brasil)  também
 ganharam edições clássicas pela Dark . 
Essas edições são luxuosas, 
com capas cartonadas e reuném
as primeiras histórias
de cada série.
Cada uma dessas edições tem mais
de 100 páginas.


Coleção Harvey Classics da Dark Horse
Volume 5 - As Meninas da Harvey
Essas edições especiais custam
 em média $ 19,95 USD.
Elas podem ser encontradas em
 livrarias especializadas, 
gibiterias e importadoras de
Histórias em Quadrinhos.

RELAÇÃO DE


 PERSONAGENS 


LANÇADOS

 PELA HARVEY COMICS


Little Audrey (Tininha, no Brasil)


1- Baby Huey (publicado como Bronco, pela 
RGE, no Brasil. Também era chamado de
 Huguinho nos desenhos exibidos na TV brasileira)
  2- Bunny Ball (tentativa em vão da Harvey em 
conseguir conquistar o mercado 
adolescente americano, que pertencia a
Archie Comics).
  3- Flat-Top
  4- Herman and Katnip
  5- Lackie Jokers - O príncipe palhaço do mundo artístico
   6- Little Audrey (Tininha, no Brasil – Lançado pela RGE)
  7- Little Dot (Brotoeja, no Brasil- RGE)
 8-  Little Lotta (Bolota, no Brasil- RGE)


Little Lota (Bolota # 135) -
 edição brasileira
da RGE
9- Mayda MunnyMazie
   10- Modern Madcaps (personagens avulsos)
 11- Rags Rabbit
 12- Richie Rich (Riquinho, no Brasil – RGE)




13- Sad Sack
14 - Stumbo The Giant (Miudinho, no Brasil – 
foi publicado pela editora O Cruzeiro e RGE)
  15 -Tommy Tortoise and Moe Hare

Hermam and Katnip

SUPER-HERÓIS LANÇADOS
 NA ERA DO OURO 

PELA HARVEY



1- Black Cat (Heroina criada em 1941, 
que fez muito sucesso)
  2- Boy’s Ranch (série de western 
criada por Joe Simon e Jack Kirby)
 3- Captain Freedom






4-Fly Man (criado por Sam Glanzman)
 5- Human Meteor
  6- Phantom Sphinx
7-  Red Blazer
  8- Spirit of’76 (Edição foi relançada
por Roy Thomas, na Marvel
  9- Stuntman (criado por  Joe Simon)
 10- Zebra
 11- Barry Kuda
  12- Black Orchid
  13- Blazing Scarab
 14- Clown
  15- Chock Gibson




16- Firebrand
  17- Neptina
  18- Night Hawk
  19- Red Demon
  20- Red Blazer
  21- Scarlet Arrow
  22- Scarlet Nemesis
  23- Scarlet Phantom
  24- Spitefire (Mahon)
25-   Spyman
  26- White Mask
 27- Vespa

PUBLICAÇÕES 

DA HARVEY

NA ERA DE PRATA


(Publicações de terror e suspense)


Publicação que foi inovadora na época
1- Bee-Man
  2- Captain 3-D (de Simon e Kirby)
 3- Capitain Flower
   4- Fighting American (de Joe Simon)
   5- Fruitman (de Warren Harvey)
  6- Glowing Gladiator
  7- Jack Q. Frost


   8- Jigsaw (de Joe Simon)


Captain Freedom
9- Magic Master
  10- Man in Black
  11- Miracles, Inc
  12- Pirana (de Joe Simon)
  13- Sooper Hippie
14- Spyman (de Joe Simon)
  15- Tiger Boy (de Joe Simon)


Tiger Boy

OUTROS TÍTULOS 

LICENCIADOS

PUBLICADOS

 PELA HARVEY


Uma publicação da Harvey
Besouro Verde (Série que teve início na rádio
 WXYZ, de Detroit, em janeiro de 1931, virou
 revista em quadrinhos, série de TV 
e recentemente ganhou um longa metragem,
numa nova versão).




Casper
Dick Tracy
Invisible Scarlet (Tiras montadas – criada em 1943)
Mutt e Jeff
Mandrake  (Tiras remontadas da
 King Features- Personagem criado em 1934,
por Lee Falk).
The Phantom (Tiras remontadas – Personagem
criado em 1936, por Lee Falk).
O’Neil
Sad Sack


Páginas da revista Sad Sack




UM FENÔMENO DE


VENDA CHAMADO

CASPER

 (Gasparzinho)






Ele fez sua primeira aparição em 1945
 quando a Paramount Pictures lançou o
 desenho animado “O Fantasma Amigável”. 
Depois, o personagem só
 reapareceu em 1948 e em 1949
em dois outros filmes animados. 
Graças a popularidade alcançada por
esta animação é que o personagem 
acabou ganhando uma 
série animada para a TV.
 E devido ao sucesso da série animada
da TV ele se tornou
 um  dos personagens mais populares
 e queridos do mundo. 


Em 1952, a Harvey adquiriu os
 direitos para a publicação de Casper.
Assim, ela passou a ser a única casa
 editorial a ter o direito de
lançar as revistas desse incrível
 personagem infantil. 


Quatro anos depois, os irmãos
 Harvey compraram definitivamente os
 direitos do personagem e passou a
publicar as revistas dele por mais de 40 anos.
Publicando Casper e uma gama de
 personagens de HQs os Harvey conseguiram 
construir um verdadeiro império
 de comunicação na América.



Tamanha é a popularidade desse
 personagem, ainda hoje, que o super
premiado diretor cinematográfico 
Steven Spielberg 
decidiu produzir o longa metragem de 
Casper para o cinema, dois adicionais
 para vídeo e uma nova série
animada para a TV.


CURIOSIDADE


Casper - Este foi o nome dado ao módulo
de comando da nave espacial americana 
Apolo 16 - que foi lançada em maio de 1969-,
em homenagem ao personagem criado
e lançado pelos irmãos Harvey, em 1940.


OUTROS SUCESSOS


Outros personagens foram lançados
 pela Harvey com sucesso, como:
Black Cat e Sad Sack. Este último
foi criado pelo genial George Baker.





GEORGE BAKER


(1915-1971)


Ele nasceu em 22 de maio de 1915 em Lowell,
Massachucetts. Completou o ensino médio
e teve diversos empregos. Foi empregado
de uma tinturaria e até motorista de
caminhão. Sua carreira artística começou
como desenhista de panelas e frigideiras
para anúncios de jornais, quando arrumou
emprego em uma agência de
publicidade.

Em 1937, ele foi para Hollywood para
 trabalhar para Walt Disney.
 Durante quatro anos trabalhou com os 
personagens Disneys e participou da
criação de desenhos animados de: 
Pinocchio, Fantasia, Dumbo e Bambi. 
Depois, foi convocado para o exército
 em junho de 1941. 

À noite, no exército, Baker 
vivia fazendo desenhos 
sobre a vida dos militares. 
Foi nessa época que criou Sad Sack ,
 um civil triste, desnorteado e totalmente
atrapalhado, que vivia tentando 
ser um soldado de verdade. Quando a guerra 
acabou Baker voltou para a América e saiu
 pelas editoras oferecendo seu personagem

 militar, mas ninguém se interessou
em lançar a série.



SAD SACK  se tornou tão popular entre os
fuzileiros americanos, que virou filme
interpretado por Dean Martin e
Jerry Lewis, dois super

comediantes da época.






SURGE UMA BOA CHANCE





Uma nova revista destinada
aos militares americanos chamada 
Yank (Ianque) tinha sido
lançada e os editores convidaram
Backer para colaborar para a
revista com seu militar
trapalhão.
 Para manter o autor a par dos desenvolvimentos
 tecnológicos dos fuzileiros navais e para 
que o autor pudesse também manter
 atualizado o seu personagem a editora 
de Yank lhe enviava dezenas de fotos dos
 acampamentos do exército, no
 Panamá, na África e na Itália, mensalmente.


Sad Sack saiu na capa da edição
de primeiro aniversário da revista
Na verdade, segundo declarou Baker, 
quem criou a primeira imagem do personagem
 foi um grande amigo chamado sargento 
Gregor Ducan, que estava no front na
 Europa, antes de ser morto durante 
um avanço dos aliados em Roma. 
Mas as características finais do personagem
foram realizadas por Backer, algum tempo depois.






SARGENTO

 GEORGE BACKER


Curiosamente, tanto Alfred Harvey (foto),
quanto Baker foram militares,

naqueles anos turbulentos do
grande conflito mundial
Quando a guerra acabou Backer era sargento.
De volta a América foi para a costa oeste de
 Chicago na esperança de voltar a trabalhar
 para a equipe de Walt Disney.
 Mas, a coisa tinha mudado.
 Para voltar a trabalhar com animação teve
 que se submeter, durante vários meses, 
a um curso intensivo sobre as
novas técnicas de animação.
Todos os candidatos tinham 
que passar por aquilo.
Por fim, ele foi aprovado e encaminhado 
para o departamento de efeitos especiais.
 Apesar dele ainda estar servindo e estar 
feliz, fazendo aquilo que gostava, o 
dinheiro era curto. 




O desenhista  precisava fazer algo para 
melhorar o faturamento, seu orçamento.
Foi aí que ele decidiu recriar totalmente
 o universo daquele personagem militar.
Primeiro analisou e chegou a conclusão 
que apesar de aparentemente os militares
 americanos parecerem fortes e bem 
preparados para o combate ele sabia que 
a verdade por trás dessa falsa imagem 
não condizia com a realidade, ao relembrar
suas  experiências no exército. 
Daí decidiu transformar o personagem 
num militar com uma expressão
facial bem triste (sad), 
cansado, indefeso,  inseguro e trapalhão,
mas que se esforçava na expectativa de
 servir sua Pátria. Sonhava em 
e ser um militar exemplar, apesar 
de ser todo atrapalhado.




Um dia, o autor não foi trabalhar e decidiu
 mostrar as primeiras tiras de Sad Sack
 em alguns jornais. As tentativas
não deram em nada. 
Procurou Simon and Schuster, renomados
 editores na época. Mas, estes observaram 
as primeiras pranchas com indiferença,
afinal o personagem era desconhecido.
Backer recebeu inúmeros "Nãos!".
Voltar a publicar sua criação
estava se tornando um problema.
Meses depois, o Comitê de Defesa e Recreação 
de Nova Iorque promoveu um concurso 
de cartuns militares. Backer não perdeu tempo
e se inscreveu. Sad Sack ganhou o
 primeiro prêmio, uma máquina de escrever
 e muita publicidade gratuita. 
De uma hora para a outra todos os jornais
 do país passaram a publicar suas tiras.
 Com a grande exposição 
na mídia não tardou para que o Major Hartzell
 Spence lhe enviasse uma carta lhe 
pedindo amostras dos seus cartuns, 
gostou e decidiu encomendar o 
material para a revista que editava
 chamada GI Joe.
 O autor se empolgou. Mas, a grande estrela 
desta revista era o desenhista Dave Breger, 
que era reconhecido nacionalmente como o 
cartunista\soldado oficial do exército americano
 e que publicava seu material no importante
 jornal The Saturday Evening Post. 
Apesar de ter um desenho e piadas inferiores
a Sad Sack o personagem criado por
Breger era o que mais se destacava
na revista, enquanto Sad Sack
ficava num segundo plano.


O DESTINO A FAVOR


Oito meses depois, Breger foi enviado
 para Londres como membro de uma comissão,
 como segundo tenente, do serviço especial. 
Assim, por falta de tempo, ele acabou 
abandonando os desenhos,
 pois o editor da revista só queria
 colaboradores diretamente
 ligados aos fuzileiros navais.

Com a saída do concorrente,
Sad Sack continuou por cerca de dois
 anos como o único personagem de humor
militar a ser publicado
 regularmente naquela revista, até que
um certo Tom Flannery foi 
descoberto pelo Bureau de Londres. 
Assim, os cartuns de Flannery também
começaram a ser publicados nas páginas
 da GI Joe, com sucesso.

Pouco tempo depois, houve um desacordo 
entre o editor e o artista, que acabou
se auto-demitindo. Mas, mesmo assim Sad
 Sack não iria reinar absoluto 
nas futuras edições.

 Surge outro 


cartunista\militar:


 Ernye Pyle

 Os cartuns de Ernye também passaram a ser
 publicados na revista. Agora as edições
traziam dois personagens que satirizavam
os militares.
Entretanto, publicar é como estar numa
vitrine expondo um produto, que
cedo ou tarde poderá ser levado por
alguém interessado. Pensando
nessa hipótese o autor de Sad Sack
decidiu continuar firme publicando seu
personagem, apesar do pouco
 dinheiro que recebia pelo
trabalho.
 Bill Mauldin, da Divisão de Notícias 45,
ao ver as tiras de Sad Sack 
ficou tão impressionado com os desenhos 
 que decidiu, de imediato,
escrever uma coluna inteira 
elogiando o trabalho do criador
daquela série hilariante.


EM BUSCA DA FAMA


Certo dia, o autor de Sad Sack pensou
 em sair pelos campos de treinamento do
 exército, por todo o país, divulgando 
seu trabalho e a revista como um
 vendedor ambulante, distribuindo
folhetos promocionais, etc.
Achava que aquele seria o único
jeito de tornar sua criação
bem conhecida.
Contou a ideia para seu editor,  
que adorou e sugeriu que
 ele também levasse nessa maratona
 folhetos para angariar
assinaturas dos leitores, visto
que a distribuição da revista
era mal feita. 

A revista dirigida para os militares
tornou Sad Sack muito popular
Então, de repente, o editor teve uma
 brilhante idéia e mandou fazer um 
cartaz com a imagem do personagem 
que dizia:
 “Faça uma assinatura anual e leia Sack
 Sad semanalmente”.




A pequena editora da revista cresceu
relativamente, mas o autor não
ganhou um centavo a mais por ter
feito uma verdadeira peregrinação
para divulgar o periódico e sua
criação. 
Durante 21 edições Sad Sack 
saiu regularmente.
 O personagem agradou os leitores, que
 viam nas HQs dele uma linguagem 
universal capaz de ser entendida por
 um militar de qualquer parte do
 mundo e o material era bem humorado.

Inconformado, quando ele estava prestes 
a sair da revista o autor recebeu um
 chamada da Procuradoria Oficial Militar 
do Quarto Comando de Serviço,
que informava que os fuzileiros
pretendiam lançar uma grande campanha 
publicitária usando a imagem de Sad Sack
e que para tal feito precisavam da 
permissão do autor.
A proposta era irrecusável. Há muito tempo
Backer esperava por algo assim
tão grandioso.
O cartaz da campanha foi visto por todo

 o país e dizia: “ Não seja como Sad

 Sack, realiste-se no exército!”


Até hoje as revistas destinadas aos
fuzileiros americanos fazem questão de
relembrar Sad Sack, um grande sucesso
de George Baker. Ilustração da 

capa da revista Soldiers 
Depois disso, surgiram
 inúmeros convites, inclusive
 de grandes editores de quadrinhos e, 
por fim, Sad Sack ganhou seu próprio 
título pela Harvey e acabou indo
parar nos principais pontos
 de venda da América.
Este militar trapalhão passou a ser um dos 
personagens mais popular da
 América e um campeão de venda.


Backer criou e desenvolveu um dos 
grandes títulos recordistas de
vendas da Harvey.


George Baker nasceu em 1915
e faleceu em 1946.


Ao visitar a cidade de São Francisco, 
na Califórnia, Estados Unidos, não deixe 
de ver os originais que estão expostos
no Cartoon Art Museum.
Ali você vai encontrar
 os clássicos da Harvey, como

Sad Sack.


RICHIE RICH NUMA


NOVA VERSÃO


A editora APE Entertainment em parceria
com a Classic Media lançaou uma
antiga série da Harvey - Richie Rich -, numa
nova e espetacular versão.
A primeira série desse
clássico foi planejada para
ter 4 edições.

Entre os inúmeros profissionais
envolvidos nesse novo projeto
de quadrinhos está o desenhista
brasileiro Marcelo Ferreira,
que reside no interior de
São Paulo, na cidade de
Campinas.

Marcelo é professor de arte e sócio
da Escola Ânima Academia de Arte.



Se você é fã desse 
clássico personagem
da Harvey não pode perder esta
espetacular edição, já à venda,
nas importadoras, gibiterias e
livrarias especializadas.

NOTAS: 1 - Na verdade Beetle Bayley 
(Recruta Zero, no Brasil) foi criado
para concorrer com Sad Sack
que fazia muito sucesso.

2 - CASPER e todos os personagens Harvey
 atualmente são propriedade e
  marcas registradas
 da Harvey Entertainment, Inc. 

3- As imagens utilizadas nessa matéria
 especial de divulgação tem o caráter
 meramente ilustrativo e seus
Direitos Autorais pertencem
aos seus autores ou
representantes legais.

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SUPER INTERESSANTE SOBRE
O MESTRE...
ALBERTO GIOLITTI,
O DESENHISTA ITALIANO
QUE MAIS DESENHOU
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