quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

MARILYN MONROE EM QUADRINHOS POR GUIDO BUZELLI



MARILYN MONROE EM 
QUADRINHOS,
PELO MESTRE GUIDO BUZELLI
(CINEMA E QUADRINHOS)



No final da década de 90, ganhei de um amigo
 uma obra fantástica: Um álbum em quadrinhos –
 no formato: 21,5 X 28,5 cms -,  que contava a 
história de um dos grandes símbolos sexuais 
de Hollywood. Esta edição requintada, em 
preto e branco, com papel de alta qualidade
 e capa plastificada, que eu guardo a sete
 chaves até hoje, é uma homenagem póstuma 
feita por dois grandes mestres dos quadrinhos
 italianos a uma grande diva de Hollywood. 
Decidi compartilhar com os amigos webleitores,
 apreciadores da boa HQ, esta obra incrível. 
Ela foi lançada na Itália pela editora Art S.R.L 
e editada no Brasil pela editora Ícone em forma 
de álbum reunindo o material que foi feito e
 publicado originalmente como tira de jornal
 para um periódico italiano. Esta edição 
brasileira tem a capa – fotográfica da megastar
 – idealizada por Anízio de Oliveira e a 
edição traz fotos da agência Keystone,
 ilustrações de Kampus e a biografia dessa
 musa focada nesta edição foi feita por 
Rosina D”Angina. Trata-se de uma 
raridade indispensável aos colecionadores 
de histórias em quadrinhos e aos fãs 
dessa grande e inesquecível atriz.
 Confiram a seguir...   ollyH

H
MARILYN MONROE EM QUADRINHOS,
ESCRITA POR GIANCARLO GOVERNI E
DESENHADA PELO 

MESTRE GUIDO BUZELLI




MINI BIOGRAFIA DO DESENHISTA
Em 1973, Guido Buzzelli criou uma série de western 
chamada Nevada Hill, em parceria com o
 roteirista Jean-Pierre Gourmelen.
 Nessa HQ, o artista usou o pseudônimo de Blotz. 
Também fez ilustrações eróticas para a
 revista Charlie Mensuel e outras.
ollywood-Hollywood---  Em 1976, em parceria com o roteirista
 Gino d'Antonio, fez L'Homme de Bengale. 
Em 1981, contribuiu para a série L'Histoire
 du Far West ern Bandes Dessinées, 
publicada pela Larousse, tradicional casa 
editorial francesa. Em parceria com Giancarlo 
Governi – um genial escriba que conseguiu
 sintetizar a vida conturbada de um dos maiores
 ícones de Hollywood, criou a HQ chamada:
 Marilyn – sensacional quadrinização da polêmica
 vida da atriz Marilyn Monroe -, publicada no 
formato de tiras no jornal italiano chamado 
L' Occhio. No Brasil, essas mesmas tiras 
saíram no jornal paulista a Folha da Tarde,
 que pertencia ao grupo Folha da Manhã, 
entre 21 outubro de 1985 até o 
dia 11 dezembro de 1985. 
A tradução para a língua portuguesa foi
 feita por Geraldo Galvão Ferraz e o 
letreiramento ficou a cargo do nosso 
querido bengala brother, grande editor,
 desenhista e roteirista, Franco de Rosa.
 As mesmas tiras, montadas, que já haviam sido 
publicadas na Itália pelo jornal e pela 
editora Art S.R.L também saíram no país
 pela editora Ícone numa edição especial primorosa.
 Ainda nos anos 80, Guido Buzzelli trabalhou 
para a Bonelli Comics, fazendo o mais antigo
 cowboy dos quadrinhos: Tex Willer. 
Buzelli foi também o responsável pela 
primeira edição especial do
 velho ranger para a série Textone (Tex Gigante). 

MINIBIOGRAFIA
Guido Buzzelli, nasceu em Roma, no dia 27 
de Julho de 1927, oriundo de uma família 
de artistas. Seu pai era pintor, o irmão 
desenhou a série erótica chamada Sam Bot – 
e foi um autor cuja produção em quadrinhos
 foi considerada, pelo publico e pela crítica,
 como uma das mais conscientes e
 inovadoras dos anos 60 e 70. 
 
Curiosamente, apesar de gostar de HQs
 a verdadeira paixão de Buzzelli era a pintura.
 Inicialmente, ele fazia histórias em
 quadrinhos apenas por hobby.

NO INÍCIO
Seus primeiros trabalhos profissionais
 foram caricatos. 
Fez também algumas capas para a revista 
Celebro Eroi Dell'Aventura, para a qual desenhou,
 entre outros personagens famosos americanos: 
Flash Gordon, Mandrake e Zorro.
 No início dos anos 60, o artista se conscientizou
 do poder das narrativas das histórias em 
quadrinhos, que se revelava a cada dia, 
como um dos maiores veículos de
 comunicação do Século XX. 
Foi nesse período que ele se mostrou
 muito mais prolífico na área editorial. 

O mestre desenhando Tex, da Bonelli Comics
Dessa época, se destacam obras adultas
 desenvolvidas por ele, como: La Rivolta dei 
Racchi, Labirinti ou Zil Zelub - esta última foi 
editada em Portugal pela editora Presença,
 no ano de 1973. Seu estilo era inconfundível. 
Se caracterizava por um traço fino, nervoso
 e cheio de detalhes. Sua arte era mesclada
 pelo estilo barroco e um
 certo realismo fantástico.








                                     DIVERSIFICAÇÃO


A produção de Guido Buzelli ficou ainda mais 
diversificada a partir dos anos 80 e 90, 
quando ele passou a fazer adaptações
 de obras clássicas da literatura para o 
formato de álbum de HQs. Nessa etapa
 muito criativa ele ainda arrumou 
tempo para produzir HQs
 de Tex, um dos mais populares heróis dos
 quadrinhos italianos, que até 
hoje está no mercado. O grande mestre 
dos quadrinhos da Itália faleceu no
 dia 25 de Janeiro de 1992. 



 Nos últimos anos de sua vida ele abandonou
 completamente a 9ª arte e passou a se
 dedicar totalmente à pintura e ao desenho
 de imprensa, colaborando para o jornal
 La Repubblica até o final de seus dias.
 Buzelli não está mais entre nós, porém 
deixou um legado fantástico.
 E até hoje ele é considerado como um dos 
grandes mestres dos quadrinhos da Europa.



SAIBA MAIS SOBRE NORMA JEAN
BAKER (MARILYN MONROE)
1962 – Foi nesse ano, no dia 5 de agosto, que as 
manchetes dos jornais de todo o mundo 
anunciaram a morte de Marilyn Monroe, um dos 
maiores símbolos sexuais da Meca do cinema. 
Causa da morte: Overdose ou suicídio 
pela ingestão excessiva de tranqüilizantes.
Ela foi vítima do desespero, da solidão e da 
insegurança da grande musa que o cinema
 transformou em símbolo sexual.
Drogas e álcool a levaram desse mundo. 
Alguns afirmam que ela se suicidou, mas 
na realidade sua morte prematura até hoje
 é um mistério. Muitos livros sobre a vida dela 
foram escritos falam sobre seu desequilíbrio 
emocional supostamente hereditário, 
sua infância infeliz, abandono pelos pais, 
pelos maridos e seus amantes.


 MORTE PRECOCE E POLÊMICA

Segundo o livro Marilym Monroe – A Biografia,
 de autoria de Donald Spoto, ela não se suicidou. 
Foi assassinada por seu médico Ralph 
Greenson, que de acordo com o testamento
 da atriz, abocanhou cerca de 25% da 
herança dela. Segundo o autor, outros homens, 
que foram os últimos amantes de Marilyn, 
como então presidente e o procurador geral 
dos Estados Unidos, John e Bob Kennedy
 também poderiam
 estar envolvidos no caso. Mas, tais suspeitas 
são infundadas. Segundo o 
motorista que transportou a jovem e
 bela atriz, ainda com vida, para o hospital 
Santa Mônica, em Los Angeles, ela foi 
acompanhada por Bob Kennedy e o
 médico Ralph Greenson.
Ao lado da musa do sexo foi encontrado
 um frasco vazio de um forte barbitúrico.

 No atestado de óbito emitido pelos médicos 
legistas constou: “Provavel suicídio”. 
Os resultados da necropsia jamais 
foram divulgados e sumiu misteriosamente 
o diário de capa 
vermelha onde Marilyn anotava as conversas
 que tinha com seus amantes. 
Há quem afirme que ela foi vítima de 
seu mundo leviano, criado por Hollywood,
 onde ela sempre aparecia na tela esbanjando 
sensualidade. Na verdade, ela almejava ser 
uma grande atriz e não apenas um 
mero símbolo sexual.


MINI BIOGRAFIA

Norma Jean Baker nasceu no dia primeiro
 de junho de 1926, no Hospital Geral de Los Angeles. 
Sua mãe chamava-se Gladys Baker e seu 
pai C. Stanley Gifford, um colega de Gladys 
na Consolited Film Industries e que apenas
 tivera um relacionamento passageiro com ela.
Sua avó fora para o Oeste americano
 na adolescência. Viveu na Índia durante
 um bom tempo depois que se casou. 
Divorciou-se e regressou para a América.
Norma, quando tinha apenas 6 aos, foi 
deixada aos cuidados de um casal, 
os Bolender, que moravam em Hawthorne,
 a quem sua mãe pagava 5 dólares semanais.
A mãe, que morava em Hollywood, visitava 
a filha todos os sábados. Sua avó –
 Della Monroe Grainger -, que morava
 a alguns metros dos Bolender costumava levar 
Norma para passear , 
apesar de ter já sofrer de princípio de loucura.


TRAUMAS ANTIGOS

Segundo Norma Jean contou ao seu quarto marido,
 Arthur Miller, a avó tentou asfixiá-la com
 um travesseiro, quando ela tinha 13 anos.
 E que foi nessa época que sua avó foi internada num manicômio.
Segundo psicanalistas, talvez por isso 
ela tinha pavor de dormir e ser atacada.
A atriz também afirmava que quando
 tinha 9 anos ela foi estuprada. 
Porém, seu primeiro marido disse que ao
 casar ela era virgem.

A pequena Marilyn
Os Bolender eram pobres e muito moralistas.
 Além deles, Norma morou 
com mais dois casais.
Aos 11 anos, ela foi internada num orfanato. 
Sua mãe, assim como sua avó, teve crises 
de loucura e acabou internada num hospício.
Assim, a menina passou a ser criada 
temporariamente por Grace McKee, uma
 amiga da mãe dela. Quando Grace se casou 
com Erwin Goddard a vida de Norma passou a
 ser mais feliz, principalmente porque uma tia de 
Grace, Ana Lower, adorava a menina e a
 tratava bem. Ana, uma assídua freqüentadora
 da Igreja da Ciência Cristã,
 induziu Norma a esta seita, cuja doutrina era: 
As pessoas refletem, como um 
espelho, o sentimento dos que as rodeiam.


UMA ADOLESCENTE ATRAENTE

Norma Jean cresceu e se tornou uma bela 
adolescente, que mexia com a 
imaginação dos homens. 
Costumava usar suéteres provocantes que 
faziam acentuar seu busto e se maquiava com esmero. 
Passou a ser muito cortejada.
Antes de partir com seu marido para outro estado,
 Grace, contando com o apoio de Ana, armou 
o casamento de Norma com Jim Dougherty, 
filho de um ex-vizinho, que por ser atraente 
era cobiçado pelas garotas. O flerte começou
 num baile. Começaram a namorar e 
quando ela completou 16 anos se casaram.
Mas, o jovem marido foi convocado para 
servir seu país e foi enviado para a Austrália. 
Norma foi morar com os pais dele e arrumou 
emprego numa fábrica de material bélico,
 onde dobrava para quedas e pintava 
aviões de combate.

UMA DEUSA PROLETÁRIA   

Um fotógrafo tinha sido designado para 
registrar o trabalho das mulheres americanas 
nas fabricas de armamentos, para mostrar ao 
mundo como o sexo frágil da América 
participava ativamente apoiando e trabalhando
 para ajudar por fim a guerra.
O rapaz ficou impressionado com a beleza dela. 
Achou-a fotogênica e decidiu apresentá-la a 
uma agência de modelos. De imediato, 
ela passou a trabalhar como modelo à noite. 
Isso desagradou os pais de seu marido militar.
 No entanto, ela estava decidida a 
continuar posando para fotos, Norma f
oi morar com sua tia, Ana. Nesse
 entretempo, sua mãe recebeu alta do hospício.
 Norma alugou um apartamento e 
foram morar juntas.
As curtas licenças de seu marido militar
 não a saciavam. Ela se sentia atraída por
 alguns homens que conhecera no mundo 
glamoroso da fotografia. 
Estava decidida a ser atriz.
Certo dia, o fotógrafo André de Dienes, 
convidou-a para acompanhá-lo numa 
viagem pelo deserto. Ela não hesitou. 
Aceitou e deixou um pedido de divórcio 
para a decepção de seu marido que 
servia a Pátria. Logo após sua partida, 
sua mãe adoeceu e foi internada 
num hospital público para doentes mentais.
OUTROS MARIDOS E MUITOS AMANTES




Depois de André, Marilyn conheceu muitos
 homens, teve muitos amantes. Era cobiçada 
por eles e adorava seduzi-los. Quando já
 trabalhava na Fox se casou novamente com 
Bob Slatzer. Entretanto, esse matrimônio 
durou apenas 3 dias, por exigência dos 
estúdios, pois uma esposa não poderia ostentar
 o título de “Símbolo sexual”. 
Este fato ocorreu
 em 1953, quando ela estava filmando 
Niagara (Torrentes de Paixão) e Gentlemen 
Prefer Blondes (Os Homens Preferem as Loiras), filmes 
que se tornaram dois super sucessos de bilheterias.
Seu terceiro casamento foi com Joe DiMaggio –
 relacionamento que virou tema principal
 da canção escrita e interpretada por
 Simon e Garfunkel – que virou um super 
sucesso na década de 60: Miss Robinson.
 DiMaggio, foi uma espécie de Pelé do 
beisebol da América. 
Essa união causou grande polêmica. 
Ele: O deus do beisebol. 
Ela: O maior símbolo sexual americano, 
a grande rival de Elizabeth Taylor. 
O casal se mostrava feliz e 
extremamente apaixonado. 
De repente, ela passou a se relacionar bem
 com as pessoas. Entretanto, o novo marido 
passou a ter crises de ciúmes.
 Não suportava as atitudes provocantes 
de sua mulher durante as filmagens de
 The Seven-Year Itch (O Pecado Mora ao Lado),
 onde sua saia esvoaçava ao pisar na grade
 de ventilação do metro. As brigas passaram
 a ser intensas e violentas. Por fim, se separaram.
Casou-se pela quarta vez com um famoso 
intelectual e dramaturgo: Arthur Miller. 
Subitamente, aquela mulher 
autoritária se tornou submissa,
 dependente e admiradora dos dotes
 intelectuais daquele homem que
 era judeu e membro da Sinagoga Reformada. 
Ela acabou aderindo as idéias políticas 
dele e até a sua crença religiosa. 
Mesmo assim, Marilyn não conseguiu obter
 a estabilidade emocional. Ao contrário,
 passou a ter grandes crises existenciais.


ASCENÇÃO PROFISSIONAL

Sob a orientação de Miller, a carreira dela deslanchou. 
Assim,  ela amadureceu e se tornou, de fato, uma 
grande atriz. Foi nesse período que
 ela fez seus melhores filmes. 
Porém, Marilyn se sentia humilhada, por
 ser rejeitada pelo círculo intelectual do marido.

Miller prosseguiam aos trancos e barrancos.
 O relacionamento deles degringolou
 quando ela, após contracenar
 com Yves Montand, decidiu ter um caso
 com esse ator. 
Miller descobriu e a separação foi inevitável.
Sem o marido e ao perceber que
 Montand tinha se tornado seu amante 
apenas para se projetar, Marilyn
 perdeu de vez o equilíbrio.
Não há dúvida de que a união com Miller
 foi a que mais durou, mas a separação 
provocou nela uma insegurança descomunal. 
Para filmar The Prince and The Showgirl
 (O Príncipe Encantado, no Brasil), 
Laurence Olivier teve que tecer 
severas críticas diante do 
elenco justamente no primeiro filme realizado
 pela companhia criada por ela – Marilyn 
Monroe Production Company, cujo sócio 
da atriz era o fotógrafo 
Milton Greene, seu amigo, que a
 ajudara no início da carreira.

UMA DIVA CHAPADA  

Após a desilusão provocada por Yves
 Montand, ela passou a se embriagar e
 se drogar frequentemente. Arthur Miller, 
o ex-marido, lhe ofereceu o papel principal em The Misfits
 (Os Desajustados). 
Ela aceitou e interpretou seu papel 
com muita garra, pois estava 
contracenando com seu grande ídolo:
 Clark Gable.
 Ela o respeitava muito, pois 
achava que seu ídolo de infância era
 parecido com seu pai. Quando as filmagens
 terminaram Clark faleceu e isso
 deixou a vida dela ainda mais 
angustiada e confusa. 
Decidiu se atirar nos braços de todos
 aqueles que a desejavam. 
Dentre estes fez parte até o presidente dos 
Estados Unidos, John Kennedy. 
Porém, nenhum deles conseguiu salvá-la das
 crises existenciais constantes.
 Segundo estudiosos, esses amantes 
sucessivos acabaram 
contribuindo para que ela se autodestruísse.
A famosa “Deusa do Amor”, ironicamente, 
jamais foi amada de verdade. 
Simplesmente era um objeto de desejo.
“Passou de boca em boca e foi cuspida
 por uma infinidade de homens burlões.”
 Escreveu Arthur Miller, em sua 
obra chamada Depois da Queda. 

RETROSPECTIVA 
DE UMA VIDA LOUCA

Iniciou sua carreira como modelo fotográfico 
e seus melhores amigos e incentivadores 
foram os fotógrafos. Suas fotos sensuais 
que foram publicadas nas revistas Laff e
 Peek abriram as portas na Twenty Century Fox,
 onde fez carreira, onde acabou sendo despedida 
antes que ela completasse 36 anos, quando 
supostamente se suicidou. O sucesso que ela
 obteve com as fotos publicadas e graças ao 
empenho de Emmeline Snively, da agência 
de modelos Blue Book, onde Marilyn trabalhou 
no início de carreira fotográfica e de seu
 agente Harry Lipton, da National Concert Artists
 Corporation, ajudaram a bela Marilyn 
a ingressar no cinema.
Segundo historiadores, Lipton conseguiu 
armar uma entrevista com o ator Bem Lyon, que 
ordenou um teste em cores de Marilyn e pediu
 ao diretor Walter Lang que a orientasse.

A MORENA QUE VIROU LOIRA

Norma Jean – nome verdadeiro de Marilyn – 
após ser aprovada no teste, cortou e tingiu 
os cabelos, que eram escuros. Darryl 
Zanuck, o poderoso homem que tomava 
decisões na Fox, consentiu que o contrato
 fosse assinado entre a atriz e o estúdio. 
Assim, Norma Jean Baker passou a ser 
conhecida como Marilyn Monroe – Monroe era 
o sobrenome de seu avô, que foi 
parente do presidente Monroe.
Nessa época, ela estava divorciada de 
Jim Dougherty e fora amante do fotógarfo
 André de Dienes, com quem 
percorrera todo o Oeste, servindo-lhe 
de modelo. 
Este homem estava apaixonado por 
ela, desejava se casar, mas os
 planos dela eram outros e, logo
 após regressarem da viagem 
se separaram.

A ESPERA DE OPORTUNIDADE

Mesmo após ela ter sido contratada pela Fox, 
Marilyn ficou um bom tempo aguardando 
convites para filmagens. Seus Três primeiros
 filmes foram: You Werw Meant For Me, 
Scuda Ho! Scuda Hay! E Dangerous Year, 
onde fez papéis insignificantes. Paralelamente
 continuou sua carreira de modelo fotográfico
trabalhando para agências d publicidade.
Durante um ano esperou por uma boa oportunidade. 
Todos os produtores da companhia achavam 
que ela tinha uma beleza sedutora, mas que
 ela era burra demais. Nesse período de 
vacas magras ela vivia de cafés e
 cachorros quentes. Mesmo assim, 
não esmoreceu.
 Fazia exercícios para manter a boa forma 
e frequentava as aulas de Morris
Carnovsky no Actor’s Lab.     
Aproximou-se de Darryl Zanuck, na 
esperança de obter alguns papéis, mas 
isso não resultou em nada. 

UM DOS CHEFÕES DA FOX

Conheceu, então, o co-fundador da Fox, 
Joe Schenck, que tinha 70 anos de idade.
 Marilyn passou a ser vista sempre ao 
lado desse homem poderoso. 
Ele adorou aquela bela mulher  e passou a
 protegê-la.Joe convenceu Harry Cohn,
 da Columbia Pictures, a dar um papel 
para ela no filme Ladies of The Chorus 
(A Mentira Salvadora, no Brasil). 
Nessa película, Marilyn dançou, cantou
 e interpretou. Agradou o diretor.

AMANTE E EMPRESÁRIO

Porém, a carreira dela só decolou quando 
Johnny Hyde se interessou por ela e se
 tornou seu agente e seu amante. 
Graças a Hyde os executivos dos principais 
estúdios de Hollywood tomaram conhecimento
 do poder sedutor da jovem atriz.
 Curiosamente, Johnny Hyde 
administrou a carreira dela até a morte,
quando este foi vítima de uma ataque cardíaco.
Hyde conseguiu negociar para ela alguns
 papéis secundários nos filmes: 
The Asphalt Jungle (O Segredo das Jóias, no Brasil) 
e All About Eve (A Malvada, no Brasil),
 onde ela foi ovacionada pela crítica especializada.

PAPÉIS INEXPRESSIVOS

Mesmo assim, durante um bom tempo a 
Fox só lhe deu papéis inexpressivos, medíocres. 
Quando Marilyn foi emprestada para a Metro
 Goldwin-Meyer, atuou em filmes como: 
Right Cross (Por Um Amor, no Brasil) e Home 
Town Story (História da Cidade Natal, no Brasil). 
É curioso notar que os títulos no país
 nada tinham a ver com os títulos originais.
Enquanto ela ainda esperava por uma grande
 oportunidade, paralelamente atuava intensamente 
como modelo. Suas fotos passaram a ser 
publicadas em revistas e jornais 
do mundo inteiro, em destaque. 

SPYROS SKOURAS, UM 
HOMEM DE VISÃO

Foi durante uma festa realizada pela Fox que 
Marilyn chamou a atenção de Spyros Skouras.
 Ele não compreendeu como uma mulher tão
 atraente e super requisitada por fotógrafos
 e distribuidores não estava sendo 
aproveitada por sua empresa.
Ao conversar com Zanuck ordenou 
que a modelo fosse escalada para
 interpretar papéis em filmes que exigissem 
uma loira sensual. Assim, Marilyn fez: 
As Young as You Fell (Sempre Jovem, no Brasil) 
e Love Nest (O Segredo das Viúvas, no Brasil).
UM “TIRO” QUE SAIU PELA CULATRA
Quando ela estava filmando Clash by Night 
(Só a Mulher Peca, no Brasil), tentaram
 extorquir a Fox, com uma fotografia em 
que ela aparecia nua. A chantagem extorsiva
 não deu certo e nem prejudicou a carreira dela.
 Ao contrário, a tal foto foi utilizada
Como material promocional para o
 lançamento do filme. Resultado: o “tiro”
 acabou saindo pela culatra e se tornou
 uma grande jogada de marketing tornando 
o filme um estouro de bilheteria. 
Marilyn, finalmente, ficou famosa.

O FENÔMENO MARILYN

Em todos os filmes que ela fez na sequência 
ela fez papéis principais que lhe trouxeram 
a fama de “Deusa erótica platinada”.
Gradativamente Marilyn demonstrou ser 
uma grande atriz como no filme 
The Misfitis (Os Desajustados). 
O sucesso de público e de crítica se 
repetiria em Somerhing’s Got to Give, 
caso ela não tivesse morrido, afirmam alguns especialistas.
UMA PODEROSA EMPREENDEDORA
Ela passou a ser voluntariosa, discutia
 com seus diretores e atores com os
 quais contracenava e passou a cobrar
 cachês altos por sua fama. Ela em 1955
 decidiu fundar sua própria empresa, 
a famosa Marilyn Monroe
 Film Production Company.

Ela se revelou uma boa e forte empresária.
 Mas, se por um lado ela se dava bem nas
 transações financeiras, tornando-se rica e 
ambiciosa, pelo lado sentimental ela era um
 fracasso. Preferia como amantes homens
 famosos e importantes para alimentar sua vaidade.
 Aquela mulher que fora criada num lar 
desfeito, sem pai e que passara sua infância 
com diversos casais que a criaram, pois 
sua mãe não tinha condições de cuidar dela, 
por sofrer das faculdades mentais e acabou
 num manicômio, agora era poderosa e
 desejada por todos os homens.  


TEMIA A DEMÊNCIA

Segundo especialistas, o problema dela era 
hereditário. Sua avó materna também ficou
 louca e morreu num hospício. O mesmo 
já tinha acontecido com o avô. Há quem 
afirme que talvez ela temesse ter o mesmo
 destino de seus parentes. Ela afirmava 
constantemente aos amigos mais íntimos
 que os traumas que sofrera na infância não
 a deixavam dormir e que temia ficar solitária à noite.
O complexo de rejeição a perseguiu por toda
 a sua breve existência, afirmou um psicólogo.
 Ela era agressiva com os colegas de
 trabalho, mesmo quando não havia necessidade.
 Segundo os estudiosos do comportamento 
humano, esta era uma forma que ela 
usava para se defender.

MUITOS LIVROS FORAM 
ESCRITOS SOBRE ELA

Maurice Zolotow, que escreveu um livro 
biográfico sobre Marilyn, fez interessantes 
observações psicanalíticas, tentando justificar
 a inconstância da atriz. O livro intitulado Norma 
Jean, escrito por Fred Lawrence Guiles, 
traz muitas pesquisas e depoimentos 
colhidos sobre ela. 
Porém, estudiosos afirmam que a 
obra foi prejudicada porque
 o autor jamais a conheceu pessoalmente.
Norman Mailer, no livro Marilyn Monroe – 
Uma Biografia, confessou que se baseou na 
obra de Fred Lawrence Guiles e enxertou 
depoimentos de Maurice Zolotow e
 trechos do livro de Norman Rosten,
 chamado An Untold Story (Uma História Indizível),
 fazendo seus próprios comentários e ilustrando-o
 com fotos famosos da atriz. Inclusive,
 aquela em que ela aparece deitada 
sobre um tapete vermelho completamente
 nua, que causou muita polêmica na época. 
Essa foto foi feita por Tom Kelley, para um calendário.
Enfim, mesmo após a sua morte Marilyn 
Monroe continuou fazendo sucesso,
 despertando curiosidades e muita gente
 passou a explorar seu nome e 
suas imagens para faturar alto.

CASAMENTOS DE MARILYN

1-    Jim Dougherty
2-    Bob Slatzer
3-    Joe DiMaggio
4-    Arthur Miller

AMANTES DA DIVA

André de Dienes, Errol Flynn, Bem Lyon, 
Joe Schenck, Tommy Zahn, Charles Chaplin Jr,
 Sydney Chaplin, John Carrol, Harry Cohn, 
Fred Karger, Howard Hughes, Anton Lavey, 
James Bacon, Johnny Hyde, Elia Kazan,
 Nico Minardos, Edward G. Robinson Jr,
 Marlon Brando, Hans Jorgen Lembourn, 
Yves Montand, Frank Sinatra, José Bolaños, 
John Fitzgerald Kennedy e Robert Kennedy,
 entre outros anônimos, não confirmados,
 segundo historiadores.

A INCRÍVEL MARILYN MONROE

Em apenas 14 anos atuando como atriz, 
ela fez 31 filmes – o último ficou inacabado.
 Apesar de ter começado atuar em papéis 
secundários em 1947, Marilyn começou 
a se destacar somente
 a partir de 1952, quando passou a 
estrelar as primeiras películas.
Nesse mesmo ano em que começou 
a se destacar nos papéis
 principais realizou 5 filmes.
 Mas, o sucesso de bilheteria só foi 
alcançado no ano seguinte com: 
Gentlemen Prefer Blondes, onde
 contracenou com a também sensual 
Jane Russell. Os filmes subseqüentes 
feitas por ela a projetaram como
 “A deusa loira de Hollywood”. 
Ela começou a mostrar seu potencial 
para a dramaturgia no filme The Misfits
 (Os Desajustados), escrito por seu 
ex-marido, Arthur Miller, um ano antes
de sua morte. Segundo os entendidos,
 era no filme inacabado chamado Something’s
 Got  to Give, que Marilyn iria provar 
ao mundo como ela era uma grande estrela.
Confiram a seguir a...

FILMOGRAFIA DE MARILYN MONROE 


          1947 – You Were Meant For Me – Dirigido por:
           Lloyd Bacon. Atores principais: Jeanne Grain,
           Dan Daniels e Oscar Levant.
1948 – Sccuda Ho! Sccuda Hay! – Dirigido por:
 Hugh Herbert. Atores principais: June Haver, 
Lon Mc Callister e Robert Carnes.
 1948 – Dangerous Years – Dirigido por: 
Arthur Pierson. Atores principais: William 
Halop, Ann E. Todd e Jerome Cowan.
1948 – Ladies of The Chorus (Mentira 
Salvadora, no Brasil) –
Dirigido por: Phil Carlson.
 Atores principais: Adele Jergens, Marilyn
 Monroe e Radn Brooks.
1950 – Love Happy (Loucos de Amor) –
Dirigido por: David Miller. Atores principais:
Harpo, Groucho e Chico Marx.
1950 – A Ticket to Tomaha 
( O que Pode um Beijo) – Dirigido por:
 Richard Sale. Atores principais: 
Dan Dailey, Anne Baxter e Rory Calloun.
1950 – The Asphalt Jungle (O Segredo das Jóias) – 
Dirigido por: John Huston. Atores principais:
Sterling Hayden, Louis Calhern e Jean hagen.
1950 – All About Eve (A Malvada) – Dirigido por: 
Joseph L. Mankiewicz. Atores principais: 
Bette Davis, Anne Baxter e George Sanders.
1950 – The Fireball (O Faísca) – Dirigido por: 
Tay Garnerr. Atores principais: Mickey 
Rooney, Pat O’Brien e Beverly Tyler.
1950 – Right Cross (Por um Amor) –
Dirigido por: John Sturges. Atores principais:
 June Allyson, Dick Powell e Ricardo Montalbán.
1951 – Home Town Story 
(História da Cidade Natal) – 
Dirigido por: Arthur Pierson. 
Atores principais: Jeffrey Linn, Donald Crisp 
e Marjorie Reynolds.
1951 – As Young as You Fell (Sempre Jovem) –
Dirigido por: Harmon Jones. Atores principais:
 Montry Wooley, Thelma Ritter e David Wayne.
1951 – Love Nest (O Segredo das Viúvas) – 
Dirigido por: Joseph Newman. Atores principais: 
June Harver, Jack Parr e Marilyn Monroe.
1951 – Lets Make It Legal – Dirigido por:
 (Joguei Minhas Mulheres) – Dirigido por: 
Richard Sale. Atores principais: Claudette
 Colbert, Mac Donald Carey e Barbara Bates.
1952 – Clash by Night (Só a Mulher Peca) – 
Dirigido por: Fritz Lang – Dirigido por:
 Fritz Lang. Atores principais: Barbara 
Stanwyck, Paul Douglas e Marilyn Monroe.
1952 – We’re not Married 
(Travessuras de Casados) –
Dirigido por: Edmund Goulding. Atores principais:
 Ginger Rogers, Fred Allen e Marilyn Monroe.
1952 – Don’t Brother to Knock
 (Almas Desesperadas) –
Dirigido por: Roy Baker. Atores principais:
 Richard Wydmark, Marilyn Monroe e Anne Bancroft.     
1952 – Monkey Business (O Inventor 
da Mocidade) – Dirigido por: Howard Hawks.
Atores principais: Cary Grant, Ginger Rogers, 
Charles Coburn e Marilyn Monroe.
1952 – ThE Cop and The Anthem (Páginas da Vida) –
Dirigido por: Henry Koster – Atores  principais: 
Charles LAughton, Marilyn Monroe e David Wayne.
1953 – Niagara (Torrentes de Paixão) – 
Dirigido por: Henry Hathaway. 
Atores principais: Marilyn Monroe, 
Joseph Cotten e Jean Peters.
1953 – Gentlemen Prefer Blondes
 (Os Homens Preferem as Loiras) – 
Dirigido por: Howard Hawks – Atores principais:
 JaneRussell, Marilyn Monroe e Charles Coburn.
1953 – How To Marry a Millionaire 
(Como Agarrar um Milionário –
o primeiro filme em cores de Hollywood ) –
 Dirigido por: Jean Negulesco. Atores principais: 
Marilyn Monroe, Betty Grable e Lauren Bacall. 
1954 – River of no Return
 (O Rio das Almas Perdidas) – Dirigido por: 
Otto Preminger. Atores principais: Marilyn 
Monroe, Robert Mitchum e Roy Calhoun.
1954 – There’s no Business Like 
Show Business (O Mundo da Fantasia) – 
Dirigido por: Walter Lang – Atores principais: 
Ethel Merman, Donald O’Connor
 e Marilyn Monroe.
1955 – The Seven-Year Itch 
(O Pecado Mora ao Lado) – Dirigido 
por: Billy Wilder. Atores principais:
 Marilyn Monroe, Tom Ewell e Evelyn Keyes.
1956 – Bus Stop (Nunca Fui santa) – 
Dirigido por: Joshua Logan. Atores principais:
 Marilyn Monroe, Don
 Murray e Arthur O’Connel.
1957 – The Prince and The Showgirl
 (O Príncipe Encantado) – Dirigido por: 
Laurence Olivier. 
Atores principais: Laurence Olivier, 
Marilyn Monroe e Sybil Thorndike.
1959 – Some Like it Hot 
(Quanto Mais Quente Melhor) – 
Dirigido por: Billy Wilder – Atores principais:
 Marilyn Monroe, Tony Curtis e Jack Lemmon.
1960 – Let’s Make Love (Adorável Pecadora) – 
Dirigido por: George Cukor. Atores principais: 
Marilyn Monroe, Yves Montand e Tony Randall.
1961 – The Misfits ( Os Desajustados) – 
Dirigido por: John Huston – Atores principais:
 Clark Gable, Marilyn Monroe e Montgomery Clift.
1962 – Something’s Got to Given (Inacabado) – 
Dirigido por: George Cukor. Atores
 principais: Marilyn Monroe,
 Dean Martin e Cyd Charisse.

       O PREÇO DA FAMA

Os mitos, eles têm em comum a imortalidade, 
mas a imortalidade tem seu preço.
 Norma Jean (Marilyn Monroe) povoará 
eternamente as mentes masculinas 
como o eterno “Símbolo sexual”. 
Ela, assim como outros astros famosos como: 
Jim Morrinson, Hendrix, Janes Joplin,e outros,
que morreram de forma 
precoce, mas foram eternizados. 
Porém, pagaram um preço alto pela imortalidade.
Marilyn Monroe (1926\1962).

Por Tony Fernandes\Redação 
dos Estúdios Pégasus –
Uma Divisão de Arte e Criação da
 Pégasus Publicações Ltda – 
SãoPaulo – SP – Brasil.
Copyright 2013. Estúdios Pégasus.
Todos os Direitos Reservados.

OBS: Todas as imagens contidas nessa 
matéria são meramente ilustrativas e pertencem, 
por direito, a seus proprietários ou
 representantes legais.
Os textos foram baseados nas diversas 
obras biográficas, autorizadas e 
não-autorizadas sobre a 
falecida megastar.