AS MULHERES OUSADAS
DAS HISTÓRIAS
O cinema e as histórias em quadrinhos
do passado sempre apresentaram mulheres
frágeis, submissas e que dependiam
de seus parceiros viris e corajosos, sempre
dispostos a distribuir porradas quando
sua donzela estava em perigo.
Raras vezes a figura feminina,
principalmente,
nas HQs exalavam sexappel,
eram bem comportadas.
do passado sempre apresentaram mulheres
frágeis, submissas e que dependiam
de seus parceiros viris e corajosos, sempre
dispostos a distribuir porradas quando
sua donzela estava em perigo.
Raras vezes a figura feminina,
principalmente,
nas HQs exalavam sexappel,
eram bem comportadas.
Isto ocorria porque as mulheres eram,
socialmente falando, totalmente
dependente dos homens que se
esforçavam para prover a família
enquanto elas cuidavam das casas
e crianças. Outro fator determinante
no comportamento feminino nas
primeiras HQs é que inicialmente
esse material era focado
no público infantil.
socialmente falando, totalmente
dependente dos homens que se
esforçavam para prover a família
enquanto elas cuidavam das casas
e crianças. Outro fator determinante
no comportamento feminino nas
primeiras HQs é que inicialmente
esse material era focado
no público infantil.
A primeira, digamos, gracinha deliciosa
e assanhadinha dos quadrinhos
apareceu nas tiras de jornais
do casal Pafúncio e Marocas.
A garota, que era filha deles,
vivia caçando namorados.
e assanhadinha dos quadrinhos
apareceu nas tiras de jornais
do casal Pafúncio e Marocas.
A garota, que era filha deles,
vivia caçando namorados.
No Brasil, o primeiro a fazer
garotas insinuantes foi Ângelo Agostini,
que iniciou sua carreira de cartunista
no século XIX (foi um pioneiro no país)
e suas sátiras visavam
sempre o público adulto.
garotas insinuantes foi Ângelo Agostini,
que iniciou sua carreira de cartunista
no século XIX (foi um pioneiro no país)
e suas sátiras visavam
sempre o público adulto.
Entretanto, na produção dos primeiros
trinta anos das histórias em
quadrinhos, series como Flash
Gordon, O Fantasma, Mandrake,
Superman e outras apresentavam
sempre as mulheres como
coadjuvantes ou como vilãs.
trinta anos das histórias em
quadrinhos, series como Flash
Gordon, O Fantasma, Mandrake,
Superman e outras apresentavam
sempre as mulheres como
coadjuvantes ou como vilãs.
Atualmente, a sensualidade das
personagens femininas das HQs
aflora e desenhistas e editores
se esforçam para atrair a atenção
do público jovem com super-heroinas
e vilãs deliciosas. Vide Bat girl,
Mulher-Gato, Mulher-Maravilha
e outras. Mulheres sexies são
fundamentais nas novas
series criadas a partir
do século XX.
personagens femininas das HQs
aflora e desenhistas e editores
se esforçam para atrair a atenção
do público jovem com super-heroinas
e vilãs deliciosas. Vide Bat girl,
Mulher-Gato, Mulher-Maravilha
e outras. Mulheres sexies são
fundamentais nas novas
series criadas a partir
do século XX.
AVENTURAS COM
MULHERES DELICIOSAS
A primeira serie de quadrinhos de aventuras
publicada nos jornais dos Estados Unidos
se chamava Wash Tubbs (Tubinho, no Brasil)
e apresentava figuras femininas com
corpos bem torneados e estonteantes,
apesar delas serem baixinhas e gordinhas,
conforme a idéia de padrão de beleza
daquela época remota. A arte era de Roy Crane,
um texano, que após ter passado por
diversas escolas de arte acabou ingressando
na marinha. Nas horas vagas criou Wash
Tubbs, porém só em 1924 ele conseguiu
realizar um velho sonho: se tornar autor
de uma serie de aventura continuada,
quando fechou contrato
com o Chicago Tribune.
publicada nos jornais dos Estados Unidos
se chamava Wash Tubbs (Tubinho, no Brasil)
e apresentava figuras femininas com
corpos bem torneados e estonteantes,
apesar delas serem baixinhas e gordinhas,
conforme a idéia de padrão de beleza
daquela época remota. A arte era de Roy Crane,
um texano, que após ter passado por
diversas escolas de arte acabou ingressando
na marinha. Nas horas vagas criou Wash
Tubbs, porém só em 1924 ele conseguiu
realizar um velho sonho: se tornar autor
de uma serie de aventura continuada,
quando fechou contrato
com o Chicago Tribune.
Crane adorava desenhar mulheres roliças,
gostosas. A serie criada por ele foi um
sucesso, principalmente depois que
ele acrescentou a ela um novo personagem
Capitão Easy (Capitão César, no Brasil),
que acabou virando o
personagem principal.
gostosas. A serie criada por ele foi um
sucesso, principalmente depois que
ele acrescentou a ela um novo personagem
Capitão Easy (Capitão César, no Brasil),
que acabou virando o
personagem principal.
Crane foi inovador e ousado, porque foi
primeiro artista da América a fazer
mulheres sensuais.
primeiro artista da América a fazer
mulheres sensuais.
Convém frisar que antes do surgimento
das revistas em quadrinhos nos Estados
Unidos haviam as chamadas revistas
pulps, que eram baratas impressas
em papel de péssima qualidade, como:
Amazing Detective, Police Cases etc.
Muitas delas traziam desenhos
considerados ousados de
mulheres seminuas.
das revistas em quadrinhos nos Estados
Unidos haviam as chamadas revistas
pulps, que eram baratas impressas
em papel de péssima qualidade, como:
Amazing Detective, Police Cases etc.
Muitas delas traziam desenhos
considerados ousados de
mulheres seminuas.
A PRIMEIRA MODELO
OUSADA
Mas saiba que... A modelo Betie Page foi a
primeira mulher a aparecer de calcinha
mostrando os peitos nesse tipo de
publicação. Durante a segunda Grande
Guerra Mundial (1939-1945) Betty virou a
pin-up predileta das tropas inglesas e
até foi considerada “A arma secreta
britânica”, por estimular as tropas
fazendo shows para os soldados do front.
primeira mulher a aparecer de calcinha
mostrando os peitos nesse tipo de
publicação. Durante a segunda Grande
Guerra Mundial (1939-1945) Betty virou a
pin-up predileta das tropas inglesas e
até foi considerada “A arma secreta
britânica”, por estimular as tropas
fazendo shows para os soldados do front.
Enquanto ela percorria o front outra atriz
interpretava Jane nas casas de
strip-tease numa película cinematográfica
chamada The Adventures of Jane em
1949, no primeiro filme que mostrava
uma mulher ousada. Mesmo assim Betie
Page, em carne,osso e curvas, superou
Jane, se tornou tão popular que acabou
virando a grande musa erótica
do pós-guerra.
interpretava Jane nas casas de
strip-tease numa película cinematográfica
chamada The Adventures of Jane em
1949, no primeiro filme que mostrava
uma mulher ousada. Mesmo assim Betie
Page, em carne,osso e curvas, superou
Jane, se tornou tão popular que acabou
virando a grande musa erótica
do pós-guerra.
PIONEIRISMO E
SENSUALIDADE
NAS TIRAS DE
JORNAIS INGLESES
A primeira serie de tiras picantes produzida
por
um britânico chamava-se Jane’s Jornal –
Or The Diary of Bright Young Thing
(no ganhou o título de Brasil Jane Pouca Roupa).
A personagem foi inspirada na atriz Claudette
Colbert estreou no Daily Mirror
um britânico chamava-se Jane’s Jornal –
Or The Diary of Bright Young Thing
(no ganhou o título de Brasil Jane Pouca Roupa).
A personagem foi inspirada na atriz Claudette
Colbert estreou no Daily Mirror
no dia 5 de dezembro de 1932,
causando muita polêmica.
causando muita polêmica.
A tira de jornal, que provocou protestos
findou em 1959, porém, suas aventuras
já estavam bem mais românticas
do que maliciosas.
findou em 1959, porém, suas aventuras
já estavam bem mais românticas
do que maliciosas.
A tira de jornal inovadora que apresentava
uma personagem cheia de sensualidade
e que provocou veementes protestos
inicialmente findou em 1959, porém, suas
aventuras foram amainando com o
tempo e já estavam bem mais
românticas do que maliciosas.
uma personagem cheia de sensualidade
e que provocou veementes protestos
inicialmente findou em 1959, porém, suas
aventuras foram amainando com o
tempo e já estavam bem mais
românticas do que maliciosas.
A SENSUAL BETTY BOOP
Max Fleischer, um desenhista de animação
que era o principal concorrente de Walt Disney,
na época, criou em 1929 (quando iniciava o
cinema de animação) Betty Boop.
Devido ao sucesso da cabeçuda sensual
alcançado nas telas em 1934 ela migrou
para os quadrinhos, para as tiras diárias
e para as páginas dominicais.
A personagem aparece como uma atriz
que era o principal concorrente de Walt Disney,
na época, criou em 1929 (quando iniciava o
cinema de animação) Betty Boop.
Devido ao sucesso da cabeçuda sensual
alcançado nas telas em 1934 ela migrou
para os quadrinhos, para as tiras diárias
e para as páginas dominicais.
A personagem aparece como uma atriz
cinematográfica de cabelos escuros e olhos
arregalados, cintura fina e coxas roliças,
sempre a mostra. Suas aventuras eram
uma sátira das estrelas dos
primeiros anos da Meca do cinema,
Hollywood.
A personagem que era
altamente erotizada foi criada baseada
na cantora Helen Kane, que ao
se ver caricaturizada
decidiu mover uma ação judicial
contra Fleischer.
arregalados, cintura fina e coxas roliças,
sempre a mostra. Suas aventuras eram
uma sátira das estrelas dos
primeiros anos da Meca do cinema,
Hollywood.
A personagem que era
altamente erotizada foi criada baseada
na cantora Helen Kane, que ao
se ver caricaturizada
decidiu mover uma ação judicial
contra Fleischer.
Em novembro de 1938, a charmosa
personagem que
personagem que
provocou muitos protestos sumiu
das HQs e seus desenhos
das HQs e seus desenhos
onde ela sempre aparecia com pouca
roupa também não foram mais exibidos
devido a protestos da Liga da Decência.
roupa também não foram mais exibidos
devido a protestos da Liga da Decência.
Porém, a personagem virou cult.
Nos anos 60 seus desenhos
Nos anos 60 seus desenhos
e HQs voltaram a ser reprisados e ganhou
dois longas cinematográficos.
Desapareceu de vez da mídia.
dois longas cinematográficos.
Desapareceu de vez da mídia.
Ainda hoje a sedutora vedete Betty Boop
é reconhecida e reverenciada
em diversas partes do mundo.
é reconhecida e reverenciada
em diversas partes do mundo.
A DEUSA DOS PRACINHAS
AMERICANOS
AMERICANOS
Uma morena esguia, altamente sensual, linda,
de corpo perfeito, fingindo inocência, usando
vestido justo e decotado fez a cabeça
dos soldados da América. A personagem,
Miss Lace (Senhorita Redá de Seda)
foi criada por Milton Caniff, o mais badalado
autor de HQs, do pré-guerra, criador
da serie Terry e Os Piratas).
Lace de vez em quando também aparecia
em trajes íntimos e isto enlouquecia os fãs
daquela serie de tiras de jornais.
de corpo perfeito, fingindo inocência, usando
vestido justo e decotado fez a cabeça
dos soldados da América. A personagem,
Miss Lace (Senhorita Redá de Seda)
foi criada por Milton Caniff, o mais badalado
autor de HQs, do pré-guerra, criador
da serie Terry e Os Piratas).
Lace de vez em quando também aparecia
em trajes íntimos e isto enlouquecia os fãs
daquela serie de tiras de jornais.
Miss Lace foi criada em 1942 por
encomenda do Camp Newspaper
Service, que atuava como a imprensa
militar americana durante a
Segunda Grande Guerra Mundial.
encomenda do Camp Newspaper
Service, que atuava como a imprensa
militar americana durante a
Segunda Grande Guerra Mundial.
Outras personagens como Lace,
Burma e Lady Dragão
Burma e Lady Dragão
povoaram a mente de uma geração
devido a sensualidade
devido a sensualidade
delas. Os desenhos de Cannif eram
pregados nas paredes
pregados nas paredes
dos alojamentos militares ao lado de fotos
de atrizes como Betty Grable, Lana
Turner e Rita Hayworth, que eram
símbolos sexuais daquela época.
Enfm, todos se apaixonavam pelas
mulheres desenhadas por Cannif.
Os soldados batizaram a serie de Male
Call (Instinto Masculino).
Essas tiras semanais que se
de atrizes como Betty Grable, Lana
Turner e Rita Hayworth, que eram
símbolos sexuais daquela época.
Enfm, todos se apaixonavam pelas
mulheres desenhadas por Cannif.
Os soldados batizaram a serie de Male
Call (Instinto Masculino).
Essas tiras semanais que se
tornaram clássicas foram publicadas
em mais de 2 mil
em mais de 2 mil
jornais pelo mundo afora.
OCTOBRIANA
Esta personagem surgiu no início
dos anos 60. Octobriana
dos anos 60. Octobriana
era um mulheraço de pele bronzeada,
cabelos loiros, olhos negros e agressivos,
seios grandes, ancas largas e pernas per-
feitas. Em sua testa havia o símbolo do
comunismo russo: uma estrela de cinco
pontas. A personagem que era expert
cabelos loiros, olhos negros e agressivos,
seios grandes, ancas largas e pernas per-
feitas. Em sua testa havia o símbolo do
comunismo russo: uma estrela de cinco
pontas. A personagem que era expert
em lutas corporais e perita em armas
representava os membros do PPP
(Pornografia Política
representava os membros do PPP
(Pornografia Política
Progressiva) da cidade de Kiev,
segundo os autores.
segundo os autores.
Em 1971, foi publicado na Inglaterra um
álbum de quase 200 páginas chamado
Octobriana and The Russian Underground.
álbum de quase 200 páginas chamado
Octobriana and The Russian Underground.
Foi assim que os leitores do Ocidente
tomaram conhecimento
tomaram conhecimento
a heroína mais sensual das HQs pro-
duzidas na Rússia.
duzidas na Rússia.
Tempos depois descobriram que o
tal PPP foi idealizado por um grupo
de estudantes, intelectual não-ativista,
aliado e dissidentes russos. Entretanto,
Octobriana jamais foi publicada em seu
país de origem, a União Soviética.
Octobriana jamais foi publicada em seu
país de origem, a União Soviética.
Há quem diga que as HQs da deliciosa
personagem editadas
personagem editadas
em solo russo eram panfletárias ou que
saiam numa revista clandestina chamada
Mtsyry, não tinha balões ou diálogos e
ironizava os imperialismos
soviético e americano.
saiam numa revista clandestina chamada
Mtsyry, não tinha balões ou diálogos e
ironizava os imperialismos
soviético e americano.
Na Inglaterra suas HQs tinham roteiro,
em geral, bem humorado.
em geral, bem humorado.
A personagem representava a liberdade
e a revolta dos países do Leste
e a revolta dos países do Leste
europeu contra os imperialistas
que após derrotarem os nazistas deci-
diram dividir o mundo em dois blocos:
um socialista e outro capitalista.
que após derrotarem os nazistas deci-
diram dividir o mundo em dois blocos:
um socialista e outro capitalista.
BARBARELLA
Enquanto os quadrinhos da americanos
eram cada vez mais infantis, devido ao
famoso código de ética, na Europa os
produtores de HQs se empenhavam em
desenvolver temáticas mais adultas.
Assim surgiu Barbarella, criada por Jean-
Claude Forest, baseando-se na musa mais
sensual do cinema francês, Brigitte Bardot.
Esta personagem apareceu em apenas
três álbuns a saber: Lês Colères du Mange
Minutes (1968) e Lê Semble-Lune (1977).
Ela foi a primeira musa dos quadrinhos
eróticos.
A principal temática de suas aventuras
altamente sexuais era o futuro.
Vivia num planeta distante e inóspito.
eram cada vez mais infantis, devido ao
famoso código de ética, na Europa os
produtores de HQs se empenhavam em
desenvolver temáticas mais adultas.
Assim surgiu Barbarella, criada por Jean-
Claude Forest, baseando-se na musa mais
sensual do cinema francês, Brigitte Bardot.
Esta personagem apareceu em apenas
três álbuns a saber: Lês Colères du Mange
Minutes (1968) e Lê Semble-Lune (1977).
Ela foi a primeira musa dos quadrinhos
eróticos.
A principal temática de suas aventuras
altamente sexuais era o futuro.
Vivia num planeta distante e inóspito.
Jean-Claude criou a personagem em 1962,
Ela foi a primeira mulher heroína das HQs
mundiais que se entregava sem pudor para
seres alados, cruéis vilões e até para um
robô. Barbarella, uma HQ feita para adultos,
apesar de não apresentar cenas de sexo
explícito, revolucionou o mercado
mundial do cinema e das
histórias em quadrinhos.
Ela foi a primeira mulher heroína das HQs
mundiais que se entregava sem pudor para
seres alados, cruéis vilões e até para um
robô. Barbarella, uma HQ feita para adultos,
apesar de não apresentar cenas de sexo
explícito, revolucionou o mercado
mundial do cinema e das
histórias em quadrinhos.
Na França ela foi publicada em 1964
e no Brasil em 1968.
e no Brasil em 1968.
No cinema a personagem
ousada e sensualíssima
ousada e sensualíssima
LITTLE ANNIE FANNY
Certa feita, o cartunista Harvey Kurtzman,
após tentar inúmeras vezes criar uma
revista que pudesse obter o mesmo sucesso
de sua criação máxima, Mad, em parceria com
outro desenhista da Mad, Will Elder, criaram
Little Annie Fanny (Aninha - a Engraçadinha).
A personagem foi baseada num clássico
dos quadrinhos americanos, que foi adaptado
para o cinema e em peças teatrais:
A Pequena Órfã.
após tentar inúmeras vezes criar uma
revista que pudesse obter o mesmo sucesso
de sua criação máxima, Mad, em parceria com
outro desenhista da Mad, Will Elder, criaram
Little Annie Fanny (Aninha - a Engraçadinha).
A personagem foi baseada num clássico
dos quadrinhos americanos, que foi adaptado
para o cinema e em peças teatrais:
A Pequena Órfã.
A nova personagem foi publi-
cada pela primeira
vez em 1962 na revista Playboy americana.
No Brasil, infelizmente, a serie começou a
ser publicada também na versão nacional
da referida publicação dedicada ao público
masculino, porém a serie foi interrompida
devido a problemas com direitos autorais.
cada pela primeira
vez em 1962 na revista Playboy americana.
No Brasil, infelizmente, a serie começou a
ser publicada também na versão nacional
da referida publicação dedicada ao público
masculino, porém a serie foi interrompida
devido a problemas com direitos autorais.
As HQs da erótica Little Annie Fanny,
que geralmente aparecia nua exibindo seios
fartos, eram um misto de humor, sensualidade
e crítica social. A fórmula deu certo e o
que geralmente aparecia nua exibindo seios
fartos, eram um misto de humor, sensualidade
e crítica social. A fórmula deu certo e o
sucesso foi estrondoso e a serie
destinada ao público
destinada ao público
adulto tornou-se um clássico do gênero.
Mas, na época, mostrar a genitália e sexo
explícito não era permitido. Mesmo assim
os marmanjos se deliciavam com
explícito não era permitido. Mesmo assim
os marmanjos se deliciavam com
aquela bela personagem. Anos depois, a
revista inglesa Penthouse decidiu também
criar uma personagem similar a Annie,
mas não obteve o mesmo sucesso.
revista inglesa Penthouse decidiu também
criar uma personagem similar a Annie,
mas não obteve o mesmo sucesso.
Segundo o desenhista Will Elder, outras
feras do traço também colaboraram para dar
continuidade a serie, como:
feras do traço também colaboraram para dar
continuidade a serie, como:
Frank Frazetta, Russ Heath e Jack Davis,
fazendo os desenhos a
fazendo os desenhos a
lápis. Em geral as HQs eram de cinco
págs em cores. Em 1978, no auge
do sucesso, a serie foi encerrada.
págs em cores. Em 1978, no auge
do sucesso, a serie foi encerrada.
Uma das mais sexies musas do mundo das
HQs foi criada pelo arquiteto italiano,
apaixonado por quadrinhos, Guido
Crepax em 1965. A personagem, destinada
ao público adulto, surgiu como coadjuvante
na serie Nêutron, na revista intelectual
chamada Linus, que também apresentava
como atração principal a Turma do
Charlie Brown, obra máxima
de Charles Schulz.
HQs foi criada pelo arquiteto italiano,
apaixonado por quadrinhos, Guido
Crepax em 1965. A personagem, destinada
ao público adulto, surgiu como coadjuvante
na serie Nêutron, na revista intelectual
chamada Linus, que também apresentava
como atração principal a Turma do
Charlie Brown, obra máxima
de Charles Schulz.
O milanês, Crepax, apesar de ter se
formado em arquitetura em 1958 nunca
exerceu a profissão inicialmente se
dedicou às artes plásticas e gráficas.
Depois, decidiu entrar de corpo e alma
na produção de HQs criando Valentina, que
foi publicada pela primeira vez em 1965,
num estilo gráfico inovador, num show
formado em arquitetura em 1958 nunca
exerceu a profissão inicialmente se
dedicou às artes plásticas e gráficas.
Depois, decidiu entrar de corpo e alma
na produção de HQs criando Valentina, que
foi publicada pela primeira vez em 1965,
num estilo gráfico inovador, num show
de claro e escuro.
Quando surgiu em Nêutron (uma espécie de
super-herói intelectual que não usava máscara
ou uniforme), a magérrima
Valentina Rosseli era apenas uma modelo.
Esta serie de HQ tinha um grafismo diferenciado,
estiloso, inconfundível e as narrativas ocorriam
em níveis diferenciados, num misto de realidade
e sonhos. Tudo isso numa linguagem
altamente cinematográfica.
Esta serie de HQ tinha um grafismo diferenciado,
estiloso, inconfundível e as narrativas ocorriam
em níveis diferenciados, num misto de realidade
e sonhos. Tudo isso numa linguagem
altamente cinematográfica.
A personagem, sem dúvida, revolucionou
as HQs italianas que passaram a ser
denominadas pejorativamente pelos
as HQs italianas que passaram a ser
denominadas pejorativamente pelos
facistas como “Fumettis”, porque achavam
que aqueles quadrinhos eram destinados
para desmiolados.
que aqueles quadrinhos eram destinados
para desmiolados.
No Brasil, Valentina debutou na revista
O Grilo. Depois, ela teve edições no
formato pocketbook, em 1973. Há anos seus
álbuns fazem sucesso nas livrarias.
O Grilo. Depois, ela teve edições no
formato pocketbook, em 1973. Há anos seus
álbuns fazem sucesso nas livrarias.
Devido ao sucesso de Valentino, muitos
autores
europeus investiram em HQs repletas de
mulheres nuas, cujas aventuras apresentavam
textos intelectualizados. A trilha de Crepax foi
seguida por Enric Sió, nos anos 70, e
outros grandes artistas.
europeus investiram em HQs repletas de
mulheres nuas, cujas aventuras apresentavam
textos intelectualizados. A trilha de Crepax foi
seguida por Enric Sió, nos anos 70, e
outros grandes artistas.
Guido Crepax além de Valentina também
criou outras personagens sensualíssimas,
como: Bianca e Anita.
Outros autores influenciados pelo estilo
de narrativa ousada do artista italiano criaram
Jodelle (na França, cujo autor foi Gui Pallaert),
Octobriana (na Rússia, criada por dissidentes
soviéticos) e As Aventuras de Pravda.
de narrativa ousada do artista italiano criaram
Jodelle (na França, cujo autor foi Gui Pallaert),
Octobriana (na Rússia, criada por dissidentes
soviéticos) e As Aventuras de Pravda.
AS OUSADAS DAS HQs
BRASILEIRAS
Apesar dos ingleses lançarem HQs com
personagens femininas erotizadas desde a
década de 30, como Jane Pouca Roupa,
como já citei, e na França Barbarella ter
escandalizado os puristas tradicionalistas,
em 1962, abaixo da linha do Equador, no
Brasil, elas apareceram inicialmente nos
quadrinhos de terror lançados pela editora
Taika, nos anos 60. Mas foi somente em 1968,
quando a editora Edrel de Minami Keizi
começou a lançar títulos
como Estórias Adultas,
Garotas e Piadas, O Paquera e Gibi
Moderno é que o quadrinho com
conteúdo para adultos aflorou.
personagens femininas erotizadas desde a
década de 30, como Jane Pouca Roupa,
como já citei, e na França Barbarella ter
escandalizado os puristas tradicionalistas,
em 1962, abaixo da linha do Equador, no
Brasil, elas apareceram inicialmente nos
quadrinhos de terror lançados pela editora
Taika, nos anos 60. Mas foi somente em 1968,
quando a editora Edrel de Minami Keizi
começou a lançar títulos
como Estórias Adultas,
Garotas e Piadas, O Paquera e Gibi
Moderno é que o quadrinho com
conteúdo para adultos aflorou.
SURGE NAIARA, A NINFETA!
Naiara, a filha de Drácula, criada pela
roteirista e escritora
roteirista e escritora
Helena Fonseca e que foi magistralmente
desenhada pelo saudoso professor Nico
Rosso foi a primeira figura feminina ousada
dos quadrinhos nacionais surgiu em 1968.
desenhada pelo saudoso professor Nico
Rosso foi a primeira figura feminina ousada
dos quadrinhos nacionais surgiu em 1968.
Ela usava minissaia e tinha um
corpinho escultural.
corpinho escultural.
Nico, um grande mestre do claro e escuro
e das histórias de terror, mas que também
produziu HQs de diversos gêneros, sempre
com o mesmo afinco, desenhou mulheres
deliciosas, estonteantes que fizeram
a cabeça dos leitores.
e das histórias de terror, mas que também
produziu HQs de diversos gêneros, sempre
com o mesmo afinco, desenhou mulheres
deliciosas, estonteantes que fizeram
a cabeça dos leitores.
Rosso também desenhou a serie
a hilária Seção Terrir, serie em
que as protagonistas eram irmãs, deli-
ciosas bruxinhas muito sensuais, que
vestiam baby-dolls e minúsculas
lingerires transparentes.
a hilária Seção Terrir, serie em
que as protagonistas eram irmãs, deli-
ciosas bruxinhas muito sensuais, que
vestiam baby-dolls e minúsculas
lingerires transparentes.
Somente a partir de 1968 é que os seios
foram mostrados em evidência nos títulos:
O Estranho Mundo de Zé do Caixão e
A Cripta, que continham argumentos do
genial Rubens Lucchetti com
desenhos de Nico Rosso.
foram mostrados em evidência nos títulos:
O Estranho Mundo de Zé do Caixão e
A Cripta, que continham argumentos do
genial Rubens Lucchetti com
desenhos de Nico Rosso.
Rosso também ilustrou com maestria
a serie Seleções de Terror, nos anos 60,
cujo principal protagonista era
O Conde Drácula.
a serie Seleções de Terror, nos anos 60,
cujo principal protagonista era
O Conde Drácula.
O mestre das HQs de terror contou na
ocasião com a colaboração de dois
assistentes Josmar Fevereiro e João
Rosa, ambos seus ex-alunos da
Escola Panamericana de Arte.
ocasião com a colaboração de dois
assistentes Josmar Fevereiro e João
Rosa, ambos seus ex-alunos da
Escola Panamericana de Arte.
MIRZA, A MULHER-VAMPIRO
Essa vampira bela, sensual, de coxas roliças,
peitões empinados e um corpo traumati-
zante foi criada pelo mestre Eugênio Co-
lonnese (arte) e pelo roteirista (Luis Meri) sob
encomenda do editor José Siderkerkis
(O Zelão) e se tornou uma forte concorren=
te de Naiara, outra sangessuga que fazia a
cabeça dos leitores da época. Curiosamente o
criativo Colonnese criou Mirza
peitões empinados e um corpo traumati-
zante foi criada pelo mestre Eugênio Co-
lonnese (arte) e pelo roteirista (Luis Meri) sob
encomenda do editor José Siderkerkis
(O Zelão) e se tornou uma forte concorren=
te de Naiara, outra sangessuga que fazia a
cabeça dos leitores da época. Curiosamente o
criativo Colonnese criou Mirza
Dono de uma técnica limpa e acadêmica,
Colonnese (um italiano radicado
no Brasil em 1964) se tornou um dos grandes
ícones do gênero terror\sensual no país.
Suas figuras femininas até hoje são
reverenciadas pelos leitores nacionais.
Colonnese (um italiano radicado
no Brasil em 1964) se tornou um dos grandes
ícones do gênero terror\sensual no país.
Suas figuras femininas até hoje são
reverenciadas pelos leitores nacionais.
VAMPIRELLA
Já que mulheres seminuas faziam sucesso
no mundo das HQs Forrest J. Ackerman,
editor da revista Famous Monster, da editora
Warren, decidiu entrar na onda e criar
uma vampira ultrasensual oriunda de
outro planeta. Assim surgiu Vampirella,
no mundo das HQs Forrest J. Ackerman,
editor da revista Famous Monster, da editora
Warren, decidiu entrar na onda e criar
uma vampira ultrasensual oriunda de
outro planeta. Assim surgiu Vampirella,
Publicada pela Warren. Inicialmente o autor
escreveu apenas duas histórias que
foram desenhadas por Tom Sutton.
Mas, o visual estonteante da vampira interga-
lática mais famosa dos quadrinhos foi criado
por Frazetta (que também ilustrou a primeira
capa da serie) e Trina Robbins, conceituada
artista underground da época (publicava na
Underground Comix).
escreveu apenas duas histórias que
foram desenhadas por Tom Sutton.
Mas, o visual estonteante da vampira interga-
lática mais famosa dos quadrinhos foi criado
por Frazetta (que também ilustrou a primeira
capa da serie) e Trina Robbins, conceituada
artista underground da época (publicava na
Underground Comix).
Depois, as aventuras da vampi passaram a ser
escritas pelo experiente Archie Goodwin.
A sensualidade da personagem ficou por
conta de seu visual, que ao passar a ser desenha-
da por grandes mestres espanhóis das HQs,
como: José Gonzáles e outros ganha um visual
deslumbrantes. As capas das edições eram
realizadas por Sanjulian, um
expert em pinturas clássicas.
CREPAX VERSUS MANARA
Durante anos, Guido Crepax foi considerado
o rei absoluto do quadrinho erótico, graças
a criação e publicação de Valentina.
Mas, de repente seu torno passou a ser
ameaçada por outro grande mestre italiano,
Milo Manara, após publicar o álbum O Clic.
Por fim, Valentina, a musa-Mor dos
quadrinhos acabou
o rei absoluto do quadrinho erótico, graças
a criação e publicação de Valentina.
Mas, de repente seu torno passou a ser
ameaçada por outro grande mestre italiano,
Milo Manara, após publicar o álbum O Clic.
Por fim, Valentina, a musa-Mor dos
quadrinhos acabou
sendo suplantada por outras deusas eróticas.
Isso se deu em virtude de Crepax começar a
criar histórias “sem pé nem cabeça”, totalmente
sem sentido. Assim, as vendas desabaram
Isso se deu em virtude de Crepax começar a
criar histórias “sem pé nem cabeça”, totalmente
sem sentido. Assim, as vendas desabaram
e o autor que reinava absoluto
no gênero erótico
acabou abandonando a personagem e
passou a fazer HQs de sexo explícito
(Vide Emmanuelle e História de O).
no gênero erótico
acabou abandonando a personagem e
passou a fazer HQs de sexo explícito
(Vide Emmanuelle e História de O).
Milo Manara veio para ficar e para dividir
o título com Crepax de Os Papas das HQs
Eróticas Mundiais. Porém, eles não são
os únicos. Axa a guerreira loira, que
vive num mundo pós-apocalíptico em 2080,
criada em 1980 pelo roteirista inglês
Donne Avennel e pelo rabiscador espanhol
Enrique Romero também esbanja
sensualidade.
o título com Crepax de Os Papas das HQs
Eróticas Mundiais. Porém, eles não são
os únicos. Axa a guerreira loira, que
vive num mundo pós-apocalíptico em 2080,
criada em 1980 pelo roteirista inglês
Donne Avennel e pelo rabiscador espanhol
Enrique Romero também esbanja
sensualidade.
No Brasil, Axa teve um álbum lançado pela
EBAL,
que também lançou a serie completa da coleção
Cinco por Infinitus (que foi criada na
Espanha em 1967 para uma editora Alemã.
Cinco por Infinitus inovou os
quadrinhos da época e também apresentava
personagens femininas arrojadas e
sensuais). A serie foi criada pelo mestre
surrealista espanhol Esteban Maroto.
que também lançou a serie completa da coleção
Cinco por Infinitus (que foi criada na
Espanha em 1967 para uma editora Alemã.
Cinco por Infinitus inovou os
quadrinhos da época e também apresentava
personagens femininas arrojadas e
sensuais). A serie foi criada pelo mestre
surrealista espanhol Esteban Maroto.
Curiosamente, devido ao sucesso
alcançado na época, Cinco por Infinitus
foi republicada com diversas páginas
desenhadas pelo veterano Neal Adams,
em cores, nos anos 90, pela
editora americana Continuity.
alcançado na época, Cinco por Infinitus
foi republicada com diversas páginas
desenhadas pelo veterano Neal Adams,
em cores, nos anos 90, pela
editora americana Continuity.
QUADRINHOS ADULTOS
NO BRASIL
No final dos anos 80 as HQs adultas no
Brasil eclodiram de vez. Assim, os
leitores e apreciadores da denominada
Nona Arte puderam apreciar álbuns incríveis
como As Aventuras de Liz e Beth, As Aventuras
de Giuseppe Bergman, Black Kiss, Necron etc.
Esses álbuns estrangeiros que
eram destinados aos adultos
continham cenas ousadas que
pendiam entre o erotismo e a pornografia.
Essa produções eram de origem europeia,
exceto Black Kiss, que foi produzida
pelo polêmico americano Howard
Chaykin, que misturava espionagem
com erotismo brilhantemente.
Mas, em Black Kiss há protagonistas
interessantes como um padre e uma
prostituta que desejam destruir gravações
sigilosas. Nesta serie o autor usava
a linguagem dos videosclips
(um sucesso nas TVs da época), mas a
sacanagem fica por conta dos diálogos.
Brasil eclodiram de vez. Assim, os
leitores e apreciadores da denominada
Nona Arte puderam apreciar álbuns incríveis
como As Aventuras de Liz e Beth, As Aventuras
de Giuseppe Bergman, Black Kiss, Necron etc.
Esses álbuns estrangeiros que
eram destinados aos adultos
continham cenas ousadas que
pendiam entre o erotismo e a pornografia.
Essa produções eram de origem europeia,
exceto Black Kiss, que foi produzida
pelo polêmico americano Howard
Chaykin, que misturava espionagem
com erotismo brilhantemente.
Mas, em Black Kiss há protagonistas
interessantes como um padre e uma
prostituta que desejam destruir gravações
sigilosas. Nesta serie o autor usava
a linguagem dos videosclips
(um sucesso nas TVs da época), mas a
sacanagem fica por conta dos diálogos.
No Brasil editoras como a Ônix, do
saudoso amigo Ino G. Alhanat, a L e P M,
a Martins Fontes, Noblet, Press
e Grafipar exploraram bem
este segmento auferindo
bons resultados de venda.
Muitos desses títulos passaram
a ser produzidos por autores
brasileiros.
saudoso amigo Ino G. Alhanat, a L e P M,
a Martins Fontes, Noblet, Press
e Grafipar exploraram bem
este segmento auferindo
bons resultados de venda.
Muitos desses títulos passaram
a ser produzidos por autores
brasileiros.
BLANCHE EPIPHAINE –
A SEDUTORA INOCENTE
A SEDUTORA INOCENTE
Um ninfeta orfã e inocente, mas apetitosa,
vive
maltrapilha em paris, a cidade dos prazeres.
A pobrezinha vive se desvencilhando dos
tarados que a desejam o tempo todo.
maltrapilha em paris, a cidade dos prazeres.
A pobrezinha vive se desvencilhando dos
tarados que a desejam o tempo todo.
Mas, a personagem tem um protetor,
Lucien, um estudante
Lucien, um estudante
de ciências, que mora vizinho do
quarto da donzela.
quarto da donzela.
Blanche foi criada pelos franceses
Jacques Lob (roteiros)
Jacques Lob (roteiros)
e desenhos de Georges Pichard Blanche.
A serie surgiu em capítulos na páginas de
A lendária e bem conceituada revista
francesa V Magazine.
A lendária e bem conceituada revista
francesa V Magazine.
Segundo o roteirista e escritor Lucchetti,
em seu livro As Sedutoras dos Quadrinhos,
as seis aventuras da personagem foram
publicadas entre 1967 e 68.
em seu livro As Sedutoras dos Quadrinhos,
as seis aventuras da personagem foram
publicadas entre 1967 e 68.
No Brasil, a serie foi editada pela
primeira vez em capítulos
primeira vez em capítulos
na revista Homem, em 1980,
pela editora Três.
pela editora Três.
PAULLETE, A DELICIOSA
Assim como Blanche, loira e rechonchuda,
marca registrada do desenhista Georges
Pichard, surgiu Paullete a irmã de Blanche.
marca registrada do desenhista Georges
Pichard, surgiu Paullete a irmã de Blanche.
A serie passou a ser publicada no país
pela revista O Grilo, em 1972, uma das
revistas de HQs mais importantes e
inovadoras que teve por aqui.
A nova personagem, bela, sensual e
também ingênua, foi criada em 1970,
por George Wolinsky (textos) e
Pichard (arte). A serie era bem
humorada
e altamente sensual.
pela revista O Grilo, em 1972, uma das
revistas de HQs mais importantes e
inovadoras que teve por aqui.
A nova personagem, bela, sensual e
também ingênua, foi criada em 1970,
por George Wolinsky (textos) e
Pichard (arte). A serie era bem
humorada
e altamente sensual.
No país ela foi lançada em álbum apenas
duas vezes, infelizmente. Uma pelo selo
Arte Nova, editora de O Grilo, e anos
depois teve uma outra publicada
pela L&PM. Paullete Gulderbilt era
herdeira de um império
duas vezes, infelizmente. Uma pelo selo
Arte Nova, editora de O Grilo, e anos
depois teve uma outra publicada
pela L&PM. Paullete Gulderbilt era
herdeira de um império
industrial, mas tinha idéias socialistas.
Não usava calcinha nem sutiã e vivia se
desnudando, para o delírio de seus fãs.
Nas suas aventuras ela era acompanhada
por Joseph, um velho míope que acabara
transformando, através de mágica,
a bela morena (Paullete) num anjo delicioso
de cabelo dourado. Joseph s e enfurecia
por conviver com uma ninfeta gostosa
e não poder transar com ela,
devido a sua idade avançada.
Não usava calcinha nem sutiã e vivia se
desnudando, para o delírio de seus fãs.
Nas suas aventuras ela era acompanhada
por Joseph, um velho míope que acabara
transformando, através de mágica,
a bela morena (Paullete) num anjo delicioso
de cabelo dourado. Joseph s e enfurecia
por conviver com uma ninfeta gostosa
e não poder transar com ela,
devido a sua idade avançada.
Paullete foi publicada em capítulos
na revista francesa Charlie,
que lançava HQs
intelectualizadas,em 1970 e saiu de
circulação em 1976.
na revista francesa Charlie,
que lançava HQs
intelectualizadas,em 1970 e saiu de
circulação em 1976.
No Brasil as Aventuras de Paullete foram
publicadas na revista Grilo, que publicava
quadrinhos de vanguarda nos aos 70 –
inclusive as clássicas HQs undergrounds
de Robert Crumb.
publicadas na revista Grilo, que publicava
quadrinhos de vanguarda nos aos 70 –
inclusive as clássicas HQs undergrounds
de Robert Crumb.
MARIA ERÓTICA
Esta nossa heroína das HQs eróticas
surgiu no estilo manga denominado gekigá
(mangás para adultos, no Japão).
Ela foi criada pelo genial e saudoso Cláudio
Seto, filho de japoneses
surgiu no estilo manga denominado gekigá
(mangás para adultos, no Japão).
Ela foi criada pelo genial e saudoso Cláudio
Seto, filho de japoneses
que vieram para o Brasil e se instalaram
na cidade de Guaiçara, no interior de
São Paulo. Ele foi o primeiro a produzir HQs do
na cidade de Guaiçara, no interior de
São Paulo. Ele foi o primeiro a produzir HQs do
tipo
manga e publicá-las, pela Edrel,
no país, em 1967.
no país, em 1967.
A personagem surgiu na serie Zero-Zero
Pinga, uma sátira de James Bond, o agente
007. Maria Erótica era parceira de Beto
Sonhador, um detetive particular
mulherengo e aloprado.
Pinga, uma sátira de James Bond, o agente
007. Maria Erótica era parceira de Beto
Sonhador, um detetive particular
mulherengo e aloprado.
A loira deliciosa era repórter de um jornal,
tinha largos quadris e tirava a roupa
freqüentemente.
Como todos os personagens
de Seto ela também tinha problemas
psicológicos. Ela se comportava friamente
ante as investidas de seus admiradores
tinha largos quadris e tirava a roupa
freqüentemente.
Como todos os personagens
de Seto ela também tinha problemas
psicológicos. Ela se comportava friamente
ante as investidas de seus admiradores
e por ter formação religiosa achava tudo
o que se referia a sexo como pecado mortal.
Porém, senti a necessidade e luta
ferrenhamente entre ser casta e obter
prazer. Ao mesmo tempo ela é sexy,
maliciosa e doida para “pecar”, por isso
trepava a vontade no mundo
da fantasia, onde era libertina.
o que se referia a sexo como pecado mortal.
Porém, senti a necessidade e luta
ferrenhamente entre ser casta e obter
prazer. Ao mesmo tempo ela é sexy,
maliciosa e doida para “pecar”, por isso
trepava a vontade no mundo
da fantasia, onde era libertina.
Maria Erótica foi publicada inicialmente
entre 1970 e 72 pela editora Edrel.
Em 1980 a personagem estreou pela Grafipar
entre 1970 e 72 pela editora Edrel.
Em 1980 a personagem estreou pela Grafipar
numa aventura de 90 págs desenhada
em tons de cinza.
em tons de cinza.
Depois ganhou edição mensal
solo que durou até 1983.
solo que durou até 1983.
A heroína sensual criada por Seto
também teve vários desenhistas, inclusive
o mestre e amigo Watson Portela.
também teve vários desenhistas, inclusive
o mestre e amigo Watson Portela.
Seu editor original foi o também
desenhista, roteirista
e amigo Paulo Fukue.
desenhista, roteirista
e amigo Paulo Fukue.
KATE APACHE
Personagem criada pelo genial e
saudoso desenhista e roteirista
Cláudio Seto. A serie oi publicada
pela editora Grafipar. A sensual Kate
vivia suas aventuras no velho
Oeste selvagem usando apenas
um ponche.
saudoso desenhista e roteirista
Cláudio Seto. A serie oi publicada
pela editora Grafipar. A sensual Kate
vivia suas aventuras no velho
Oeste selvagem usando apenas
um ponche.
DRUNNA – O TRASEIRO
MAIS DELICIOSO
Ficção-científica, erotismo e pornografia,
são as temáticas principais de Drunna,
que surgiu em 1985, nas páginas da
revista italiana L’Eternauta, na serie
Morbus Graves. A carnuda e bem torneada
morena de cabelos longos foi criada pelo
italiano Eleuteri Serpiere, vive freqüentemente
sem roupa. Ela não tem preconceito, faz sexo
anal e oral, numa boa, com seres mais
incríveis, muitas vezes forçosamente.
Porém, o sexo para ela é sempre prazeroso.
Drunna mexe com a imaginação dos
marmanjos, que babam diante de tanta
exuberância ao contemplarem as formas
roliças com as quais o autor
generosamente a concebeu.
são as temáticas principais de Drunna,
que surgiu em 1985, nas páginas da
revista italiana L’Eternauta, na serie
Morbus Graves. A carnuda e bem torneada
morena de cabelos longos foi criada pelo
italiano Eleuteri Serpiere, vive freqüentemente
sem roupa. Ela não tem preconceito, faz sexo
anal e oral, numa boa, com seres mais
incríveis, muitas vezes forçosamente.
Porém, o sexo para ela é sempre prazeroso.
Drunna mexe com a imaginação dos
marmanjos, que babam diante de tanta
exuberância ao contemplarem as formas
roliças com as quais o autor
generosamente a concebeu.
Suas aventuras são publicadas com
sucesso em álbuns em diversos países
do mundo, inclusive no Brasil. Neste país
ela foi publicada pela primeira em edições
especiais pela revista Metal Pesado
(Versão nacional da lendária Heavy Metal)
e posteriormente saiu pela Ópera Graphica.
sucesso em álbuns em diversos países
do mundo, inclusive no Brasil. Neste país
ela foi publicada pela primeira em edições
especiais pela revista Metal Pesado
(Versão nacional da lendária Heavy Metal)
e posteriormente saiu pela Ópera Graphica.
APACHE – UM WESTERN
DIFERENTE
Águia Noturna é o nome indígena dado
pela mãe dela, uma índia apache que teve
um caso com um tenente que era braço
direito do general Custer e que serviu na
7ª cavalaria. Ao ver seus pais serem
assassinados por ex-militares a
menina foge apavorada,
pela mãe dela, uma índia apache que teve
um caso com um tenente que era braço
direito do general Custer e que serviu na
7ª cavalaria. Ao ver seus pais serem
assassinados por ex-militares a
menina foge apavorada,
é encontrada por índios cheyennes e ali
passa a ser criada até os 12 anos.
Com os constantes ataques dos casacas
azuis às tribos da região sua mãe indígena
adotiva pede que dois de seus guerreiros
leve a menina para um lugar seguro:
À Missão espanhola de San Juan.
Ali a menina é criada segundo os preceitos
cristãos e ao crescer se torna
a dócil irmã Maria.
passa a ser criada até os 12 anos.
Com os constantes ataques dos casacas
azuis às tribos da região sua mãe indígena
adotiva pede que dois de seus guerreiros
leve a menina para um lugar seguro:
À Missão espanhola de San Juan.
Ali a menina é criada segundo os preceitos
cristãos e ao crescer se torna
a dócil irmã Maria.
Porém, na calada da noite ela se transforma
numa vingadora temível e implacável
que imbuída com o espírito de manitu
busca os assassinos de seus progenitores
e luta contra as injustiças. Assim, a freira,
que também é meio índia, vive entre dois mundos
numa vingadora temível e implacável
que imbuída com o espírito de manitu
busca os assassinos de seus progenitores
e luta contra as injustiças. Assim, a freira,
que também é meio índia, vive entre dois mundos
que a rejeitam por ser mestiça e até porque
alguns de sua raça acreditam que os
homens da cavalaria insistem em atacar
as aldeias pensando que eles escondem a
vingadora guerreira.
Brancos e índios passam a perseguí-la de
forma implacável. Portanto, Apache é
uma renegada. A personagem foi
criada pelo veterano das HQs nacionais
(Antonio Fernandes Filho) Tony Fernandes
(que também criou personagens como:
O Inspetor Pereira, Capitão (Buana) Savana,
Fantasticman, Fantasma Negro,
O Pequeno Ninja, A Maldição
do Guerreiro Ninja e outros).
alguns de sua raça acreditam que os
homens da cavalaria insistem em atacar
as aldeias pensando que eles escondem a
vingadora guerreira.
Brancos e índios passam a perseguí-la de
forma implacável. Portanto, Apache é
uma renegada. A personagem foi
criada pelo veterano das HQs nacionais
(Antonio Fernandes Filho) Tony Fernandes
(que também criou personagens como:
O Inspetor Pereira, Capitão (Buana) Savana,
Fantasticman, Fantasma Negro,
O Pequeno Ninja, A Maldição
do Guerreiro Ninja e outros).
A serie dói criada especialmente para
a editora Noblet, que acabou
recusando o projeto por achar
extremamente violento. Cinco anos depois,
a serie foi lançada pela editora As Américas
(durou 6 edições). Pela segunda vez
uma serie de western tem como
protagonista uma mulher (a primeira foi
Kate Apache) e mostra a realidade do
que houve de fato no velho Oeste americano.
O autor, que desenha e escreve fez uma
ótima pesquisa sobre a época.
Além do mais a serie faz diversas
alusões as antigas series da TV etc.
Por exemplo, Hopsing,
a editora Noblet, que acabou
recusando o projeto por achar
extremamente violento. Cinco anos depois,
a serie foi lançada pela editora As Américas
(durou 6 edições). Pela segunda vez
uma serie de western tem como
protagonista uma mulher (a primeira foi
Kate Apache) e mostra a realidade do
que houve de fato no velho Oeste americano.
O autor, que desenha e escreve fez uma
ótima pesquisa sobre a época.
Além do mais a serie faz diversas
alusões as antigas series da TV etc.
Por exemplo, Hopsing,
o chinês, é uma alusão ao cozinheiro
do antigo seriado exibido na TV
chamado Bonanza (que durou cinco anos),
Willer City é uma clara referência a
Tex Willer, da Bonelli Comics, que o
autor tanto aprecia. Apache, a serie,
aborda temas atuais como
preconceito, rejeição e racismo.
do antigo seriado exibido na TV
chamado Bonanza (que durou cinco anos),
Willer City é uma clara referência a
Tex Willer, da Bonelli Comics, que o
autor tanto aprecia. Apache, a serie,
aborda temas atuais como
preconceito, rejeição e racismo.
A clássica serie de HQs criada pelo americano
Winsor McCay em 1905, Little Nemo, acabou
inspirando o italiano Vittorio Giardino a criar
Little Ego, uma versão adulta, cuja primeira
HQ foi publicada em 1983. A personagem
era uma morena sedutora, de cabelos curtos
e corpo sinuoso.
Ela, assim como Nemo, sempre acabava
acordando ou caindo da cama após
viver aventuras oníricas.
Vivia preocupada com a opinião de
seu analista sobre seus
devaneios eróticos.
Winsor McCay em 1905, Little Nemo, acabou
inspirando o italiano Vittorio Giardino a criar
Little Ego, uma versão adulta, cuja primeira
HQ foi publicada em 1983. A personagem
era uma morena sedutora, de cabelos curtos
e corpo sinuoso.
Ela, assim como Nemo, sempre acabava
acordando ou caindo da cama após
viver aventuras oníricas.
Vivia preocupada com a opinião de
seu analista sobre seus
devaneios eróticos.
Por Tony Fernande\Redação
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OBS: As imagens contidas nesta
matéria têm o cunho exclusivamente
ilustrativo. Seus direitos pertencem
aos seus respectivos autores ou
representantes legais.
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