sábado, 23 de julho de 2016

SE VOCÊ CURTE HQs NÃO PERCA: EU, MEU IRMÃO, UMA FAMÍLA E UMA PEQUENA HISTÓRIA!



Edmundo Rodrigues é um nome conhecido 
entre os admiradores da boa História em 
Quadrinhos produzida no Brasil. Ao longo de
sua prolífica carreira este grande mestre do traço,
que deixou saudades e um legado incrível, se revelou um dos profissionais mais competentes do quadrinho nacional. Edno Rodrigues, seu irmão desenhista, que também foi parceiro do mestre em inúmeras HQs, decidiu homenagear seus pais, toda a família e o seu irmão mais velho, que sempre admirou, escrevendo 
um livro fora de serie. Se você quer saber mais sobre
a origem da família Rodrigues e de seus talentosos filhos não pode perder esta obra.
A seguir saiba mais sobre o livro...

EU, MEU IRMÃO, UMA

FAMÍLA E UMA

PEQUENA HISTÓRIA!




A obra conta a saga da família Rodrigues originária da cidade de Marapim, uma ilha situada no interior do Belém do Pará, de praias paradisíacas e culinária
típica – uma das melhores do estado – e boa música, que veio para o Rio de Janeiro em busca de oportunidades e sobre seus filhos talentosos.

UMA VIAGEM AO PASSADO

O autor, Edno, resgata fatos históricos sobre o local onde nasceram – até então desconhecido pela maioria dos brasileiros - e também cita, no livro, seus parentes ilustres que tiveram relevante influência na história e
na política local e a perseguição implacável que sua família sofreu por um ditador regional.

REVOLUÇÃO DE 30
(BARATA, O DITADOR)

Segundo o autor, o major Joaquim Cardoso de Magalhães Barata, um baixinho cruel, ditava as
normas na região exercendo abuso de poder. 
O ditador militar, e seus aliados, jogavam duro 
contra seus opositores e uma de suas vítimas foi a redação do jornal Folha do Norte - jornal de maior circulação daquele estado - , que fazia oposição 
aos baratistas, cujo editor-proprietário era Paulo Maranhão tio, por parte de mãe, de Edno e 
Edmundo Rodrigues.

O patriarca da família Rodrigues (Armando do Valle Rodrigues) era um excelente alfaiate, confeccionava roupas para o cunhado, Maranhão e para seu secretariado. No dia da intervenção do jornal o dono 
do periódico não estava no local, mas Armando estava lá tirando umas medidas e acabou sendo preso com 
os demais funcionários.
Indignada com a prisão do marido Raymunda Oeiras Botelho Rodrigues foi tirar satisfação com o então governador, que também ameaçou aprisioná-la. Porém, ela fugiu. Seis dias depois, Armando, o alfaiate, foi libertado. Graças a um compadre que era diretor da Guarda Costeira do Maranhão, que foi procurado por dona Raymunda, é que seu marido acabou indo 
parar na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,
na casa dos Maranhão em Copacabana.

RIO: CIDADE MARAVILHOSA


Longe da tirania de Barata, os Rodrigues começaram 
a peregrinar pelo Rio de Janeiro, na casa de parentes
e por fim foram morar num sobrado enorme da rua Gomes Freire, no centro.
Eu estava com cinco meses, Elyeth com 10 anos, Enildette com 8, Edmundo com 5 anos e Armando 
com 3 anos. Naquele sobrado meu pai montou seu ateliê”, relatou Edno Rodrigues.


SEIS PEQUENAS DO BARULHO


Enildete, a caçula da família, em 1949 estava com 17 anos e fazia parte de um conjunto musical chamado
Seis Pequenas do Barulho. Após árduos ensaios as garotas estrearam na Rádio Tupi e passaram a excursionar. Também gravaram alguns discos pelo
selo Star. Mas a carreira do grupo foi abalada após a saída da vocalista Inesita Falcão. 
As demais integrantes decidiram continuar, mas a carreira artística delas acabou numa apresentação da rádio Tamoio.
Naquela época, Edmundo vivia rabiscando nos 
papéis em que vinham embrulhados os pães demonstrando um grande potencial para o desenho. Não tardou muito para que meu irmão iniciasse sua brilhante carreira de desenhista na revista 
O Tico-Tico, que passou a publicar seu personagem João Charuto. Ele estava com 14 e eu com 10 anos.”

O PETRÓLEO É NOSSO!


Fevereiro de 1947 – O presidente Dutra determinava
as diretrizes para a exploração do petróleo no 
Brasil – uma utopia, visto que faltava verba, técnicos especializados etc - , mas o slogan ufanista adotado
foi “O petróleo é nosso!”
Antonio Pereira da Silva, quando criança no Belém 
do Pará, fora adotado pelos Rodrigues, tornando-se 
um membro da família. No Rio, tornou-se linotipista 
no jornal Diário da Noite.
Naquele ano, em plena crise do petróleo, após ver a habilidade que o jovem Edmundo tinha para 
desenhar, Antonio Pereira pediu que ele fizesse
um desenho sobre o polêmico assunto.
Meu irmão desenhou um garoto maltrapilho, 
segurando uma placa, onde se lia, em letras 
garrafais: “O PETRÓLEO É NOSSO!”

O desenho foi levado por Antonio ao jornal e 
no dia seguinte o desenho estava publicado na
 primeira página – para o espanto do jovem artista -,
 com o seguinte texto: “Essa é a visão do nosso pequeno eleitor Edmundo Rodrigues, de 12 anos,
 sobre a crise do petróleo”.

O TICO-TICO E OS PIONEIROS

DOS QUADRINHOS NO BRASIL



Este era o título de uma publicação popular 
que era lançada pela editora chamada O Malho,
 de propriedade do jornalista Luís Bartolomeu 
de Souza e Silva, a primeira a lançar HQs no país.
Sua primeira edição saiu em 1905, segundo 
relatou Edno Rodrigues, por suas páginas 
passaram desenhistas de peso, como: Luís Gomes Loureiro, Luiz Goulart, J. Carlos, Paulo Affonso, 
A Rocha, Miguel Hocman, Alfredo e Osvaldo
Storni (pai e filho), Ângelo Agostini e o jovem
Edmundo Rodrigues.
Seu personagem mais popular se chamava
Chiquinho- uma cópia não autorizada de Buster
Brown criado por Richard Felton Outcault,
que também criou o lendário Yellow Kid.
O logotipo da referida revista foi desenhada
por Angelo Agostini.

JERÔNIMO,

O HERÓI DO SERTÃO




1956 – Edmundo estava criando e desenvolvendo histórias para fotonovelas para a revista Cinderela, da Rio-Gráfica (atual Globo), de Roberto Marinho, além de fazer o Curso de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército (CPOR).
Naquela época eu e o mano estávamos planejando montar nosso primeiro estúdio de desenho.”

Enquanto isso, uma novela radiofônica chamada Jerônimo, O Herói do Sertão, criada por Moyses Weltman, estava fazendo muito sucesso pela rádio Nacional, diariamente, às 18:35hs, patrocinada pela Sidney Ross Company. As Aventuras de Jerônimo –
uma espécie de faroeste caboclo - era interpretado 
por Milton Rangel, Aninha – a namorada do herói -,
por Dulce Martins e Moleque Saci – o fiel parceiro do herói-, por Cauê Filho.

Quer saber mais sobre como Edmundo Rodrigues
teve a oportunidade de desenhar Jerônimo? 
Como surgiu os estúdio dos irmãos Rodrigues? 
Quem colaborou com eles para atender a demanda
das aventuras do Herói do Sertão? Quem adaptava 
os textos de Moyses Weltman, criados para o rádio, para as HQs? Quem eram os desenhistas americanos venerados pelos irmãos Rodrigues? Em que HQs 
Edno Rodrigues colaborou e outras cositas más?

Então, webleitor, não deixe de adquirir esta obra reveladora.
Reserve seu exemplar antes que se esgote.
MAIORES INFORMAÇÕES:
rodriguesedno@ig.com.br

LANÇAMENTO:



Eu, Meu irmão, Uma Família e Uma Pequena História
AUTOR: Edno Rodrigues
NÚMERO DE PÁGINAS: 290
Lombada quadrada
MIOLO: Em papel offset 75 gramas
IMPRESSÂO: Em cores e P & B
LANÇAMENTO: Editora Above
TIRAGEM: Limitada


Por Tony Fernandes\Redação Pégasus\Divulgação


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