sábado, 19 de novembro de 2011

O CINEMA E AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E OS CÓDIGOS DE ÉTICAS!




Batman teve inúmeras versões nas telonas.
Até hoje a criação de Bill Finger e
Bob Kane faz sucesso nos  cinemas

e nas histórias em quadrinhos.


Durante ano os personagens da DC,
como Batman e Super Homem
reinaram  absolutos nos longas
metragens, mas nos últimos anos os
super-heróis Marvel passaram também
a obter muito sucesso.


Ele foi o primeiro super-herói no mundo
das histórias em quadrinhos -
criação máxima de Joe Shuster e Jerry Siegel





O CINEMA E AS HISTÓRIAS 


EM QUADRINHOS!


O CÓDIGO HAYES  


E O DE ÉTICA


DITAVAM  REGRAS


 PARA MORALIZAR
DOIS IMPORTANTES
VEÍCULOS DE 
COMUNICAÇÃO
DO SÉCULO XX!





Tarzan, do escritor Edgar Rice Burroughs, fez uma longa
 carreira no cinema. Johnny Weissmuller até hoje é considerado o
 melhor intérprete do homem macaco e 
 Maureen O. Sullivan  foi eleita, pela crítica e  pelo público,
 como a melhor atriz que viveu o papel de Jane.


Tarzan - por: Russ Manning, que também
criou a série Magnus - Robot Fighter
Tarzan teve inúmeros desenhistas -
Capa: Joe Kubert

Tarzan, do escritor Edgar Rice Burroughs, fez uma longa
 carreira no cinema. Johnny Weissmuller até hoje é considerado o
 melhor intérprete do homem macaco e 
 Maureen O. Sullivan  foi eleita, pela crítica e  pelo público,
 como a melhor atriz que viveu o papel de Jane.


O cinema e as Histórias em Quadrinhos sempre 
estiveram interligados. Talvez por exibirem imagens 
seqüenciadas e por terem termos parecidos, como: 
plano americano, meio corpo, close, close-up,
 plano americano, etc.

QUEM INVENTOU 


O CINEMATÓGRAFO

Os irmãos Lumière
Os irmãos Auguste Marie Nicholas e Louis 
Jean Lumière nasceram em Besancon, na França. 
Inventaram o cinematógrafo, ou seja, uma 
câmara de filmar e projetor, e desde então
 são considerados como os inventores do cinema.
 Mas, há controvérsias, visto que, na verdade, quem
 inventou tudo foi Léon Bouly, em 1982 que,
 por ironia, teria perdido a patente, que mais 
tarde seria requerida pelos Lumière 
no dia 13 de fevereiro de 1895.
O cinematógrafo oficial, com qualidade e
 ingressos cobrados pela exibição aconteceu 
em 28 de dezembro do mesmo ano em Paris, 
no Grand Café, situado no no Boulevard 
dês Capucines. 
Nesse dia foram exibidos dez filmes. 
Na inauguração oficial foi projetado o filme 
La Sortie de L’usine Lumière à Lyon 
(A Saída da Fábrica Lumière em Lyon).

Os Lumières divulgaram o 
cinematógrafo, em 1896,
 levando o invento para Bombaim, 
Londres e Nova Iorque.
 As imagens exibidas em movimento
causaram muita polêmica, na época, e
impressionaram e influenciaram 
a cultura popular.


COMO SURGIRAM AS 

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

As narrativas ilustradas compostas por desenhos
 sequênciais, em geral no sentido horizontal
 e normalmente acompanhados de textos 
curtos de diálogos (em balões) e algumas 
descrições da situação (recordatórias) difundidas 
em revistas e jornais, que ficaram conhecidas
 como Histórias em Quadrinhos se 
tornaram um dos mais importantes veículos 
de comunicação de massa e criaram 
uma linguagem própria, com uma série
 de símbolos inovadores, em grande parte 
incorporada posteriormente pelo cinema,
 pela televisão e pela publicidade 
surgiram sem muita pretensão.

Tira de jornal de Tarzan - por: Lubbers
As chamadas tiras de jornais
 e as revistas de HQs, 
tornaram-se inquestionavelmente o maior
 e mais influente campo iconográfico da 
história da humanidade, com bilhões de
 ilustrações produzidas desde 1900 ou
 um pouco antes. 
Essa produção certamente representa a 
mitologia gráfica dominante no Século XX. 
Nem mesmo o cinema e a televisão podem 
vangloriar-se de ter conseguido atingir 
um terço da humanidade, como os
 quadrinhos o fizeram, no passado.


O INÍCIO 

As HQs surgiram no mesmo período histórico
 em que nasceram: o cinema,
 o telégrafo e o raio X.
 Todas essas invenções surgiram nos Estados 
Unidos, porém os quadrinhos, uma 
forma singular de comunicação, acabou 
se tornando um gênero característico 
do Século XX, que marcou 
época e influenciou gerações.

Nos anos de 1895 e1900 surgiram as tiras 
de jornais dominicais nos Estados Unidos
 com seus primeiros personagens de HQs. 
Segundo alguns historiadores, o primeiro
 personagem de HQ foi Yellow Kid, 
de Richard Outcault. 
Porém, há controvérsias.


Os primeiros títulos eram distribuídos
gratuitamente em redes de lojas


Alguns anos depois, após o êxito de Yellow Kid,
Rudolph Dirks produziu Katzenjammer Kids 
(Os Sobrinhos do capitão, no Brasil), 
a primeira criação a desenvolver totalmente as
 características da moderna tira de História 
em Quadrinho, que usava balões, 
tinha elenco permanente e era
 dividida em quadros.

Katzenjammer Kids
(Sobrinhos do Capitão, no Brasil ) -
edição nacional


A novidade se espalhou pelo mundo.

 A Europa e o Japão 
se mostraram férteis no que tange a criação 
e publicação de HQs. 
Nesses países surgiram muitos cartunistas
 célebres no início do Século XX. A revolução 
estética ficou à cargo de Little Nemo
 in the Slumberland, lançado em 1905
 por Winsor McCay, que usava pelaprimeira
 vez a perspectiva em seus desenhos, 
inovando oaspecto visual das HQs.


Página de Little Nemo 
UM CINEMA AMERICANO 
LIBERAL
Segundo alguns historiadores, o cinema
 surgiu oficialmente em 1895 e era 
totalmente liberal.
A censura de cenas mais picantes 
era feita pelos produtores.
 A depressão econômica de 1929 tornou
 a América e Hollywood total mente liberal,
 no período pós-guerra. 
O desemprego alastrava-se pelo país,
 assim como a prostituição devido a 
miséria reinante e a
 nudez invadiu as telas.

SURGE O CÓDIGO HAYS

Hayes
Ele foi criado pelo editor de jornais Martim
 Quigley, pelo reverendo Daniel A. 
Lord e por Will H. Hays, presidente da
Motion Pictures da Distribuitors Of 
America INC, visando moralizar os filmes
 exibidos e resgatar os bons costumes. 
Este famoso código, que infernizava a 
vida dos produtores vigorou até 31 de 
março de 1939, graças a Liga de Decência 
Católica Romana da América, apesar 
da maioria ser protestante no país. 
Todos aderiram a idéia de impor a moral 
ao cinema. Esse código durou 30 anos. 
Em 1950, cineastas como Nicholas Ray e 
Elia Kazan infringiram o código 
que desabou, literalmente.
Se o famoso Código Hayes
abalou por alguns anos a indústria
cinematográfica o mesmo aconteceu com
o Comics Code, que foi criado para
policiar as histórias em quadrinhos,
em nome da tradição e dos
bons costumes.



NUDEZ NO CINEMA E 
NOS QUADRINHOS DE
TARZAN EM 1940
O primeiro desenhista oficial de Tarzan,
foi Harold Foster, que depois iria criar
o clássico Príncipe Valente.
O segundo foi Rax Maxon.


Rex  Maxon


Ele nasceu em Lincoln, no Nebraska. 
Mudou-se para St. Louis e estudou numa 
escola de cartuns. Desenhava barcos a 
vapor aos 17 anos para o governo local. 
Seu primeiro trabalho artístico foi para 
 jornal St. Louis Republic. Foi estudar 
arte em Chicago na Liga das Artes. 
Trabalhou em agências de publicidade,
 para o jornal O Globo de 
Nova Iorque, fazendo ilustrações.
Certo dia, surgiu a oportunidade de fazer 
iras de jornais para a série Little Big 
Books de um personagem que estava 
fazendo um grande sucesso nos livros, 
revistas de contos e filmes “B”: Tarzan 
dos Macacos. Maxon quadrinizou as 
aventuras do personagem criado por
 Burroughs de 1930 a 1940. 
Essas tiras diárias depois foram remontadas 
e foram publicadas na revista On Parade
e Comic Parade. 
A arte de Rex Mason caiu no gosto popular, 
assim ele acabou sendo incumbido de 
fazer também as primeiras páginas 
dominicais em cores do homem macaco.





As páginas dominicais de HQs jamais
 foram publicadas no formato revista 
na América. Mas, foram remontadas 
e publicadas na Itália e na Alemanhã.
Curiosamente, Jane, a companheira de 
Tarzan aparecia nua nas HQs desenhadas
 por Rex Maxon, refletindo a orgia 
que reinava na sociedade americana
 naquele período conturbado pós-guerra.


Nas HQs de Rex Maxon - Jane aparecia nua
Atualmente, essas HQs  raras 
são disputadas a tapa, literalmente,
 pelos colecionadores de todo o mundo.

SURGEM OS FIMES “B”

Gene Autry era um dos muitos
 cowboys cantores
Assim eram classificados os filmes que
 de baixo custo que eram produzidos 
para serem exibidos na outra metade da
 sessão de cinema que apresentava dois
 filmes do mesmo gênero, naquela
 época, tipo: faroeste, gangsters, 
humor ou terror.
Esses estúdios que produziam os chamados
 filmes “B” estavam situados em Gower
 Street, em Hollywood. Local também 
denominado, em inglês, de “Poverty Row”
 (Cinturão de pobreza). 
Ali eram produzidos os filmes
 de baixo orçamento. 
Alguns desses produtores faziam 
verdadeiros milagres. 
Rodavam filmes em duas semanas e meia 
com apenas 8 mil dólares. Estúdios, como:
 Mascot, Monogram, ficaram famosos 
devido ao volume de produção assombroso
 e um dia acabaram se unindo. 
Foi assim que em 1934 surgiu a Republic
 Pictures, que passou a produzir filmes 
com orçamentos maiores. Entretanto, 
ela jamais deixou de ser considerada como
um estúdio de segunda classe e acabou
 se tornando o estúdio\rei dos filmes “B”.

A ERA DE OURO 
DE HOLLYWOOD 
(De 1920 até 1950)


Hopalong Cassidy  fez sucesso no cinema
e acabou virando revista em quadrinhos

A década de 50 parecia marcar o final das
 produções dos filmes “B”. Os milhares de 
drive-ins (locais ao ar livre onde se podia
assistir filmes dentro do seu carro) 
fecharam e os cinemas passaram a exibir 
um único filme por sessão. 


Os filmes dos Geniais Chaplin e Oliver e Hardy
( O Gordo e o Magro),
também são clássificados com flmes "B"



As exibições duplas de filmes rarearam.
A maioria dos filmes “B”, que começaram 
durante o período do cinema mudo (1930), 
eram de western, como:
 Hopalong Cassydi, etc. 
Com o advento do cinema falado novos 
mocinhos surgiram na tela, como: 
Buck Jones, Bob Steele, Gene Autry, 
Tim Holt, Roy Rogers,   
o famoso cowboy cantor, etc.


Tim  Holt
Esses filmes tinham orçamentos inferiores
 a 50 mil dólares e tinham de 50 a 60 minutos
 de duração. Os chamados filmes “B”, na 
verdade, dominaram o mercado até a 
década de 30. 
Foram produzidos e exibidos
 com menor intensidade até 1940. 
O último filme “B” foi Two 
Guns And Badge (1954).

CURIOSIDADE
ROCKETEER
(O Homem Foguete, no Brasil)


Rocketeer é um super-herói das histórias
 em quadrinhos, criado pelo roteirista
 e desenhista Dave Stevens. 
A primeira aparição do personagem
 nos quadrinhos foi em 1982, embora 
seja uma homenagem aos heróis dos
 antigos seriados das décadas de 1930 
e 1940. A namorada do herói, Betty,
 é inspirada em Bettie Page.
 O filme saiu em 1991.



SURGE A TELEVISÃO

Os 3 Patetas
Heróis famosos que antes apareciam nos
 filmes “B” tiveram que se refugiar na TV,
 a grande novidade da época, enquanto os 
demais cowboys simplesmente foram
 esquecidos ou acabaram 
indo trabalhar em circos. 
Grandes astros como John Wayne
 começaram fazendo filmes “B”.


OS SERIADOS (SERIALS)

Durango Kid foi um dos reis dos seriados

O Aranha Negra fez muito sucesso
Esses filmes “B” em geral tinham de 10 a 15 
episódios que duravam de 15 a 20 minutos
 e eram exibidos aos sábados nas matinês
 da América. As histórias eram de continuação
 e sempre tinham um “gancho” (Cliff hanger) 
para fazer o público ir na semana 
seguinte ver o novo episódio.

Mulher Pantera

Império Submarino
A fase áurea desse tipo de filme ocorreu
 nas décadas de 30 e 40. Entre 1929 e 
1956 cerca de 230 filmes “B” deste tipo
foram produzidos e lançados pela Republic,
 Universal e Columbia Pictures.

O Fantasma de Lee Falk

Falcão Negro

DE VOLTA AO PASSADO

O PRIMEIRO FILME SONORO

O título era Ace Of Scothland Yard 
(O Ás da Scothlan Yard), em 1929.
 Foram produzidos para este título, pela
 Universal, 10 episódios. 
O último seriado “B” se chamva Perils Of
 The Wilderness (Prisoneiros da Selva, no Brasil), 
de 1956. Foi produzido pela Columbia. 
Apesar do estranho título era um western 
sobre a famosa Polícia Montada do Canadá.
SÉRIADOS: MUDANÇAS BRUSCAS
Foram produzidas massivamente 
entre 1940 e 1947 e as melhores eram
 da Metro Goldwin Mayer. 
O interessante é que se o ator não 
agradava era substituído mediatamente.
 Caso o público se cansasse do personagem
 o nome deste era simplesmente 
eliminado do filme. 
Isto, geralmente, significava que aquela
 série estava prestes a terminar.

Johnny Weissmuller - Tarzan
Um estúdio cedia os direitos para outro
 estúdio quando sentia que uma determinada 
série não agradava. Curiosamente, 
isto aconteceu com Tarzan de Johny Weismuller, 
que saiu da Metro e foi parar na RKO e 
o formato acabou migrando para a TV.
Enfim, o termo “B” sempre foi usado
 para discriminar os filmes feitos com 
orçamentos super reduzidos, 
que eram produzidos aos quilos.


ORÇAMENTO BAIXO. 

MAIOR CRIATIVIDADE

Durante os anos da Segunda Grande 
Guerra Mundial aconteceu uma reviravolta 
no mundo do cinema, uma coisa incrível. 
Em meio a todo aquele lixo que Hollywood
 jogava nas telas surgiu The Thing 
From Another World (1951), um filme 
produzido por um estúdio considerado “B”,
 que foi considerado um clássico. 
No entanto, Around The World In Eighty 
Days (1956), produzido pela poderosa
 United Artists foi considerado um lixo.   
Em geral, os filmes “B” eram de
 ficção-científica, western ou de Terror.
Em 1956, a American International Pictures 
(AIP) ficou famosa com os clássicos
 de terror de Vincent Price. 
O público adorava essas produções
 baratas, mas super criativas.

1970 – SURGE UMA 

NOVA ONDA DE 

FILMES “B”

Perdidos no Espaço - Foi a primeira
 série da TV, de ficção-científica,
produzida por Irwin Allen
Com o surgimento de produtoras, como: 
Independent , International Pictures, 
Film Ventures International, Charles 
Band Productions, Cannon Films, New Line 
Cinema e a Golan-Globus, Irwin Allen - um
dos que mais produziram este tipo de
série nos anos 60-,
 entre outras produtoras e
produtores.

The Man From U.N.C.L.E
(O Agente da U.N.C.L.E, no Brasil) -
Serie para a TV baseada em James Bond - 007,

que virou quadrinhos, pela editora Gold Key


Sucesso na TV, no cinema e nas
histórias em quadrinhos

Com o estrondoso sucesso da série
The Man From U.N.C.L.E  surgiu
na TV uma  nova série: The Girl
From U.N.C.L.E, que também
foi lançada pela mesma editora
americana

Muitas séries que fizeram sucesso na TV
foram editadas pela Gold Key,
em quadrinhos, como:
Terra de Gigantes...
 


... e Viagem ao Fundo do mar,
Star Trek, Perdidos no Espaço e outras
Novas produções baratas invadiram 
os cinemas e a TV. Essas séries sobreviveram, 
apesar doa uto custo, até 1980. Nesse período,
 Roger Corman foi considerado o rei dos
filmes “B”, visto que jamais perdeu dinheiro 
com as suas produções em massa – 
verdadeiras pastelarias -, que não se
 preocupavam muito com os detalhes
 da produção, qualidade 
da imagem ou som.

O Túnel do Tempo - Irwin Allen
O Túnel do Tempo em quadrinhos
Muitos desses novos seriados que foram
produzidos às pencas na década de 60
acabaram sendo publicados em 
quadrinhos. A editora Gold Key
era a alegria da garotada.

QUEM FOI O PRIMEIRO HERÓI
DO CINEMA AMERICANO?

Aí está uma pergunta difícil de ser respondida com convicção.
 Nos dicionários a palavra "HERÓI" é classificada como:
 “Homem que suporta exemplarmente um destino incomum,
 como um extremo infortúnio ou sofrimento, ou que arrisca 
a sua vida pelo dever ou pelo próximo.” ou “O protagonista de 
qualquer aventura histórica ou drama real.
 Mas também pode ser: “O que, por qualquer motivo, se
 distingue ou se sobressai.”
Segundo o American Film Institute,o advogado 
Atticus Finch, interpretado por Gregory Peck, se enquadra
 numa das definições de "Herói".


Gregory Peck
É que nesse caso ele pode ser classificado como 
primeiro filme de um herói do cinema americano. 
O protagonista de O Sol é Para Todos é 
um herói na tradução correta da palavra, 
porém, há quem conteste
 isso e definem suas ações como muito mais éticas 
ou idealistas do que físicas. 
Quando o termo se refere ao cinema, de imediato, nos 
vem a mente personagens como James Bond, interpretado 
por Sean Connery - e outros grandes astros que 
deram continuidade a série-ou Harrison
 Ford, como Indiana Jones.
Mas, duas perguntas ficam sempre no ar:
 quando surgiu o herói de ação? 
E qual é o seu perfil?

ENTRE 1918 e 1950, ALGUNS HERÓIS,
 SIMILARES AOS HERÓIS DO CINEMA 
MODERNO, SURGIRAM NAS TELAS

Tom Mix
Um deles foi Tom Mix, que estreou em 1909. 
Ele foi um dos primeiros ídolos do cinema
 e o primeiro grande herói dos
 filmes de westerns, um gênero tipicamente americano. 
Tom MIx foi contemporâneo do ator e atleta
 americano Douglas Fairbanks, 
outro reconhecido grande ídolo da época
 do cinema mudo que 
personificou o verdadeiro heróis das telas. 

Douglas Fairbanks
Fairbanks também interpretou: Zorro, D’Artagnan, Don Juan,
 entre outros. Em 1919, ao lado de Mary Pickford, D. W. Griffith 
e Charles Chaplin, Douglas Fairbanks foi um dos fundadores
do famoso e lendário estúdio chamado United Artists – 
que hoje é propriedade  do ator Tom Cruise.

Errol Flynn
 Entretanto, o australiano, Errol Flynn, foi um sucessor à 
altura de Douglas Fairbanks no “gênero” capa-e-espada 
de Hollywood. O astro também foi Don Juan. 
Mas emprestou sua imagem a
 personagens clássicos, como: 
Robin Hood e ao pirata inglês Geoffrey Thorpe, 
de O Gavião do Mar, filme de 1940 dirigido por 
Michael Curtiz. As Aventuras de Robin Hood, de 
1938, marcou sua carreira para sempre 
como o príncipe dos ladrões.

ANALISANDO...

Quase que paralelamente ao sucesso de Errol Flynn,
 o clássico herói da literatura Tarzan criado por 
Edgar Rice Burroughs, já
 existia antes da década de 1930 e vários atores 
interpretaram o famoso homem macaco.


Burroughs, o escritor que criou Tarzan
O atleta americano Buster Crabbe, também
 interpretou Tarzan, mas sua figura é mais 
lembrada como Flash Gordon, 
Buck Rogers, e Billy the Kid, que mais 
tarde teve o nome alterado para Billy Carson. 
Curiosamente, em alguns desses filmes 
muitas vezes o nome desse 
ator foi creditado como 
Larry “Buster” Crabbe.
Porém, Elmo Lincoln foi o primeiro Tarzan do
cinema em 1918.

Elmo Lincoln

Grabbe - Tarzan (1933)



Buster Grabbe - Flash Gordon
Ele foi um dos maiores heróis 
das tradicionais matinês.
Porém,  o Tarzan mais famoso 
de todos foi o também atleta
 romeno chamado Johnny Weissmuller.
Ele fez cerca de 20 filmes como esse
personagem até o final dos anos 40. 
Mais tarde, ele imortalizou 
outro exemplo de coragem, criado para
 as HQs pelo genial Alex Raymond -
criador de Flash Gordon: 
Jim das Selvas.


Seriado: Jim das Selvas, mais um clássico de
Alex Raymond - com Johnny Weissmuller
 Se analisarmos os antigos filmes de ação da época
 podemos notar que Hollywood reconhecia um
 herói de verdade pelo seu físico atlético e que tivesse
 um olhar sedutor e sempre discreto, que fosse educado 
e com um jeitão de bom moço para se casar com 
a filha preferida de qualquer família. 
Um modelo para os rapazes e um 
sonho de consumo para as meninas.
John Wayne pode ser considerado o grande ícone 
dos heróis do  faroestes do genial John Ford. 
Apesar de pouco educado, menos galante e mais
 durão, os caubóis interpretados por Wayne 
 também eram heróis. 
 Wayne e Ford foi tornaram o gênero 
western mais sério. 
Os filmes de westerns eram adorados 
pelo público, porém os críticos 
achavam que aquilo 
era apenas entretenimento. 
O cineasta John Ford foi 
o maior diretor desse gênero é 
recordista em ganhar o Oscar ,
 mas suas quatro estatuetas
 não vieram de westerns.
Ironicamente, com o tempo, a figura 
de Wayne definiu os tipos
 de heróis que veríamos nos filmes
 do gênero a partir
 dos anos 50 em diante.
 No cinema de John Ford, o melhor 
filme é aquele em 
que a ação é longa e os diálogos breves.
John Wayne foi seu maior porta-voz. 
Além do astro, as evoluções do som e 
da imagem mostraram 
que o mocinho poderia ficar 
mundo nas cenas de ação.
 O herói não tinha mais aquela 
imagem imaculada de
certinho ou  “limpinho”. 
E não escondia a raiva ao ser derrotado, sendo 
dominado pela fúria em muitas de suas ações.
 Mas de alguma forma, o charme do 
mocinho continuava agradando todas
as classes sociais.

J. Wayne sempre foi a cara do Oeste


Antes de Wayne, os atores tinham seus fãs.
 Mas foi John Wayne quem consolidou
a imagem desse tipo herói.
 Ele explorou o mito americano
 como caubói e como soldado. 
Muitos jovens queriam se alistar
 para servir a Pátria do Tio Sam
graças ao filme que John Wayne
 fez sobre guerra. 
Sua imagem se popularizou de 
uma firma nunca vista antes.
 Wayne não era somente um 
ator ou um astro de cinema, 
ele mostrou ao mundo  que
 também era  um herói 
de carne e osso. 
E não exatamente um “mocinho”
dos filmes de ficção do velho Oeste.

SUPER MAN

Action Comics - Um título que foi criado
na década de 30 e que até hoje se mantem firme
no mercado, com seu principal
personagem: Superman
As Aventuras de Superman,
sucesso nos quadrinhos, no
cinema e na televisão




George Reeves - Super Man do cinema e da TV
O homem de aço entre 1941 e 1942 teve 
17 desenhos animados -
curat metragem -, para o cinema
 feitos pelos studios Max
Fleischer e que foram distribuídos
 pela Paramount Pictures.
Em 1948 até 1950 Super Man
 teve dois seriados para cinema
com o ator Kirk Alyn.


Antigo seriado estrelado por Kirk Alyn
Em 1951, o ator George Reeves
 apareceu no primeiro longa
metragem para o cinema desse 
famoso super-heróis da DC, 
juntamente com a primeira
 temporada da série da TV.
A série de TV fez tanto sucesso
 que acabou rendendo 6
temporadas entre 1951 e 1958.
 George Reeves se tornou
muito popular.
 Ele fez 104 episódios da série das
aventuras do homem de aço
 e só parou porque faleceu.

BATMAN


O HOMEM MORCEGO

Batman, ele surgiu na década de 30,
na chamada  Era de Ouro
dos quadrinhos americanos, na revista
Detective Comics # 1. Depois ganhou edição
própria. Devido ao sucesso de Batman e Superman
muitos super-heróis foram lançados pelos
concorrentes que desejavam ganhar
uma fatia desse rendoso mercado
Fighting American, de Joe Simon e
Jack Kirby,  foi um dos muitos
super-heróis que também surgiram
na Era de Ouro
Antigo seriado
O homem morcego criado por Bill Finger e o desenhista
Bob Kane, e que estranhamente mantém há anos o
nome de Kane como o único criador da série,
surgiu em 1932 com desenhos de Frank Foster,
segundos estudiosos. Em 1943, foi lançado o
seriado - longa metragem, chamado O Morcego e
em 1949 o filme A Volta do Homem Morcego.
Em 1960, foi lançada a série animada
Bat Man e Superman Hour.
Entre 1966 e 1968, os atores Adam West e
Burt Ward interpretaram Bat Man e Robin
numa série de TV que fez um estrondoso sucesso
e que acabou revitalizando as vendas das
histórias em quadrinhos.

O seriado dos anos 60, para a TV
Durante anos os heróis da DC dominaram o
mundo das telonas. A partir da década de 90
a Marvel Comics entrou firme nesse segmento.
Seu primeiro grande sucesso foi Blade Runner,
que foi seguido por Fantastic Four, 
Homem Aranha, X-Men, etc.

O primeiro sucesso da Marvel no cinema









Atualmente, uma gama de super-heróis das
histórias em quadrinhos estão povoando
as telonas, com sucesso.
Cabe a você, webleitor, deduzir quem foi o primeiro
grande herói do cinema da América.


O CINEMA NO BRASIL


Desde cedo, o cinematógrafo aportou no 
Brasil com Affonso Segretto. 
Ele era um imigrante italiano que 
filmou cenas do porto do Rio de Janeiro 
e acabou se  tornando nosso
 primeiro cineasta em 1898.
 Um imenso mercado de entretenimento 
foi montado em torno da capital federal
 no início do século XX, quando centenas
 de pequenos filmes foram produzidos e 
exibidos para platéias urbanas que, 
em franco crescimento, 
desejavam lazer e diversão. 

ANOS 30

 Nesta década teve início a era do cinema falado.
O pioneiro do cinema nacional decidiu 
concorrer com o forte esquema de
 distribuição do cinema norte-americano, 
numa disputa que se estende até os nossos dias.
 Dessa época, destacam-se o mineiro Humberto 
Mauro, autor de “Canga Bruta” (1933) -
 filme que mostra uma crescente sofisticação
 da linguagem cinematográfica – e 
as “chanchadas” (comédias musicais 
com populares cantores do rádio e atrizes 
do teatro de revista) do estúdio Cinédia.
Filmes como “Alô, Alô Brasil” (1935) e “Alô, 
Alô Carnaval” (1936) cairam no gosto
popular e revelaram mitos do cinema 
brasileiro, como a cantora Carmen Miranda
 (símbolo da brejeirice brasileira que, 
curiosamente, nasceu em Portugal). 
Comediantes como, Oscarito, Grande Otelo,
 Zé Trindade, Ronald Golias, 
Dercy Gonçalves e outros tornaram-se
bem populares.


Dois comediantes que arrebatavam multidões:
Grande Otelo e Oscarito
Artistas nacionais como Grande Otelo e
Oscarito se tornaram tão famosos no
cinema, que ganharam até revistas
de quadrinhos
DÉCADA DE 40


Com a criação do estúdio Vera Cruz,
no final da década de 40, representa o desejo 
de diretores que, influenciados pelo requinte
 das produções estrangeiras, procuravam 
realizar um tipo de cinema
 mais sofisticado no país.
 Mesmo que o estúdio tenha falido já em 
1954, conheceu muitos momentos de 
glória, quando o filme “O Cangaceiro”
 (1953), de Lima Barreto, ganhou o prêmio
 de “melhor filme de aventura” 
no Festival de Cannes.


O Cangaceiro - filme da Vera Cruz (1953)  -
Com Milton Ribeiro e Vanja Orico
(vera Cruz - 1953)
 Toda a produção de cinema do tempo da 
Vera Cruz (a Hollywood brasileira) 
representou uma resposta de qualidade 
aos produtores mundiais e foi um  forte 
movimento que divulgou o cinema 
nacional para todo o mundo

O CINEMA NOVO

(Os Turbulentos anos 60 e 70) 
Yoná Magalhãe e Geraldo Del Rey em
Deus e o Diabo na Terra do Sil, um
clássico do cinema brasileiro
Deus e o Diabo na Terra do Sol - Cartaz do filme


No início da década de 60, um grupo de jovens 
cineastas começou a realizar uma série de 
filmes imbuídos de forte temática social. 
Entre eles destacaram-se: Gláuber Rocha, 
cineasta baiano e símbolo do aclamado 
“Cinema Novo”. Diretor de filmes como 
“Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e
 “O Dragão da Maldade Contra o Santo
 Guerreiro” (1968), Rocha tornou-se
 uma figura conhecida no meio cultural
 brasileiro, redigindo manifestos e artigos
 na imprensa, rejeitando o cinema
 popular das chanchadas e defendendo
uma arte revolucionária que promovesse 
a verdadeira transformação 
social e política.


Aproveitando o embalo do sucesso
obtido pelos filmes de cangaço,
do cinema nacional, surgem
nas bancas revistas em quadrinhos
de cangaceiros.
Raimundo, o Cangaceiro foi criado
por Gedeone Malagola


O Cangaceiro de Josè Lanzelotti
Inspirados por Nelson Pereira dos Santos
 (que, já em 1955, dirigira “Rio, 40 Graus”
 sob influência do movimento neo-realista,
 e que realizaria o clássico “Vidas Secas”
 em 1964) e pela Nouvelle Vague francesa, 
diretores como Cacá Diegues, Joaquim Pedro 
de Andrade e Ruy Guerra participaram dos
 mais prestigiados festivais de cinema do 
mundo, ganhando
notoriedade e admiração. 

Nas décadas seguintes, até hoje é considerada
 a época de ouro do cinema brasileiro. 
Mesmo após o golpe militar de 1964, que
 instalou o regime autoritário no Brasil, os
 realizadores do “Cinema Novo” e uma nova 
geração de cineastas – conhecida como o 
“údigrudi”, termo irônico derivado do
 “underground” norte-americano – 
continuou fazendo obras críticas da 
realidade, ainda que usando metáforas
 para burlar a censura dos governos militares.
 Dessa época, destacam-se o próprio Gláuber 
Rocha, com “Terra em Transe” (1968), 
Rogério Sganzerla, diretor de “O Bandido 
da Luz Vermelha” (1968) e Júlio Bressane,
 este dono de um estilo personalíssimo.
 Ao mesmo tempo, o público reencontrou-se 
com o cinema, com o sucesso das comédias
 leves conhecidas como
 “pornochanchadas”.


O Bandido da Luz Vermelha
foi baseado numa história real
 A fim de organizar o mercado cinematográfico
e angariar simpatia para o regime, 
o governo Geisel  (militar) criou, 
em 1974, a estatal 
denominada Embrafilme, que teve papel
relevante no cinema brasileiro até 
sua extinção em 1990.

ANOS 80


Dona Flor e seus dois Maridos, um
clássico do escritor Jorge Amado








A atriz, Sonia Braga, esbanjava
sensualidade
Gabriela, foi um grande sucesso literário
de Jorge Amado. Virou novela na TV,
teve uma versão para o cinema feita
no brasil e uma outra versão com
Marcello Mastroianni,sempre com
a bela atriz Sonia Braga
Dessa época datam alguns dos maiores
 sucessos de público e crítica da produção
 nacional, como “Dona Flor e Seus Dois
 Maridos” (1976), de Bruno Barreto e 
“Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), 
de Hector Babenco, levando milhões de
 brasileiros ao cinema com comédias leves
 ou filmes de temática política. 
O fim do regime militar e da censura, em 
1985, aumentou a liberdade de 
expressão e indicou novos 
caminhos para o 
cinema brasileiro. 

Pixote foi um campeão de bilheteria
A Dama da Lotação - com Sonia Braga,
também fez muito sucesso

DÉCADA DE 90

Essa perspectiva, no entanto, 
foi interrompida com
 o fim da Embrafilme, em 1990. 
O governo Collor seguiu políticas neoliberais
 de extinção de empresas estatais e abriu 
o mercado de forma descontrolada aos
 filmes estrangeiros, norte-americanos 
em quase sua totalidade. 
A produção nacional, que dependia da
 Embrafilme, entrou em colapso, 
e pouquíssimos 
longas-metragens nacionais foram 
realizados e exibidos 
nos anos seguintes. 

Após o cataclisma do início dos anos 90, 
o sistema se reergue gradualmente.
A criação de novos mecanismos de
 financiamento da produção por meio
 de renúncia fiscal (Leis de Incentivo), 
juntamente com o surgimento de novas 
instâncias governamentais 
de apoio ao cinema,
auxiliou a reorganizar a produção e 
proporcionou instrumentos para que os 
realizadores possam competir, mesmo 
de modo desigual, com as 
produções milionárias
 das majors norte-americanas. 
Esse período é conhecido
 como a “Retomada” 
do cinema brasileiro. Em pouco tempo, 
três filmes foram indicados 
ao Oscar de Melhor 
Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995),
 “O Que é Isso, Companheiro” (1997) e 
“Central do Brasil” (1998), também vencedor 
do Urso de Ouro do Festival de Berlim.


Central do Brasil - com Fernanda Montenegro
Nomes como Walter Salles, diretor de
 “Terra Estrangeira” (1993) e “Central do Brasil”
 e Carla Camuratti, diretora de “Carlota
 Joaquina, Princesa do Brasil” (1995)  e 
Carandiru, filme baesado num livro do Dr.
Drauzio Varella, que relata um
massacre veridico ocorrido na maior
 penitenciária do estado de São Paulo, 
a maior capital da América do Sul (Brasil),
 tornam-se  conhecidos do grande público,
 atraindo milhões de espectadores
 para as salas de exibição. 


Carlota Joaquina , A Princesa do Brasil,
de Carla Camuratti



Carandiru - Baseado no livro do
Dr. Drauzio Varella, narra a história
verídica de um massacre que
aconteceu numa famosa
casa de detenção do país.
Sucesso absoluto.

Os últimos grandes sucessos 


do cinema nacional foram os filmes 


Tropa de Elite – um e dois.


Cem anos após os irmãos Lumière, 


o cinema brasileiro reivindica seu papel 


na história da maior arte do século XX 


para apresentar, neste catálogo,


sua contribuição para o futuro.

Tropa de Elite 1 e 2 foi um tremendo sucesso nas
telonas! Vem aí, Tropa de Elite 3! Aguarde!




O PRIMEIRO HERÓI


 DO BRASIL

Capitão 7
Ele não surgiu no cinema. Surgiu na TV Record
Canal 7 da cidade de São Paulo em 1954 - neste mesmo
ano a baiana Marta Rocha ficou em segundo lugar no
Concurso Miss Universo e o esporte clube
Corinthians conquistou o campeonato chamado
IV Centenário. 

A garotada adorava o Capitão 7
O primeiro herói oficial nacional foi criado
pelo escritor Rubem Biáforaoi e inicialmente não
tinha super poderes. O herói, que era interpretado
pelo ator Ayres Campos e que tinha como 
companheira de aventuras a bela Silvana
(a garota propaganda Idalina de Oliveira), fez
um enorme sucesso na TV e só em 1959 foi
publicado em histórias em quadrinhos.
Nas revistas o herói que ostentava o número
sete no peito passou a ter diversos
super poderes e até voava.

  
O Capitão 7 teve vários desenhistas,
mas o que mais se destacou foi o jovem
Getúlio Delphim - com apenas 18 anos



Na TV brasileira surgiu o Vigilante
Rodoviário, criado pelo produtor Ary Fernandes.
Devido ao sucesso da série da TV o personagem
carismático também virou revista
em quadrinhos.


Vigilante Rodoviário


Edição # 1 - O Vigilante Rodoviário




Na década de 60, Raio Negro, criado
pelo genial Gedeone Malagola,
fez relativo sucesso. Durou 12 edições,
milagrosamente. Ele foi o
 primeiro super-herói brasileiro
que foi feito exclusivamente
para uma revista de HQ
Nos anos 60 uma gama de super-heróis
nacionais surgiram nas bancas do país, 
em preto e branco, porém a grande maioria 
não durou muito tempo.



O JUDOKA - UM HERÓI

BRASILEIRO DAS HQs

QUE VIROU

FILME



O Judoka - Arte de Eduardo Baron




O JUDOKA - Este foi o nome uma revista em
 quadrinhos da lendária editora EBAL, 
que foi publicada entre 1969 e 1973 .
 Incialmente a revista era estrelada
 pelo Metre Judoca (Judo Master),
personagem da Charlton Comics, que
 atualmente pertencente a DC Comics,
 porém a revista original do Mestre Judoca
 foi cancelada na América no sexto volume, 
a solução sugerida pelo editor Adolfo Aizen 
foi a criação de uma nova série de HQs que
 acabou sendo criada pelo escritor Pedro 
Anísio e o desenhista Eduardo Baron.

Caso semelhante tinha acontecido na 
Inglaterra, quando a editora Fawcett 
Comics, cancelou o Capitão Marvel, e
 a editora britânica L. Miller e Sons  
pediu para o quadrinista Mick Anglo que
 criassem o  Marvelman, que depois 
foi  renomeado como Miracleman.
Em Maio de1970, o Judoka e sua namorada
 Lúcia aparecem na edição especial da 
Epopéia, intitulada "Chamada Geral", 
a revista comemorava dos 25 anos da EBAL. 
Ela apresentava um  crossover entre
 vários personagens publicados pela EBAL 
desde sua fundação. Essa foi a única 
vez que o mestre Eugênio Colonese 
desenhou esses personagens.

O JUDOKA NO CINEMA

Pedrinho e Elisângela em O Judoka - o filme


Arte: Eduardo Baron

Cena de O Judoka - o filme


Em  1973, O Judoka ganhou uma adaptação 
cinematográfica estrelada por Pedrinho 
Aguinaga (Carlos) e Elisângela (Lúcia).
Apesar do relativo sucesso alcançado na
 época, o personagem nunca mais teve 
histórias publicadas por 
nenhuma outra editora.

Série: Judo Master - da Charlton Comics que
foi publicada com o nome de O Judoka,  no
Brasil - pela editora EBAL nos anos 70


Versão nacional de O Judoca
que acabou virando  Judoka,

Vários artistas brasileiros
colaboraram com esta série
que fez muito sucesso




O PRIMEIRO  E ÚNICO HERÓI

DE VERDADE DO 

CINEMA BRASILEIRO

Tropa de Elite (Filme de 2010)
Segundo estudiosos, o primeiro 
grande herói do cinema brasileira 
já tem nome: Capitão Nascimento - 
personagem interpretado
pelo ator Wagner Mora -, personagem 
central dos filmes Tropa de Elite 1 e 2.
 Ele é o chefe do Batalhão de Operações
 Policiais Especiais (BOPE) e se tornou
um verdadeiro fenômeno
 de mídia, tamanha
a identificação que 
este personagem teve
com o público brasileiro.
Tropa de Elite é o filme 
mais visto até
hoje no país. 
Um verdadeiro campeão
de bilheteria.
O Brasil, irônicamente,
 sempre foi avêsso 
a personagens super 
poderosos, principalmente
 no cinema - apesar de ser o país que 
mais consome histórias em quadrinhos
desse gênero depois dos Estados Unidos.
  
Os personagens apresentados no passado
pelo cinema brasileiro 
nada tinham de super e
muito menos de heróis.
Eram, em sua grande maioria, anti-heróis -
como Lampião. etc -,
ou simplesmente eram gente comum.
Nossos produtores e diretores sempre
deram preferência para o cinema
mais realista.
Tropa de Elite, além de ser um fenômeno
de bilheteria, por ter caído no gosto
popular, de todas as classes sociais,
e por abordar um grave problema social
brasileiro - o drama com os traficantes
que dominam os morros do Rio de Janeiro,
impondo um governo paralelo-, revelou,
na verdade, nosso primeiro grande herói
da telona, o capitão Nascimento, que não voa, 
não solta raios, mas que também enfrenta
os marginais corajosamente e é
um campeão da justiça.
Se você não assistiu Tropa de Elite.
Confira. Vale a pena.


SE O CINEMA TEVE 

O CÓDIGO HAYES,

 QUE ZELAVA

PELA MORALIDADE, 

OS QUADRINHOS

TIVERAM O 

CÓDIGO DE ÉTICA






1954. Ano em que foi publicado o livro 
 " The Seduction of The Innocent ", de autoria
 do médico Frederic Wertham, que condenava 
as Histórias em quadrinhos. 
Frederic - o autor do livro polêmico
A  Comics Magazine Association of America
 (CMAA) ou Associação Americana 
de Revistas em Quadrinhos, organização 
que exercia autoridade para observar
 e aplicar o "Código dos Quadrinhos"
 (Comic Code Authority) foi criada 
 na década de 50 pelas editoras como 
uma forma de autocensura em
 resposta a uma recomendação do 
 Congresso americano e ao clamor
 moralista popular insuflado pelo
psiquiatra Wertham, autor do 
difamatório e insensato livro.
Capa do livro:
Sedução dos Inocentes
Essa autorregulamentação modificou
 o conteúdo das revistas, a escolha 
de cores, temas e palavras. 
 Todas que ostentavam o selo na 
capa deveriam estar dentro desse padrão.
O Comics Code surgido em 1954
 era uma adaptação dos códigos 
existentes tanto na DC Comics, 
quanto na Archie Comics (editora que
 comandava a associação).

EC COMICS 


Produtos editoriais da EC
A grande prejudicada com o Comics Code 
foi a editora EC Comics que publicava 
títulos de horror. Várias publicações da 
EC foram citadas por Wertham como de mal-gosto.
 Como forma de evitar censuras na revista 
MAD, a EC adotou um formato diferente 
das revistas em quadrinhos e passou
 para o formato "magazine", 21,5 x 28 cm, 
formato conhecido no Brasil.


O chamado e polêmico "Comics Code"
visava coibir produtos editoriais que
supostamente estariam envenenando a
mente das crianças e da juventude com
revistas que apresentavam cenas 
consideradas nocivas, de: Terror, sexo
e monstros deformados.
Durante o período do pós-guerra, os
super-heróis já estavam desgastados 
depois de terem enfrentado os inimigos
da liberdade: Os nazistas.
As vendas das revistas em quadrinhos
cairam vertiginosamente e isso
obrigou os editores a criar
novas alternativas de leitura
em quadrinhos.
Era preciso renovar o mercado
desaquecido ou fechar as portas.
A situação estava feia.
Foi partindo dessa premissa que
surgiram revistas com novas propostas,
como: Adult Fantasy, Tales of Suspense e
Strangers Tales, que tornaram-se
super populares por todo o 
território americano.
Porém, se esses produtos aqueceram
as vendas, por outro lado provocaram
protestos, principalmente por
parte de um certo doutor
Frederic.

Segundo algumas publicações, o defensor
 da moral e bons costumes, inimigo número 
1 dos comics americanos na década de 
50, o Dr. Wertham, que dedicou sua vida a 
combater as revistas em quadrinhos,
acabou por se render estranhamente
aos encantos de super-heróis 
 como Batman.



PODE UM HOMEM ABALAR 
TODA A INDÚSTRIA DOS
 QUADRINHOS
DA AMÉRICA E O 
CONCEITO DELE,
PELO MUNDO?

Segundo testemunhas,o médico, nos
 últimos anos,  arriscava uma leitura ou 
outra e acompanhava algumas aventuras 
do cavaleiro das trevas. 
Talvez imaginando como ele deve ter
 perdido muita coisa boa dos quadrinhos
 e descoberto. Prova de que os comics
 jamais transformava seus leitores em 
marginais, como apregoava a obra desse
 autor maluco, que conseguiu ficar famoso
 até entre os leitores de quadrinhos,
 por todo o mundo.

Frederic analisando uma revista de terror
da EC Comics
Segundo o livro os quadrinhos deveriam 
ser instrumento de educação, formação
 moral, propagar bons sentimentos e 
exaltar as virtudes sociais e individuais.
 Não deveriam ser uma espécie de 
 prolongamento escolar. Deveriam contribuir
 para a higiene mental.Elas, segundo ele, 
estavam influenciando perniciosamente 
crianças e jovens, jamais 
 desrespeitar religiões, 
prestigiar princípios 
democráticos e jamais 
 apresentar figuras simpáticas que 
fossem anti o regime democrático. 
Jamais deveriam, também, apresentar 
o divórcio como a solução 
para os problemas conjugais.

Sexo: 

Cenas de amor hiper realistas, anomalias 
 sexuais, sedução e violência carnais
 jamais deveriam ser sugeridas.Pragas,
 obscenidades, pornografia, ou palavras
 e símbolos de sentido dúbio deveriam ser
 subtraídas. Gírias e frases populares só 
poderiam ser usadas moderadamente, 
dando preferência a boa 
linguagem.Ilustrações
 de nudez mostrando partes íntimas  
ou poses provocantes jamais deveriam
 estar numa HQ. Citar defeitos físicos, 
excessiva violência, sadismo
 e masoquismo, jamais. 
O bem sempre deveria triunfar
 sobre o mal. Revistas infantis e juvenis 
deveriam instituir concursos premiando
 leitores por seus méritos. 
Os editores jamais deveriam 
lançar figurinhas, 
 consideradas nocivas às crianças.
Nada nem ninguém deveria violar o Código
 de Ética e as normas deste implicava
 também não só aos desenhos e texto, 
mas também as capas. E para acabar 
de complicar o doutor maluco sugeriu 
que Batman e Robin eram gays.



A mais mais de todas as Janes
do cinema


Jane, a companheira de Tarzan, 
nua, numa HQ? 
Nunca mais. Nem pensar.

Mas, por sorte, os quadrinhos europeus
destinados ao público adulto nos
brindou com Valentina - de Guido Crepax,
Paulette, Barbarella e Drunna, as
grandes divas nuas das HQs.


Valentina do italiano Guido Crepax






Barbarella - genial criação francesa




Barbarella virou filme em 1968
com a atriz Jane Fonda
Drunna, um clássico
O que diria hoje o nosso polêmico doutor 
se visse a violência dos filmes, dos games,
 dos estádios de futebol, o sexo das
 novelas das 8 horas, e por aí a fora? 
O psicopático Dr. Wertham nasceu em 
20 de março de 1895 e morreu
 em 18 de novembro de 1981, para
O alivio de milhares de leitores.

CÓDIGO DE ÉTICA
NO BRASIL


No Brasil, este Código de Ética, foi elaborado 
por um grupo composto pelos maiores editores 
de revistas em quadrinhos da época:
          Editora Gráfica (RGE), O Cruzeiro, EBAL
 e Editora Abril. Não foi preciso muito tempo para 
que ele  fosse colocado de lado, tanto 
nos Estados Unidos, 
onde foi criado, quanto no Brasil,
 onde foi adotado.

O Fantasma - Edição brasileira da RGE, que
trazia no alto, à direita, o tal
código de ética. Todas as revistas
lançadas no país traziam o
Comics Code


ATUALMENTE...
Obviamente, na atualidade, foi comprovada
 a importância dos quadrinhos na educação 
e comunicação de massa.
 Sabe-se que a linguagem dos quadrinhos
 já alfabetizaram muita gente nas escolas,
 educaram no trânsito, ensinaram na saúde
 e é indispensável como lazer e diversão.
 O resto é puro entreterimento. 
Ela jamais fomentou violência, etc.

Descanse em paz, doutor Frederic.
Muita paz...

Por Tony Fernandes

Conheça a verdadeira história de...
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o lendário xerife do
velho Oeste!
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