Foi através do bengala friend, Dom Alvarez –
membro honorário da milenar
Confraria dos Bengalas Boys Club,
via Facebook -, que tomei conhecimento do fantástico trabalho e da existência do guerreiro de além-mar José Carlos Pereira (vulgo Zeca Benfica – alcunha que ganhou por ser torcedor fanático do famoso time lusitano -
, ou Zeca Willer, por ser vidrado nas BDs
(histórias em quadrinhos) de Tex Willer,
um grande sucesso editorial produzido na Itália.
membro honorário da milenar
Confraria dos Bengalas Boys Club,
via Facebook -, que tomei conhecimento do fantástico trabalho e da existência do guerreiro de além-mar José Carlos Pereira (vulgo Zeca Benfica – alcunha que ganhou por ser torcedor fanático do famoso time lusitano -
, ou Zeca Willer, por ser vidrado nas BDs
(histórias em quadrinhos) de Tex Willer,
um grande sucesso editorial produzido na Itália.
Capa recentemente publicada na Itália da edição # 131 da Collezione Storica a Colori, de Tex, intitulada "La Banda Del Fumetti". Mais uma capa desenhada e pintada pelo sensacional Claudio Villa. |
Ele não desenha, não escreve roteiros,
não faz BDs (HQs).
Acho que jamais teve essa pretensão,
mas é um dos maiores colecionadores
que se tem notícia, de Tex além de ser um dos responsáveis do Blog português do
ranger dos Bonelli, que a cada dia
torna-se um dos mais
comentados do mundo.
Convém lembrar que apenas dois
blogs do mundo, que falam sobre
Tex, merecem destaque aqui:
TexBr (do bengala friend e b
rasileiríssimo Gervásio )
e o blog do Zeca.
blogs do mundo, que falam sobre
Tex, merecem destaque aqui:
TexBr (do bengala friend e b
rasileiríssimo Gervásio )
e o blog do Zeca.
Zeca, à esquerda, com Gege Carsan (que encarnou Tex), ao centro, e Civitelli à direita, na grande festa anual das histórias em quadrinhos em São Paulo, Brasil, chamada FestComix! |
em S. Paulo, que tive o prazer de
conhecê-lo pessoalmente – assim
como o Gervásio, rever o Maldonados,
o Gege Carsan e outras feras),
durante a palestra do Civitelli, um
dos mais famosos desenhistas
da atualidade do Tex.
Durante a palestra do rabiscador
italiano, José Carlos (Zeca, para os amigos),
se mostrou um excelente intérprete
do italiano para o português,
interagindo de forma brilhante
para que os fãs ali presentes
pudessem fazer questões
com o palestrista.
Sua humildade é tamanha que
ao enviar um e-mail perguntando
se ele podia me conceder a honra
de me dar essa entrevista, ele disse:
ao enviar um e-mail perguntando
se ele podia me conceder a honra
de me dar essa entrevista, ele disse:
“Eu? Mas, eu não sou artista, sou
um simples colecionador, Tony...
será que seus leitores vão se
interessar em ler sobre mim?”
um simples colecionador, Tony...
será que seus leitores vão se
interessar em ler sobre mim?”
Além de ser um grande colecionador
do velho ranger José Carlos realizou
o sonho de muitos artistas e leitores,
gente que adora HQs e Tex:
Foi conhecer in loco as instalações
da Bonelli Comics, lá na Itália e
com certeza tem muita história
interessante para contar.
Bem, foi assim que tive a honra de
entrevistar esta fera, que acabou
provando que sabe tudo de Tex
e sobre seu autor, e que também
já visitou a tradicional editora italiana.
entrevistar esta fera, que acabou
provando que sabe tudo de Tex
e sobre seu autor, e que também
já visitou a tradicional editora italiana.
Espero que voces, web leitores,
apreciem também esta
entrevista com...
apreciem também esta
entrevista com...
JOSÉ CARLOS (ZECA WILLER),
UM DOS MAIORES
COLECIONADORES DE TEX
Primeira parte
Tony Fernandes 1 - Grande, Zeca,
quanta honra... isto é o que eu chamo
começar o ano com o pé direito... (Rsss...).
Com uma grande entrevista.
Podemos começar?
Então, vamos lá, querido bengala
friend de além-mar... (Rsss...).
Nome completo, dia mês e ano
em que você nasceu? Cidade,
região, estado, etc?
quanta honra... isto é o que eu chamo
começar o ano com o pé direito... (Rsss...).
Com uma grande entrevista.
Podemos começar?
Então, vamos lá, querido bengala
friend de além-mar... (Rsss...).
Nome completo, dia mês e ano
em que você nasceu? Cidade,
região, estado, etc?
Zeca - Chamo-me José Carlos Pereira
Francisco, tendo nascido a 13 de
Dezembro de 1967, em Lourenço
Marques, ex-Maputo, capital de
Moçambique em África, tendo
vindo para Portugal, com os meus
pais, em 1977. Sou casado, pai de duas
filhas, a Andreia Sofia de 17 anos
e a Ana Beatriz de 6 e profissionalmente
sou director de produção numa
indústria de mobiliário metálico,
sendo também no campo
editorial o representante da
Mythos Editora em Portugal.
Francisco, tendo nascido a 13 de
Dezembro de 1967, em Lourenço
Marques, ex-Maputo, capital de
Moçambique em África, tendo
vindo para Portugal, com os meus
pais, em 1977. Sou casado, pai de duas
filhas, a Andreia Sofia de 17 anos
e a Ana Beatriz de 6 e profissionalmente
sou director de produção numa
indústria de mobiliário metálico,
sendo também no campo
editorial o representante da
Mythos Editora em Portugal.
Com a esposa Fatima e as filhas Andreia e Ana Beatriz |
Moçambique, na África? Olha só
que curioso, nasceu numa
ex-colônia portuguesa... muito legal.
Dúvido que a maioria do pessoal
sabia disso. Vamos em frente...
Quando foi que começou a nascer
esta sua paixão por Tex?
Nunca gostou de outro personagem?
ZECA - A minha paixão por Tex nasceu
já em Portugal, mais precisamente
em 1980, quando os meus avós,
com quem eu habitava na época,
ao mudarem de residência,
foram morar para uma quinta.
Durante as limpezas do sótão
da habitação principal, descobri
uma caixa com muitas revistas
de banda desenhada e entre elas
somente um exemplar de Tex,
mas era uma edição especial
que muito me cativou de imediato.
Tratava-se de “Pacto de Sangue“,
uma aventura onde acontece o
casamento do Ranger e fiquei de
tal forma impressionado que
mesmo depois de 30 anos aqui
estou eu a falar desta paixão,
que aumenta a cada nova história,
mas desde que me conheço que
gosto de banda desenhada,
inclusive posso dizer que nasci
praticamente no meio dela
já que das mais remotas
lembranças que tenho é a de ler
na livraria da minha mãe, ainda
em Moçambique, revistas Disney.
Ao longo dos anos a banda
desenhada esteve sempre presente
na minha vida, fosse no início
com Astérix, Lucky Luke ou Tintin,
fosse mais tarde com O Mundo
de Aventuras, O Falcão, Condor,
Tarzan e tantas outras
revistas e personagens.
Acima e abaixo duas publicações da Asa, tradicional casa editorial de Portugal, que prima pela qualidade de seus álbuns e continua firme. |
belga Hergé, que é considerado o Disney europeu.
Tarzan, na visão do lendário John Buscema |
fumettis (banda desenhada italiana)
da Bonelli, pois para além de
Tex também aprecio (em menor grau, óbvio)
e colecciono por exemplo Zagor,
Mágico Vento e Júlia.
Tony 3 – É impressionante, cowboy,
como em todo mundo os personagens
Disney são conhecidos, são populares.
Acho que não tem um que nunca
viu o Donald ou o Mickey.
E, também foi bom saber que
você também lia outros gibis...
Dizem, por aí, que você é o maior
colecionador do mundo das Bds
(HQs) do velho ranger...
você tem idéia de quantas revistas
tem desta antiga e bem sucedida série?
Zeca - Somando as duas principais
colecções completas das Tex brasileira
e italiana e álbuns em 22 outras línguas,
tenho mais de 1300 revistas do Ranger.
Há ainda a acrescentar mais de
1000 livros e revistas de várias
outras colecções e novas séries de
Tex que têm surgido nos últimos
anos, tanto italianas como brasileiras
e ainda um festival de edições
especiais e extras com destaque
para as coloridas, de vários
tipos, formatos e países, totalizando
no presente um valor a rondar
as 2.500 edições.
Por tudo isto que possuo de Tex,
muitos consideram-me o maior
coleccionador do mundo.
Mas, Tony, não me atrevo a
considerar-me o maior.
Tony: Tem certeza?
Zeca - Sim, porque há pelo menos
dois outros grandes coleccionadores
que conheço pessoalmente e que também
são proprietários de duas colecções
verdadeiramente grandiosas e valiosas:
Júlio Schneider do Brasil e Enzo
Pedroni de Itália. Júlio, advogado
de profissão, sendo também
tradutor de Tex no Brasil, colecciona
Tex desde o primeiro número
brasileiro, editado em 1971,
sem ter perdido uma única edição
que tenha saído no Brasil, de todos
os tamanhos e formatos, ou seja
tem tudo o que foi publicado de
1971 até aos nossos dias, tendo
também toda a colecção italiana,
assim como diversas edições dos
mais variados países onde Tex foi
publicado, para além de diversas
edições especiais, algumas das
quais, contando inclusive com
a sua participação, como aconteceu
por exemplo na edição portuguesa
de Tex. A fama de Júlio Schneider
ultrapassa as fronteiras brasileiras,
tendo sido citado em diversas
publicações estrangeiras.
Já o Enzo, possui tudo, mas
literalmente tudo o que foi publicado
de Tex na Itália, de Setembro de
1948 até hoje, sendo sem
dúvida alguma o maior
coleccionador italiano de Tex
e automaticamente um dos maiores
do mundo, mesmo não coleccionando
edições internacionais da mítica
personagem italiana! Recentemente
o Enzo comprou por um valor
bem considerável (cerca de
metade do preço do meu
apartamento) todas as páginas
originais da história
comemorativa dos 60 anos de Tex,
desenhada por Civitelli, que
devido a isso, resolveu presenteá-lo
com uma capa inédita para essa
mesma história.
literalmente tudo o que foi publicado
de Tex na Itália, de Setembro de
1948 até hoje, sendo sem
dúvida alguma o maior
coleccionador italiano de Tex
e automaticamente um dos maiores
do mundo, mesmo não coleccionando
edições internacionais da mítica
personagem italiana! Recentemente
o Enzo comprou por um valor
bem considerável (cerca de
metade do preço do meu
apartamento) todas as páginas
originais da história
comemorativa dos 60 anos de Tex,
desenhada por Civitelli, que
devido a isso, resolveu presenteá-lo
com uma capa inédita para essa
mesma história.
Tony 4 – Minha nossa, como tem maluco -
no bom sentido, é claro -, nesse mundo
O Schneider já troquei e-mails com ele...
visto que alguns fãs do ranger andam
insistindo para que eu faça Tex e Kit
Carson ter uma rápida aparição em
Apache – personagem de western de
minha autoria, lançada mensalmente
pela editora As Américas-, mas o Henzo
não tive o prazer de conhecê-lo ou trocar
e-mails com ele. Hmmm... quer dizer
que o Enzo pagou a maior grana só
pra obter os originais da edição
comemorativa dos 60 anos feitas
pelo Civitelle? Caramba... que loucura...
esse Henzo não é fraco não e é um
texíano ferrenho, mesmo (Rsss...).
Fazer o quê, né? Cada louco com
sua mania... e fã é fã... Você mora,
atualmente, em que região
de Portugal?
Claudio Villa, apesar de ser o ilustrador oficial, não faz todas as capas de Tex |
e Portugal, relativamente próximo
ao litoral, entre as cidades de Coimbra
e Aveiro, mais precisamente numa
localidade chamada Malaposta,
pertencente ao concelho de Anadia,
que é a cidade mais próxima e
que tem cerca de 3.000 habitantes,
mas ainda a propósito da minha
localidade, o nome Malaposta provém
de "Antiga diligência do correio;
Carruagem para transporte de pessoas
e correio", um meio de transporte que
Tex e seus pards usam em algumas
aventuras. Mas voltando à localidade
onde resido, ela era a principal
estação ou muda de cavalos na
ligação da cidade de Lisboa para
a cidade do Porto e vice versa.
A origem da Malaposta encontra-se
portanto aí.
Era terra de paragem obrigatória
nas ligações entre o Norte e o
Sul para os viajantes restaurarem
as forças e as bestas serem rendidas.
Tony 5 – É... parece que o seu destino
era mesma o velho Oeste, my friend...
foi morar em Malaposta, um entreposto
que ligava as duas cidades, tal qual
nos oldies times do Oeste selvagem... (Rsss...).
Incrível. Seu Zeca, na verdade,
qual é a sua profissão?
era mesma o velho Oeste, my friend...
foi morar em Malaposta, um entreposto
que ligava as duas cidades, tal qual
nos oldies times do Oeste selvagem... (Rsss...).
Incrível. Seu Zeca, na verdade,
qual é a sua profissão?
Zeca - Trabalho há cerca de 20 anos numa
empresa jovem e dinâmica, fabricante
de todo o tipo de expositores metálicos
para o comércio e indústria, a
Expoluso ...
http://www.expoluso.com
exercendo o cargo de
director de produção.
de todo o tipo de expositores metálicos
para o comércio e indústria, a
Expoluso ...
http://www.expoluso.com
exercendo o cargo de
director de produção.
Tony 6 – Bacana... eu sabia que você
deveria ter uma profissão, só não sabia
qual... agora está tudo esclarecido, visto
que a profissão de colecioandor fanático
ainda não existe... (Rsss...). Já vi algumas
fotos da sua residência onde as paredes
são repletas de quadros do Tex... ou seja,
são desenhos feito pelos artistas
que fazem Tex, autografados, que
você coloca em molduras...
quantos quadros maravilhosos
desses, você tem? Você os
compra dos artistas ou ganha deles?
deveria ter uma profissão, só não sabia
qual... agora está tudo esclarecido, visto
que a profissão de colecioandor fanático
ainda não existe... (Rsss...). Já vi algumas
fotos da sua residência onde as paredes
são repletas de quadros do Tex... ou seja,
são desenhos feito pelos artistas
que fazem Tex, autografados, que
você coloca em molduras...
quantos quadros maravilhosos
desses, você tem? Você os
compra dos artistas ou ganha deles?
Originais de Tex, emoldurados, pelas paredes da residência do Zeca. |
residência parecem mais as paredes
de uma galeria de arte do que as de
uma casa habitacional, já que tenho
expostos cerca de 30 belos desenhos
devidamente emoldurados e já
começam a faltar paredes para pendurar
novos desenhos que volta e meia
vão chegando vindos de muitos dos
desenhadores do staff de Tex e
também de outras personagens
bonellianas que me privilegiam
com a sua amizade (muitos conheço
pessoalmente, outros vou conhecendo
dos contactos devido ao blogue
português do Tex) e sabendo desta
minha particular e especial
colecção acabam por me
surpreender enviando desenhos
originais e exclusivos devidamente
autografados.
Ao todo devo ter um número a
rondar os 50 desenhos originais,
nunca tendo comprado nenhum
e hoje em dia muitos dos
consagrados desenhadores da
Bonelli fazem questão de me
presentearem com desenhos
originais para eu os expor na minha
galeria junto das artes de autores
como Claudio Villa, Fabio
Civitelli, Ivo Milazzo, Alfonso
Font, Corrado Mastantuono,
Lucio Filippucci, Marco
Torricelli e tantos outros…
Mas muitos dos meus amigos
com jeito para o desenho, sabendo
da minha paixão por desenhos de Tex,
também acabam por me oferecer belos
e exclusivos desenhos originais do
Ranger, engrandecendo desse modo
ainda mais a minha colecção e
tornando-a mais valiosa e única
e um dos meus sonhos é um dia
publicar um livro dedicado a Tex
onde publicaria também todos
estes desenhos inéditos e exclusivos
que me vão oferecendo.
com jeito para o desenho, sabendo
da minha paixão por desenhos de Tex,
também acabam por me oferecer belos
e exclusivos desenhos originais do
Ranger, engrandecendo desse modo
ainda mais a minha colecção e
tornando-a mais valiosa e única
e um dos meus sonhos é um dia
publicar um livro dedicado a Tex
onde publicaria também todos
estes desenhos inéditos e exclusivos
que me vão oferecendo.
Com Ferri |
bengala friend, recebe dos
grandes mestres italianos,
grátis, suas artes... que maravilha.
Essa ideia de você publicar um livro
com essas artes é genial.
Tomara que você consiga fazer
isso logo, logo... Sei que você é
casado e tem filhos...
sua esposa não se incomoda por
esta sua louca obsessão por Tex?
Sabe como é... mulher sempre
pega no pé da gente e, em geral,
não entendem essas manias
loucas da gente... (Rsss...).
Zeca - Bem, a minha esposa, a Fátima,
não pode reclamar, porque ela
sabe que antes de eu a conhecer, o
Tex já fazia parte da minha vida (…risos…).
não pode reclamar, porque ela
sabe que antes de eu a conhecer, o
Tex já fazia parte da minha vida (…risos…).
Falando a sério, se hoje tenho a
colecção completa de Tex, devo-o
a ela porque a Fátima sempre me
incentivou a coleccionar e
até mesmo a completar a colecção,
privando-se por vezes de
comprar objectos para ela,
inclusive quando Tex deixou de
vir para Portugal (por volta do
ano 2000) foi ela que me
convenceu a entrar em contacto
com outros leitores brasileiros e
a escrever para a editora em São Paulo.
E quanto às minhas filhas, bem, hoje
em dia elas também gostam do Tex,
pois de tanto conviverem com o
Tex e de me acompanharem a eventos
Texianos realizados em Portugal
e de me ajudarem a limpar e a
manter em ordem a colecção,
posso dizer que são tão Texianas
como eu. Inclusive a Andreia já
leu diversas histórias de Tex (tal
como a mãe) e a pequena Beatriz
tem como passatempo preferido,
pintar desenhos de Tex que eu
imprimo para ela, nunca tendo
ela estragado nenhum exemplar
do Ranger, mesmo estando a
minha colecção à mão de semear,
como aqui dizemos, pois as
minhas filhas sempre foram
educadas para não estragarem
as revistas do pai. Mas voltando à
minha esposa, ela de certo
modo também está muito
agradecida ao Tex, pois muitas
das grandes amigas dela
provêm das minhas amizades
Texianas, ou seja, esposas
e namoradas de outros
coleccionadores de Tex que acabam
se tornando em belas e sinceras
amizades. Mas confesso que não foi
fácil convencê-la de que os
desenhos de Tex ficavam muito
bem nas paredes da nossa casa.
Mas hoje em dia, ela tem mesmo
orgulho deles e ela própria contesta
aqueles que nos visitam pela
primeira vez e que
colocam em dúvida
a minha sanidade (…risos…)
colecção completa de Tex, devo-o
a ela porque a Fátima sempre me
incentivou a coleccionar e
até mesmo a completar a colecção,
privando-se por vezes de
comprar objectos para ela,
inclusive quando Tex deixou de
vir para Portugal (por volta do
ano 2000) foi ela que me
convenceu a entrar em contacto
com outros leitores brasileiros e
a escrever para a editora em São Paulo.
E quanto às minhas filhas, bem, hoje
em dia elas também gostam do Tex,
pois de tanto conviverem com o
Tex e de me acompanharem a eventos
Texianos realizados em Portugal
e de me ajudarem a limpar e a
manter em ordem a colecção,
posso dizer que são tão Texianas
como eu. Inclusive a Andreia já
leu diversas histórias de Tex (tal
como a mãe) e a pequena Beatriz
tem como passatempo preferido,
pintar desenhos de Tex que eu
imprimo para ela, nunca tendo
ela estragado nenhum exemplar
do Ranger, mesmo estando a
minha colecção à mão de semear,
como aqui dizemos, pois as
minhas filhas sempre foram
educadas para não estragarem
as revistas do pai. Mas voltando à
minha esposa, ela de certo
modo também está muito
agradecida ao Tex, pois muitas
das grandes amigas dela
provêm das minhas amizades
Texianas, ou seja, esposas
e namoradas de outros
coleccionadores de Tex que acabam
se tornando em belas e sinceras
amizades. Mas confesso que não foi
fácil convencê-la de que os
desenhos de Tex ficavam muito
bem nas paredes da nossa casa.
Mas hoje em dia, ela tem mesmo
orgulho deles e ela própria contesta
aqueles que nos visitam pela
primeira vez e que
colocam em dúvida
a minha sanidade (…risos…)
Tony 8 – Você é sortudo, mesmo... (Rsss...).
Tive uma mulher que se eu bobeasse
ela tacava fogo em todo meu acervo.
Aliás, eu tive grandes acervos
nacionais e internacionais e como
dizemos aqui no Brasil, “foi tudo pro saco”,
ao longo dos anos, com as
parceiras que não compreendiam
essa minha louca obcessão.
A dona Fátima é 10, como costumamos falar,
e voces tem afinidades, estão de
parabéns. Até suas fillhas já estão
curtindo o ranger. Que bacana.
Agora, essa do pessoal que duvida
da sua sanidade mental,
é ótima... (Rsss...).
O bengala friend Alvarez diz que
a mulher dele fala que colecionar
gibis é coisa de criança... (Rsss...).
Imagino o sufoco que ele passa,
pois vive gastando com Hqs... (Rsss...).
Quando conheci o Blog do Tex, adorei...
e confesso que até hoje não
consegui ver ou ler tudo, tamanho
é o conteúdo que ele apresenta:
entrevistas, fotos, vídeos, etc...
uma loucura. Indago: quando foi
que você começou a fazer este
Blog maravilhoso e por quê?
Tive uma mulher que se eu bobeasse
ela tacava fogo em todo meu acervo.
Aliás, eu tive grandes acervos
nacionais e internacionais e como
dizemos aqui no Brasil, “foi tudo pro saco”,
ao longo dos anos, com as
parceiras que não compreendiam
essa minha louca obcessão.
A dona Fátima é 10, como costumamos falar,
e voces tem afinidades, estão de
parabéns. Até suas fillhas já estão
curtindo o ranger. Que bacana.
Agora, essa do pessoal que duvida
da sua sanidade mental,
é ótima... (Rsss...).
O bengala friend Alvarez diz que
a mulher dele fala que colecionar
gibis é coisa de criança... (Rsss...).
Imagino o sufoco que ele passa,
pois vive gastando com Hqs... (Rsss...).
Quando conheci o Blog do Tex, adorei...
e confesso que até hoje não
consegui ver ou ler tudo, tamanho
é o conteúdo que ele apresenta:
entrevistas, fotos, vídeos, etc...
uma loucura. Indago: quando foi
que você começou a fazer este
Blog maravilhoso e por quê?
Você conta com alguém para ajudar nas
postagens ou faz tudo sozinho?
postagens ou faz tudo sozinho?
Zeca - Antes de mais nada, há que
informar que o blogue do Tex é
uma criação do meu grande amigo
Mário João Marques.
Ele também um grande fã e coleccionador
português do Tex, tendo inclusive
completas também as colecções
brasileiras e italianas.
A ideia nasceu da mente dele em
2006 e foi posta em prática por
ele mesmo em Setembro desse
ano e como necessidade dele
publicar muitos dos textos que
escrevia sobre Tex e as suas
histórias e desse modo dar
a conhecer a outros leitores
esses mesmos textos, divulgando
assim também o herói criado por
G. L. Bonelli e também para
mostrar que mesmo não sendo
Tex publicado em Portugal,
havia muita paixão pelo Ranger
neste pequeno, mas belo país à
beira-mar plantado. Sendo o
Mário um grande amigo e
sabendo do meu conhecimento
sobre Tex e das minhas amizades,
convidou-me a fazer parte deste
seu projecto logo desde o início,
ao que de pronto aceitei com
a condição de fazermos algo muito
a sério, já que Tex para mim é
algo de sagrado e ao entrar
para o projecto era para fazermos
algo de verdadeiramente
grandioso, à altura do Tex e
felizmente com o decorrer
do tempo e com a ajuda e
colaboração de muitos outros
fãs e coleccionadores, tornamo-nos
hoje em dia uma referência
na Internet mundial, destacando-nos
sobretudo pelas interessantes
iniciativas que promovemos.
Como por exemplo as belíssimas
entrevistas aos autores e
desenhadores, para além das
inúmeras novidades que vamos
dando em rigoroso exclusivo,
sobretudo devido à forte amizade
que me liga aos editores Dorival
Vítor Lopes e Sergio Bonelli.
Hoje em dia creio que o blogue
português do Tex se pode bem
resumir em três adjectivos:
informação, credibilidade e paixão.
informar que o blogue do Tex é
uma criação do meu grande amigo
Mário João Marques.
Ele também um grande fã e coleccionador
português do Tex, tendo inclusive
completas também as colecções
brasileiras e italianas.
A ideia nasceu da mente dele em
2006 e foi posta em prática por
ele mesmo em Setembro desse
ano e como necessidade dele
publicar muitos dos textos que
escrevia sobre Tex e as suas
histórias e desse modo dar
a conhecer a outros leitores
esses mesmos textos, divulgando
assim também o herói criado por
G. L. Bonelli e também para
mostrar que mesmo não sendo
Tex publicado em Portugal,
havia muita paixão pelo Ranger
neste pequeno, mas belo país à
beira-mar plantado. Sendo o
Mário um grande amigo e
sabendo do meu conhecimento
sobre Tex e das minhas amizades,
convidou-me a fazer parte deste
seu projecto logo desde o início,
ao que de pronto aceitei com
a condição de fazermos algo muito
a sério, já que Tex para mim é
algo de sagrado e ao entrar
para o projecto era para fazermos
algo de verdadeiramente
grandioso, à altura do Tex e
felizmente com o decorrer
do tempo e com a ajuda e
colaboração de muitos outros
fãs e coleccionadores, tornamo-nos
hoje em dia uma referência
na Internet mundial, destacando-nos
sobretudo pelas interessantes
iniciativas que promovemos.
Como por exemplo as belíssimas
entrevistas aos autores e
desenhadores, para além das
inúmeras novidades que vamos
dando em rigoroso exclusivo,
sobretudo devido à forte amizade
que me liga aos editores Dorival
Vítor Lopes e Sergio Bonelli.
Hoje em dia creio que o blogue
português do Tex se pode bem
resumir em três adjectivos:
informação, credibilidade e paixão.
A nível das postagens, tudo passa somente
por mim a nível de editoração,
já que o Mário Marques infelizmente
não tem tempo disponível para tal,
mas a nível de conteúdo, conto com
a colaboração de muita gente que
me auxilia enviando textos, artigos,
críticas, desenhos, fotos, traduções
e novidades que eu depois só
tenho o trabalho de editar e publicar.
por mim a nível de editoração,
já que o Mário Marques infelizmente
não tem tempo disponível para tal,
mas a nível de conteúdo, conto com
a colaboração de muita gente que
me auxilia enviando textos, artigos,
críticas, desenhos, fotos, traduções
e novidades que eu depois só
tenho o trabalho de editar e publicar.
Tony 9 - Mário Marques, taí um cara bacana...
grande amigo seu, pelo visto, e texmaníaco
também. Se não fosse ele, então, o blog
não teria surgido... interessante.
Sei que você praticamente pertence
a família Bonelli, pois vira e mexe
você tá lá visitando eles na Itália...
quando começaram essas visitas?
Ou seja, em que ano você decidiu
aparecer por lá e qual foi a
receptividade deles?
Civitelle, Zeca e Sergio Bonelli |
Zeca - A minha primeira visita à
Sergio Bonelli Editore ocorreu
em Setembro de 2002 e nasceu de
um convite que recebi do editor
Dorival (a quem estou eternamente
grato) para o acompanhar a ele
a ao tradutor Júlio Schneider
numa visita de cortesia a Sergio
Bonelli. Um convite irrecusável, pois
já dizia a lendária diva da canção
francesa Edith Piaf: "A vida é um
banquete servido para todos.
Tem gente que sabe escolher sempre
as melhores porções, e há aqueles
que se contentam com os ossos.",
ou seja, a vida sempre nos oferece
momentos maravilhosos, nós só
precisamos estar atentos para
aproveitá-los. Conhecer Sergio
Bonelli e realizar o meu sonho de
criança de visitar a casa de Tex
era uma oportunidade que eu
não poderia desperdiçar porque
certamente nunca mais teria
uma oportunidade igual. Chegando
a Milão, onde passei uma semana
fantástica, fui apresentado a
Sergio Bonelli como sendo
o maior coleccionador português
de Tex e como tendo inclusive
a colecção brasileira completa,
o que surpreendeu (e agradou)
Sergio Bonelli, que como
reconhecimento pelo feito, me
presenteou com toda a colecção
italiana do Ranger.
A partir daí fomos trocando
correspondência e telefonemas
e a amizade foi crescendo,
tendo eu depois retornado
algumas outras vezes a Milão,
visitando e fortalecendo os laços
de amizade com Sergio,
seu filho Davide e restantes
colaboradores da editora, já que
sempre fui recebido de uma
forma muito carinhosa por todos
que se mostravam muito
admirados por haver alguém
tão entusiasta de Tex sendo
natural de um país onde
Tex nem sequer era editado.
Milão é a segunda maior cidade italiana. Acima: Duomo. Abaixo: Galleria Vittorio Emanuele |
Tony 10 – De fato, isto é impressionante,
mesmo... pois pelo visto, você já
conhecia Tex, mas só começou
a colecioná-lo graças a Mhythos
que mandava e ainda manda as
revistas para distribuir em Portugal?
OK? Se foi isto, não é a toa que
os Bonellis te adoraram...
Fico aqui imaginando que a
Bonelli editora deve ser uma coisa imensa...
dá pra você descrever pra gente
o tamanho, mais ou menos, dela
e onde está localizada a sede?
Zeca - Errado, Tony. Conheci o Tex no
tempo da Vecchi, pois ela mandava
as edições de Tex para serem
distribuídas por aqui.
Quando a Mythos decidiu lançar
o Tex aí é que a coisa engrossou
para nós os colecionadores
portugueses, pois a nova editora
havia parado de mandar as revistas
aqui para Portugal.
Daí, contatei o Dorival pedindo
para que eles continuasssem a
mandar Tex para cá.
Foi quando ele me pediu ajuda
e passei a representar a
Mythos em meu país.
Tony - Ahhh... agoras as coisas
ficaram claras, grande Zeca. Valeu!
Zeca - Sobre a redacção da Sergio Bonelli
Editore localiza-se num local tranquilo
de uma região nobre de Milão, na Via
Michelangelo Buonarroti, uma rua
charmosa e arborizada, mais
precisamente no mítico número 38.
Trata-se de um edifício habitacional
que foi convertido em Editora no
andar térreo.
No primeiro andar trabalham
cerca de 40 pessoas. No seu interior
não há um único espaço nas
paredes que não esteja preenchido
com maravilhosos desenhos
originais e ilustrações dos
maiores criadores de banda
desenhada do mundo.
A maioria com dedicatórias de
admiração ao conceituado
editor italiano, com destaque
para os enormes corredores
que parecem um autêntico
labirinto, porque o primeiro
andar é a junção de dois apartamentos
já de si grandes, o que dá logo
uma ideia do tamanho da
editora somente neste andar.
Nesses corredores existem
desenhos de artistas do calibre
de Hugo Pratt, Joe Kubert,
Esteban Maroto, Alfonso Font ou
do brasileiro Maurício de Sousa,
todos eles com a finalidade de
homenagear o homem e
a editora Bonelli.
Os corredores, literalmente, fazem
a delícia de qualquer amante do
desenho e são necessárias várias
horas para poder admirar todos eles.
Outro dos grandes destaques
da editora italiana é a biblioteca
pessoal de Sergio Bonelli,
seguramente a maior biblioteca
privada do mundo sobre o velho
Oeste e que serve de consulta
para os seus inúmeros
colaboradores.
Tony 11 – Olha, aposto que todos nós
gostaríamos de ter conhecido tudo isso...
que incrível.
Uma visita dessa, pra quem
gosta de HQs e de Tex, equivale a
conhecer a Disneylândia pela primeira
vez... (Rsss...). Quer dizer que a
tal biblioteca pessoal, tem
tudo sobre o Oeste?
Minha nossa, eu ia adorar ler
esses acervos. Não é a toa que as
HQs do ranger são bem documentadas.
Há desenhistas do Tex que
trabalham dentro da editora,
ou a maioria trabalha em
casa, fazendo free-lancer?
gostaríamos de ter conhecido tudo isso...
que incrível.
Uma visita dessa, pra quem
gosta de HQs e de Tex, equivale a
conhecer a Disneylândia pela primeira
vez... (Rsss...). Quer dizer que a
tal biblioteca pessoal, tem
tudo sobre o Oeste?
Minha nossa, eu ia adorar ler
esses acervos. Não é a toa que as
HQs do ranger são bem documentadas.
Há desenhistas do Tex que
trabalham dentro da editora,
ou a maioria trabalha em
casa, fazendo free-lancer?
Zeca - No total são perto de duzentos
os colaboradores da editora, mas a
maioria trabalha em casa.
Aliás, a nível de desenhadores nenhum
trabalha na editora, a não ser aqueles
que fazem algumas pequenas correcções
finais evitando desse modo que as
páginas tenham que ser corrigidas
pelos autores das mesmas.
Na editora trabalham sobretudo
os redactores e responsáveis de
algumas séries, como por exemplo
Mauro Boselli, Moreno Burattini
ou Alfredo Castelli, para além
obviamente de Sergio Bonelli,
seu filho Davide Bonelli, Decio Canzio
e Mauro Marcheselli,
a cúpula da editora…
os colaboradores da editora, mas a
maioria trabalha em casa.
Aliás, a nível de desenhadores nenhum
trabalha na editora, a não ser aqueles
que fazem algumas pequenas correcções
finais evitando desse modo que as
páginas tenham que ser corrigidas
pelos autores das mesmas.
Na editora trabalham sobretudo
os redactores e responsáveis de
algumas séries, como por exemplo
Mauro Boselli, Moreno Burattini
ou Alfredo Castelli, para além
obviamente de Sergio Bonelli,
seu filho Davide Bonelli, Decio Canzio
e Mauro Marcheselli,
a cúpula da editora…
Tony 11 – Entendi... a empresa tem um
“esquema enxuto de tabalho”, como
dizemos por aqui. Além do mais manter
um staff de desenhista deste nível
custaria uma fortuna, obviamente.
Trabalham de uma forma racional.
Como são os depósitos da editora
Bonelli? Imagino que
sejam imensos...
“esquema enxuto de tabalho”, como
dizemos por aqui. Além do mais manter
um staff de desenhista deste nível
custaria uma fortuna, obviamente.
Trabalham de uma forma racional.
Como são os depósitos da editora
Bonelli? Imagino que
sejam imensos...
Com Julio SChneider, Civitelle e Dorival, da Mythos, à direita. |
Zeca - O depósito das revistas da Sergio
Bonelli Editore, situa-se em Turate,
província de Como, cerca de 40
quilómetros a norte de Milão.
Trata-se de um armazém com
cerca de dez mil metros quadrados,
que visitei em Setembro de 2002
na companhia do Dorival e do Júlio
Schneider e tendo como cicerones
Davide Bonelli e Giulio Terzaghi.
É também no depósito de Turate
que se situa o sector de Vendas de
Números Atrasados.
Mas falando propriamente do
depósito, não podemos deixar de
nos surpreender com a enorme
quantidade de revistas que ali
se encontram, centenas de milhares
de exemplares que fazem a delícia
de quem tenha a felicidade de ali entrar.
Todos muito bem acondicionados
em estantes e prateleiras de metal,
assim como em inúmeras paletes
de madeira que guardam exemplares
de todas as revistas publicadas pela
Sergio Bonelli Editore desde os
seus primórdios.
Apesar da sua grandiosidade, o
depósito também impressiona pela
organização e limpeza.
Dez mil metros quadrados e
milhões de revistas, sem o mínimo exagero:
estivemos lá por duas horas, mas a
nossa vontade era ficar no mínimo
dois dias, e mesmo assim não
veríamos tudo, com toda a certeza.
Ali estão separados 300 exemplares
de cada número, de todas as edições
produzidas pela Editora até hoje.
Exemplares esses que, guardados
em estantes totalmente vedadas,
para ninguém poder retirar
um único exemplar, representam
uma verdadeira “reserva histórica”
e não estão à venda, em hipótese alguma.
No depósito estão inclusive todas as
edições estrangeiras das
personagens Bonellianas que foram
editadas nos respectivos países
com autorização da Sergio Bonelli
Editore. Logicamente está lá também
a colecção brasileira completa de
Tex, completamente nova,
tendo a seu lado todas as colecções
das demais personagens
Bonellianas editadas no Brasil.
Outra particularidade é que hoje
em dia, praticamente tudo que
a editora publicou nas últimas
duas décadas está ainda
disponível para venda, um caso
único entre as inúmeras editoras
de Banda Desenhada que existem
no mundo! Por fim é no depósito
de Turate que se encontra também
a denominada Sala do Tesouro:
um local totalmente estanque e
trancado a sete chaves, com
temperatura e humidade do ar
controlados, que guarda milhares
de páginas de artes originais de
quase todos os artistas que
trabalharam para a Sergio Bonelli
Editore ao longo das décadas.
Ali também se encontram muitas
das artes das capas originais das
revistas para além dos fotolitos
originais que foram para a gráfica,
hoje utilizados para fazer as reedições.
Tony 12 – Que organização fantástica você
descreveu... isto deveria seguir de
modelo aos depósitos dos editores
tupinquins que em geral são bagunçados,
exceto os dos grandes editores, é óbvio.
Essa sala dos origianais que você
citou também é impressionante...
com certeza, ali há um grande
tesouro artístico, que um dia vai
valer uma fortuna. Você se lembra
exatamente de quantas vezes
já esteve na editora italiana?
descreveu... isto deveria seguir de
modelo aos depósitos dos editores
tupinquins que em geral são bagunçados,
exceto os dos grandes editores, é óbvio.
Essa sala dos origianais que você
citou também é impressionante...
com certeza, ali há um grande
tesouro artístico, que um dia vai
valer uma fortuna. Você se lembra
exatamente de quantas vezes
já esteve na editora italiana?
Zeca - Se a memória não me atraiçoa
para além da visita inicial em 2002,
estive também em 2006 quando
viajei novamente na companhia
do editor Dorival, numa viagem
começada na Holanda onde fomos
buscar a Fernanda Martins, uma
grande fã e coleccionadora
brasileira de Tex, para nos
acompanhar na visita
à editora milanesa.
Em 2008 quando fui apresentar a
editora ao pard Mário Marques,
em 2009 novamente na companhia
do editor Dorival e de Júlio Shneider,
tal como aquando da nossa primeira
vez e por fim, em 2010 quando
viajei com os pards portugueses
Mário Marques, Carlos Moreira
e Hernâni Portovedo, sendo
provável que em 2011
retorne uma vez mais a Milão.
para além da visita inicial em 2002,
estive também em 2006 quando
viajei novamente na companhia
do editor Dorival, numa viagem
começada na Holanda onde fomos
buscar a Fernanda Martins, uma
grande fã e coleccionadora
brasileira de Tex, para nos
acompanhar na visita
à editora milanesa.
Em 2008 quando fui apresentar a
editora ao pard Mário Marques,
em 2009 novamente na companhia
do editor Dorival e de Júlio Shneider,
tal como aquando da nossa primeira
vez e por fim, em 2010 quando
viajei com os pards portugueses
Mário Marques, Carlos Moreira
e Hernâni Portovedo, sendo
provável que em 2011
retorne uma vez mais a Milão.
Tony 13 – Maravilha... como costumamos
dizer por aqui, você praticamente
virou freguês... ou melhor, da família (Rsss...).
O que me impressionou no seu
relato é saber que há mulheres
que também curtem o ranger.
Muito legal... Atualmente, quantas
edições de Tex são
lançadas na Itália, você sabe?
dizer por aqui, você praticamente
virou freguês... ou melhor, da família (Rsss...).
O que me impressionou no seu
relato é saber que há mulheres
que também curtem o ranger.
Muito legal... Atualmente, quantas
edições de Tex são
lançadas na Itália, você sabe?
Zeca - A Sergio Bonelli Editore publica
anualmente 15 edições com histórias
inéditas de Tex, distribuídas da
seguinte forma: 12 Tex’s regulares
com periodicidade mensal, 1 Tex
Gigante, 1 Maxi Tex e 1 Almanaque,
todos estes com periodicidade anual.
Mas provando que Tex ainda tem
um grande filão a explorar, está
previsto o nascimento de uma
nova série em 2011 que irá fazer
certamente muito furor, mas
da qual ainda não estou autorizado
a divulgar mais informações.
A nível de reimpressões, Tex tem na
SBE muitas edições que reeditam
a colecção principal em várias fases:
Tex Tre Stelle e Tutto Tex, ambas
com periodicidade mensal e
Tex Nuova Ristampa, esta quinzenal
e com a vantagem de trazer em
todas as edições um mini-póster
inédito da autoria de Claudio Villa.
Também está a ser reeditada a série
Tex Gigante com o novo título
Tex Stella D’Oro e com cadência
semestral. Mas o grande êxito
no momento tem sido a Collezione
Storica a Colori (Colecção Histórica
a Cores), a iniciativa, lançada
em Fevereiro de 2007 em associação
com o “La Repubblica” e o “L’espresso”,
que repropõe as aventuras de Tex,
pela primeira vez integralmente
em “technicolor” e que continua
a ser um sucesso extraordinário,
como bem atestam ainda os cerca
de 70.000 exemplares vendidos
todas as semanas e que estando
inicialmente prevista para ter
50 números já ultrapassou os 200.
anualmente 15 edições com histórias
inéditas de Tex, distribuídas da
seguinte forma: 12 Tex’s regulares
com periodicidade mensal, 1 Tex
Gigante, 1 Maxi Tex e 1 Almanaque,
todos estes com periodicidade anual.
Mas provando que Tex ainda tem
um grande filão a explorar, está
previsto o nascimento de uma
nova série em 2011 que irá fazer
certamente muito furor, mas
da qual ainda não estou autorizado
a divulgar mais informações.
A nível de reimpressões, Tex tem na
SBE muitas edições que reeditam
a colecção principal em várias fases:
Tex Tre Stelle e Tutto Tex, ambas
com periodicidade mensal e
Tex Nuova Ristampa, esta quinzenal
e com a vantagem de trazer em
todas as edições um mini-póster
inédito da autoria de Claudio Villa.
Também está a ser reeditada a série
Tex Gigante com o novo título
Tex Stella D’Oro e com cadência
semestral. Mas o grande êxito
no momento tem sido a Collezione
Storica a Colori (Colecção Histórica
a Cores), a iniciativa, lançada
em Fevereiro de 2007 em associação
com o “La Repubblica” e o “L’espresso”,
que repropõe as aventuras de Tex,
pela primeira vez integralmente
em “technicolor” e que continua
a ser um sucesso extraordinário,
como bem atestam ainda os cerca
de 70.000 exemplares vendidos
todas as semanas e que estando
inicialmente prevista para ter
50 números já ultrapassou os 200.
Tony – Uau! Maravilha...
Zeca - Anualmente a editora Mondadori
também dedica três edições a
Tex reeditando histórias completas
e seleccionadas: uma luxuosa e
colorida em formato gigante
com capa cartonada e duas outras
no formato tradicional e que se
integram nas colecções
SuperMito e Oscar BestSellers.
também dedica três edições a
Tex reeditando histórias completas
e seleccionadas: uma luxuosa e
colorida em formato gigante
com capa cartonada e duas outras
no formato tradicional e que se
integram nas colecções
SuperMito e Oscar BestSellers.
Tony 14 – Setenta mil exemplares... caramba,
muito editor brasileiro, atualmente,
teria um enfarto se conseguisse
vender 50% disso, aqui no Brasil.
De fato, pelo número de títulos
publicados pela Bonelli e os
demais editores, o povo italiano
ama e devora Tex. É incrível.
O interessante é que os americanos
deixaram de lado o seu folclore
e passaram a empestear o mundo
de super-heróis. Se não fossem
os italianos os bang-bangs teriam
morrido há muito tempo.
Tanto no cinema como nos
quadrinhos. Viva a Itália! (Rsss...).
Você tem idéia de quais
são as tiragens,
em média, dessas edições?
muito editor brasileiro, atualmente,
teria um enfarto se conseguisse
vender 50% disso, aqui no Brasil.
De fato, pelo número de títulos
publicados pela Bonelli e os
demais editores, o povo italiano
ama e devora Tex. É incrível.
O interessante é que os americanos
deixaram de lado o seu folclore
e passaram a empestear o mundo
de super-heróis. Se não fossem
os italianos os bang-bangs teriam
morrido há muito tempo.
Tanto no cinema como nos
quadrinhos. Viva a Itália! (Rsss...).
Você tem idéia de quais
são as tiragens,
em média, dessas edições?
Zeca - Números oficiais não existem, ou melhor,
não são divulgados. Mas há a noção de
que a série regular de Tex vende
actualmente entre 220 a 230 mil
exemplares por mês, um número
que decresce anualmente
mas que ainda é muito considerável.
A nível das reedições a série
colorida chegou a ultrapassar
as 200 mil cópias vendidas, para
se situar agora nuns ainda
impressionantes 70 mil exemplares
por semana, enquanto
Tex Nuova Ristampa vende cerca
de 50 mil cópias a cada 15 dias.
não são divulgados. Mas há a noção de
que a série regular de Tex vende
actualmente entre 220 a 230 mil
exemplares por mês, um número
que decresce anualmente
mas que ainda é muito considerável.
A nível das reedições a série
colorida chegou a ultrapassar
as 200 mil cópias vendidas, para
se situar agora nuns ainda
impressionantes 70 mil exemplares
por semana, enquanto
Tex Nuova Ristampa vende cerca
de 50 mil cópias a cada 15 dias.
Tony 15 – Setenta mil semanal?
Um número impressionante.
Muitos editores e também
meu editor, Marco Antonio
Faceto e o Fabiano, da editora
As Américas – empresa que
publica Apache, no Brasil -,
ia ter um orgasmo... (Rsss...).
Aliás, eu também ia ficar feliz, Zeca...
de ilusão também se vive... (Rsss...).
Com o advento da WEB a vendas
das BDs, em todo o mundo, despencaram,
e obviamente isto também deve
ter acontecido com as vendas do
nosso querido ranger.
Você saberia me dizer, quanto vendia
Tex, no passado, e quanto ele
vende hoje, na Itália?
Um número impressionante.
Muitos editores e também
meu editor, Marco Antonio
Faceto e o Fabiano, da editora
As Américas – empresa que
publica Apache, no Brasil -,
ia ter um orgasmo... (Rsss...).
Apache, uma publicação mensal da editora As Américas Ltda |
de ilusão também se vive... (Rsss...).
Com o advento da WEB a vendas
das BDs, em todo o mundo, despencaram,
e obviamente isto também deve
ter acontecido com as vendas do
nosso querido ranger.
Você saberia me dizer, quanto vendia
Tex, no passado, e quanto ele
vende hoje, na Itália?
Zeca - Na fase áurea de Tex, na década
de 70, a série principal do Ranger
chegou a vender na Itália cerca de
1 milhão de exemplares por mês.
Esse número tem decrescido
ao longo dos anos, um fenómeno
que tem acontecido um pouco por
todo o mundo no que à banda
desenhada diz respeito, mas Tex
continua a ter uma saúde
invejável e que o torna seguramente
numas das personagens mais
vendidas no mundo, isto porque
somando todas as séries de Tex
que se publicam em Itália, o Ranger
ainda consegue vender a
astronómica cifra de mais de 7
milhões de exemplares a cada novo
ano, tudo isto sem apelo ao
merchandising.
de 70, a série principal do Ranger
chegou a vender na Itália cerca de
1 milhão de exemplares por mês.
Esse número tem decrescido
ao longo dos anos, um fenómeno
que tem acontecido um pouco por
todo o mundo no que à banda
desenhada diz respeito, mas Tex
continua a ter uma saúde
invejável e que o torna seguramente
numas das personagens mais
vendidas no mundo, isto porque
somando todas as séries de Tex
que se publicam em Itália, o Ranger
ainda consegue vender a
astronómica cifra de mais de 7
milhões de exemplares a cada novo
ano, tudo isto sem apelo ao
merchandising.
Tony 16 – Sete milhões anualmente?
É muito pra cabeça... que coisa de
maluco. Trata-se de um fenômeno
de venda, mesmo... não há escola
de marketing do mundo que
possa explicar o carisma de Tex,
com certeza...
No Brasil, nos aureos tempos a
Vecchi chegou a vender cerca
de 150 mil exemplares, que era
uma puta venda... hoje as vendas
cairam bastante, também por aqui...
A maioria dos leitores sabem que
a Mythos imprime Tex e manda
os exemplares para serem
distribuídos em Portugal... por
que você acha que os editores
portugueses demoraram
tanto para lançar o ranger?
Zeca - Tex existe em Portugal desde 1971,
ou seja, desde que saiu o número 1
pela Editora Vecchi.
Aliás, na capa dessa lendária edição
pode-se ver o preço para Portugal,
ou seja, as diversas editoras de Tex
no Brasil sempre tiveram o cuidado
de enviar as revistas do Ranger
para Portugal, embora alguns
números por algum motivo nunca
chegassem a vir para cá, dificultando
desse modo a vida aos coleccionadores
portugueses.
Quanto ao facto de Tex nunca
ter sido publicado regularmente
em Portugal, creio que foi por ter
vindo sempre do Brasil e por
talvez nenhum editor português
considerasse que tivesse um número
suficiente de leitores em Portugal
para se auto-sustentar.
ou seja, desde que saiu o número 1
pela Editora Vecchi.
Aliás, na capa dessa lendária edição
pode-se ver o preço para Portugal,
ou seja, as diversas editoras de Tex
no Brasil sempre tiveram o cuidado
de enviar as revistas do Ranger
para Portugal, embora alguns
números por algum motivo nunca
chegassem a vir para cá, dificultando
desse modo a vida aos coleccionadores
portugueses.
Quanto ao facto de Tex nunca
ter sido publicado regularmente
em Portugal, creio que foi por ter
vindo sempre do Brasil e por
talvez nenhum editor português
considerasse que tivesse um número
suficiente de leitores em Portugal
para se auto-sustentar.
Tony 17 – Os editores portugueses, pelo
visto, bobearam e os brasileiros
foram aí “invadir a sua praia”,
em busca de mais faturamento, cowboy...
Também sei que já há algum tempo
uma editora lusitana decidiu investir
no Tex e começou a lançar as revistas
dele em seu país. Confere?
Qual é o nome da editora?
Há quanto tempo eles estão
lançando o Tex e quais
são as tiragens?
visto, bobearam e os brasileiros
foram aí “invadir a sua praia”,
em busca de mais faturamento, cowboy...
Também sei que já há algum tempo
uma editora lusitana decidiu investir
no Tex e começou a lançar as revistas
dele em seu país. Confere?
Qual é o nome da editora?
Há quanto tempo eles estão
lançando o Tex e quais
são as tiragens?
Zeca - Nunca houve nenhuma editora
portuguesa a publicar o Tex, pois
Tex teve apenas uma edição portuguesa,
uma edição especial lançada em 2005:
o volume nº 8 da 2ª Série dos Clássicos
da BD, rebaptizada com o nome
"Colecção BD Série Ouro", uma
iniciativa do jornal Correio da
Manhã, que contou com a minha
colaboração e que trouxe
a história (colorida)
“Tex contra Mefisto”.
portuguesa a publicar o Tex, pois
Tex teve apenas uma edição portuguesa,
uma edição especial lançada em 2005:
o volume nº 8 da 2ª Série dos Clássicos
da BD, rebaptizada com o nome
"Colecção BD Série Ouro", uma
iniciativa do jornal Correio da
Manhã, que contou com a minha
colaboração e que trouxe
a história (colorida)
“Tex contra Mefisto”.
Tex foi mas é, como disse antes,
distribuído em Portugal desde 1971
até hoje, passando por inúmeras
distribuidoras ao longo dos anos,
visando sobretudo melhorar a
caótica distribuição, sendo no
presente a Logista Publicações a
empresa que distribui Tex e as
restantes revistas da
Mythos Editora,
no território português.
distribuído em Portugal desde 1971
até hoje, passando por inúmeras
distribuidoras ao longo dos anos,
visando sobretudo melhorar a
caótica distribuição, sendo no
presente a Logista Publicações a
empresa que distribui Tex e as
restantes revistas da
Mythos Editora,
no território português.
Tony 18 - Tex contra Mefisto é uma HQ genial.
Como eu perguntei, antes, por que
ninguém nunca ousou lançar
Tex em Portugal? (Rsss...).
Cara, eu estava, como pôde
observar, mal informado.
Eu nãos sabia disso... pensava que
algum editor lusitano tinha se
aventurado a lançar o ranger.
Uma vez conheci um colecioandor
brasileiro que tinha uma edição
portuguesa do ranger... daí pensei
que ela fosse regular e que algum
editor lusitano, de fato, decidira
investir no cowboy. Me enganei
redondamente. Mas, valeu, pelo
esclarecimento... Quer dizer
que só o jornal português soltou
uma única edição, com a sua
colaboração... meu caro bengla
friend, de além mar, esses editores
da sua terra tão piores do que
os nossos... ô loco! Que falta de
visão comercial, de espírito empreendedor.
E tem gente que ainda pixa os
nossos editores. Voltando ao papo,
a crise mundial afetou geral mas,
obviamente, os países da Europa
sentiram muito mais os efeitos
dela do que nós aqui no Brasil.
Ciente de que o mercado
português há anos já vinha
sofrendo baixas nas vendas
e que muitas empresas editoriais
tradicionais acabaram fechando
suas portas, gerando desemprego,
fico aqui imaginando como é que
anda o mercado editorial português,
nos últimos 2 anos...
vendas baixíssimas, suponho?
Como eu perguntei, antes, por que
ninguém nunca ousou lançar
Tex em Portugal? (Rsss...).
Cara, eu estava, como pôde
observar, mal informado.
Eu nãos sabia disso... pensava que
algum editor lusitano tinha se
aventurado a lançar o ranger.
Uma vez conheci um colecioandor
brasileiro que tinha uma edição
portuguesa do ranger... daí pensei
que ela fosse regular e que algum
editor lusitano, de fato, decidira
investir no cowboy. Me enganei
redondamente. Mas, valeu, pelo
esclarecimento... Quer dizer
que só o jornal português soltou
uma única edição, com a sua
colaboração... meu caro bengla
friend, de além mar, esses editores
da sua terra tão piores do que
os nossos... ô loco! Que falta de
visão comercial, de espírito empreendedor.
E tem gente que ainda pixa os
nossos editores. Voltando ao papo,
a crise mundial afetou geral mas,
obviamente, os países da Europa
sentiram muito mais os efeitos
dela do que nós aqui no Brasil.
Ciente de que o mercado
português há anos já vinha
sofrendo baixas nas vendas
e que muitas empresas editoriais
tradicionais acabaram fechando
suas portas, gerando desemprego,
fico aqui imaginando como é que
anda o mercado editorial português,
nos últimos 2 anos...
vendas baixíssimas, suponho?
Zeca - A BD popular, aquela onde
se integra Tex, quase que não existe
mais em Portugal, pois hoje em
dia nos quiosques (bancas
de jornais) portugueses praticamente
só temos as revistas oriundas
do Brasil, as enviadas pela
Mythos e pela Panini e certamente
com resultados, a nível de vendas,
muito modestos.
Já quanto à banda desenhada mais
luxuosa, aquela com venda em
livrarias, essa continua presente
em Portugal, sobretudo por
intermédio da ASA que recentemente
com a “aquisição” de Tintin, reforçou
a liderança nacional no segmento
da banda desenhada. Astérix, Gaston
Lagaffe, Corto Maltese, Blake e
Mortimer e Lucky Luke são alguns
dos heróis presentes no catálogo
da prestigiada editora portuguesa,
mas o que tem valido aos apreciadores
portugueses de banda desenhada
tem sido a colaboração da ASA
com o jornal “Público”, que
tem permitido a publicação de
inúmeros lançamentos (Alix, Gaston
Lagaffe, Lucky Luke) a preços
bastantes atractivos.
Para além disso, somente alguns
lançamentos esporádicos de outras
editoras menores como são o
caso da Devir ou da Kingpin Books,
mas parece que 2011 trará boas
novidades segundo rumores
ouvidos recentemente.
se integra Tex, quase que não existe
mais em Portugal, pois hoje em
dia nos quiosques (bancas
de jornais) portugueses praticamente
só temos as revistas oriundas
do Brasil, as enviadas pela
Mythos e pela Panini e certamente
com resultados, a nível de vendas,
muito modestos.
Já quanto à banda desenhada mais
luxuosa, aquela com venda em
livrarias, essa continua presente
em Portugal, sobretudo por
intermédio da ASA que recentemente
com a “aquisição” de Tintin, reforçou
a liderança nacional no segmento
da banda desenhada. Astérix, Gaston
Lagaffe, Corto Maltese, Blake e
Mortimer e Lucky Luke são alguns
dos heróis presentes no catálogo
da prestigiada editora portuguesa,
mas o que tem valido aos apreciadores
portugueses de banda desenhada
tem sido a colaboração da ASA
com o jornal “Público”, que
tem permitido a publicação de
inúmeros lançamentos (Alix, Gaston
Lagaffe, Lucky Luke) a preços
bastantes atractivos.
Para além disso, somente alguns
lançamentos esporádicos de outras
editoras menores como são o
caso da Devir ou da Kingpin Books,
mas parece que 2011 trará boas
novidades segundo rumores
ouvidos recentemente.
Blueberry uma espetacular criação de Jean Giraud (Moebius) |
Tony 20 – Grande editora Asa... tenho
algumas belas edições dela de Blueberry,
o cowboy do Jean Giraud (Moebius),
que eu também adoro...
Que os deuses das HQs te ouçam,
Zeca Willer... e que o mercado
de além-mar volte a crescer...
A verdadeira Ciranda que o
Civitelli andou fazendo por diversos
países, com certeza, faz parte de
um plano de marketing da família Bonelli –
ou de alguém -, para reavivar a
imagem do nosso velho cowboy,
nos países que publicam o ranger.
Você, que acompanhou o Civitelli
nessa ciranda, pode nos dizer
quantos países foram
visitados, por voces?
Zeca - Fabio Civitelli esteve por 3 vezes
em Portugal num curto espaço de tempo.
Todas elas por iniciativas de convites
oriundos dos principais eventos
relacionados à BD em Portugal
(Salão de Moura em 2007, Festival
da Amadora em 2008 e Festival
de Beja em 2010) depois de
sugestões minhas e nunca por
iniciativa da própria editora
Bonelli pelo que não se pode
considerar como fazendo
parte de nenhum plano de marketing
da família Bonelli, pois a haver
um plano teria que ser meu (…risos…)
em Portugal num curto espaço de tempo.
Todas elas por iniciativas de convites
oriundos dos principais eventos
relacionados à BD em Portugal
(Salão de Moura em 2007, Festival
da Amadora em 2008 e Festival
de Beja em 2010) depois de
sugestões minhas e nunca por
iniciativa da própria editora
Bonelli pelo que não se pode
considerar como fazendo
parte de nenhum plano de marketing
da família Bonelli, pois a haver
um plano teria que ser meu (…risos…)
Quanto à sua presença no Brasil,
onde tive o prazer de também o
acompanhar, aconteceu o mesmo,
ou seja, foi uma iniciativa da Mythos
Editora na pessoa do seu editor
Dorival, visando sobretudo dar um
merecido prémio a todos os fãs
brasileiros de Tex e de Civitelli,
lançando para isso duas edições
especiais dedicadas
ao autor italiano.
onde tive o prazer de também o
acompanhar, aconteceu o mesmo,
ou seja, foi uma iniciativa da Mythos
Editora na pessoa do seu editor
Dorival, visando sobretudo dar um
merecido prémio a todos os fãs
brasileiros de Tex e de Civitelli,
lançando para isso duas edições
especiais dedicadas
ao autor italiano.
Sei que Fabio Civitelli também
esteve presente em eventos
ocorridos na Suiça e na Croácia,
também esses devido ao facto
de ter sido convidado pelas
respectivas organizações, mas
infelizmente não tive o prazer
de o acompanhar nessas ocasiões.
esteve presente em eventos
ocorridos na Suiça e na Croácia,
também esses devido ao facto
de ter sido convidado pelas
respectivas organizações, mas
infelizmente não tive o prazer
de o acompanhar nessas ocasiões.
Desse modo, Civitelli tem-se
tornado um verdadeiro embaixador
de Tex a nível mundial, mas
sobretudo devido à sua grande
qualidade e popularidade
que o tornam
num dos autores mais requisitados.
tornado um verdadeiro embaixador
de Tex a nível mundial, mas
sobretudo devido à sua grande
qualidade e popularidade
que o tornam
num dos autores mais requisitados.
A espetacular arte de Civitelle |
não são bobos e acertaram em cheio
convidando o Civitelli e com isso
divulgando o ranger... não deixa
de ser uma grande estratégia de
marketing, mesmo sem a participação
direta dos Bonellis... admita (Rsss...).
Achei a jogada genial, pois, além
de agradar os fãs esse tipo de
coisa também faz reavivar a chama
do personagem, atrai novos leitores,
chama a atenção da mídia... você,
Zeca, pelo visto nasceu também
com o dom do marketing nas veias...
parabéns e o Dorival, da Mythos,
é um homem de visão comercial.
Você foi remunerado pela Mythos
ou pela editora italiana, para vir
ao Brasil e ser o tradutor oficial
do Fabio Civitelli?
Zeca - Assim que Civitelli aceitou o convite
para ir ao Brasil o Dorival de pronto
me convidou para também participar
do Fest Comix, pois ele sabe da minha
amizade e admiração pelo Civitelli
e da minha paixão pelo Brasil.
para ir ao Brasil o Dorival de pronto
me convidou para também participar
do Fest Comix, pois ele sabe da minha
amizade e admiração pelo Civitelli
e da minha paixão pelo Brasil.
Tony – Legal...
Zeca - Então eu fui mesmo na condição
de colaborador da Mythos, mas não
para ser tradutor, até porque não
tenho competência para tal, já que
nunca estudei a língua italiana e
o pouco italiano que sei, aprendi
lendo Tex e falando com
alguns amigos oriundos da Itália.
de colaborador da Mythos, mas não
para ser tradutor, até porque não
tenho competência para tal, já que
nunca estudei a língua italiana e
o pouco italiano que sei, aprendi
lendo Tex e falando com
alguns amigos oriundos da Itália.
Tony - Sabe, sempre achei que através
dos gibis e da música dá pra se
aprender idiomas. Aprendi inglês
comprando as revistas da Gold Key –
extinta editora americana.
Eu comprava as revistas num
importador aqui do Brasil.
Eu as comprava, traduzia...
usando um dicionário, meses
depois as edições eram
lançadas pela EBAL (editora
Brasil-América, do saudoso
Adolfo Aizen), daí eu compararava
a minha tradução com a
tradução feita pela editora.
Aprendi muito por esse método
e através de músicas.
dos gibis e da música dá pra se
aprender idiomas. Aprendi inglês
comprando as revistas da Gold Key –
extinta editora americana.
Eu comprava as revistas num
importador aqui do Brasil.
Eu as comprava, traduzia...
usando um dicionário, meses
depois as edições eram
lançadas pela EBAL (editora
Brasil-América, do saudoso
Adolfo Aizen), daí eu compararava
a minha tradução com a
tradução feita pela editora.
Aprendi muito por esse método
e através de músicas.
Zeca - Se no Fest Comix acabei fazendo,
não muito bem, a função de tradutor
do Civitelli, isso deveu-se a um
improviso de última hora
motivado pelo atraso do Júlio
Schneider; ele sim,
um tradutor oficial.
não muito bem, a função de tradutor
do Civitelli, isso deveu-se a um
improviso de última hora
motivado pelo atraso do Júlio
Schneider; ele sim,
um tradutor oficial.
à direita Civitelle. Dom Alvarez, Membro Oficial da Milenar Confraria
dos Bengalas Boys, veio à São Paulo, na FestComix, especialmente
para conhecer Zeca Willer e o mestre Fábio Civitelle
Cenas da FestComix na cidade de São Paulo |
Tony 22 – Que bacana, você fez a coisa
por pura paixão. Não recebeu qualquer
remuneração... maravilhoso.
Aliás, a viagem ao Brasil para
participar do evento já foi uma
maravilhosa forma de “pagamento”,
digamos assim... Mas, ao meu ver,
você se saiu muito bem como
intérprete e fez o público
que estava presente
interargir com o mestre Civitelle.
Valeu.
por pura paixão. Não recebeu qualquer
remuneração... maravilhoso.
Aliás, a viagem ao Brasil para
participar do evento já foi uma
maravilhosa forma de “pagamento”,
digamos assim... Mas, ao meu ver,
você se saiu muito bem como
intérprete e fez o público
que estava presente
interargir com o mestre Civitelle.
Valeu.
Bola pra frente... Meus queridos e velhos
amigos, Marcos e Dolores Maldonado,
também estiveram no evento sobre
BDs em seu país, onde também
o mestre Civitelli esteve presente.
Diga-nos, como foi esse evento?
Teve boa repercussão entre a
imprensa local e os fãs do cowboy?
amigos, Marcos e Dolores Maldonado,
também estiveram no evento sobre
BDs em seu país, onde também
o mestre Civitelli esteve presente.
Diga-nos, como foi esse evento?
Teve boa repercussão entre a
imprensa local e os fãs do cowboy?
Com os lendários letristas Marcos e Dolores Maldonado |
e sua esposa Dolores, tal como o editor
Dorival Vítor Lopes, estiveram
presentes no VI Festival Internacional
de Banda Desenhada de Beja.
Um evento que uma vez mais juntou
autores consagrados e talentos
emergentes onde para além das
inúmeras exposições houve ainda
lugar para a apresentação de
projectos, conferências, espectáculos,
lançamento de livros, sessões de
autógrafos, sessões de
cinema, workshops, etc.
Foi um Festival eclético, virado
para todos os públicos, que mostrou
muitas das orientações que se
fazem sentir no campo da banda
desenhada contemporânea e onde
estiveram representados 14 países e
mais de 70 autores, com destaque
sobretudo para as presenças de
Fabio Civitelli e de Hermann.
No que a Tex diz respeito, como
em 2010 se comemoravam os vinte
e cinco anos de carreira de Fabio
Civitelli a desenhar Tex, foi
decidido realizar uma mostra
com páginas originais de diversas
histórias do Ranger, dedicada
precisamente a esses 25 anos de
Civitelli a desenhar Tex, de
modo a se poder ver na exposição
a evolução de Civitelli
(e do próprio Tex) ao longo do
quarto de século de trabalho
do artista com Tex Willer.
para todos os públicos, que mostrou
muitas das orientações que se
fazem sentir no campo da banda
desenhada contemporânea e onde
estiveram representados 14 países e
mais de 70 autores, com destaque
sobretudo para as presenças de
Fabio Civitelli e de Hermann.
No que a Tex diz respeito, como
em 2010 se comemoravam os vinte
e cinco anos de carreira de Fabio
Civitelli a desenhar Tex, foi
decidido realizar uma mostra
com páginas originais de diversas
histórias do Ranger, dedicada
precisamente a esses 25 anos de
Civitelli a desenhar Tex, de
modo a se poder ver na exposição
a evolução de Civitelli
(e do próprio Tex) ao longo do
quarto de século de trabalho
do artista com Tex Willer.
A presença de Civitelli e da sua
exposição, foi um êxito absoluto,
tendo sido um dos autores mais
requisitados pelo público presente
e pela imprensa, assim como tendo
sido a sua exposição uma das mais
visitadas. O êxito no que aos fãs de
Tex diz respeito foi tão grande,
que compareceram diversos
admiradores vindos de todo o
Portugal, assim como também
do estrangeiro, casos dos visitantes
brasileiros, mas também
entusiastas da própria Itália
que resolveram inclusive
homenagear o consagrado
desenhador, entregando-lhe um
troféu em vidro, uma bonita peça
idealizada com um desenho fora
do vulgar, onde constava a
efeméride assim como o famoso
logótipo de Tex, ou seja, a
sua empatia com o público
português foi maravilhosa e não
será esquecida facilmente por
aqueles que visitaram
o Festival de Beja.
exposição, foi um êxito absoluto,
tendo sido um dos autores mais
requisitados pelo público presente
e pela imprensa, assim como tendo
sido a sua exposição uma das mais
visitadas. O êxito no que aos fãs de
Tex diz respeito foi tão grande,
que compareceram diversos
admiradores vindos de todo o
Portugal, assim como também
do estrangeiro, casos dos visitantes
brasileiros, mas também
entusiastas da própria Itália
que resolveram inclusive
homenagear o consagrado
desenhador, entregando-lhe um
troféu em vidro, uma bonita peça
idealizada com um desenho fora
do vulgar, onde constava a
efeméride assim como o famoso
logótipo de Tex, ou seja, a
sua empatia com o público
português foi maravilhosa e não
será esquecida facilmente por
aqueles que visitaram
o Festival de Beja.
No que à imprensa portuguesa diz
respeito a passagem de Civitelli e
de Tex por Beja foi alvo de diversas
notícias nos principais midias
portugueses, uma vez que os
profissionais da comunicação
social continuam a escrever
sobre Tex nos seus jornais, sobretudo
porque Tex continua a estar presente
no mercado português após
quase 40 anos e sobretudo porque
Tex tem sido uma presença
assídua nos grandes festivais
portugueses dos últimos anos,
com destaque para as exposições
de pranchas originais e para
a presença de autores consagrados,
tornando-se desse modo cada
vez mais popular no meu país.
respeito a passagem de Civitelli e
de Tex por Beja foi alvo de diversas
notícias nos principais midias
portugueses, uma vez que os
profissionais da comunicação
social continuam a escrever
sobre Tex nos seus jornais, sobretudo
porque Tex continua a estar presente
no mercado português após
quase 40 anos e sobretudo porque
Tex tem sido uma presença
assídua nos grandes festivais
portugueses dos últimos anos,
com destaque para as exposições
de pranchas originais e para
a presença de autores consagrados,
tornando-se desse modo cada
vez mais popular no meu país.
Tony 23 – “Quarto século?” Acho que
você se equivovou, bengala brother... (Rsss...).
Mas, tudo all right. Vamos nessa...
Zeca - Houve algum equívovo... quis dizer um
quarto de século, Tony... (Rsss...).
Tony - Ah, bom... 25 anos... agora clareou...
mas, acho que fui eu é que me
enganei, para variar... (Rsss...).
Mas, voltando ao nosso bate papo...
É... esse tipo de coisa é uma "grande jogada
de marketing", como eu disse antes, é ótimo.
Atrai público, conquista novos leitores
e agita a mídia. Vale a pena.
Durante a FestComix, aqui em
São Paulo, você foi uma
simpatia e se mostrou super
atencioso com todos que o
procuravam, assim como o
Civitelli e o Gege Carsan, o
grande cowboy tupiniquim (brasileiro)...
presumo que não é fácil, após
encarar horas de vôo atravessando
o Atlântico, enfrentar essa
verdadeira maratona de palestras,
fãs, mais isso, mais aquilo... (Rsss...).
Onde você arrumou tanta energia,
caro bengala Junior and friend?
você se equivovou, bengala brother... (Rsss...).
Mas, tudo all right. Vamos nessa...
Zeca - Houve algum equívovo... quis dizer um
quarto de século, Tony... (Rsss...).
Tony - Ah, bom... 25 anos... agora clareou...
mas, acho que fui eu é que me
enganei, para variar... (Rsss...).
Mas, voltando ao nosso bate papo...
É... esse tipo de coisa é uma "grande jogada
de marketing", como eu disse antes, é ótimo.
Atrai público, conquista novos leitores
e agita a mídia. Vale a pena.
Durante a FestComix, aqui em
São Paulo, você foi uma
simpatia e se mostrou super
atencioso com todos que o
procuravam, assim como o
Civitelli e o Gege Carsan, o
grande cowboy tupiniquim (brasileiro)...
presumo que não é fácil, após
encarar horas de vôo atravessando
o Atlântico, enfrentar essa
verdadeira maratona de palestras,
fãs, mais isso, mais aquilo... (Rsss...).
Onde você arrumou tanta energia,
caro bengala Junior and friend?
Zeca - Antes de mais nada, deixe-me
agradecer-lhe pelas suas palavras,
mas essa simpatia e atenção para
com o próximo fazem parte da
minha maneira de ser e por isso
não tem nada de difícil em agir
assim e não há cansaço no mundo
que me faça parar de sorrir ou
de conversar quando o tema gira
em redor do Tex. Aliás, eu falaria
de Tex com outros fãs do Ranger,
por horas a fio, noites e dias
seguidos e sempre de forma
prazerosa porque Tex é o meu ópio.
Tex é a minha religião e para
além disso, Tex deu-me os melhores
amigos do mundo e por tudo isso
só lamento não poder ter tido
mais tempo para conviver
ainda mais com todos que se
deslocaram à Fest Comix e
aproveito até para pedir
desculpas se defraudei algum
amigo, como foi o seu caso,
prezado Tony Fernandes, não lhe
dando a devida atenção.
Mas conforme quem esteve presente
pôde constatar, as solicitações
foram tantas que acabei não
dispondo do tempo que queria
para me dedicar a fortalecer as
inúmeras amizades que fui
criando ao longo dos anos, mas
certamente haverá mais
oportunidades para estarmos
todos juntos falando
novamente sobre Tex.
agradecer-lhe pelas suas palavras,
mas essa simpatia e atenção para
com o próximo fazem parte da
minha maneira de ser e por isso
não tem nada de difícil em agir
assim e não há cansaço no mundo
que me faça parar de sorrir ou
de conversar quando o tema gira
em redor do Tex. Aliás, eu falaria
de Tex com outros fãs do Ranger,
por horas a fio, noites e dias
seguidos e sempre de forma
prazerosa porque Tex é o meu ópio.
Tex é a minha religião e para
além disso, Tex deu-me os melhores
amigos do mundo e por tudo isso
só lamento não poder ter tido
mais tempo para conviver
ainda mais com todos que se
deslocaram à Fest Comix e
aproveito até para pedir
desculpas se defraudei algum
amigo, como foi o seu caso,
prezado Tony Fernandes, não lhe
dando a devida atenção.
Mas conforme quem esteve presente
pôde constatar, as solicitações
foram tantas que acabei não
dispondo do tempo que queria
para me dedicar a fortalecer as
inúmeras amizades que fui
criando ao longo dos anos, mas
certamente haverá mais
oportunidades para estarmos
todos juntos falando
novamente sobre Tex.
Tony 24 – Esse é um legítimo Texmaníaco
mesmo... impressionante sua disposição
quando se fala em Tex (rsss...).
Quanto ao evento em São Paulo,
você foi muito bacana, veio me
cumprimentar – não só a mim,
como a várias pessoas presentes -, etc, e é completamente compreensível
que num local onde você tem
que atender inúmeras pessoas
seja impossível dar atenção
especial à alguém.
A sua participação na festa foi ótima...
sua presença foi marcante.
mesmo... impressionante sua disposição
quando se fala em Tex (rsss...).
Quanto ao evento em São Paulo,
você foi muito bacana, veio me
cumprimentar – não só a mim,
como a várias pessoas presentes -, etc, e é completamente compreensível
que num local onde você tem
que atender inúmeras pessoas
seja impossível dar atenção
especial à alguém.
A sua participação na festa foi ótima...
sua presença foi marcante.
Prosseguindo... Sou ciente de que os
Bonellis criaram inúmeros
personagens e que muitos destes
tiveram breve duração... enfim,
não caíram nas graças do público-leitor...
na sua opinião, o que tem nas
histórias do ranger, que parece
fascinar e cativar os leitores?
Inclusive eu... (Rsss...)
Bonellis criaram inúmeros
personagens e que muitos destes
tiveram breve duração... enfim,
não caíram nas graças do público-leitor...
na sua opinião, o que tem nas
histórias do ranger, que parece
fascinar e cativar os leitores?
Inclusive eu... (Rsss...)
Zeca - É uma pergunta muito
interessante e a resposta não é fácil,
mas creio sobretudo que é por
Tex encarnar valores universais
como, por exemplo, o desejo de
justiça graças à força da lei
ou até mesmo fora dela.
A consciência da igualdade entre
os homens e a capacidade de
julgá-los apenas com base no
seu comportamento efectivo,
características essas que eram
revolucionárias para uma
personagem na década de 40 mas
que são actuais hoje, assim
como continuarão a ser no futuro.
Para além disso, existe uma mistura
perfeita de factos reais e história
inventada, acrescido do facto
de Tex sempre ter um alto nível
gráfico tornando-se
assim uma série de
altíssima qualidade
gráfica e narrativa.
interessante e a resposta não é fácil,
mas creio sobretudo que é por
Tex encarnar valores universais
como, por exemplo, o desejo de
justiça graças à força da lei
ou até mesmo fora dela.
A consciência da igualdade entre
os homens e a capacidade de
julgá-los apenas com base no
seu comportamento efectivo,
características essas que eram
revolucionárias para uma
personagem na década de 40 mas
que são actuais hoje, assim
como continuarão a ser no futuro.
Para além disso, existe uma mistura
perfeita de factos reais e história
inventada, acrescido do facto
de Tex sempre ter um alto nível
gráfico tornando-se
assim uma série de
altíssima qualidade
gráfica e narrativa.
Tony 25 – Sua análise foi perfeita...
todos nós sonhamos com um mundo
mais justo... e as HQs do ranger
pregam isto: justiça, a qualquer preço.
Quanto a qualidade do trabalho
italiano ela é inegável.
São excelentes, tanto nos roteiros
como nos desenhos. Numa época
em que os mangás e os super-heróis
empesteiam as bancas de quase
todos os países do mundo é de se
estranhar que um gibi de bang bang,
como Tex, perdure por tanto tempo...
qual é a fórmula desse sucesso?
todos nós sonhamos com um mundo
mais justo... e as HQs do ranger
pregam isto: justiça, a qualquer preço.
Quanto a qualidade do trabalho
italiano ela é inegável.
São excelentes, tanto nos roteiros
como nos desenhos. Numa época
em que os mangás e os super-heróis
empesteiam as bancas de quase
todos os países do mundo é de se
estranhar que um gibi de bang bang,
como Tex, perdure por tanto tempo...
qual é a fórmula desse sucesso?
Zeca - Creio que é por Tex não ter mudado
com o passar dos anos. Mudaram os
autores que trabalharam com ele
e se alguém aplicou modificações
ou inseriu novas temáticas, fez
isso com o mais rigoroso
respeito pela personagem,
mantendo-se fiel aos princípios
de G. L. Bonelli.
No fundo Tex é o homem que
todos gostaríamos de ser. Esse
penso ser na minha opinião o
segredo maior do sucesso, mas
para além disso e como disse
anteriormente há que destacar
a excelência da produção.
Tex é uma série excepcional
pelos seus longos enredos, muitos
deles permeados de factos e
personagens históricas e que
sempre teve magníficos
desenhadores.
com o passar dos anos. Mudaram os
autores que trabalharam com ele
e se alguém aplicou modificações
ou inseriu novas temáticas, fez
isso com o mais rigoroso
respeito pela personagem,
mantendo-se fiel aos princípios
de G. L. Bonelli.
No fundo Tex é o homem que
todos gostaríamos de ser. Esse
penso ser na minha opinião o
segredo maior do sucesso, mas
para além disso e como disse
anteriormente há que destacar
a excelência da produção.
Tex é uma série excepcional
pelos seus longos enredos, muitos
deles permeados de factos e
personagens históricas e que
sempre teve magníficos
desenhadores.
Tony - Sem dúvida, as HQs de Tex fluem
como se fossem um filme e a filosofia
de vida do cowboy, na verdade,
reflete tudo aquilo que gostaríamos
de ser e que não conseguimos no
dia a dia em nossas agitadas
megalópólis, repletas de injustiças
e desigualdades sociais.
A arte do mestre detalhada e fotográfica de Civitelle |
Se você está gostando dessa espetacular entrevista não perca a segunda parte dela no blog...
OBS: Como esta deliciosa entrevista é longa (com 50 questões), decidi postá-la em 2 partes, para não cansar nossos web leitores.
OBS: Se você não conseguir acessar o link dos bengalas, acima, saiba que ele também está na coluna da direita na relação dos sites que sigo. Confira e clique lá que automáticamente você entrará no blog
http://bengalasboysclub.blogspot.com/
See you later, cowboys!
Copyright 2011\Tony Fernandes\Estúdios Pégasus\
Uma divisão da Pégasus Publicações Ltda\
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Uma divisão da Pégasus Publicações Ltda\
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Grande José. Apesar de já te conhecer bém e considerar que conheço bém o universo texiano, ainda me consegues surprender com o teu conhecimento do personagem. Espero que continues por muitos anos a presentear-nos diáriamente com as novidades texianas. Grande abraço,
ResponderExcluirSérgio Sousa
Maravilhosa esta grande entrevista com nosso Amigo Zeca!!!
ResponderExcluirTony está de parabéns, pois certamente os outros leitores de Tex que não tem o prazer do convívio com o Zeca ficarão conhecendo esta fantástica figura humana.
Admiro o Zeca há vários anos, primeiro através das listas do Yahoo, BonelliHQ e Amigos do Tex. Depois passamos a trocar mensagens em particular e até presentes, frutos de uma bela Amizade.
No Fest Comix 2010 tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, lamentando também o pouco tempo que pude estar lá, que não deu praticamente para conversar muita coisa, de tanto que havia para falar com ele e com o Grande Mestre Civitelli.
Mas foram Zeca e Civitelli que me fizeram pegar um avião, junto com meu filho Henrique, e ir para São Paulo encontrá-los e finalmente conhecer duas figuras humanas maravilhosas.
Eu era um grande fã de Tex, mas devo confessar que passei a ser realmente o que pode ser chamado de "um Colecionador" do ranger, depois de conhecer o Zeca nas listas do Yahoo e passar a admirar esta verdadeira devoção que ele tem por Tex. A partir desta data passei a comprar as edições atrasadas que eu não tinha e a completar minha coleção, que estava bem furada.
Agora tenho tudo que saiu na coleção regular, do Tex Gigante, Almanaque Tex, Tex Ouro e Tex Edição Colorida. Só não coleciono Tex Coleção, Tex Edição Histórica e Grandes Clássicos de Tex por serem meros repetecos do que já foi editado. Mas mesmo assim tenho edições esporádicas.
E aquela única edição portuguesa de Tex eu também a tenho, presenteada que me foi pelo Amigo Carlos Antunes, um publicitário de Lisboa, que conheci através do Mercado Livre, quando ele me comprou uma edição de Os Túnicas Azuis e eu consegui para ele outras edições que ele precisava, comprando de outros colecionadores e mandando para ele.
Além de tantas atribuições pessoais e referentes ao Tex, o Zeca ainda acumula ser o líder da torcida do Botafogo em Portugal, envergando uma linda camisa 7, imortalizada pelo Garrincha. Aliás, camisa igual a que nosso mestre Civitelli usa ao andar de bike por sua cidade.
Bem, já que o Tony resolveu nos matar de curiosidade, resta aguardar pela segunda parte de entrevista, que certamente será tão esclarecedora como esta primeira.
Grande abraço aos Amigos Zeca e Tony.
Alvarez
Sergião, de fato a dvoção e o vasto conhecimento que o mestre Zeca tem, pelo nosso querido ranger, também me surpreendeu. Fiz mais de 50 questões para testar seus conhecimentos sobre Tex. Uma verdadeira sabatina e ele, de fato, sabe tudo, mesmo. É impressionante.
ResponderExcluirGrande Alvarez... nosso bengala friend de além-mar além de ser um profundo conhecedor dedicado a Tex é uma tremenda simpatia, boa praça e superatencioso com os amigos.
Trata-se, sem sombra de dúvida, de uma figura generosa, fantástica, principalmente, com os amigos.
Como expliqiuei ao Sérgio a entrevista tem 50 questões e para não torná-la cansativa decidi postá-la em 2 partes.
Portanto, não percam a segunda parte está sensacional!
Um grande mano amplexo aos dois e grato pela visita, cowboys!
OBS: De ontem - qdo a entrevista foi postada-, pra hoje, mais de 100 pessoas já leram ela.
Nosso cowboy de além-mar, além de ser popular, desperta a curiosidade dos web-leitores!
Disse a ele, teremos um recorde de visualizações. Sem dúvida.
Maravilha de entrevista! Fico aguardando a segunda parte... Sou fã incondicional de Tex e nosso pard ZECA é uma biblioteca ambulante no assunto! Parabéns a todos.
ResponderExcluirRouxinol do Rinaré
Mimmy miau, virou Rouxinol do Rinaré? (Rssss...).
ResponderExcluirRouxinoul? Aquele passarinho slatitante, que nem um Bambi? (Rssss...).
Isto tá com cara mesmo de ser lá pras bandas do Piauí... (Rsss...).
De qualquer forma...
Valeu, Rouxinol do Rinaré... ou seria Rouxinol do Piauí? (Rsss...).
A segunda parte da entrevista com nosso querido bengala friend, de além-mar, tá lá no...
bengalasboysclub.blogspot.com
Confira!
Meu caro Tony,
ResponderExcluiradmiro seu senso de humor, mas não sou do Piauí. Pra seu governo sou do Ceará e sou muito "macho", nada a ver com Bambi. Rouxinol do Rinaré (de Rinaré-Quixadá-CE)é meu nome artístico, como escritor cordelista.
Uma grande entrevista do grande Zé carlos, que adorei ler. Um abraço. Orlando Silva
ResponderExcluirCaro, Rouxinol, o Zeca me mandou um e-mail me alertando sobre a mancada que dei com você, visto que ele te conhece e me disse que você, de fato, existe e é sério.
ResponderExcluirPensei que fosse uma brincadeira dos bengalas friends... mil perdões, mestre dos cordéis.
Por falar em cordéis, ja´fiz muitas capas para este tipo de produto e sou muito amigo do Gregório Nicoló e do Varneci, da editora Luzeiro.
Você os conhece?
Outra coisa: preciso ver o q anda acontecendo, meu amigo. Alguém tá me sacaneando. Não é a primeira mensagem q recebo que vem (na parte superior) com o nome "MIMMY MIAAU".
Por isso pensei que fosse brincadeira de alguém.
Vou botar isto a limpo. É sacanagem.
E, mais uma vez, mil perdões pela brincadeira de mau gosto, com certeza!
Muito sucesso e obrigado pela visita!
Hasta la vista, cowboy!
Caro Tony,
ResponderExcluirestás perdoado sim, pois também já passei por isso: uns invejosos entravam no meu blog (com nome falso) pra sacanear. Quanto a Luzeiro de Gregório (SP) tenho texto publicado por lá e sou amigo pessoal de Varneci Nascimento, Aderaldo Luciano e Marco Haurélio.
No mais, cowboy, parabéns pela entrevista do grande ZECA.
Que tal uma história de cordel sobre TEX contra MEFISTO?
ResponderExcluirUm abraço,Ruy(Sete Lagoas-MG-Brasil)
Excelente entrevista, o Zeca é uma pessoa fantástica. A descriçõ do depósito da Bonelli deixou-me entusiasmado. Lembrou-me a antiga biblioteca da Ebal, que viitei por volta de 1980.Parabéns pela iniciativa.Ruy (sete Lagoas-MG-Brasil)
ResponderExcluirExcelente entrevista do Duque de Anadia.
ResponderExcluirNos que conhecemos o Duque de Anadia sabemos de sua importância para o Mundo Tex, e Tony, como sempre, muito bom na colocação das perguntas.
Olhaí, Rouxinol e Zeca, o Ruy deu uma boa idéia: fazer um cordel de Tex contra Mefisto... genial! Podíamos publicá-la nos blogs!
ResponderExcluirGostei da idéia!
Mas, priemiro falem com o nosso bengala-friend de além-mar. Acho q o blog do Tex, do guerreiro Zeca, deve ter a primazia de lançar tal cordel.
Grande Duke\Jaãoeine - honorável Tesoureiro-Mor dos Bengalas Murchas... digo, Bengalas Boys (Rsss...), que prazer vê-lo por aqui prestigiando este humilde blog e o nobre Gran-Duque bengala Zeca, da milenar Confraria dos Bengalas Friends, de além-mar, e atual Duque de Anadia... (Rsss...).
"Duque de Anadia", gostei dessa. Valeu!
Grato a todos pelas postagens, bengalas friends...
See you later, cowboys!
Não perco uma postagem Bengala Chief.
ResponderExcluirEstou sempre por aqui.......desfrutando.
he, he, he.
Concordo que o Duque de Anadia deva ter o privilégio de ser o primeiro a publicar o cordel, mas você poderia publicar esse cordel sob encomenda a quem solicitasse.
Vc tb achou a idéia do cordel legal, né, Duke? Achei genial!
ResponderExcluirEsses cordelistas são bons e tb são grandes guerreiros, como nós, brigam há anos por espaço e merecem o nosso total apoio, pois, são poetas, grandes artístas brasileiros.
Espero q o Zeca acate a idéia e se ele autorizar tb gostaria de publicar esses cordéis texianos, aqui.
Ontem, nosso bengala-boss, de além mar, me mandou um desenho q o David Lloyd fez pra ele, do Tex.
Cara, fiquei doido pra postar a bela arte, pois apesar do Lloyd não ser especialista em western... a arte ficou show. O homem é fera.
Mas, daí pensei... seria uma puta sacanagem minha postar a arte do Loyd antes do Zeca, né?
Afinal, ele é o divulgador Mor do nosso querido e velho ranger!
O Zeca é um campeão de audiência, assim como o mestre Seabra.
Em dois dias batemos recordes de audiência, inclusive, em inúmeros países. Dr. Zeca Embaixador de Anadia é super popular. Disse à ele q deve lançar o livro do Tex, q tem em mente, logo. Vai ser um sucesso!
A Mythos tem que lançar esse livro!
Valeu, mestre!
Eu é que agradeço a todos os pards, Amigos e desconhecidos que leram a minha entrevista e fico muito honrado e feliz por saber que regra geral ela foi do agrado de muitos Texianos e quanto ao facto da entrevista estar a ser bem popular, tal deve-se mais uma vez à força do Tex, pois o mérito é todo do Ranger, eu só tento passar a sua mensagem e sempre que alguém me cede espaço falo prazerosamente do Tex, porque muito do que sou, devo-o ao Tex e é por isso que tudo que eu faça em prol do Tex será sempre pouco, comparativamente a tudo que ele me deu e continua a dar nesta vida!
ResponderExcluirTambém fico muito honrado por ver um simples fã e coleccionador de banda desenhada como é o meu caso, num sítio na Internet onde estão publicadas entrevistas com muitos dos maiores nomes da banda desenhada brasileira e fico feliz por graças a isso, Tex estar assim tão bem exposto em mais uma vitrine muito importante, daí o meu eterno muito obrigado ao Mestre Tony Fernades pelo espaço que me concedeu a mim e ao Tex!
Quanto á ideia do cordel, acho interessante mas o mais justo é que seja publicado aqui onde nasceu a ideia e somente depois é que eu publicaria no blogue do Tex... blogue do Tex que no próximo fim de semana publicará o Tex da autoria de david Lloyd que tanto agradou o nosso Mestre Tony...
Abraços a todos vós e continuem a ler TEX ;-)
Taí, galera, o depoimento do nosso grande belanga chief, de além mar, o grande Zeca Willer. Uma pessoa simples, amável, sempre disposta a falar e a divulgar sua grande paixão: Tex.
ResponderExcluirGrande bengala friend, José Carlos, todos nós e que ficamos gratos por esta sua maravilhosa e esclarecedora entrevista, que se tornou super popular. Neste Blog, em apenas 3 dias, 300 pessoas a leram, dos mais distantes países. Um verdadeiro recorde de audiência que comprova sua imensa popularidade e tremendo interesse que seus depoimentos despertam.
Olha, que pra superar o mestre Seabra - nosso campeão de audiência, até então -, tava difícil... (Rsss...). A briga foi boa e os dois estão de parabéns. Ambos são populares, muito queridos, e verdadeiros campeões de popularidade.
SOBRE CORDÉIS DO TEX
Eu queria q vc, dono do Blog do Tex, tivesse a primazia de publicar primeiramente os cordéis: Tex verus Mefisto. Porém, já que vc me autorizou a publicá-los, fico grato!
CORDELISTAS! VAMOS NESSA!
Comecem a preparar o material e o envie ele pro meu e-mail...
tonypegasus@gmail.com
Seguindo a dica do Zé Carlos, vamos publicar os cordéis primeiramente aqui e depois eles serão todos publicados, também, lá no site do Tex em Portugal. OK?
Vou ficar no aguardo!
Valeu, grande Zeca!
QUANTO AO TEX DO DAVID LLOYD.
Eu adorei. O cara é um grande mestre das HQs e os leitores do blog do Tex também vão adorar.
ZEca, avise a gente quando postar a arte do Lloyd, OK? Voces não podem perder, vale a pena.
Um grande mano amplexo à todos!
See you later, cowboys!
Ih! agora eu vou apanhar!
ResponderExcluirNão gostei do Tex de Lloyd, até comentei lá no Grupo BenelliHQ.
Mas gosto não se discute, eu sei, e respeito o entusiamo do Tony com aquela ilustração, que sob meu olhar mostra um Tex prostado, abatido,como os ombros caidos e um olhar perdido.
Grande, Duke Moreira Wayne... de fato, gosto não se discute. Cheguei a comentar com o Zeca que o personagem estava descaracterizado. Ou seja, não se parece em nada com o Tex, visto que o velho cowboy, tem certas características que todos seguem. Ok? Mas, sem dúvida, o Lloyd é um grande artísta, conheço bem outros trabalhos dele e o desnho que mandou ao Zeca, é inegável, está be,m feito.
ResponderExcluirMeu querido, bengala friend, pra quem não tá acostumado a desenhar western - que não é fácil, está ótimo... e, afinal, como disse o Zeca, o homem prometeu aqui em S. Paulo, na Festcomix, que ia mandar e mandou.
E não deixa de ser uma honra ter uma arte do grande mestre Lloyd, que é um dos grandes rabiscadores idolatrados mundialmente.
OBS: Adoro Kubert, mas no Tex Gigante, até o mestre americano apanhou na caracterização do Tex. Mesmo o desenho do Kubert - que é sensacional-, descaracterizou um pouco o personagem. Basta observar, tamanho do chapéu, semblante, etc... como aconteceu com o Lloyd.
Enfim, o Tex ficou diferente.
Mas, o que vale é a interpretação pessoal de cada autor a sua maneira. Fugindo, assim, das rigidas regras imposta aos desenhistas pela Bonelli comics.
Vc também não fez a minha Apache, numa interpretação pessoal sua? Ficou diferente, da minha. Mas, isto é o que é maravilho: livre interpretação.Ficou genial.
Alguns podem adorar, outros odiar... mas, oq ue vale é que vc fez ela da sua maneira. E isto é de grande valor, não tem preço.
Foi um trabalho honesto.
Agora, desenhar western, vc sabe, não é fácil. Ainda se torna mais difícil é desenhar personagens dos outros, que não estamos familiarizados.
Até nos nossos personagens a gente apanha, demora para pegar o jeitão, para definir as características deles.
Mas, sua opinião é valida. Afinal, isto é uma democracia.
Confira outros trabalhos do David Lloyd.
O homem é fera no traço!
See you later, cowboy!
Amigão.
ResponderExcluirNão há dúvida quanto ao talento do Lloyd, me referi especificamente ao seu Tex, mas você tem razão, o cara não esta acostumado com o faroeste.
Exatamente, Moreira Duke\Wayne... (Rsss...)
ResponderExcluirPara um cidadão que desenha super-herói se adaptar a HQs de western não é fácil.
Vc que desenha western para a revista Billy The Kid, sabe o qto é difícil fazer este gênero.
Desenhar diligências, trens,armas, cavalos, etc. Requer muitas referências e tempo para estudar.
Acertar a proporção entre cavalo e cavaleiro, pra mim, acho a coisa mais difícil.
Vira e mexe vejo até desenhistas do Tex errando feio... mas, isto é coisa de artista, que é observador. O leitor, em geral, nem repara nessas coisas. Só quer ler uma boa HQ... (Rsss...).
Veja, qdo trabalhei na ed. Abril (1973), fazer Pato Donald era um pé no saco. Os americanos mandavam os model sheets e vc tinha que seguir: altura, proporção e todas as características básicas do personagem, obviamente para não deturpar a imagem da figura, vc sabe...
Disney, naquela época era feito nos USA, na Itália, na Dinamarca, na França e no Brasil... Já pensou se cada desenhista muda aqui e muda ali? O personagem perde suas características.
Fica irreconhecível.
Daí é fácil concluir q ao desenhar Tex os italianos, ou seja lá quem quer que faça, têm q seguir regiamente as normas estabelecidas pela Bonelli Comics, sobre as características do Tex.
E não pode, nem deve fugir daquilo.
Portanto, quem faz Tex está preso as regras do editor. Tem que ser assim, não pode ser assado... tem que ter tantos quadros por págs, etc. Pode fazer isto, não pode fazer aquilo.
O cara fica preso as regras e tem que se adaptar a elas. Desenhar personagens dos outros não é moleza. Já fiz Disney, Hanna-Barbera (para a Rio Gráfica e Editora - atual Globo -, via o estúdio Ely Barbosa), Heróis DC (para merchandising, com a Characther), Pink Panter e Tom & Jerry (merchandising, para a VIACOM), era uma um saco mesmo. Eu fazia e aí começava: muda aqui, muda ali, este não é o personagem, estude melhor as folhas de modelo.
Cheguei (eu e uma porrada de desenhistas_ a passar horas trancado numa sala de exibição da VIACOM (da época do grande Alvaro Figueiredo) assistindo desenhos animados da Formiga Atômica, Trapaleão, etc, com uma prancheta na mão, estudando persoangens, para poder criar aqui no Brasil os model sheets.
Esses personagens só tinham sido produzidos para a TV e nós, no Brasil, fomos os primeiros a fazer as HQs deles. Portanto, nem model sheet tinha. Nós é que os criávamos... (Rsss...).
Coisa de maluco...
Foi uma boa escola, mas, os caras exigem muito.
O lado legal de vc poder desenhar livremente a sua versão - apesar de distorcer o personagem -, é que o artista pode até criar, por estar livre das severas regras do criador da série.
E eu acho isto maravilhoso.
Vc podetr fazer sua visão pessoal do personagem...achei fantástica aquela sua Apache.
Grande mano amplexo.
O debate é sempre salutar, querido bengala friend!Afinal, ninguém é o dono da verdade.
O básico é: tese, antitese e conclusão.
FUIIIIII! Bom final de semana.
Vai ter novas entrevistas no pedaço.
Fique plugado....