Ele foi o primeiro super-herói no mundo das histórias em quadrinhos - criação máxima de Joe Shuster e Jerry Siegel |
EM QUADRINHOS!
O CÓDIGO HAYES
E O DE ÉTICA
E O DE ÉTICA
DITAVAM REGRAS
PARA MORALIZAR
DOIS IMPORTANTES
VEÍCULOS DE
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
DO SÉCULO XX!
Tarzan - por: Russ Manning, que também criou a série Magnus - Robot Fighter |
Tarzan teve inúmeros desenhistas - Capa: Joe Kubert |
QUEM INVENTOU
O CINEMATÓGRAFO
Jean Lumière
nasceram em Besancon, na França.
Inventaram o
cinematógrafo, ou seja, uma
câmara de filmar e
projetor, e desde então
são considerados
como os inventores do cinema.
Mas, há
controvérsias, visto que, na verdade, quem
inventou tudo
foi Léon Bouly, em 1982 que,
por ironia,
teria perdido a patente, que mais
tarde seria
requerida pelos Lumière
no dia 13 de
fevereiro de 1895.
O cinematógrafo
oficial, com qualidade e
ingressos
cobrados pela exibição aconteceu
em 28 de dezembro do
mesmo ano em Paris,
no Grand Café,
situado no no Boulevard
dês Capucines.
Nesse dia foram
exibidos dez filmes.
Na inauguração
oficial foi projetado o filme
La Sortie de L’usine
Lumière à Lyon
(A Saída da Fábrica
Lumière em Lyon).
Os Lumières
divulgaram o
cinematógrafo, em
1896,
levando o
invento para Bombaim,
Londres e Nova
Iorque.
As imagens
exibidas em movimento
causaram muita
polêmica, na época, e
impressionaram e
influenciaram
a cultura popular.
COMO SURGIRAM
AS
HISTÓRIAS EM
QUADRINHOS
As narrativas
ilustradas compostas por desenhos
sequênciais,
em geral no sentido horizontal
e normalmente
acompanhados de textos
curtos de diálogos
(em balões) e algumas
descrições da
situação (recordatórias) difundidas
em revistas e
jornais, que ficaram conhecidas
como Histórias
em Quadrinhos se
tornaram um dos mais
importantes veículos
de comunicação de
massa e criaram
uma linguagem
própria, com uma série
de símbolos
inovadores, em grande parte
incorporada
posteriormente pelo cinema,
pela televisão
e pela publicidade
surgiram sem muita
pretensão.
e as revistas
de HQs,
tornaram-se
inquestionavelmente o maior
e mais influente
campo iconográfico da
história da
humanidade, com bilhões de
ilustrações
produzidas desde 1900 ou
um pouco
antes.
Essa produção
certamente representa a
mitologia gráfica
dominante no Século XX.
Nem mesmo o cinema e
a televisão podem
vangloriar-se de ter
conseguido atingir
um terço da
humanidade, como os
quadrinhos o
fizeram, no passado.
O INÍCIO
As HQs surgiram no
mesmo período histórico
em que
nasceram: o cinema,
o telégrafo e
o raio X.
Todas essas
invenções surgiram nos Estados
Unidos, porém os
quadrinhos, uma
forma singular de
comunicação, acabou
se tornando um
gênero característico
do Século XX, que
marcou
época e influenciou
gerações.
Nos
anos de 1895 e1900 surgiram as tiras
de
jornais dominicais nos Estados Unidos
com
seus primeiros personagens de HQs.
Segundo
alguns historiadores, o primeiro
personagem
de HQ foi Yellow Kid,
de
Richard Outcault.
Porém, há
controvérsias.
Rudolph Dirks produziu Katzenjammer
Kids
(Os Sobrinhos do capitão, no
Brasil),
a primeira criação a
desenvolver totalmente as
características da
moderna tira de História
em Quadrinho, que usava
balões,
tinha elenco permanente
e era
dividida em quadros.
Segundo alguns
historiadores, o cinema
surgiu
oficialmente em 1895 e era
totalmente liberal.
A censura de cenas mais picantes
A censura de cenas mais picantes
era feita pelos
produtores.
A depressão
econômica de 1929 tornou
a América e
Hollywood total mente liberal,
no período
pós-guerra.
O desemprego
alastrava-se pelo país,
assim como a
prostituição devido a
miséria reinante e a
nudez invadiu
as telas.
SURGE O CÓDIGO HAYS
Quigley, pelo
reverendo Daniel A.
Lord e por Will H.
Hays, presidente da
Motion Pictures da
Distribuitors Of
America INC, visando
moralizar os filmes
exibidos e
resgatar os bons costumes.
Este famoso código,
que infernizava a
vida dos produtores
vigorou até 31 de
março de 1939,
graças a Liga de Decência
Católica Romana da
América, apesar
da maioria ser
protestante no país.
Todos aderiram a
idéia de impor a moral
ao cinema. Esse código
durou 30 anos.
Em 1950, cineastas
como Nicholas Ray e
Elia Kazan
infringiram o código
que desabou,
literalmente.
Se o famoso Código Hayes
abalou por alguns anos a indústria
cinematográfica o mesmo aconteceu com
o Comics Code, que foi criado para
policiar as histórias em quadrinhos,
em nome da tradição e dos
bons costumes.
Se o famoso Código Hayes
abalou por alguns anos a indústria
cinematográfica o mesmo aconteceu com
o Comics Code, que foi criado para
policiar as histórias em quadrinhos,
em nome da tradição e dos
bons costumes.
NOS QUADRINHOS DE
TARZAN EM 1940
O primeiro desenhista oficial de Tarzan,
foi Harold Foster, que depois iria criar
o clássico Príncipe Valente.
O segundo foi Rax Maxon.
foi Harold Foster, que depois iria criar
o clássico Príncipe Valente.
O segundo foi Rax Maxon.
Ele nasceu em Lincoln, no Nebraska.
Mudou-se para St.
Louis e estudou numa
escola de cartuns.
Desenhava barcos a
vapor aos 17 anos
para o governo local.
Seu primeiro
trabalho artístico foi para
jornal St.
Louis Republic. Foi estudar
arte em Chicago na
Liga das Artes.
Trabalhou em
agências de publicidade,
para o jornal
O Globo de
Nova Iorque, fazendo
ilustrações.
Certo dia, surgiu a
oportunidade de fazer
iras de jornais para
a série Little Big
Books de um
personagem que estava
fazendo um grande
sucesso nos livros,
revistas de contos e
filmes “B”: Tarzan
dos Macacos. Maxon
quadrinizou as
aventuras do
personagem criado por
Burroughs de
1930 a 1940.
Essas tiras diárias
depois foram remontadas
e foram publicadas
na revista On Parade
e Comic Parade.
e Comic Parade.
A arte de Rex Mason
caiu no gosto popular,
assim ele acabou
sendo incumbido de
fazer também as primeiras páginas
foram
publicadas no formato revista
na América. Mas,
foram remontadas
e publicadas na
Itália e na Alemanhã.
Curiosamente, Jane,
a companheira de
Tarzan aparecia nua
nas HQs desenhadas
por Rex Maxon,
refletindo a orgia
que reinava na
sociedade americana
são disputadas a
tapa, literalmente,
pelos
colecionadores de todo o mundo.
SURGEM OS FIMES “B”
de baixo custo
que eram produzidos
para serem exibidos
na outra metade da
sessão de
cinema que apresentava dois
filmes do
mesmo gênero, naquela
época, tipo:
faroeste, gangsters,
humor ou terror.
humor ou terror.
Esses estúdios que
produziam os chamados
filmes “B”
estavam situados em Gower
Street, em
Hollywood. Local também
denominado, em
inglês, de “Poverty Row”
(Cinturão de
pobreza).
Ali eram produzidos
os filmes
de baixo
orçamento.
Alguns desses
produtores faziam
verdadeiros
milagres.
Rodavam filmes em
duas semanas e meia
com apenas 8 mil
dólares. Estúdios, como:
Mascot,
Monogram, ficaram famosos
devido ao volume de
produção assombroso
e um dia
acabaram se unindo.
Foi assim que em
1934 surgiu a Republic
Pictures, que
passou a produzir filmes
com orçamentos
maiores. Entretanto,
ela jamais deixou de
ser considerada como
um estúdio de
segunda classe e acabou
se tornando o
estúdio\rei dos filmes “B”.
A ERA DE OURO
DE HOLLYWOOD
DE HOLLYWOOD
(De 1920 até 1950)
A década de 50 parecia marcar o final das
produções dos
filmes “B”. Os milhares de
drive-ins (locais ao
ar livre onde se podia
assistir filmes
dentro do seu carro)
fecharam e os
cinemas passaram a exibir
As exibições duplas de filmes rarearam.
A maioria dos filmes
“B”, que começaram
durante o período do
cinema mudo (1930),
eram de western,
como:
Hopalong Cassydi, etc.
Hopalong Cassydi, etc.
Com o advento do
cinema falado novos
mocinhos surgiram na
tela, como:
Buck Jones, Bob Steele, Gene Autry,
Esses filmes tinham
orçamentos inferiores
a 50 mil
dólares e tinham de 50 a 60 minutos
de duração. Os
chamados filmes “B”, na
verdade, dominaram o
mercado até a
década de 30.
Foram produzidos e exibidos
Foram produzidos e exibidos
com menor
intensidade até 1940.
O último filme “B”
foi Two
Guns And Badge
(1954).
CURIOSIDADE
ROCKETEER
(O Homem Foguete, no Brasil)
Rocketeer é um super-herói das histórias
em
quadrinhos, criado pelo roteirista
e desenhista Dave Stevens.
A primeira
aparição do personagem
nos quadrinhos foi em 1982, embora
seja uma homenagem
aos heróis dos
antigos seriados das décadas de 1930
e 1940. A namorada do
herói, Betty,
é inspirada em Bettie Page.
O filme saiu em 1991.
SURGE A TELEVISÃO
Os 3 Patetas |
Heróis famosos que antes apareciam nos
filmes “B” tiveram que se refugiar na TV,
a grande novidade da época, enquanto os
demais cowboys simplesmente foram
esquecidos ou acabaram
indo trabalhar em circos.
Grandes astros como John Wayne
começaram fazendo filmes “B”.
OS SERIADOS (SERIALS)
Durango Kid foi um dos reis dos seriados |
O Aranha Negra fez muito sucesso |
Esses filmes “B” em geral tinham de 10 a 15
episódios que duravam de 15 a 20 minutos
e eram exibidos aos sábados nas matinês
da América. As histórias eram de continuação
e sempre tinham um “gancho” (Cliff hanger)
para fazer o público ir na semana
seguinte ver o novo episódio.
Mulher Pantera |
Império Submarino |
A fase áurea desse tipo de filme ocorreu
nas décadas de 30 e 40. Entre 1929 e
1956 cerca de 230 filmes “B” deste tipo
foram produzidos e lançados pela Republic,
Universal e Columbia Pictures.
O Fantasma de Lee Falk |
Falcão Negro |
DE VOLTA AO PASSADO
O PRIMEIRO FILME SONORO
O título era Ace Of Scothland Yard
(O Ás da Scothlan Yard), em 1929.
Foram produzidos para este título, pela
Universal, 10 episódios.
O último seriado “B” se chamva Perils Of
The Wilderness (Prisoneiros da Selva, no Brasil),
de 1956. Foi produzido pela Columbia.
Apesar do estranho título era um western
sobre a famosa Polícia Montada do Canadá.
SÉRIADOS: MUDANÇAS BRUSCAS
Foram produzidas massivamente
entre 1940 e 1947 e as melhores eram
da Metro Goldwin Mayer.
O interessante é que se o ator não
agradava era substituído mediatamente.
Caso o público se cansasse do personagem
o nome deste era simplesmente
eliminado do filme.
Isto, geralmente, significava que aquela
série estava prestes a terminar.
Johnny Weissmuller - Tarzan |
Um estúdio cedia os direitos para outro
estúdio quando sentia que uma determinada
série não agradava. Curiosamente,
isto aconteceu com Tarzan de Johny Weismuller,
que saiu da Metro e foi parar na RKO e
o formato acabou migrando para a TV.
Enfim, o termo “B” sempre foi usado
para discriminar os filmes feitos com
orçamentos super reduzidos,
que eram produzidos aos quilos.
ORÇAMENTO BAIXO.
MAIOR CRIATIVIDADE
Durante os anos da Segunda Grande
Guerra Mundial aconteceu uma reviravolta
no mundo do cinema, uma coisa incrível.
Em meio a todo aquele lixo que Hollywood
jogava nas telas surgiu The Thing
From Another World (1951), um filme
produzido por um estúdio considerado “B”,
que foi considerado um clássico.
No entanto, Around The World In Eighty
Days (1956), produzido pela poderosa
United Artists foi considerado um lixo.
Em geral, os filmes “B” eram de
ficção-científica, western ou de Terror.
Em 1956, a American International Pictures
(AIP) ficou famosa com os clássicos
de terror de Vincent Price.
O público adorava essas produções
baratas, mas super criativas.
1970 – SURGE UMA
NOVA ONDA DE
FILMES “B”
Perdidos no Espaço - Foi a primeira série da TV, de ficção-científica, produzida por Irwin Allen |
Com o surgimento de produtoras, como:
Independent , International Pictures,
Film Ventures International, Charles
Band Productions, Cannon Films, New Line
Cinema e a Golan-Globus, Irwin Allen - um
dos que mais produziram este tipo de
série nos anos 60-,
dos que mais produziram este tipo de
série nos anos 60-,
entre outras produtoras e
produtores.
produtores.
The Man From U.N.C.L.E (O Agente da U.N.C.L.E, no Brasil) - Serie para a TV baseada em James Bond - 007, que virou quadrinhos, pela editora Gold Key |
Sucesso na TV, no cinema e nas histórias em quadrinhos |
Com o estrondoso sucesso da série The Man From U.N.C.L.E surgiu na TV uma nova série: The Girl From U.N.C.L.E, que também foi lançada pela mesma editora americana |
os cinemas e a TV. Essas séries sobreviveram,
apesar doa uto custo, até 1980. Nesse período,
Roger Corman foi considerado o rei dos
filmes “B”, visto que jamais perdeu dinheiro
com as suas produções em massa –
verdadeiras pastelarias -, que não se
preocupavam muito com os detalhes
da produção, qualidade
da imagem ou som.
O Túnel do Tempo - Irwin Allen |
O Túnel do Tempo em quadrinhos |
Muitos desses novos seriados que foram
produzidos às pencas na década de 60
acabaram sendo publicados em
quadrinhos. A editora Gold Key
era a alegria da garotada.
QUEM FOI O PRIMEIRO HERÓI
DO CINEMA AMERICANO?
Aí está uma pergunta difícil de ser respondida com convicção.
Nos dicionários a palavra "HERÓI" é classificada como:
“Homem que suporta exemplarmente um destino
incomum,
como um extremo infortúnio ou sofrimento, ou que arrisca
a sua vida pelo
dever ou pelo próximo.” ou “O protagonista de
qualquer aventura histórica ou
drama real.
Mas também pode ser: “O que, por qualquer motivo, se
distingue ou se sobressai.”
Segundo o American
Film Institute,o advogado
Atticus Finch, interpretado por Gregory Peck, se enquadra
numa das definições de "Herói".
Atticus Finch, interpretado por Gregory Peck, se enquadra
numa das definições de "Herói".
Gregory Peck |
É que nesse caso ele pode ser classificado como
o primeiro filme de um herói do cinema americano.
O protagonista de O Sol é Para Todos é
O protagonista de O Sol é Para Todos é
um herói na tradução correta da palavra,
porém, há quem conteste
porém, há quem conteste
isso e definem suas ações como muito mais éticas
ou idealistas do que físicas.
Quando o
termo se refere ao cinema, de imediato, nos
vem a mente personagens como James Bond, interpretado
por Sean Connery - e outros grandes astros que
deram continuidade a série-ou Harrison
Ford, como Indiana Jones.
Ford, como Indiana Jones.
Mas, duas perguntas ficam sempre no ar:
quando surgiu o herói
de ação?
E qual é o seu perfil?
ENTRE 1918 e 1950, ALGUNS HERÓIS,
SIMILARES AOS HERÓIS DO CINEMA
MODERNO, SURGIRAM NAS TELAS
Tom Mix |
Um deles foi Tom Mix, que estreou em
1909.
Ele foi um dos primeiros ídolos do cinema
e o primeiro grande herói dos
Ele foi um dos primeiros ídolos do cinema
e o primeiro grande herói dos
filmes de westerns, um gênero tipicamente americano.
Tom MIx foi contemporâneo do ator e atleta
americano Douglas Fairbanks,
outro reconhecido grande ídolo da época
do cinema mudo que
personificou o verdadeiro heróis das telas.
Douglas Fairbanks |
Fairbanks também interpretou: Zorro,
D’Artagnan, Don Juan,
entre outros. Em 1919, ao lado de Mary Pickford, D. W.
Griffith
e Charles Chaplin, Douglas Fairbanks foi um dos fundadores
do famoso e lendário estúdio chamado United Artists –
que hoje é propriedade do ator Tom Cruise.
Errol Flynn |
altura de Douglas Fairbanks no “gênero” capa-e-espada
de Hollywood. O astro também foi Don Juan.
Mas emprestou sua imagem a
personagens clássicos, como:
personagens clássicos, como:
Robin Hood e ao pirata inglês Geoffrey Thorpe,
de O
Gavião do Mar, filme de 1940 dirigido por
Michael Curtiz. As
Aventuras de Robin Hood, de
1938, marcou sua carreira para sempre
como o príncipe dos ladrões.
ANALISANDO...
Quase
que paralelamente ao sucesso de Errol Flynn,
o clássico herói da literatura Tarzan criado por
Edgar Rice Burroughs, já
existia antes da década de 1930 e vários atores
interpretaram o famoso homem macaco.
interpretou Tarzan, mas sua figura é mais
lembrada como Flash Gordon,
lembrada como Flash Gordon,
Buck Rogers, e Billy
the Kid, que mais
tarde teve o nome alterado para Billy Carson.
Curiosamente, em alguns desses filmes
tarde teve o nome alterado para Billy Carson.
Curiosamente, em alguns desses filmes
muitas vezes o nome desse
ator foi creditado como
ator foi creditado como
Larry “Buster” Crabbe.
Porém, Elmo Lincoln foi o primeiro Tarzan do
cinema em 1918.
Elmo Lincoln |
Grabbe - Tarzan (1933) |
Buster Grabbe - Flash Gordon |
das
tradicionais matinês.
Porém, o
Tarzan mais famoso
de todos foi o também atleta
de todos foi o também atleta
romeno chamado Johnny Weissmuller.
Ele fez cerca de 20 filmes como esse
Ele fez cerca de 20 filmes como esse
personagem até o
final dos anos 40.
Mais tarde, ele imortalizou
Mais tarde, ele imortalizou
outro exemplo de coragem, criado para
as HQs pelo genial Alex Raymond -
as HQs pelo genial Alex Raymond -
criador de Flash Gordon:
Jim das Selvas.
Jim das Selvas.
Seriado: Jim das Selvas, mais um clássico de Alex Raymond - com Johnny Weissmuller |
Se analisarmos os antigos filmes de ação da época
podemos notar que Hollywood reconhecia um
herói de verdade pelo seu físico atlético e que tivesse
um olhar sedutor e sempre discreto, que fosse educado
e com um jeitão de bom moço para se casar com
a filha preferida de qualquer
família.
Um modelo para os rapazes e um
sonho de consumo para as meninas.
John
Wayne pode
ser considerado o grande ícone
dos heróis do faroestes do genial John Ford.
Apesar de pouco educado, menos galante e mais
durão, os caubóis interpretados por Wayne
também eram heróis.
Wayne e Ford foi tornaram o gênero
western mais sério.
Os filmes de westerns eram adorados
Os filmes de westerns eram adorados
pelo público, porém os críticos
achavam que aquilo
achavam que aquilo
era apenas entretenimento.
O cineasta John Ford foi
O cineasta John Ford foi
o maior diretor desse gênero é
recordista em ganhar o Oscar ,
recordista em ganhar o Oscar ,
mas suas quatro estatuetas
não vieram de westerns.
não vieram de westerns.
Ironicamente, com o tempo, a figura
de Wayne definiu os tipos
de Wayne definiu os tipos
de heróis que
veríamos nos filmes
do gênero a partir
do gênero a partir
dos anos 50 em diante.
No cinema de John Ford, o melhor
filme é aquele em
filme é aquele em
que a ação é longa e os diálogos breves.
John Wayne foi seu maior
porta-voz.
Além do astro, as evoluções do som e
da imagem mostraram
da imagem mostraram
que o
mocinho poderia ficar
mundo nas cenas de ação.
mundo nas cenas de ação.
O herói não tinha mais aquela
imagem imaculada de
imagem imaculada de
certinho ou “limpinho”.
E não escondia a raiva ao ser derrotado, sendo
dominado
pela fúria em muitas de suas ações.
Mas de alguma forma, o charme do
mocinho continuava agradando todas
as classes sociais.
J. Wayne sempre foi a cara do Oeste Antes de Wayne, os atores tinham seus fãs. Mas foi John Wayne quem consolidou a imagem desse tipo herói. |
Ele explorou o mito americano
como caubói e como soldado.
como caubói e como soldado.
Muitos jovens
queriam se alistar
para servir a Pátria do Tio Sam
para servir a Pátria do Tio Sam
graças ao filme que John Wayne
fez sobre guerra.
fez sobre guerra.
Sua imagem se popularizou de
uma firma nunca vista antes.
uma firma nunca vista antes.
Wayne não era somente um
ator ou um astro de cinema,
ator ou um astro de cinema,
ele mostrou ao mundo que
também era um herói
também era um herói
de carne e osso.
E não exatamente um “mocinho”
E não exatamente um “mocinho”
dos filmes de ficção do velho Oeste.
SUPER MAN
Action Comics - Um título que foi criado na década de 30 e que até hoje se mantem firme no mercado, com seu principal personagem: Superman |
As Aventuras de Superman, sucesso nos quadrinhos, no cinema e na televisão |
George Reeves - Super Man do cinema e da TV |
17 desenhos animados -
curat metragem -, para o cinema
feitos pelos studios Max
feitos pelos studios Max
Fleischer e que foram distribuídos
pela Paramount Pictures.
pela Paramount Pictures.
Em 1948 até 1950 Super Man
teve dois seriados para cinema
teve dois seriados para cinema
com o ator Kirk Alyn.
Em 1951, o ator George Reeves
apareceu no primeiro longa
Antigo seriado estrelado por Kirk Alyn |
apareceu no primeiro longa
metragem para o cinema desse
famoso super-heróis da DC,
famoso super-heróis da DC,
juntamente com a primeira
temporada da série da TV.
temporada da série da TV.
A série de TV fez tanto sucesso
que acabou rendendo 6
que acabou rendendo 6
temporadas entre 1951 e 1958.
George Reeves se tornou
George Reeves se tornou
muito popular.
Ele fez 104 episódios da série das
Ele fez 104 episódios da série das
aventuras do homem de aço
e só parou porque faleceu.
e só parou porque faleceu.
BATMAN
O HOMEM MORCEGO
O HOMEM MORCEGO
Fighting American, de Joe Simon e Jack Kirby, foi um dos muitos super-heróis que também surgiram na Era de Ouro |
Antigo seriado |
O homem morcego criado por Bill Finger e o desenhista
Bob Kane, e que estranhamente mantém há anos o
nome de Kane como o único criador da série,
surgiu em 1932 com desenhos de Frank Foster,
segundos estudiosos. Em 1943, foi lançado o
seriado - longa metragem, chamado O Morcego e
em 1949 o filme A Volta do Homem Morcego.
Em 1960, foi lançada a série animada
Bat Man e Superman Hour.
Entre 1966 e 1968, os atores Adam West e
Burt Ward interpretaram Bat Man e Robin
numa série de TV que fez um estrondoso sucesso
e que acabou revitalizando as vendas das
histórias em quadrinhos.
O seriado dos anos 60, para a TV |
Durante anos os heróis da DC dominaram o
mundo das telonas. A partir da década de 90
a Marvel Comics entrou firme nesse segmento.
Seu primeiro grande sucesso foi Blade Runner,
que foi seguido por Fantastic Four,
Homem Aranha, X-Men, etc.
Atualmente, uma gama de super-heróis das
histórias em quadrinhos estão povoando
as telonas, com sucesso.
Cabe a você, webleitor, deduzir quem foi o primeiro
grande herói do cinema da América.
O CINEMA NO BRASIL
Desde cedo, o cinematógrafo aportou no
Brasil com Affonso Segretto.
Ele era um imigrante italiano que
filmou cenas do porto do Rio de Janeiro
e acabou se tornando nosso
primeiro cineasta em 1898.
Um imenso
mercado de entretenimento
foi montado em torno
da capital federal
no início do
século XX, quando centenas
de pequenos
filmes foram produzidos e
exibidos para
platéias urbanas que,
em franco
crescimento,
desejavam lazer e
diversão.
ANOS 30
Nesta década teve início a era do cinema
falado.
O pioneiro do cinema nacional decidiu
concorrer com o forte esquema de
distribuição do cinema norte-americano,
numa disputa que se estende até os nossos dias.
Dessa época, destacam-se o mineiro
Humberto
Mauro, autor de “Canga Bruta” (1933) -
filme que mostra uma crescente sofisticação
da linguagem cinematográfica – e
as “chanchadas” (comédias musicais
com populares cantores do rádio e atrizes
do teatro de revista) do estúdio Cinédia.
Filmes como “Alô, Alô Brasil” (1935) e “Alô,
Alô Carnaval” (1936) cairam no gosto
popular e revelaram mitos do cinema
brasileiro, como a cantora Carmen Miranda
(símbolo da brejeirice brasileira que,
curiosamente, nasceu em Portugal).
Comediantes como, Oscarito, Grande Otelo,
Comediantes como, Oscarito, Grande Otelo,
Com a criação do estúdio Vera Cruz,
no final da década de 40, representa o desejo
de diretores que, influenciados pelo requinte
das produções estrangeiras, procuravam
realizar um tipo de cinema
mais sofisticado no país.
Mesmo que o
estúdio tenha falido já em
1954, conheceu
muitos momentos de
glória, quando o
filme “O Cangaceiro”
(1953), de
Lima Barreto, ganhou o prêmio
de “melhor
filme de aventura”
Vera Cruz (a
Hollywood brasileira)
representou uma
resposta de qualidade
aos produtores
mundiais e foi um forte
movimento que
divulgou o cinema
nacional para todo o
mundo
O CINEMA NOVO
(Os Turbulentos anos 60 e 70)
Entre eles
destacaram-se: Gláuber Rocha,
cineasta baiano e
símbolo do aclamado
“Cinema Novo”.
Diretor de filmes como
“Deus e o Diabo na
Terra do Sol” (1964) e
“O Dragão da
Maldade Contra o Santo
Guerreiro”
(1968), Rocha tornou-se
uma figura
conhecida no meio cultural
brasileiro,
redigindo manifestos e artigos
na imprensa,
rejeitando o cinema
popular das
chanchadas e defendendo
uma arte
revolucionária que promovesse
a verdadeira
transformação
social e política.
Inspirados por
Nelson Pereira dos Santos
social e política.
Aproveitando o embalo do sucesso obtido pelos filmes de cangaço, do cinema nacional, surgem nas bancas revistas em quadrinhos de cangaceiros. Raimundo, o Cangaceiro foi criado por Gedeone Malagola |
O Cangaceiro de Josè Lanzelotti |
(que, já em
1955, dirigira “Rio, 40 Graus”
sob influência
do movimento neo-realista,
e que
realizaria o clássico “Vidas Secas”
em 1964) e
pela Nouvelle Vague francesa,
diretores como Cacá
Diegues, Joaquim Pedro
de Andrade e Ruy
Guerra participaram dos
mais
prestigiados festivais de cinema do
mundo, ganhando
notoriedade e admiração.
Nas décadas
seguintes, até hoje é considerada
a época de
ouro do cinema brasileiro.
Mesmo após o golpe
militar de 1964, que
instalou o
regime autoritário no Brasil, os
realizadores
do “Cinema Novo” e uma nova
geração de cineastas
– conhecida como o
“údigrudi”, termo
irônico derivado do
“underground”
norte-americano –
continuou fazendo
obras críticas da
realidade, ainda que
usando metáforas
para burlar a
censura dos governos militares.
Dessa época,
destacam-se o próprio Gláuber
Rocha, com “Terra em
Transe” (1968),
Rogério Sganzerla,
diretor de “O Bandido
da Luz Vermelha”
(1968) e Júlio Bressane,
este dono de
um estilo personalíssimo.
Ao mesmo
tempo, o público reencontrou-se
com o cinema, com o
sucesso das comédias
leves
conhecidas como
e angariar
simpatia para o regime,
o governo Geisel (militar) criou,
em 1974, a estatal
o governo Geisel (militar) criou,
em 1974, a estatal
denominada Embrafilme, que
teve papel
relevante no cinema brasileiro até
relevante no cinema brasileiro até
sua extinção em 1990.
ANOS 80
Dessa época datam
alguns dos maiores
Dona Flor e seus dois Maridos, um clássico do escritor Jorge Amado |
A atriz, Sonia Braga, esbanjava sensualidade |
Gabriela, foi um grande sucesso literário de Jorge Amado. Virou novela na TV, teve uma versão para o cinema feita no brasil e uma outra versão com Marcello Mastroianni,sempre com a bela atriz Sonia Braga |
sucessos de
público e crítica da produção
nacional, como
“Dona Flor e Seus Dois
Maridos”
(1976), de Bruno Barreto e
“Pixote, a Lei do
Mais Fraco” (1980),
de Hector Babenco,
levando milhões de
brasileiros ao
cinema com comédias leves
ou filmes de
temática política.
O fim do regime
militar e da censura, em
1985, aumentou a
liberdade de
expressão e indicou
novos
caminhos para
o
cinema
brasileiro.
Essa perspectiva, no
entanto,
foi interrompida com
foi interrompida com
o fim da
Embrafilme, em 1990.
O governo Collor
seguiu políticas neoliberais
de extinção de
empresas estatais e abriu
o mercado de forma
descontrolada aos
filmes
estrangeiros, norte-americanos
em quase sua
totalidade.
A produção nacional,
que dependia da
Embrafilme,
entrou em colapso,
e pouquíssimos
e pouquíssimos
longas-metragens
nacionais foram
realizados e
exibidos
nos anos
seguintes.
Após o cataclisma do
início dos anos 90,
o sistema se reergue
gradualmente.
A criação de novos
mecanismos de
financiamento
da produção por meio
de renúncia
fiscal (Leis de Incentivo),
juntamente com o
surgimento de novas
instâncias
governamentais
de apoio ao cinema,
de apoio ao cinema,
auxiliou a
reorganizar a produção e
proporcionou
instrumentos para que os
realizadores possam
competir, mesmo
de modo desigual,
com as
produções milionárias
produções milionárias
das majors
norte-americanas.
Esse período é
conhecido
como a “Retomada”
como a “Retomada”
do cinema
brasileiro. Em pouco tempo,
três filmes foram
indicados
ao Oscar de Melhor
ao Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro:
“O Quatrilho” (1995),
“O Que é Isso,
Companheiro” (1997) e
“Central do Brasil”
(1998), também vencedor
“Terra
Estrangeira” (1993) e “Central do Brasil”
e Carla
Camuratti, diretora de “Carlota
Joaquina,
Princesa do Brasil” (1995) e
Carandiru, filme baesado num livro do Dr.
Drauzio Varella, que relata um
massacre veridico ocorrido na maior
penitenciária do estado de São Paulo,
a maior capital da América do Sul (Brasil),
tornam-se conhecidos do grande público,
Carandiru, filme baesado num livro do Dr.
Drauzio Varella, que relata um
massacre veridico ocorrido na maior
penitenciária do estado de São Paulo,
a maior capital da América do Sul (Brasil),
tornam-se conhecidos do grande público,
atraindo
milhões de espectadores
para as salas
de exibição.
Tropa de Elite 1 e 2 foi um tremendo sucesso nas telonas! Vem aí, Tropa de Elite 3! Aguarde! |
O PRIMEIRO HERÓI
DO BRASIL
DO BRASIL
Capitão 7 |
Ele não surgiu no cinema. Surgiu na TV Record
Canal 7 da cidade de São Paulo em 1954 - neste mesmo
ano a baiana Marta Rocha ficou em segundo lugar no
Concurso Miss Universo e o esporte clube
Corinthians conquistou o campeonato chamado
IV Centenário.
A garotada adorava o Capitão 7 |
O primeiro herói oficial nacional foi criado
pelo escritor Rubem Biáforaoi e inicialmente não
tinha super poderes. O herói, que era interpretado
pelo ator Ayres Campos e que tinha como
companheira de aventuras a bela Silvana
(a garota propaganda Idalina de Oliveira), fez
um enorme sucesso na TV e só em 1959 foi
publicado em histórias em quadrinhos.
Nas revistas o herói que ostentava o número
sete no peito passou a ter diversos
super poderes e até voava.
O Capitão 7 teve vários desenhistas, mas o que mais se destacou foi o jovem Getúlio Delphim - com apenas 18 anos |
Na TV brasileira surgiu o Vigilante
Rodoviário, criado pelo produtor Ary Fernandes.
Devido ao sucesso da série da TV o personagem
carismático também virou revista
em quadrinhos.
Vigilante Rodoviário |
Edição # 1 - O Vigilante Rodoviário |
Na década de 60, Raio Negro, criado pelo genial Gedeone Malagola, fez relativo sucesso. Durou 12 edições, milagrosamente. Ele foi o primeiro super-herói brasileiro que foi feito exclusivamente para uma revista de HQ |
nacionais surgiram nas bancas do país,
em preto e branco, porém a grande maioria
não durou muito tempo.
O JUDOKA - UM HERÓI
BRASILEIRO DAS HQs
QUE VIROU
FILME
quadrinhos da lendária editora EBAL,
que foi publicada entre 1969 e 1973 .
que foi publicada entre 1969 e 1973 .
Incialmente a revista era estrelada
pelo Metre Judoca (Judo Master),
personagem da Charlton Comics, que
atualmente
pertencente a DC Comics,
porém a revista original do Mestre
Judoca
foi cancelada na América no sexto volume,
a solução sugerida pelo editor
Adolfo Aizen
foi a criação de uma nova série de HQs que
acabou sendo criada pelo
escritor Pedro
Anísio e o desenhista Eduardo
Baron.
Caso semelhante tinha acontecido na
Inglaterra,
quando a editora Fawcett
Comics, cancelou o Capitão Marvel,
e
a editora britânica L. Miller e Sons
pediu para o quadrinista Mick Anglo
que
criassem o Marvelman, que depois
foi renomeado como Miracleman.
Em Maio de1970, o Judoka e sua
namorada
Lúcia aparecem na edição especial da
Epopéia, intitulada "Chamada
Geral",
a revista comemorava dos 25 anos da EBAL.
Ela apresentava um crossover entre
vários personagens publicados pela EBAL
desde
sua fundação. Essa foi a única
vez que o mestre Eugênio Colonese
desenhou esses personagens.
O JUDOKA NO CINEMA
Pedrinho e Elisângela em O Judoka - o filme |
Arte: Eduardo Baron |
Cena de O Judoka - o filme Em 1973, O Judoka ganhou uma adaptação |
cinematográfica estrelada por Pedrinho
Aguinaga (Carlos) e Elisângela (Lúcia).
Apesar do relativo sucesso alcançado na
época, o personagem nunca mais teve
histórias publicadas por
nenhuma outra
editora.
Série: Judo Master - da Charlton Comics que foi publicada com o nome de O Judoka, no Brasil - pela editora EBAL nos anos 70 |
Versão nacional de O Judoca que acabou virando Judoka, |
Vários artistas brasileiros colaboraram com esta série que fez muito sucesso |
O PRIMEIRO E ÚNICO HERÓI
DE VERDADE DO
CINEMA BRASILEIRO
Tropa de Elite (Filme de 2010) |
grande herói do cinema brasileira
já tem nome: Capitão Nascimento -
personagem interpretado
pelo ator Wagner Mora -, personagem
central dos filmes Tropa de Elite 1 e 2.
Ele é o chefe do Batalhão de Operações
Policiais Especiais (BOPE) e se tornou
um verdadeiro fenômeno
de mídia, tamanha
de mídia, tamanha
a identificação que
este personagem teve
este personagem teve
com o público brasileiro.
Tropa de Elite é o filme
mais visto até
mais visto até
hoje no país.
Um verdadeiro campeão
Um verdadeiro campeão
de bilheteria.
O Brasil, irônicamente,
sempre foi avêsso
sempre foi avêsso
a personagens super
poderosos, principalmente
poderosos, principalmente
no cinema - apesar de ser o país que
mais consome histórias em quadrinhos
desse gênero depois dos Estados Unidos.
Os personagens apresentados no passado
pelo cinema brasileiro
nada tinham de super e
nada tinham de super e
muito menos de heróis.
Eram, em sua grande maioria, anti-heróis -
como Lampião. etc -,
ou simplesmente eram gente comum.
Nossos produtores e diretores sempre
deram preferência para o cinema
mais realista.
Tropa de Elite, além de ser um fenômeno
de bilheteria, por ter caído no gosto
popular, de todas as classes sociais,
e por abordar um grave problema social
brasileiro - o drama com os traficantes
que dominam os morros do Rio de Janeiro,
impondo um governo paralelo-, revelou,
na verdade, nosso primeiro grande herói
da telona, o capitão Nascimento, que não voa,
não solta raios, mas que também enfrenta
os marginais corajosamente e é
um campeão da justiça.
Se você não assistiu Tropa de Elite.
Confira. Vale a pena.
O CÓDIGO HAYES,
QUE ZELAVA
PELA MORALIDADE,
OS QUADRINHOS
TIVERAM O
CÓDIGO
DE ÉTICA
1954. Ano em que foi publicado o livro
" The Seduction of The Innocent ", de autoria
do médico Frederic Wertham, que condenava
as
Histórias em quadrinhos.
A Comics Magazine Association
of America
(CMAA) ou
Associação Americana
de Revistas em Quadrinhos, organização
que
exercia autoridade para observar
e aplicar o "Código dos
Quadrinhos"
(Comic Code Authority) foi criada
na década de 50 pelas
editoras como
uma forma de autocensura em
resposta a uma recomendação do
Congresso americano e ao clamor
moralista popular insuflado pelo
psiquiatra
Wertham, autor do
difamatório e insensato livro.
Essa autorregulamentação
modificou
o conteúdo das revistas, a escolha
de cores, temas e palavras.
Todas que ostentavam o selo na
capa deveriam estar dentro desse padrão.
O Comics Code surgido em 1954
era uma adaptação dos códigos
existentes tanto na DC Comics,
quanto na Archie Comics (editora que
comandava a
associação).
A grande prejudicada com o
Comics Code
foi a editora EC Comics que
publicava
títulos de horror. Várias publicações da
EC foram citadas por
Wertham como de mal-gosto.
Como forma de evitar censuras na revista
MAD, a EC
adotou um formato diferente
das revistas em quadrinhos e passou
para o formato
"magazine", 21,5 x 28 cm,
formato conhecido no Brasil.
O chamado e polêmico "Comics Code" visava coibir produtos editoriais que supostamente estariam envenenando a mente das crianças e da juventude com revistas que apresentavam cenas consideradas nocivas, de: Terror, sexo e monstros deformados. Durante o período do pós-guerra, os super-heróis já estavam desgastados depois de terem enfrentado os inimigos da liberdade: Os nazistas. As vendas das revistas em quadrinhos cairam vertiginosamente e isso obrigou os editores a criar novas alternativas de leitura em quadrinhos. Era preciso renovar o mercado desaquecido ou fechar as portas. A situação estava feia. Foi partindo dessa premissa que surgiram revistas com novas propostas, como: Adult Fantasy, Tales of Suspense e Strangers Tales, que tornaram-se super populares por todo o território americano. Porém, se esses produtos aqueceram as vendas, por outro lado provocaram protestos, principalmente por parte de um certo doutor Frederic.
Segundo algumas publicações, o defensor
da moral e bons costumes, inimigo número
1 dos comics americanos na década de
50, o Dr. Wertham, que dedicou sua vida a
combater as revistas em quadrinhos,
acabou por se render estranhamente
aos encantos de super-heróis
como Batman.
|
PODE UM HOMEM ABALAR
TODA A INDÚSTRIA DOS
QUADRINHOS
|
DA AMÉRICA E O
CONCEITO DELE, PELO MUNDO? |
Segundo testemunhas,o médico, nos
últimos anos, arriscava uma leitura ou
outra e acompanhava
algumas aventuras
do cavaleiro das trevas.
Talvez imaginando como ele deve
ter
perdido muita coisa boa dos quadrinhos
e descoberto. Prova de que os
comics
jamais transformava seus leitores em
marginais, como apregoava a obra
desse
autor maluco, que conseguiu ficar famoso
até
entre os leitores de quadrinhos,
por todo o mundo.
Segundo o livro os quadrinhos deveriam
ser
instrumento de educação, formação
moral, propagar bons sentimentos e
exaltar
as virtudes sociais e individuais.
Não deveriam ser uma espécie de
prolongamento escolar. Deveriam contribuir
para a higiene mental.Elas,
segundo ele,
estavam influenciando perniciosamente
crianças e jovens, jamais
desrespeitar religiões,
prestigiar princípios
democráticos e jamais
apresentar figuras simpáticas que
fossem anti o regime democrático.
Jamais
deveriam, também, apresentar
o divórcio como a solução
para os problemas
conjugais.
Sexo:
Cenas de amor hiper realistas, anomalias
sexuais, sedução e violência carnais
jamais deveriam ser sugeridas.Pragas,
obscenidades, pornografia, ou palavras
e símbolos de sentido dúbio deveriam
ser
subtraídas. Gírias e frases populares só
poderiam ser usadas
moderadamente,
dando preferência a boa
linguagem.Ilustrações
de nudez
mostrando partes íntimas
ou poses
provocantes jamais deveriam
estar numa HQ. Citar defeitos físicos,
excessiva
violência, sadismo
e masoquismo, jamais. O bem sempre deveria triunfar
sobre
o mal. Revistas infantis e juvenis
deveriam instituir concursos premiando
leitores por seus méritos.
Os editores jamais deveriam
lançar figurinhas,
consideradas nocivas às crianças.
Nada nem ninguém deveria violar o Código
de
Ética e as normas deste implicava
também não só aos desenhos e texto,
mas
também as capas. E para acabar
de complicar o doutor maluco sugeriu
que Batman
e Robin eram gays.
nua, numa HQ?
Nunca
mais. Nem pensar.
Mas, por sorte, os quadrinhos europeus
destinados ao público adulto nos
brindou com Valentina - de Guido Crepax,
Paulette, Barbarella e Drunna, as
grandes divas nuas das HQs.
se visse
a violência dos filmes, dos games,
dos estádios de futebol, o sexo das
novelas das 8 horas, e por aí a fora?
O psicopático Dr. Wertham nasceu em
20 de março de 1895 e morreu
em 18 de novembro de 1981, para
O
alivio de milhares de leitores.
CÓDIGO DE ÉTICA
NO BRASIL
No Brasil, este Código de
Ética, foi elaborado
por um grupo composto pelos maiores editores
de revistas
em quadrinhos da época:
|
Editora Gráfica (RGE), O Cruzeiro, EBAL
e Editora Abril. Não foi preciso muito
tempo para
que ele fosse colocado de lado, tanto
nos Estados Unidos,
onde foi
criado, quanto no Brasil,
onde foi adotado.
O Fantasma - Edição brasileira da RGE, que trazia no alto, à direita, o tal código de ética. Todas as revistas lançadas no país traziam o Comics Code ATUALMENTE... |
Obviamente, na atualidade, foi comprovada
a
importância dos quadrinhos na educação
e comunicação de massa.
Sabe-se que a
linguagem dos quadrinhos
já alfabetizaram muita gente nas escolas,
educaram no
trânsito, ensinaram na saúde
e é indispensável como lazer e diversão.
O resto é
puro entreterimento.
Ela jamais fomentou violência, etc.
Descanse em paz, doutor Frederic.
Muita paz...
Por Tony Fernandes
Conheça a verdadeira história de...
WILD BILL HICKOK,
o lendário xerife do
velho Oeste!
Confira no link abaixo...
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