sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

OS HERÓIS JAPONESES E OS MANGÁS DE RUMIKO TAKAHASHI! AUTORA DE RANMA 1/2 E YNUIASA!



Na década de 60 o primeiro super-herói a voar pelas telas
 da televisão brasileira não era americano -
como já expliquei em outra matéria - e, sim,
 de origem nipônica. 
Seu nome? 
Nacional Kid, um herói que foi criado
e patrocinado para a TV japonesa pela companhia 
National, para promover seus produtos e que fez a 
cabeça da garotada pelo mundo afora. 
As aventuras do Superman só foram apresentadas
 nas telinhas um bom tempo depois.

Nacional Kid

Aos poucos os super seres Made in Japan, 
foram invadindo nossos lares através das 
emissoras de TV do país.
A poderosa  família Ultra, cujo principal personagem 
era Ultraman, também fez um grande 
sucesso na TV brasileira. 


Ultraman marcou gerações - A série foi
reprisada diversas vezes
De repente, outras séries oriundas do Oriente passaram
a ser exibidas nas TVs do país com incrível sucesso,
como: Patrulha Fantasma,  Speedy Race (anime),
Os Vingadores do Espaço,  Spectreman,
Astroboy, A Princesa e o Cavaleiro
(do Disney Japonês), etc.


Os Vingadores do Espaço



Mas, foi na década de 90, que as séries produzidas no
Japão conquistaram o mundo. Cavaleiros do Zodíaco foi
um campeão de audiência e com eles vieram: Dragon Ball,
Pókemon, Digimon e uma gama de outros personagens
que marcaram época e que acabaram conquistando também
nosso público leitor.


Cavaleiros do Zodíaco (no Brasil) fez estrondoso sucesso
na TV e nas histórias em quadrinhos
O anime Speed Racer fez muito sucesso na TV brasileira
Spectreman
A Bloch editores lançou Spectreman, série que também era
exibida pela extinta TV Manchete - do grupo Manchete -, uma
revista em quadrinhos desse personagem totalmente produzida
no Brasil com desenhos do mestre Eduardo Vetillo, a editora
Nova Sampa Diretriz arrebentou a boca do balão com a 
revista O Herói - uma campeã de venda -, e a Conrad
Editora chegou definitivamente para implantar os 
chamados mangás em nosso país, ao lançar diversos
títulos de sucesso.


Spectreman - Quadrinhos lançados
pela Bloch Editores
 Dentre estes: Dragon Ball,
Vagabond, etc, seguida de perto
pela JBC e outras empresas do ramo, que se
dedicaram a publicar exclusivamente mangás.
Cavaleiros do Zodíaco,  Dragonball e Dragonball Z -
 Séries que até hoje são  adoradas
e cultuadas no Brasil
Pokemon virou mania naciona
Digimon - Outro super sucesso
O interessante é que essas publicações passaram
a ser publicadas no país da mesma forma como
eram editadas em seu país de origem. Ou seja,
os quadrinhos eram lidos da direita para a
esquerda. Os leitores adoraram esta
novidade e a linguagem cinematográfica dessas
novas séries que, em geral, apresentam pouco texto e
muita ação.
De repente, os quadrinhos japoneses começaram a
disputar mercado com os tradicionais heróis Made
in America e já há algum tempo eles dominam as
 vendas desse setor.
 Uma gama de autores do Oriente passaram a ser
conhecidos do público leitor, que se apaixonou por
esta nova linguagem.
Dentre esses novos autores que passaram a ter seus
trabalhos publicados no Brasil, destaca-se...
  

RUMIKO TAKAHASHI, 
UMA DAS MAIS QUERIDAS AUTORAS

DE MANGÁS DO JAPÃO



Uma das mais famosas mangakás
(Mulheres que fazem mangás) do Japão



Dinâmica, eclética e muito criativa.

Estes são alguns dos adjetivos usados para definir
 Rumiko Takahashi,  autora de Ranma ½ e Ynuiasa –
animes de TV, que viaram mangás e que também
 foram lançados no Brasil no formato
quadrinhos com grande sucesso .
Mas para chegar ao topo no difícil e concorrido 
mercado de mangás do Oriente teve que enfrentar
 inúmeras dificuldades.




Aos 17 anos o interesse dela pelos quadrinhos
 era apenas para lê-los, pois alguns traziam boas e 
belas histórias. 
Ocasionalmente copiava alguns personagens que 
via em alguma revista, mas não levava muito 
a sério sua aptidão nata pelo desenho.

Quarenta anos depois, Rumiko Takahashi se 
tranformou numa autora de sucesso. Tornou-se uma 
das autoras preferidas dos leitores japoneses. 
Virou uma multimilionária com aproximadamente 
50 milhões de exemplares impressos e vendidos.
Suas criações se tornaram um verdadeiro 
fenômeno editorial.
Ela também ficou conhecida no Japão por não gostar
 de conceder entrevistas e por cumprir rigorosamente 
os prazos estipulados pelos editores.
 No Japão, muitos editores são obrigados a trancar 
alguns autores num quarto de hotel para que 
estes consigam entregar no prazo seus
 trabalhos de quadrinhos.

O autor americano Frederik Schodt, conhecido autor
 do livro “Manga! Manga! The World of Japanese Comics,
 lançado pela editora Kodansha, em 1986, disse:
“Nunca ouvi qualquer algo negativo dela. 
De fato, todos aqueles com que falei e tiveram 
oportunidade de conhecê-la ficaram fascinados
 por sua simplicidade”.


PEQUENA BIOGRAFIA
Rumiko Takahashi nasceu na cidade de Niigata, no Japão,
no ano de 1957. ela é irmã de Kazuki Takahashi
criador de Yu-Gi-Oh! 


Yu-Gi-Oh! - de Kazuki Takahashi
Rumiko passou por dificuldades nas provas de
 admissão para entrar para a Nihon Joseidai, 
famosa universidade japonesa para mulheres,
 mas conseguiu ingressar.  
Mudou-se para um minúsculo apartamento em 
Tokio e ali viveu por muitos anos.  
Mesmo fazendo a universidade sentia-se atraída 
pelo desenho e adora escrever. 
Começou a freqüentar o famoso curso de desenho
 de Kazuo Koike - consagrado autor de Lobo Solitário, 
um clássico das HQs japonesas. 
Koike, em seu país, é tão respeitado por sua obra 
de HQs tanto quanto o americano Joe Kubert 
é na América. Muitos de seus ex-alunos se 
tornaram profissionais de destaque 
no difícil mundo editorial.

Apesar dela ter se dedicado muito pouco ao desenho 
antes de entrar no curso, deu sorte. 
Acabou sendo auxiliada pelo próprio mestre Koike. 
Durante dois anos, sob a orientação de seu mestre, 
ela fez milhares de páginas e começou a 
tomar gosto pela coisa.
O primeiro ensinamento que Kazuo Koike ministrava 
aos seus discípulos era: 

“Os quadrinhos são sustentados pelos seus personagens. 
Se um personagem foi bem criado, a
 história será um sucesso.”


Edição limitada de saquê, lançada em 2010, em
comemoração dos 30 anos de Maison Ikkoku, famosa
obra da mangaká, Rumiko, que estreou em 1980
na antológica publicação chamada
Big Comic Spirits






Partindo dessa preciosa dica, Takahashi começou a 
escrever cuidadosamente e a criar o universo
 do elenco da série Urusei Yatsura 
(A Turma do Barulho, no Brasil).

Em 1978, o talento dela contagiava seus colegas de
 curso e empolgava seu mestre. Todos, que viam 
seus trabalhos, apostavam que ela seria uma 
grande profissional de mangás, um dia.
Hikawa, que estudava também com o mestre Koike 
e que também se tornou uma popular escritora 
de fantasia, de muito prestígio, certa feita afirmou:

“ Tudo era uma questão de tempo. Todos podiam ver 
que a arte de Rumiko e suas histórias tinham 
algo de especial.”

Naquele mesmo ano a Shogakukan editora decidiu 
apostar no talento da jovem e seu esforço foi 
recompensado ao receber o “Prêmio do Novo Artista”, 
dado as novas revelações do setor editorial nipônico.

O PRIMEIRO TRABALHO
Foi em setembro de 1978 que a série Urusei Yatsura 
apareceu numa revista de quadrinhos semanal 
destinada aos jovens, chamada Shonen Sunday. 
Inicialmente, as histórias criadas por Rumiko 
eram publicadas de forma irregular, esporadicamente. 
A partir de 1979, ela se tornou uma assídua 
colaboradora e suas HQs passaram a 
sair regularmente.

“Meus pais não achavam que eu tinha futuro no mundo 
dos mangás. Pediam para que eu parasse com aquilo.
 O que eu ganhava mal dava para comer. 
Eles queriam que eu arrumasse um emprego decente, 
normal. Para ser franca, eu também era insegura 
em relação a carreira que havia escolhido”, 
declarou Rumiko, anos após se tornar 
uma autora de sucesso.

Ela vivia num cubículo, dormia dentro do armário. 
Sabia que o mercado de mangás em seu país era 
muito concorrido. No Japão as HQs não são vistas 
como subcultura como ocorre no Ocidente. 
Os quadrinhos no Japão são vistos como coisa séria 
e são consumidos por milhões de leitores, de 
todas as idades. Edições de 300 ou 400 páginas
 saem semanalmente.


A autora, segundo ela mesma

A autora e suas criações
A REALIDADE DO 
MERCADO JAPONÊS

Em média, um autor de HQs japonês  inicialmente
 ganha, em um ano, cerca de 80 mil dólares.
 Porém, boa parte desse dinheiro é gasto para pagar
 a mão de obra de seus assistentes, aluguel,
 matéria prima, etc. 
Visto que a maioria dos autores, para manter 
os prazos e o pique de produção, 
trabalham em equipe.
Apesar das dificuldades e da louca concorrência, 
novos personagens surgem a cada instante para 
disputar a preferência dos leitores.
 Isto é o que estimula os iniciantes a entrarem no 
ramo e também o fato de no Japão ter inúmeros 
casos de artistas bem sucedidos, como: 
Fujilo Fujio, Osamu Tezuka, Akira Toroyama 
e outros. Todos se tornaram multimilionários. 
Assim, os jovens aspirantes sonham e almejam 
chegar ao topo, como os grandes mestres. 
Mas, poucos atingem este difícil objetivo.

No Japão, muito mais do que em qualquer outra
 parte do mundo, um autor de HQ produzindo bastante
 e lutando com muita garra e perseverança
 pode chegar ao topo, muito mais facilmente do 
que na América, pois no país do Sol Nascente
 o povo adora este tipo de leitura, muito mais do 
que os americanos.
 O difícil é fazer cair um novo personagem no 
gosto popular, saber o que eles querem consumir.
Pois lá, como em qualquer outra parte do
mundo, só continua aquilo que vende,
que funciona comercialmente.

Para seguir uma carreira oscilante e super
disputada no mundo dos mangás um autor tem 
que pensar duas vezes para não se arrepender depois. 
No sistema empregatício japonês as empresas 
contratam estudantes muito antes que estes 
terminem a universidade. 
Poucas empresas formam suas equipes de outra maneira.
Um artista de mangá que não obtenha sucesso 
no mundo editorial e que tenha 22 anos de idade está 
literalmente morto no mercado de trabalho 
chamado de "convencional". 
Ou seja, dificilmente arranjará trabalho, mesmo 
que tenha diploma de nível superior.
Todo artista sabe que o sucesso não surge do dia
 para a noite. É consciente do risco e sabe que suas 
criações também podem não ser um sucesso comercial.
 Mas, todos, que enveredam por este difícil caminho 
sabem que só há um meio de descobrir se você
 nasceu ou não para a coisa: tentando. 
Porém, é preciso ser o melhor. Fazer um bom desenho 
e caprichar nos enredos das histórias são as
 principais metas desses jovens talentos.

ASCENÇÃO DE UMA 
ARTISTA POPULAR




Em 1981, Urusei Yatsura, criação da talentosa 
Rumiko Takahashi, ganhou uma animação para a TV. 
Assim, de repente, a citada autora começou a dar
 uma grande guinada na vida. 
Sua carreira começou a decolar. 
 Apesar de ter recheado sua conta bancária, do
 dia para a noite, os amigos de Rumiko afirmam 
que ela continua a mesma pessoa simples de sempre.
“Mesmo com muito dinheiro e tendo que 
produzir centenas de páginas continuamente 
ela não perdeu sua essência de artista ou seu 
jeito simples de ser”, declarou um amigo.

Durante um grande período, segundo as pesquisas, 
Rumiko Takahashi foi uma campeã de venda 
muito estimada por seus leitores, ficando sempre
 entre os três primeiros colocados no ranking 
de popularidade. 
A revista especializada Comic Fun, certa feita, a
 elegeu como a artista de mangás mais 
bem paga do Japão, na década de 90.

O anime da série Urusei Yatsura foi exibido no 
Japão entre outubro de 1981 e março de 1986, teve 216 
episódios e também rendeu cinco filmes e três
 especiais de vídeo. 
O fã clube dela tinha cerca de 250 mil fãs, 
uma loucura.
Na época, um conjunto de lasers discs com a série 
completa, mais as produções extras foi lançada e 
acabou esgotando em poucas semanas, 
tamanha era sua popularidade.
Os trabalhos de Rumiko também agradaram o
 público dos Estados Unidos.





Big Comic Spirits


OUTRAS LINHAS DE PRODUTOS

Na América ela ficou bastante conhecida por 
suas comédias românticas e poucos tiveram
 o prazer de conhecer suas histórias de terror.
 Na coleção Rumic World , em três volumes,
 há seis histórias nessa linha. Prova cabal da
 grande capacidade inventiva desta autora
 que também já escreveu pequenos
 contos de ficção-científica.

Como pode alguém, que escreve comédias 
românticas, escrever histórias tão violentas?- 
indagaram muitos dos seus fãs e críticos.

“Talvez elas sejam como uma válvula de escape 
para mim... eu realmente não sei. Às vezes eu
 simplesmente tenho essas idéias malucas, 
assustadoras, e as passo pro papel ou pro 
computador”, explicou a artista, quando 
era é uma jovem senhora.




A série chamada Mermaid Wood é uma de suas 
melhores representações desses trabalhos
 na área do terror, enquanto Laughing Target, 
a segunda, que foi feita um anime , foi
 desapontadora, devido ao péssimo roteiro.

É humanamente impossível alguém que produz tanto 
não errar uma vez na vida. Afinal, só não erra 
quem nada faz. Isto não abalou sua popularidade. 
Mas, seus fãs e a crítica especializada afirmam 
que sua obra prima foi Ranma ½, - uma comédia 
romântica -, que foi lançada em 1987.
 Até hoje, Rumiko Takahashi é considerada 
como um grande ícone da indústria 
nipônica de mangás.

O sucesso meteórico desses criativos artistas japoneses 
vêm e vão como um furacão, naquele mercado
 altamente competitivo. Mas, alguns autores sempre
se destacam e alguns deixam sua marca
indelével no grande livro que registram os nomes
dos grandes mestres do mangá. As criações
 dessa grande artista para sempre ficarão
 na lembrança de quem aprecia uma boa 
história em quadrinhos.


UM CLÁSSICO
Inuyasha - A Fantástica História do Período 
Feudal de Inuyasha- é um mangá anime japonês 
que foi criado por Rumiko Takahashi
Os principais personagens  da série são Inuyasha 
e Kagome Higurashi, que teve seu nome mudado na versão
 brasileira para Agome, enquanto que na edição 
brasileira do mangá o nome foi mantido originalmente.
 O anime foi exibido de 16 de Outubro de 2000 até
 13 de Setembro de 2004 no Japão. 
No Brasil a série primeiro teve seu mangá publicado 
em meados de 2002 pela editora JBC e depois 
no final do mesmo ano pela Cartoon Network.
 No Brasil, a série foi apresentada pela Rede 
Bandeirantes de Televisão e também foi exibida 
 pela Rede Globo de Televisão, por por breve período,
devido a problemas na justiça.
 Ainda sobre a exibição no país, devido a problemas
 com o estúdio de dublagem Parisi Vídeo, o animê 
teve sua exibição cancelada antes do término das
 dublagens, sendo assim, não foram exibidos os últimos 7 
episódios da série dublados em português do Brasil.
O anime foi reprisado de janeiro até outubro 
de 2007 pela Cartoon Network, de segundas às quintas,
 às 2h05 até 2h30 da madrugada.
 A série Inuyasha estreou no
 Panda Biggs no 8 de Maio de 2011.


RELAÇÃO DAS SÉRIES
INCRÍVEIS CRIADAS POR ESTA 
FANTÁSTICA AUTORA

Dastosupa-do
InuYasha
Katei na Yatsura
Kyōkai no Rinne
Maison Ikkoku
Mermaid Saga




 
One Pound Gospel 
(Ichi-Pound no Fukuin)
Ranma ½
Rumic Theater
Rumic World
Urusei Yatsura



O incrível é que mesmo os personagens mais
antigos de Rumiko não envelhecem. A linguagem
deles é sempre atual e as temáticas são
cativantes.
Valeu, Rumiko Takahashi!



Por Tony Fernandes

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Criação da Pégasus Publicações Ltda -
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Um comentário:

  1. Oi eu sou a Isadora ,eu queria saber se Rumiko está viva .. nunca consigo ver !
    O seu trabalho está maravilhoso...

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