(1922\1994) |
Douglas Wildey é um nome pouco conhecido
pelo grande público do Brasil e do mundo.
Mas, quem faz e conhece bem HQs e séries animadas da
TV sabe muito bem quem é ele.
Doug Wildey é um dos nomes mais bem conhecidos
do mundo da animação e dos comics. Ele foi um dos
grandes mestres do passado e sua obra sempre estará
presente nas mentes daqueles que apreciam boas
histórias em quadrinhos e séries de desenhos
animados da TV, pois...
DOUG WILDEY FOI O CO-CRIADOR
DE JOHNNY QUEST, UM CLÁSSICO
DO DESENHO ANIMADO,
EM 1964, PARA A HANNA-BARBERA!
Wildey começou sua carreira na animação
televisiva trabalhando com o lendário e genial
Alex Toth (desenhista de traço econômico, que
anos depois seria o criador de séries famosas
também de William Hanna e Joseph Barbera,
como: Space Ghost, Homem Pássaro,
Quarteto Fantástico e outros).
Eles trabalharam juntos nos Studios Cambria
numa série de animação, em 1962, chamada
Space Angel (Anjo do Espaço, que também foi
exibida no Brasil).
Porém, Jonny Quest seria a obra-Mor
de Doug Wildey.
Esta foi a primeira série animada para a
de Doug Wildey.
Esta foi a primeira série animada para a
TV que fugia dos clássicos personagens
cômicos.
cômicos.
Esta série foi revolucionária.
Jonny Quest era um desenho animado
dos estúdios Hanna-Barbera (de William
Hanna e Joseph Barbera, dois
ex-funcionários dos Estúdios Disney
e ex-produtores
dos estúdios Hanna-Barbera (de William
Hanna e Joseph Barbera, dois
ex-funcionários dos Estúdios Disney
e ex-produtores
do clássicos e premiados desenhos de
Tom e Jerry, da Waner).
Não há dúvida de que Jonny Quest
revolucionou as
revolucionou as
séries de animação da TV da época.
Nela se viu pela primeira vez
alguém morrendo
alguém morrendo
numa série deste tipo.
Jonny Quest não foi feito
Jonny Quest não foi feito
para crianças, mas, sim, para o
público juvenil,
público juvenil,
que aprecia aventuras.
Há quem diga que o Dr. Zin,
arquiinimigo do Dr. Quest, tinha
sido inspirado no famoso Dr. No,
da série cinematográfica James
Bond, mas Doug garantiu
arquiinimigo do Dr. Quest, tinha
sido inspirado no famoso Dr. No,
da série cinematográfica James
Bond, mas Doug garantiu
que se isto de fato ocorreu foi de
uma forma inconsciente.
uma forma inconsciente.
O interessante é que o tal Dr. Zin
não aparecia em todos
não aparecia em todos
os episódios. Segundo o autor, aquilo,
na verdade, era
na verdade, era
um truque para facilitar a
vida dos produtores.
vida dos produtores.
O maquiavélico Dr. Zin vivia
dirigindo dos bastidores do
crime seus aceclas.
dirigindo dos bastidores do
crime seus aceclas.
A personagem Jezebel Jade, segundo
os entendidos, parecia ter sido
inspirada em Dragon Lady da
os entendidos, parecia ter sido
inspirada em Dragon Lady da
série de HQs Terry e os Piratas.
Jezebel era uma vilã linda e
diabólica tanto quanto aquelas que
Jezebel era uma vilã linda e
diabólica tanto quanto aquelas que
Certa feita, Doug declarou que
sempre adorou aqueles
velhos filmes e por isso
decidiu fazer suas vilãs
decidiu fazer suas vilãs
belas e sensuais, verdadeiras
femmes fatale.
femmes fatale.
Num dos episódios de
Jonny Quest ela beijou
Jonny Quest ela beijou
Roger Race (o auxiliar do
Dr. Quest, pai de Jonny),
Dr. Quest, pai de Jonny),
sugerindo que antes de se
tornarem inimigos, já se
tornarem inimigos, já se
conheciam e tinham
tido um romance.
tido um romance.
O interessante de personagens,
como: Dr. No,
como: Dr. No,
Dr. Zin, Prof. Muriarty,
Jezebel Jade e outros,
Jezebel Jade e outros,
tanto das HQs quanto dos
cinemas, é que todos
cinemas, é que todos
são ricaços que desejam
apenas poder.
apenas poder.
Entravam em aventuras
mirabolantes não apenas
mirabolantes não apenas
por dinheiro, mas em busca
de mais poder.
de mais poder.
A série original de Jonny
Quest teve 26 episódios,
Quest teve 26 episódios,
que foram ao ar pela primeira
vez nos Estados
vez nos Estados
Unidos em 1964, com muito
sucesso.
sucesso.
Depois saiu do ar por cerca de
um ano.
um ano.
Tempo depois, a rede CBS lançou
a série novamente
a série novamente
nas tardes de domingo.
Depois os mesmos desenhos
Depois os mesmos desenhos
passaram interminavelmente
pela NBC por um bom tempo.
Devido ao sucesso alcançado na
América, o mercado exterior acabou
comprando a série.
pela NBC por um bom tempo.
Devido ao sucesso alcançado na
América, o mercado exterior acabou
comprando a série.
Assim Jonny Quest foi exibido em
diversos países, em cerca de 140
nações, inclusive no Brasil.
diversos países, em cerca de 140
nações, inclusive no Brasil.
Segundo seu falecido criador, que
deu sua última entrevista para a
imprensa especializada em 1995,
ele foi convidado para fazer
uma nova série de Jonny Quest, que
deveria ser exibida aos
uma nova série de Jonny Quest, que
deveria ser exibida aos
sábados de manhã, mas a coisa não
deu certo.
deu certo.
Nem o conceito da série ou o
pagamento ficaram definidos.
pagamento ficaram definidos.
Ao ser perguntado se ele, Doug, também
havia se envolvido com as HQs do
personagem ele respondeu que só
havia feito a capa dos gibis
havia se envolvido com as HQs do
personagem ele respondeu que só
havia feito a capa dos gibis
deste personagem que ficou
famoso na TV.
famoso na TV.
DESENHOS DA MARVEL
Doug Wildey sempre foi um cara
versátil, dinâmico.
versátil, dinâmico.
A produtora Gantray-Lawrence fazia
os cartuns da Marvel, na época em
que Doug era o diretor de arte
os cartuns da Marvel, na época em
que Doug era o diretor de arte
daquela produtora.
“- Fiz, Namor, o príncipe submarino “,
declarou Doug,
declarou Doug,
certa feita, ao ser entrevistado. “–
Eram episódios
Eram episódios
de cinco minutos cada.
Depois de Namor fui fazer
Depois de Namor fui fazer
um desenho chamado Sky Hawks.”
Em 1967 os super-heróis passaram
a fazer muito sucesso nas manhãs
de sábado das TVs americanas.
a fazer muito sucesso nas manhãs
de sábado das TVs americanas.
Os estúdios Hanna-Barbera estavam
em alta e seus desenhos tomavam
conta das emissoras
em alta e seus desenhos tomavam
conta das emissoras
do Tio Sam. Doug, nesta época, fez
os storyboards e os modelos para
a série Os Herculóides,
os storyboards e os modelos para
a série Os Herculóides,
mas, garantiu que não fez o
Quarteto Fantástico.
Quarteto Fantástico.
TARZAN, DA GOLD KEY
Doug Wildey chegou na editora
Gold Key para substituir o grande
mestre Russ Manning, desenhista
Gold Key para substituir o grande
mestre Russ Manning, desenhista
oficial de Tarzan, na época, e acabou
fazendo um belo trabalho ao adaptar
histórias tiradas dos livros
fazendo um belo trabalho ao adaptar
histórias tiradas dos livros
de Edgar Rice Burroughs, como:
Tarzan No Centro da Terra.
Doug, explicou como tudo
Tarzan No Centro da Terra.
Doug, explicou como tudo
aconteceu ao dar entrevista para
um famoso jornal americano...
um famoso jornal americano...
“Alguém me deu um telefonema
e me pediu para fazer os desenhos.
Disseram que os roteiros tinham
e me pediu para fazer os desenhos.
Disseram que os roteiros tinham
sidos feitos diretamente das histórias
clássicas de Burroughs, o escritor.
Mas, Edgar Rice Burroughs
clássicas de Burroughs, o escritor.
Mas, Edgar Rice Burroughs
nunca tinha sido um dos
meus favoritos.
meus favoritos.
Para mim aquilo não tinha a
mínima importância.
mínima importância.
De qualquer forma, aceitei o
convite (Rsss...).
convite (Rsss...).
Comecei a desenhar as tais histórias.
Quando meu amigo Ray
Bradbury – um grande
Bradbury – um grande
fã de Burroughs -, soube,
ficou maluco.
ficou maluco.
Um dia Ray me confessou
que ele começou a
que ele começou a
escrever por volta dos 12 anos
de idade imitando
de idade imitando
o estilo de Burroughs.
Era fã do cara.
Era fã do cara.
Enfim, as histórias que ele
fazia do planeta
fazia do planeta
Marte eram todas baseadas
nas histórias de Burroughs.”
nas histórias de Burroughs.”
RON ELY, O TARZAN DA TV
Pouca gente sabe, mas Doug também
fez as HQs de Tarzan que foram adaptadas
para os comics da série
fez as HQs de Tarzan que foram adaptadas
para os comics da série
de TV protagonizada pelo
ator Ron Ely, nos anos 60.
ator Ron Ely, nos anos 60.
Esta famosa série de Tarzan foi
rodada no Brasil, na floresta da
Tijuca, no Rio de Janeiro.
rodada no Brasil, na floresta da
Tijuca, no Rio de Janeiro.
FILMES INDUSTRIAIS E
COMERCIAIS DE TV
COMERCIAIS DE TV
Doug fez muitos stroyboards e
layouts para filmes industriais e
comerciais para a TV, mas a maioria
layouts para filmes industriais e
comerciais para a TV, mas a maioria
não eram animações.
Um deles foi para a igreja
Um deles foi para a igreja
Mormon, fazendo e montando a
história dessa tradicional seita
americana.
história dessa tradicional seita
americana.
“Eu acho que esse filme deve
estar sendo exibido
estar sendo exibido
até hoje na Brigham Young
University”, declarou ele
à um amigo.
University”, declarou ele
à um amigo.
DC COMICS
A clássica HQ sobre a Segunda
Grande Guerra Mundial chamada
Sargento Rock, que notabilizou
o desenhista Joe Kubert, também
foi feita por
foi feita por
Doug Wildey, para a DC Comics.
TIRAS DE JORNAIS
Entre os anos de 1974 e 1975 ele
teve uma tira chamada Ambler
publicada em diversos jornais
teve uma tira chamada Ambler
publicada em diversos jornais
americanos. Sobre ela, ele
declarou certa feita...
declarou certa feita...
“Na verdade, escrevi a história
para a TV.
para a TV.
Mostrei-a para Joe Barbera
(um dos sócios da Hanna-Barbera
Productions), como ele não gostou
(um dos sócios da Hanna-Barbera
Productions), como ele não gostou
transformei-a em tira de
quadrinhos e mandei
quadrinhos e mandei
pra King Features.
A King decidiu comprá-la.
A King decidiu comprá-la.
Mas, o pessoal da King era
chato, queriam saber o que ia
acontecer daqui a cinco semanas
chato, queriam saber o que ia
acontecer daqui a cinco semanas
com o personagem.
Quanto mais eu contava, mais
Quanto mais eu contava, mais
eles me pentelhavam.
Aquilo me encheu o saco.
Aquilo me encheu o saco.
Daí liguei para o Chicago
Tribune/New York News
Tribune/New York News
e eles acabaram fechando o
negócio sem me
negócio sem me
fazer perguntas idiotas.”
O personagem era um hippie,
de cabelos longos, que tinha
uma guitarra na mão e que
viajava sem rumo ou direção
pelo país e ia vivendo
suas aventuras.
de cabelos longos, que tinha
uma guitarra na mão e que
viajava sem rumo ou direção
pelo país e ia vivendo
suas aventuras.
Doug começou a série publicando-a
no Suplemento Dominical, como
versos ilustrados.
no Suplemento Dominical, como
versos ilustrados.
Segundo o autor, aquela série era
uma espécie de Rota 66 (antigo
seriado da TV), numa versão moderna.
uma espécie de Rota 66 (antigo
seriado da TV), numa versão moderna.
A tira fez sucesso e acabou
sendo publicada no
sendo publicada no
jornal francês Le Monde e um
livro montado com
livro montado com
as tiras diárias também foi
editado, na França.
editado, na França.
“O que os americanos não
dão muita importância,
dão muita importância,
os franceses enaltecem e
dão seu devido valor.
dão seu devido valor.
Isto, no passado, aconteceu
com o jazz e como comediante Jerry
Lewis. Os americanos achavam
com o jazz e como comediante Jerry
Lewis. Os americanos achavam
Jerry um débil mental, mas os
franceses o consideraram um gênio.
Adoravam seus filmes” –
franceses o consideraram um gênio.
Adoravam seus filmes” –
explicou o autor.
RETURN TO
THE PLANET APES
THE PLANET APES
Nos anos 70, Doug foi diretor e
produtor da série de animação
chamada O Retorno ao
produtor da série de animação
chamada O Retorno ao
Planeta dos Macacos, baseada
no filme que fez um grande
sucesso na época.
no filme que fez um grande
sucesso na época.
O desenho animado passou a
ser exibido pela NBC
ser exibido pela NBC
aos sábados.
Doug também escrevia e colocou os
Doug também escrevia e colocou os
episódios juntos, numa espécie de saga.
No filme original O Planeta dos
Macacos, os humanos
Macacos, os humanos
são inferiores, são selvagens e
escravizados pelos
escravizados pelos
macacos. Nos desenhos animados
criados por Doug
criados por Doug
Wildey, semanalmente, os humanos
foram se elevando até serem capaz
de enfrentar seus senhores,
os macacos.
foram se elevando até serem capaz
de enfrentar seus senhores,
os macacos.
EDITORA ECLIPSE E RIO,
UM PERSONAGEM
DO VELHO OESTE
Contou o autor...
“A princípio eles me pediram para
fazer uma história original de Jonny
Quest, pois pretendiam lançar a
fazer uma história original de Jonny
Quest, pois pretendiam lançar a
primeira edição em formato comics.
Então, eu lhes disse que tinha pronta
uma edição de HQ de western ,
chamada: Rio.
uma edição de HQ de western ,
chamada: Rio.
Expliquei que eu gostaria
de transformar aquele
de transformar aquele
trabalho em Graphic Novel.
Eles toparam.
Eles toparam.
O pessoal da Eclipse foi bacana.
Tempo depois, a editora Comico
decidiu reeditar o trabalho que
a Eclipse havia
decidiu reeditar o trabalho que
a Eclipse havia
lançado há um tempo atrás.”
A segunda graphic novel que
Doug fez de Rio se chamou Rio Rides
Again e foi publicada
Doug fez de Rio se chamou Rio Rides
Again e foi publicada
pela Marvel Comics. Segundo o
autor, depois de The Planet Of The Apes,
o pessoal da Marvel foi até
O estúdio onde ele trabalhava.
autor, depois de The Planet Of The Apes,
o pessoal da Marvel foi até
O estúdio onde ele trabalhava.
Era o De Patie-Freleng, que
ficou famoso com os desenhos
animados do Inspetor e da Pantera
ficou famoso com os desenhos
animados do Inspetor e da Pantera
Cor-de-Rosa. Eles queriam fazer
um desenho animado da She-
Hulk e do Fantastic Four.
um desenho animado da She-
Hulk e do Fantastic Four.
Porém, ao mesmo tempo, Joe
Barbera encomendou
Barbera encomendou
26 episódios de Godzilla.
Como Doug nunca gostou de
super-heróis preferiu
fazer Godzilla.
Como Doug nunca gostou de
super-heróis preferiu
fazer Godzilla.
Na sequência, ele também fez
Jana das Selvas, em duas séries.
Dois episódios por semana.
Jana das Selvas, em duas séries.
Dois episódios por semana.
“Fazer Godizlla foi um drama “ –
explicou o autor. –
explicou o autor. –
Eles não queriam que o monstro
fosse mal, queriam transformá-lo num
bicho de estimação.”
fosse mal, queriam transformá-lo num
bicho de estimação.”
Dog também escreveu a canção de
abertura de Godzilla.
abertura de Godzilla.
“Rodei Jana Of The Jungle em
Hollywood, em rotoscope.
Hollywood, em rotoscope.
O cameraman ficava a seis metros
do chão, balançando com uma
Arriflex nos ombros, filmando”,
do chão, balançando com uma
Arriflex nos ombros, filmando”,
explicou ele.
Doug foi o primeiro a fazer animação
em rotoscope e ficou bom. Esta série
(Jana das Selvas), foi considerada
fraca, mas a abertura ficou excelente,
em rotoscope e ficou bom. Esta série
(Jana das Selvas), foi considerada
fraca, mas a abertura ficou excelente,
afirmaram os críticos.
Ao ser questionado, sobre onde
arrumaram aquela “voz” gultural de
Godzilla, ele respondeu:
arrumaram aquela “voz” gultural de
Godzilla, ele respondeu:
“ Aquele era o falecido Ted Cassidy...
ele passou horas gritando dentro de
uma enorme caçamba
ele passou horas gritando dentro de
uma enorme caçamba
de lixo vazia, daí mixamos tudo,
várias vezes, até obtermos o rugido
do monstro (Rsss...).”
várias vezes, até obtermos o rugido
do monstro (Rsss...).”
(Nota do articulista: Ted Cassidy
também fez o personagem Lurch -
Tropeço- na antiga série de animação
da TV, de grande aceitação popular,
também fez o personagem Lurch -
Tropeço- na antiga série de animação
da TV, de grande aceitação popular,
chamada Família Adams).
ARTES PLÁSTICAS
Doug Wildey não parava nunca.
Pintava quadros nas horas vagas.
Se dedicou a esta outra sua grande
paixão durante cerca de 15 ou 20
anos e acabou expondo suas
paixão durante cerca de 15 ou 20
anos e acabou expondo suas
artes na Biltmore Gallery, em
Los Angeles, em Burbank, em
San Francisco e na Unique Gallery,
Los Angeles, em Burbank, em
San Francisco e na Unique Gallery,
em Nova Iorque.
Adorava os grandes mestres que
se especializaram em pintar cenas
do velho Oeste, como:
se especializaram em pintar cenas
do velho Oeste, como:
Charlie Russel, James Bama e
Frederic Remington.
Frederic Remington.
Na opinião de Doug uma pintura
sempre deve contar uma história,
como faziam os grandes
sempre deve contar uma história,
como faziam os grandes
mestres do passado, e não apenas
mostrar paisagens.
mostrar paisagens.
“Montanhas e nuvens não contam
nada” – dizia ele. –
nada” – dizia ele. –
“Sempre retrato pessoas.
Na minha opinião, uma
Na minha opinião, uma
pintura tem que ter conteúdo.
Sempre adorei pintar.”
Sempre adorei pintar.”
Talvez esta tenha sido esta a
fórmula que ele encontrou para
vender muitos quadros da chamada
fórmula que ele encontrou para
vender muitos quadros da chamada
western art.
DOUG IMPLICAVA
SEMPRE
SEMPRE
COM OS COMICS
Ele acreditava que os editores insistiam
em publicar um tipo só de HQs.
Não ousavam experimentar
em publicar um tipo só de HQs.
Não ousavam experimentar
temas diversos.
“Voces se preocupam demais com
essa coisa de direitos dos autores
que criam comics...
essa coisa de direitos dos autores
que criam comics...
deveriam se preocupar mais
que os autores produzissem
melhores produtos.
que os autores produzissem
melhores produtos.
Na minha opinião, a maior parte
disso tudo é lixo” –
disso tudo é lixo” –
explicou ele, certa vez para
um velho amigo editor.
um velho amigo editor.
Doug Wildey afirmava que os
editores americanos
editores americanos
não tinham criatividade e
ousadia e que se preocupavam
ousadia e que se preocupavam
apenas em copiar ou fazer algo
similar ao que o concorrente tinha
editado e obtido sucesso.
similar ao que o concorrente tinha
editado e obtido sucesso.
Conclusão: a mesmice prevalecia
nos pontos de venda. Milhares de
produtos similares eram
nos pontos de venda. Milhares de
produtos similares eram
lançados todo ano.
(Nota do articulista: Bem, isto, pelo
visto, não é um mal só dos editores
brasileiros, que atualmente
empestearam as bancas com
mangás e super-heróis, esquecendo-se
de outros temas, outros segmentos).
Doug não lia quadrinhos e achava
os textos das HQs de super-heróis
uma babaquice.
os textos das HQs de super-heróis
uma babaquice.
Falava que escrever ou desenhar
para quadrinhos era uma coisa menor,
já naquele tempo.
para quadrinhos era uma coisa menor,
já naquele tempo.
Certo dia, alguém lhe perguntou:
“Doug, qual é o seu tipo de trabalho
de arte preferido?
de arte preferido?
Quadrinhos, animação, ou pintura?”
“Gosto demais do meu personagem
para tiras, Ambler.
para tiras, Ambler.
Ainda sonho em colocar Jonny
Quest em algum lugar.
Quest em algum lugar.
Mas, não sei exatamente onde.
Sem dúvida,
Sem dúvida,
Jonny Quest é a minha grande
criação... entretanto,
criação... entretanto,
a animação é a minha forma
de arte favorita.
de arte favorita.
Não tenho dúvidas.”
Doug Wildey – nasceu em 02/05/1922
e faleceu em 05/10/1994.
e faleceu em 05/10/1994.
Além do famoso e cultuado Jonny Quest,
ele também co-criou as séries:
Os Herculóides e Jana da Selva
também para a TV.
Os Herculóides e Jana da Selva
também para a TV.
Seus créditos televisivos incluem
trabalhos,como:
trabalhos,como:
Marvel Super Heroes (1966),
Regresso ao Planeta dos Macacos
(1975), Godzilla Power Hour (1978),
Regresso ao Planeta dos Macacos
(1975), Godzilla Power Hour (1978),
Mister T (1983), e Chuck Norris
(ex-discípulo de Bruce Lee):
Karate Kommandos (1986).
(ex-discípulo de Bruce Lee):
Karate Kommandos (1986).
Ele também trabalhou nas
séries de HQs, como:
séries de HQs, como:
Jonah Rex, Sargento Rock e Tarzan.
Também criou Rio, uma série
de western e fez as capas da série
de comics de Jonny Quest para a
de western e fez as capas da série
de comics de Jonny Quest para a
editora americana
chamada Comico, em 1980.
chamada Comico, em 1980.
Seu personagem Ambler, durou
cerca de um ano ou 18 meses.
cerca de um ano ou 18 meses.
As tiras de Ambler, o hippie,
deixaram de circular
deixaram de circular
no final da década de 60.
O genial Doug Wildey se foi, mas
suas obras são imortais ficarão
entre nós eternamente e vale a
pena conferí-las.
Copyright 2011\Tony Fernandes\Estúdios Pégaus -
Uma divisão da Pégasus Publicações Ltda\São Paulo\Brasil
Todos os Direitos Reservados
Leia sobre a...
VERDADEIRA HISTÓRIA
DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
EM...
Wildey, me amarrei nesta cara desde quando o vi na Coleção Lança de Prata da Ebal (terceira série), foram apenas tres edições com as histórias Tarzan no Centro da Terra, Perdidos em Pellucidar e os Piratas de Korsar... Fiquei puto na época, a EBAL não colocou os créditos dele... Um anatomista perfeito... Utilizava muito esse lance de modelos vivos... Copiei os Tarzans dele pra caramba...rsss!
ResponderExcluirTambém comprei na época, Sir... anos depois é que fui descobrir que aqueles desenhos fantásticos era do Doug... Tb guardo uma edição
ResponderExcluirde Rios, o cowboy... acho q foi a única lançada no Brasil.
Grato, pela visita!
Não conhecia o cara.
ResponderExcluirExcelente matéria.
parabéns Tony.
Grande, Moreira... de tanto fuçar nos sebos da vida acabei encontrando Rio; é um faroeste fantástico! Vale a pena pocurar. Pode ser até que dom Alavarez de La Mancha tenha um exemplar nacional em seu incrível acervo. Dou Wildey desenhava muito e, como disse o Sir, dava um show de anatomia. É pena que ele fez muito pouco quadrinhos.
ResponderExcluirGrato, mais uma vez, pela visita, cowboy!
Oi, Tony.
ResponderExcluirAs edições do Penitente chegaram até aí?
Abraço!
Lorde Lobo
www.lordelobo.com.br
lordeloboestudio@gmail.com
Salve, Lorde Lobo!
ResponderExcluirMudamos recentemente de endereço, mas tenho mandado, semanalmente, alguém ir buscar correspondências em nosso antigo endereço.
Até o momento Penitente não chegou as minhas mãos, mas será um prazer poder apreciar o seu belo trabalho. Grato pela visita e um grande mano amplexo, cowboy!
Meu e-mail: tonypegasus@gmail.com