terça-feira, 14 de março de 2017

ENTREVISTA COM FRANCO DE ROSA




O entrevistado de hoje é desenhista, 
roteirista, jornalista, pesquisador 
de Histórias em Quadrinhos e 
outros bichos... que nas últimas 
décadas se destacou como um dos
 maiores editores-executivos 
deste país. 

É comum vermos seu nome
 estampado nos mais variados títulos
 de edições lançadas por diversas
 casas editoriais nacionais. 
A partir desta entrevista eu e você, 
amigo webleitor, vamos saber 
um pouco mais sobre...

O MEU CHAPA

 FRANCO DE ROSA!


TONY1: Rsss. "O meu chapa...",
 este é um termo jurássico, que 
a nova geração não vai entender, 
eu acho... Rssss.
"Meu chapa" quer dizer:
 meu grande amigo,
grande camarada etc e tal. 
Mas, vamos nessa
bengala brother...

 Há muito tempo eu queria 
entrevistar você, meu velho 
amigo, mas como
 vivemos numa correria 
danada só agora surgiu a 
oportunidade.

 É uma honra trazer a baila o 

depoimento de mais um veterano 
do mundo das HQs. Mas, chega
 de milongas... Vamos aos 
"finalmentes",como diria 
Odorico Paraguassu,
personagem de um clássico
 da TV brasileira, de Dias
Gomes, O Bem Amado:
 Em que dia, mês, ano, cidade, 
estado, você nasceu?

FRANCO:

Nasci no dia 2 janeiro 1956, 

São Paulo, SP –, no 
bairro de Água Rasa.

TONY 2: Temos a mesma idade...
Franco de Rosa é seu nome 
de batismo ou apenas um 
“nome de guerra”?

FRANCO: Um apelido família 
que virou nome de guerra.
Meu nome de batismo é
Francisco Paulo Amaral 
de Rosa. 

TONY 3: A primeira vez que 
curti uma HQ feita por você
 foi nas páginas do extinto 
jornal Notícias Populares, 
que pertencia ao 
Grupo Folha da Manhã – 
o mesmo que edita a 
Folha de S. Paulo -,
cujo editor era o meu 
amigo Ebrahim Ramadam,
que acabei levando para
a editora Noblet, quando
eu dirigia o jornal
Polícia Magazine. 

O personagem que feito por
 você e o nosso amigo Seabra
(Vulgo Sebastião Zéfiro)
 chamava Capitão Caatinga.
As aventuras daquele 
personagem bem brasileiro 
saia em tiras de jornais.
 Como surgiu a ideia de 
criá-lo e como surgiu a 
oportunidade de
    publicá-lo naquele 
                                                 jornal?                                                                                                                                                                                                                   
FRANCO: 

Depois de frequentarmos 

por uns três anos o Clube do Gibi, 
no Centro Antigo de SP, 
com muitos amigos insistindo 
pra gente fazer HQ, para jornal 
ou revista, tentar a área profis-
sional, pois fazíamos fanzines 
desde 1972, resolvi bolar essa 
HQ  com cangaceiros, pois eu 
morava no bairro do 
Jaçanã e sentia que o tema 
tinha um apelo além do 
costumeiro fã de gibis. 
Também, ao assistir 
o filme O Cangaceiro, de Lima
 Barreto, e Os Cangaceiros,
 insisti no tema:
 Um western nacional.

 Passei então a comprar 
cordel e ler um livro 
sobre Lampião, escrito 
pelo dentista Antonio 
Araujo Amaury Correa. 
Que eu viria a conhecer
 depois. Mas me incomodava 
a falta de documentação 
e a respeito do tema. 
Principalmente de 
ambientações.

 Mas com a cara a

 coragem, fizemos as tiras.
 Escrevi a história toda e o
 Seabra desenhou 
metade dela...
 Depois, ele desenharia 
histórias inteiras e 
escreveria também. 
Ele escreveu e desenhou
mais aventuras do que eu. 
Eu fazia de vez em quando,
escrevendo e desenhando. 

Quase sempre escrevia um
 longa sinópse que o Seabra 
adaptava. Ele crirava os 
diálogos. Sempre foi bom 
com eles...
 Também ele realizou 
sozinho a história do 
Capitão Caatinga
 que eu mais gosto, 
Essa Guerra É Minha, 
que tinha nazistas no Sertão. 
Vale lembrar aqui que as
 aventuras das tiras transcor-
riam entre 1932 e 1942. 

Lembro que eu estudava
 muito a narrativa em
 tiras, para criar suspense 
nos últimos quadrinhos. 
Eu tinha as series Agente
 Secreto Phil Corrigan e
 Steve Rooper como
 base de estudos.



TONY 4: Você está lembrado 
quando foi publicada a
 primeira tira do Capitão
 Caatinga e quanto tempo
 a serie durou?

FRANCO:

 Foi em junho de 1974 que 

ela estreou. A primeira 
tira saiu na primeira página 
do jornal, emoldurada
 por dezenas de 
retratos, das caras de 
procurados pela polícia.
 A maioria, infelizes guer-
rilheiros foragidos. 
Comprei uns dez 
exemplares do jornal
naquele dia. 
Ainda tenho um deles. 
A tira durou até 1979. 
Mais de 1.200 tiras foram 
desenhadas. O final,
 que contava a morte 
do Capitão 
não foi concluído.

 A serie foi interrompida. 
Fazíamos uma novela 
erótica, naquele 
período, no mesmo jornal, 
que tinha mais sucesso. 
Eu realizava também no 
NP as tiras de humor 
Chucrutz. Que também teve 
mais de 1.200 tiras desenhadas. 
Elas também foram publicas 
 em outros cinco jornais, por 
algum tempo.
 Saindo alguns anos depois
no jornal Gazeta do Povo, 
de Curitiba.

TONY 5: Hmmm... Chucrutz... 
Este material eu não conhecia.
O tal jornal de Curitiba, se
não me engano, era dos
donos da Grafipar...
 Naquele tempo, muitos 
personagens como
 Fantasma, Mandrake, Flash
 Gordon e outros saiam no
 formato tiras em diversos
 periódicos pelo mundo,
 com muito sucesso.

 No Brasil, diversos autores,
 assim como você, também
 tiveram espaço para publicar
 suas series destinadas
 ao público adulto ou juvenil,
nos jornais. 

Mas, de repente, estas series 
desapareceram e o espaço passou
 a ser preenchido apenas com 
series cômicas ou infantis.
 Dá para explicar, por quê 
isto aconteceu?


FRANCO: Primeiro teve a 
crise do petróleo, que afetou 
a produção de papel (anos 70). 
Depois, surgiu a economia de 
espaço, nos jornais. A diminuição 
                               da “bitola"... Os jornais
                            passaram a ser impressos
                        em tamanho menor. Ficaram 
                         mais estreitos. As tiras que, 
                           se não me engano, quando
                             foram lançadas em 1910
                          ocupavam cinco colunas de 
                               largura... Onde cada
                           quadrinho praticamente
                        correspondia a uma coluna 
                                     com cerca de
                                  seis centímetros.

               Depois. Caiu para cinco colunas.
             Para se estabilizar por décadas com 
             quatro colunas. No auge das tiras de
              aventuras, com Tarzan, (o primeiro)
              Capítão Cezar, Terry e os Piratas, 
                X-9, Fantasma e muitas outras. 
          
              Com a TV, popularizada, na década
             de 60, as tiras foram perdendo leitores. 
               Nos anos 80 passaram a ser impressas 
                       com apenas duas colunas. 
                    Hoje só Fantasma é produzido, 
                como uma serie de aventura, acho.

                    Mesmo assim, trata mais de

                   discussões familiares e sociais
                   do que de piratas. Mas quando
               começamos ouvíamos falar de tiras 
               brasileiras de aventuras como Vizunga
               de Flávio Colin, de Gatinha Paulista 
               de José Delbó, Jacaré Mendonça do 
                Zalla e Tubarões Voadores de Zézo.




TONY 8: Quando surgiu 
a primeira oportunidade de 
publicar uma HQ?
 Foi fácil ou você teve que
 peregrinar batendo de 
porta em porta 
nas editoras paulistas?

FRANCO: 

Antes de ir ao Noticias, 

eu desenhei uma HQ de 
terror para a Taika. 
Não foi publicada. 
Tenho um rascunho
 de uma página que refiz, 
desta história. 
Ainda bem que ficou inédita. 
Antes, fui na Edrel, levado por
 meu pai. Desenhei uma HQ 
imensa do Tarum. 
Fui atendido pelo 
Paulo Fukue... Ele me deu
 algumas dicas e vendeu o livro
 a técnica do Desenhos, do
 Fernando Ikoma.



Participei do Salão de 
Humor de Piracicaba, com
 dois desenhos selecionados.
 Levei trabalhos para O Bicho, 
em minha primeira viagem ao Rio,
 junto do cartunista Fausto Ber-
gocce. Bati na porta de muitas 
agências de propaganda 
e editoras.

 Em 1975 desenhei o Praça 
Atrapalhado ao lado do Fabiano 
Dias, por uns quatro meses. 
Mas saí para trabalhar 
como ilustrador na TV Tupi, 
no primeiro programa da Ana
 Maria Braga, o Mural. 
Por recomendação do Jal, 
que trabalhou na pré-
produção do programa, 
antes dele estrear.








 Com Jal nos roteiros, cheguei 
a desenhar várias historietas
 para uma revista de 
motociclismo, a Motocross.

TONY 9: Grande, Jal... 
Preciso entrevistar esse cara.
Cacilda vocês trabalharam
com a Ana Maria Braga
na Tupi... isto eu jamais
poderia imaginar...  
Quem trabalha com 
arte sabe que as agências 
de publicidade pagam mais.
 Trabalhar com elas é 
bem mais lucrativo do que 
 com as editoras. Além disso 
o mercado publicitário sempre
foi mais estável - ou melhor, era.
Atualmente tem agências e
produtoras dando canceira para
pagar. Você decidiu entrar para o
 mercado editorial por 
opção ou também 
tentou as agências?

FRANCO: 

Trabalhei em algumas agências.
 Inclusive tive uma boa formação na
 agência dos jornais Shopping 
News e DCI. Mas os quadrinhos 
falaram mais alto. 
Até dirigi por um mês uma
 agência estabelecida, voltada 
para o setor de turismo. 



Mas eu tinha apenas 20 anos. 
Fazia tudo sozinho, com um
 auxiliar e um mídia.
 Não quis saber.
 Era muita pressão. 
Fazer quadrinhos tem a
 questão da narrativa. 
Sempre gostei
 de contar histórias.
De escrever 
com humor. 
Desenhar cartum. 
Trabalhar em casa.

TONY 10: Nos anos 80, o 
meu estúdio se transformou 
na editora E.T.F. E foi lá que
 pela primeira vez fizemos 
contato, quando você me 
apresentou as tiras do 
Capitão Caatinga. 
Mas, como estávamos
 à procura de material 
inédito, não 
fizemos negócio. 

Republicar tiras de jornais 
montadas não fazia parte dos 
meu planos, apesar do material 
apresentado ser 
de boa qualidade. Pergunto: 
Você chegou a publicar aquele 
material em forma de revista
 por outra editora?





FRANCO: Muitas aventuras 
do Capitão saíram na Grafipar 
remontadas e com 
sequências adicionais.
O Seabra chegou
 depois a fazer uma ou 
duas aventuras
 exclusivas para as revistas. 
Este ano, se der certo, teremos
 um livro pelo Catarse, 
reunindo quase todas as tiras.

TONY 11: Legal, eu não 
sabia, meu chapa... Vamos nessa:
Paulo Paiva, nosso querido P.P.,
 roteirista e cartunista dos bons...
 como e quando vocês 
se conheceram?

FRANCO: 

Foi no Gibi, Tony... O Paiva

 morava no mesmo bairro
 que o Seabra. Creio que um 
 primo dele o apresentou 
ao Seabra...
 E depois ele passou a ir aos
 sábados no Gibi. O Paiva é mais
 novo que eu e Seabra, dois anos. 
E, para adolescentes, 
a idade era muito distante. 
Ele era um menino
 de 13 anos. 

Mas já era muito bom 
de humor.
 Gostava de desenhar. 
Tinha uma coleção secreta 
de gibis fabulosa. 
E nas primeiras idas ao Gibi, 
o Ademário de Matos, dono
 da Livraria, o apresentou ao
 Mauricio de Sousa, que frequen-
tava a loja, assim como Álvaro
 de Moya, Jayme Cortez e
 Gedeone Malagola.
 Este último, foi o primeiro
 profissional de HQs que eu
conheci pessoalmente.
 Mas,o incrível é que o Paiva
 foi contratado imediatamente 
pelo Mauricio.

TONY 12: O P.P. sempre foi danado...
digo, genial. Rsss. Conheci o
Ademário na avenida
Brigadeiro Luís Antonio, o
cara vendia gibis raros a peso
de ouro. Porém, não sabia
que o lugar era frequentado
pelos bambas das HQs....
Ainda na década de 80, você e
 o Paiva fundaram 
uma editora chamada Press, 
que mais tarde passou 
a se chamar Maciota. 
Por que vocês 
decidiram mudar
 o nome da empresa?

FRANCO: 

Apesar da editora 

ter nascido do estúdio que eu 
dividia com o Seabra 
na Rua Xavier de Toledo, em 1984,
 quem criou a Editora Maciota foi o 
Paiva e o Rivaldo Chinem. 
O nome se referia
 ao personagem do Paulo Paiva, 
que era publicado com sucesso
 na revista Placar.







Depois, quando Chinem 

saiu da sociedade, para 
entrar José Guimarães é 
que mudou de nome
 para Press, porque a editora 
começou a lançar obras de
 grande tiragens que 
não eram de quadrinhos, 
como a revista do 
Afanásio Jasade, livros
 de Profecias e revistas 
de Horóscopo.
O selo maciota permaneceu
só nas revistas de humor 
e quadrinhos,
às quais eu era o editor.
 Estava engatinhando na função.
 Só viria a ser sócio do Paiva, 
no ano seguinte. 


TONY 13: Entendido. A editora 
de vocês também fez história, 
vocês deram oportunidade 
para muitos autores, como:
 Bene Nascimento
 (Joe Bennet), que atualmente
 arrebenta na Marvel, Emir 
Ribeiro (autor da famosa Velta e
 que também fez HQs para 
editoras americanas), 
 Mike Deodato Jr (um dos dese-
nhistas nacionais mais bem 
sucedidos nos States) e outros
 bambas da escrita e do traço. 
Quantos títulos vocês 
lançavam por mês de 
material nacional?

FRANCO:

Não sei precisar, Tony. 
Quem tem um verdadeiro 
registro completo sobre 
a Maciota Press (como 
prefiro chamar a editora hoje) 
é nosso amigo Worney.
 Lembro que publicávamos
mensalmente, mas com 
atrasos, as revistas Close-
Quadrinhos Eróticos,
 Sexo em Quadrinhos, 
Coisas Eróticas e
Carlos Zéfiro. 

Mais um punhadão de edições 
especiais. Também a Mundo do 
Terror era mensal. Tivemos três
 Spektros (no plural), que
 publicou, somando as edições, 
perto de 200 páginas da 
melhor qualidade.




 A que mais gosto é uma paródia heavy
 metal escrita e desenhada pelo Mozart 
Couto, que mostra uma família sofrendo 
com o rapaz satanista que fica em cima
 o guarda roupa e vomitava em 
quem estava embaixo. 

Tinha uma avó que fica zanzando e
 vibrando com aquilo, numa cadeira 
de rodas. Nossa sorte, naquele
 período, é que tanto eu quanto
 Mozart, Watson e Seabra, os
 mais frequentes nas revistas 
da Maciota, tínhamos muito 
contato com os fanzines. 

Graças aos zines conhecemos 
Bennett, Emir, Deodato e outros. 
Mas com Emir e Deodato eu já
 me correspondia antes mesmo
 da Grafipar existir. 
E, com o encerramento da Grafipar, 
nós tínhamos a disposição um grande
 elenco de autores que estavam 
maduros e um nova geração dis-
posta a criar e publicar. 


Também tínhamos os órfãos da 
Vecchi, como Ofeliano, Zenival,
 Olendino, Valfes, Julio Emilio Brás, 
Bonini e outros caras bons. 
E pudemos dar espaço a
 E.C. Nickel, que foi um grande 
artista revelado por nós.

TONY 14: Aliás, os melhores
da época estavam com vocês...
Os anos 80 foram uma 
época boa para as HQs nacionais.
 Tínhamos diversos títulos nas
 bancas, que aos
 poucos foram desaparecendo. 

Na sua opinião, por quê aqueles 
títulos foram fechando? 
Baixa tiragem? 
Má qualidade dos roteiros e 
desenhos? Péssima distribuição 
ou falta de propaganda?



FRANCO:

No nosso caso foi por briga
 na sociedade mesmo. Paiva e 
eu saímos pra outras
 empreitadas. E fomos avançando. 
Houve uma grande divisão no 
mercado, entre as editoras 
pequenas, porque começaram 
a surgir várias novas marcas. 

Também ocorreu o crescimento do 
interesse dos leitores por super-heróis 
via Abril, Bloch e Globo. Que passaram
 a buscar um novo filão, o adolescente,
 não mais se fixando apenas no infantil.

 Também Mauricio de Sousa entrou na 
Globo, e lá conseguiu estabelecer
 tiragem e público 10 vezes maior 
que na editora Abril.
 Foi quando surgiu a valorosa Circo
 Editorial, com Chiclete com Banana, 
Geraldão e Piratas do Tietê, 
e a própria revista Circo. 
Produtos de grande 
qualidade, com grandes tiragens. 
E, foi a década em que nasceu o
 vídeo cassete. Na verdade, foi um
 período rico e muito disputado.







TONY 15: Quando a editora de vocês, 
lamentavelmente, fechou muitos 
artistas ficaram à deriva, pra variar.
 Porém, você continuou na ativa
 colaborando com a Nova Sampa
 Diretriz, por diversos anos. 
Como surgiu a oportunidade
 de trabalhar com a Sampa e
 como conheceu o amigo e editor 
Carlos Alberto Cazzamatta
 (vulgoTurquinho), que chegou a 
publicar algumas edições criadas
 pela minha equipe, como: Humor
 Sex, Luana - criada pelo médico, 
escritor, desenhista e editor 
João Tanno -, O Caracol
Apaixonado etc?

FRANCO:

Conheci o Cazzamatta em uma
 festa na casa de Gilberto Firmino, 
a qual fui a convite do Fausto 
Kataoka. Creio que você estava lá.
 Depois teve um evento na
 escola Panamericana, em home-
nagem ao Cortez. Existe uma foto 
desse lance na Panamericana 
que sempre aparece na 
internet, mas o Cazzamatta, 
que está no extremo direito da
 imagem, está identificado como
 outra pessoa. 
Sempre que vejo a foto, mando
 mensagem corrigindo. 

Fui até o Cazzamatta, para oferecer 
quadrinhos, recomendado pelo 
Minami e Toni Duarte. Dois amigos 
que já se foram, lamentavelmente.
 Entrei em uma brecha 
deixada por Ataíde Brás, amigo
 desde antes da Grafipar, que 
conhecia em um curso de quadri-
nhos do Sesc Tiradentes,
 em SP. Foi ele, que apresentou à
 mim e todos os que moravam 
em São Paulo, ao Cláudio
 Seto, da Grafipar, dessa vez abria 
as portas para mima na Sampa, 
onde o Paiva já estava,
 mas realizando outra coisa: 
Os livros de humor do Ary Toledo,
 que tinham tiragens imensas 
e eram um grande sucesso.



TONY 16: Tem ideia de quantos títulos 
nacionais você ajudou a
 lançar pela Sampa?

FRANCO:

Eu editei pra Sampa 8 títulos periódicos
 e várias edições especiais. Algumas em 
formato de álbum. E uma edição que eu 
e Carlos Cazzamatta gostamos muito, 
Estórias Adultas, com 250 páginas. 

Estórias Adultas foi um livro que
 homenageou a Editora 
Edrel do Minami Keizi. Com uma 
história de cada um dos autores 
daquela casa, que tinha um staf 
primoroso formado pelos 
nisseis Cláudio Seto, Paulo
 Fukue e Fernando Ikoma. 
No livro, que é raríssimo, publiquei
 também uma HQ do inovador 
Liesenfeld, que deixou o ramo
 quando a Edrel fechou. 

Sei que a Sampa teve em sua
 gênese a sua editora.
 O Carlos começou 
vendendo encalhes seus, 
se não me engano?

TONY 17: Não, o Turquinho
 (Carlos) não sei como ele conseguiu
 adquirir a editora Tálamus,
que estava tão falida quanto ele.
Era meu estúdio que produzia
as revistas para ele...

Na verdade, começamos produzir
para os antigos donos da
Tálamus. Depois veio o Cazza
e deu sorte, arrebentou vendendo
um poster do Menudo, que foi
nós que montamos.



Quando o conheci, o sujeito
era mais quebrado do que
arroz de terceira. Rsss.
Vendia revistas de banca em
banca pros antigos donos
da Tálamus, o Milton e o
falecido Cláudio, que também
foi meu sócio e acabou
indo pra terra-dos-pés-juntos
por excesso de goró (hi-fi).
Depois fundou a Nova Sampa,
sem dinheiro... batalhou e 
cresceu. Dei apenas uma 
forcinha (crédito, produtos
 e dicas).

O cara é ligeiro pra comércio,
você sabe... mas, tem
seus méritos. Se deu bem. 
Pra mim é um herói, conseguiu
sobreviver aos trancos
e barrancos. Comeu o
pão que o diabo amassou.
Merece estar onde chegou.
Este ramo é complicado.

Mas, voltando ao nosso papo...
 Pouco tempo depois, o iluminado 
P.P., lançou pela Sampa o livro 
de piadas do Ary Toledo, que 
chegou a vender hum milhão
 de exemplares, pelo que sei...
 você também colaborou 
para a realização do livro
 do Ary... – famoso humo-
rista da TV.

FRANCO:

Cheguei a produzir algumas capas. 
Pois foram vários livros derivados.
 Fiz mais as edições em formato de
 revista de bolso, principalmente
 as do Costinha, que eu
 tive o prazer de conhecer. 
Uma pessoa séria. 
Diferente da imagem 
irreverente 
da Televisão.

TONY 18: 

Há quem diga que você

 foi um do sócios da Mythos – 
editora que há anos lança Tex
 e outros títulos da Bonelli 
Comics... isto é verdade... 
como conheceu o Hélcio 
de Carvalho – ex-funcionário 
da Abril, que saiu e montou
 o Estúdio Artecomix, pioneiro 
em agenciar artistas 
brasileiros nos Estados 
Unidos - e o Dorival...

FRANCO:

Sim. Fui um dos fundadores.
 Tive a felicidade de criar aquele 
logotipo, que é aquela 
chama eterna...
 Mas minha vida pessoal
 me levou para o interior. 
Questões de família e saúde
 me levaram para Vinhedo, 
poucos meses depois de 
adquirimos o Tex. 



Eu conhecia o Helcio e Jotapê, 
do Art e Comix, quando eles abriram
 o estúdio e me convidaram para 
escrever artigos, para as revistas
 da Cedibra, e desenhos em
 dupla com Mozart Couto para
 o gibi Futebol e Raça, 
que eles produziam.


 Também para fazer arte final de
 Mozart para o gibi Brave Star,
 da Abril. Depois, recomendei à
 eles Joe Bennett e Deodato
 Filho, quando começaram a 
tentar o mercado 
norte-americano.

Quando eu estava encerrando 
meu estúdio em 1997, que 
produzia exclusivamente para a 
Sampa, fui para a Art e Comix, 
investir na Mythos...
Nossa estreia foi a revista 
licenciada Starlog. Um sucesso. 
Depois vieram os quadrinhos da 
Marvel e o Oscarzinho.






TONY 19: Por quê você saiu da 
sociedade e quanto tempo você
 esteve com eles?

FRANCO:

Problemas de saúde e familiares,
como já citei... Eu precisei 
me mudar para o interior.
 No começo vinha pra São Paulo
 todos os dias, depois não deu 
mais. Mas meu filho mais velho,
 Daniel, desde os 15 anos está 
na Mythos, hoje está 
com 36. Foi para lá comigo.
 Voltei para a Mythos em 2008, 
mas a estrutura já era outra,
 e eu estava também 
 numa outra empreitada, 
com a Opera Graphica.







TONY 20: Nas últimas décadas seu 
nome tem aparecido em tudo quanto 
é publicação – revistas em geral para 
diversas casas editoriais -, quer elas
 sejam sobre HQs, cinema etc. 
Como você consegue trabalhar e
 produzir tantoVocê conta com
 uma equipe de apoio, ou anda 
agenciando o pessoal?

FRANCO:

Sempre contei com muitos colabo-
radores. Muitos roteiristas, dese-
nhistas e editores de arte. 
Nunca trabalhei só com quadrinhos.
 E encontrei bom espaço nas 
editoras Escala e
 depois na Minuano. 
E, sempre, produzi para a Sampa. 
Nunca parei. Na Opera Gráfica 
investi um bocado em quadrinhos
 brasileiros, junto com 
Carlos Rodrigues.

TONY 21: No passado houve 
um tempo que até dava para 
viver fazendo HQs no Brasil... 
daí veio a TV a cabo – por
 assinatura -, a internet e as vendas 
degringolaram, no geral... as 
revistas se tornaram caras e 
luxuosas, as tiragens foram
 reduzidas. Em síntese, elas se 
tornaram inacessíveis para boa
 parte dos antigos leitores. 
Você acredita que as edições
 impressas – livros, jornais,
 HQs etc - estão fadadas a 
desaparecer... ou existe 
uma saída?

FRANCO:

Vejo que tudo evolui, se adequa,
 encontra seu espaço e se esta-
belece. Livros de arte e gibis 
bem impressos, obras de valor 
sobrevivem em papel. 
Ocorre que há um imenso 
leque de produtos piratas,
 imensurável. Os mangás que 
se avolumam nas bancas, pos-
suem um público leitor 
ainda maior pela internet. 

Leitores de scans. Os quadrinhos
 brasileiros independentes são 
milhares. O que divide o público. 
Pois o leitor só consegue 
absorver parte dele.
 Dos que conhece, são recomen-
dados e tem acesso. Hoje é chic
 ser autor de HQ, ser leitor e 
colecionador. 
Mas é um ramo muito disputado,
 que sofre a concorrências de 
trocentas mídias. Ter tempo pra
 ler gibi é o que conta.

TONY 22: Na maioria dos eventos que 
acontecem no país, sobre HQs, você
 está presente. Como consegue arrumar 
tempo para estar em todas, apesar 
da sua vida atribulada?

FRANCO:

Não consigo ir a todos. Só fui a um CCXP,
 porque lancei meu livro teórico, Mundo 
Geek de Super-Heróis. E meu Sketh Book
 Coustom. Mas gosto de festejar com os 
quadrinhistas. Vou onde consigo. 

Em São Paulo é mais fácil, como nos
 Fest Comix, HQMix, Angelo Agostini e 
Evento do Edson. Procuro não perder o 
FIQ em Belo Horizonte e a Bienal de 
Quadrinhos de Curitiba. Alás, foi no Gibi
 Com de Curitiba que eu conheci meu
 grande ídolo Fernando Ikoma.











 E ganhei novos amigos como 
Fabrizio Andriani e Antônio Eder.
 Para participar, basta eu trabalhar
 um pouco mais nos dias 
anteriores e posteriores.  
Gente tem que se programar.
 Pois o prazer de reencontrar os
 amigos, conhece novos artistas 
e poder trocar um abraço com
 Eduardo Risso, Salvador Sanz, 
Marcelo Quintanilha, Jaguar ou 
Bill Sienkiewicz, qualquer esforço 
é nada. Nos eventos é que a gente
 pode conversa com calma com os 
editores Rogério Campos, Cláudio
 Martini e Paulo Maffia. E também 
estudiosos como Paulo Ramos,
 Nobu Chinen  e Sônia Luyten.

TONY 23: As HQs nacionais só 
não foram extintas ainda graças
 aos editores independentes, 
eu acho. Nunca se publicou 
tantos gibis independentes 
de qualidade, como na
 atualidade. 

Haja visto que este ano na 

entrega do Troféu Angelo Agotini, 
inúmeros artistas\editores
 independentes 
foram contemplados. 
Isto prova como eles 
são de vital importância para 
as HQs brasileiras. Imprimir por 
demanda é a saída?

FRANCO:

É a tendência atual a impressão 
por demanda, o financiamento 
coletivo, tipo fundsXXXXX. 
E a associação com leis 
de incentivo estaduais. 
Em São Paulo, o Proac é o maior
 apoiador. O curioso é que,
 quando eu fazia meus fanzines,
 eles também eram com tiragens
 pequenas, de no máximo 120 
exemplares. 
Mas a qualidade das obras de 
hoje são muito superiores.
 O que eu fazia era incipiente.

TONY 24: O que nós fazíamos era
uma meleca. Esta é que é a verdade.
Rssss. Nos anos 90 a editora Escala,
 de Hercilio de Lourenzi – que começou
 como gerente da extinta gráfica 
Brasiliana – Vale avaliar...ele foi 
gerente uns 3 anos, e a Escala
 tem quase 30... entrou com tudo 
no mercado e também passou a
 lançar alguns títulos nacinais de
 HQs como: Lobo Guará 
(de Carlos Henry), Meteoro 
(de Roberto Guedes) e outros títulos
 de peso e você estava lá... Rsss. 




Onde se fomenta fazer
 HQs Franco de Rosa sempre
 está presente. Isto é incrível.
 Você também foi o responsável 
pelos lançamentos dos quadrinhos
 pela Escala...
 Como você conheceu o Hercílio
 e como surgiu a oportunidade 
de trabalhar com a editora dele?

FRANCO:

Bom. Eu conheci o Hercílio 
na Sampa. A editora Escala 
começou com a Sampa. 
Cheguei a fazer algumas revistas
 das primeiras obras dessa pareceria. 
Quando fui morar em Vinhedo o
 Hercílio fundou outra editora, a 
Canaã. Que tinha um depósito
 na cidade vizinha a Vinhedo, 
Louveira. Daí que produzi muitas
 coisas para a Canaã, e depois 
passei a realizar
 coisas para a Escala. 

Mas, como eu gosto de histórias
 em quadrinhos, sempre apresento 
projetos deste segmento editorial. 
Felizmente eles dão certo. 
Forma mais de 14 anos produzindo 
revistas infantis, 
quadrinhos, álbuns e livros.
  

TONY 25: Puro heroismo... Rsss.
Carlo Mann foi um dos mentores 
da editora Ópera Graphica, que
 também deu uma tremenda força
 para o mercado editorial brasileiro 
e que conseguiu resgatar 
veteranos da área, como: 
Shimamoto, Gedeone , Flávio Colin,
 Nico Rosso e  outras feras e lançar
 muita gente boa. Você estava 
com o Mann, também.
 Você foi sócio da Ópera?
 Como conheceu o Carlos Mann?
E, quanto tempo durou a parceria?

FRANCO:

Conheci o Carlos quando ele 
possuía uma banca de revistas
 de muito prestigio, chamada
Tiragem Limitada, em sociedade
 com o Joel Cardoso. 
Escrevi sobre a inciiativa 
deles na Folha da Tarde, 
ou eu tinha duas páginas 
semanais sobre quadrinhos. 
Depois, quando a Canaã
 entrou em atividade, o Carlos
 era dono do estúdio que 
produzia para a Escala e
 Canaã: O estúdio Opera gráfica.

 Fornecendo para o mesmo cliente, 
e já nos conhecendo, ocorreu 
de começarmos a conversar 
sobre quadrinhos brasileiros.
 Carlos já havia lançado da Brasilian
 Heavy Metal que é um livro fabuloso.
 Talvez a melhor antologia da década 
de 1990, de autores nacionais.

 Depois ele bancou um álbum 
do Shima, Sombras. Papo vai,
 papo vem, agente montou a 
editora Opera Graphica 
permutando trabalho
 com a Escala. 
Estreamos com um livro 
do Shima e um do Marcatti, 
Restolhada. Daí segimos por
 uma década e pouco...





TONY 26:  Infelizmente, a maioria das
 editoras que se propõem a editar HQs
 nacionais, em geral, se dão mal. 
Já vimos este “filme” várias vezes.
Aliás, minhas editoras também
foram pro saco... Rssss. E, até  
 mesmo a poderosa editora Abril 
“quebrou a cara” com as revistas 
CRÁS e Aventura e Ficção – 
publicações nacionais – e com
 diversos títulos que lançou após
 a saída do Maurício e da Turma da
 Mônica, que acabaram migrando
 para a editora Globo nos ano 90. 
Qual é a sua opinião 
sobre essa serie de fracassos
 que ocorreram ao longo
 do século XX?   








 FRANCO:

Crás foi um fracasso. 
Os outros casos não. 
Tiveram seus períodos. 
Seu público. Crás era
 pretenciosa. E misturava obras
 infantis com juvenis e adultas. 
Mas os colecionadores de gibi, 
como eu, gostaram da Crás.
 Vimos muitas graphic 
novels frágeis fracassar.
 Álbuns europeus.
 Mas isso porque a linguagem 
do quadrinho europeu não
 funciona aqui. Mesmo os
 filmes não são populares. 
São raros os sucessos.

TONY 27: Por sorte, alguns intrépidos 
editores, apesar de “tomarem porradas 
não descem do rinque”, num verdadeiro 
trabalho de heróis da resistência 
e isto dignifica as HQs produzidas 
no Brasil, que surgem, desaparecem e,
 subitamente, ressuscitam. Rsss... 
Por exemplo, Carlos Mann, volta 
atacar, desta feita como 
Carlos Rodrigues,
 pelo selo Criativo. 



O fera tem lançado
 a serie Sketch Book, com diversos
 artistas renomados e 
novos autores.
A primeira serie de Sketchs 
lançadas no Memorial da 
América Latina 
este ano contava com mais 
de 35 volumes de diversos 
artistas. O lançamento foi
 bem-sucedido.
 E adivinha quem
 é o produtor da serie?
 Franco de Rosa... Rsss. 
Aliás, grato pelo convite...

Novos Sketchs foram também 
lançado este ano durante a
 entrega do Troféu Angelo 
Agostini.
 PERGUNTO: Como
 surgiu a oportunidade de 
“embarcar” neste novo
 e ousado projeto do Carlos... 
quantos autores já foram
 publicados? E o principal: 
Como os interessados
 poderão adquirir as
belas edições?





FRANCO: 

Não sou o produtor da serie. 
Editei algumas das primeiras
 edições. Minha obra está 
no volume 1 porque 
eu fiz a edição piloto, a que foi 
mostrada para os artista 
convidados... 
É um experiência ousada, 
típica do Carlos Rodrigues.
 Esse é o perfil dele, com 
direito a trocadilho. 
Carlos é criativo... 
E, como acompanho a 
carreira dele desde o início,
 quando fazia a revistinha 
Comix Magazine.

 Digo que ele é um genial artista

 gráfico nato. Que sabe como
 fazer aquilo que o leitor consegue 
identificar de imediato.
 Por ter se formado no balcão 
de uma banca de revistas, 
sabe o que agrada e 
conquista o leitor.

Pois bem, meu amigo Toninho

 Mendes, recém-falecido, sempre 
dizia que Carlos é um puta
 editor. Que deve ser respeitado 
sempre lembrado. Agora,
 Carlos veio com esta novidade. 
Uma coleção que apresenta 
os bastidores e os desenhos
 preferidos dos artistas. 
Desde cartunistas, "tiristas", 
ilustradores, animadores, 
"vinhetistas", enfim, 
gente de todos os 
segmentos do 
desenho gráfico. 

Obras individuais com 

tiragens de apenas 
50 exemplares...
 Porém lançadas em eventos, 
em series de 20 edições 
diferentes pelo menos. 
Que podem ser
 adquiridas apenas nos eventos 
ou pelo site da Criativo Editora.
http://www.criativostore.com.br/


  








TONY 28: Um sonho?

FRANCO:


Um longa-metragem tratando da 
história em quadrinhos brasileira. 
Um misto de ficção com documentário

TONY 29: Alguma frustração

 profissional?

FRANCO:


Não ter conseguido publicar a última
 história do Príncipe valente, desenhada
 por Hal Foster, mesmo tendo pago os
 royalties adiantado para 
a King Features.
 Eles não enviaram material para
 reprodução em tempo hábil, pois só 
mandavam refugo digitalizado.

TONY 30: DEUS... O que Ele é na 
sua concepção...

FRANCO:


Nem ele nem ela. É tudo. 
A quem agradeço por estar vivo, 
sempre que acordo e 
vou dormir. É a vida que
 sinto em mim.

TONY 31: Religiões...

Todas. Religião é Fé. 
Fé é acreditar em sí. 
Porque Deus está em você.

FRANCO:

TONY 32: Livros, revistas de HQs e 
filme que você recomenda...

FRANCO:

Pra quem gosta de super-heróis, 
todos os Nick Fury e Capitão
 América escritos e desenhados
 Jim Steranko...
 Toda a coleção da Krypta, e Shock,
 da RGE. Tudo do Carls Barks.
 A Revolução do Bichos e 1984, 
de George Orwell. 

Os álbuns do Marcelo 

Quintanilha, Sábado de Meus 
Amores, Talco de Vidro e 
Tungestênio... 
O Cortiço de Aluísio Azevedo. 
Talk Talk, de Will eisner
 e Marvel Comics, a História Secreta,
 de Sean Howe. Todo o Príncipe
 Valente de Hall Foster. 










Versão Brasileira Herbert Richards,

 de Gonçalo Junior. Tudo de 
Salvador Sanz.
 Batman O Cavaleiro das Trevas,
 A Piada Mortal e A Balada 
do Mar Salgado, de Hugo Pratt. 
Ouse Tudo, de Danuza
 Leão. Todos os livros de Luiz
 Fernando Veríssimo. 100 Anos
 de Solidão, de Gabriel Garcia 
Marques. Fradim, do Henfil.
 Qualquer aventura do 
The Spirit de Will Eisner.
 E, pra encerrar: A Luz Que 
Não se Apaga, de Carlos
 Alberto de Nóbrega 
(pra rolar de rir).

TONY 33: Ô locooo... isto é que
são dicas. Rssss...
Time de futebol do coração...

FRANCO:


Palmeiras...

TONY 34: Mais um porcão... Rsss.
 As HQs digitais vieram 
para ficar? O que acha?

FRANCO:


Tomara. Bom ter um leitor de 
qualidade a preço acessível. 
Mas nada substitui
 o cheiro da tinta de 
impressão no papel.



TONY 35: Isso é o que pensa nós, 

os bengalas, mas a nova geração
 não pensa assim, infelizmente...
  Para finalizar, deixe aí seu 
e-mail para contato, site
etc... e uma mensagem de
 otimismo para todos
 os jovens que sonham em fazer,
 profissionalmente HQs...

FRANCO:


Instagram, idem
Face book: Franco de Rosa

Desenhem, estudem arte.
 Leiam livros. 
Em uma mesa, em um
 evento da USP, sobre HQ, 
ao lado do editor Rogerio 
Campos, da icônica revista 
Animal, os gêmeos Fábio 
Moon e Gabriel Bá, eu 
e muita gente do ramo que
 estava na plateia, unanime-
mente elegemos o roteiro
 como o que há de mais
 importante em uma HQ.
 Portanto, criem 
boas histórias.

TONY 36: Boa dica. Quem quer
escrever bem tem que ler nuito,
muito... Que Deus o mantenha
 você entre nós, meu chapa, 
 por muito anos, com
 este espírito guerreiro. 
Até a próxima, cowboy!

FRANCO:


Meu avô era tropeiro. 
Daí que a saudação
 final é sempre, adeus! 
Até breve!
Lembrança de Curitiba, Grafipar, com os amigos
                               




Com Zalla e Zé do Caixão



Com Cláudio Seto





























Copyright Tony Fernandes\Pegasus Studio –
S. Paulo – SP – Brasil




Todos os Direitos Reservados

OBS: As imagens contidas neste

depoimento teem o cunho meramente
ilustrativo. Seus direitos autorais
pertencem aos autores e seus
representantes legais.

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