O
AGITADO MUNDO
DOS
ANOS 90!
(BREVE
RELATO)
Década
de 90 - Ela foi a última década do século XX.
Começou com o colapso da ex-poderosa União
Soviética que, após a Segunda Grande Guerra dividiu
o mundo com os Estados Unidos, país que depois
passaram a hostilizar, por ser capitalista, dando
início a chamada Guerra Fria. No período
pós-guerra essas nações dominaram o mundo
e esperavam obter a paz implantando o terror,
construindo centenas de ogivas nucleares que
circulavam em órbita do nosso planeta em
satélites militares que ameçavam deflagar,
a qualquer momento, a
Terceira Guerra Mundial, o holocausto.
Começou com o colapso da ex-poderosa União
Soviética que, após a Segunda Grande Guerra dividiu
o mundo com os Estados Unidos, país que depois
passaram a hostilizar, por ser capitalista, dando
início a chamada Guerra Fria. No período
pós-guerra essas nações dominaram o mundo
e esperavam obter a paz implantando o terror,
construindo centenas de ogivas nucleares que
circulavam em órbita do nosso planeta em
satélites militares que ameçavam deflagar,
a qualquer momento, a
Terceira Guerra Mundial, o holocausto.
UM
MUNDO EM CRISE
O
mundo vivia sob tensão. Portanto, com a
falência declarada da União Soviética se
consolidou a democracia, a globalização e
o capitalismo. Outros fatos relevantes desse
período foram: a Guerra do Golf, a popularização
do computador pessoal e da Internet. Apesar
do otimismo geral, devido ao colapso do
comunismo, surgiram diversas manifestações
de terroristas nas regiões denominadas
como “Terceiro Mundo”.
Enquanto isso, os países do
Primeiro Mundo mantiveram
suas economias estáveis durante toda a década.
O Reino Unido, depois de sofrer, em 1991 e
1992, séria recessão por causa da
desvalorização da libra esterlina conseguiu
se restabelecer. Países de menor representatividade
econômica também evoluíram. Entretanto, a
economia americana ficou estagnada na
primeira metade da década.
falência declarada da União Soviética se
consolidou a democracia, a globalização e
o capitalismo. Outros fatos relevantes desse
período foram: a Guerra do Golf, a popularização
do computador pessoal e da Internet. Apesar
do otimismo geral, devido ao colapso do
comunismo, surgiram diversas manifestações
de terroristas nas regiões denominadas
como “Terceiro Mundo”.
Enquanto isso, os países do
Primeiro Mundo mantiveram
suas economias estáveis durante toda a década.
O Reino Unido, depois de sofrer, em 1991 e
1992, séria recessão por causa da
desvalorização da libra esterlina conseguiu
se restabelecer. Países de menor representatividade
econômica também evoluíram. Entretanto, a
economia americana ficou estagnada na
primeira metade da década.
A
democracia estava prosperando, porém, na
África, guerras e o aumento de casos de AIDS
alarmavam o mundo. Os antigos membros
dos países do Pacto de Varsóvia, após
deixarem o regime totalitário imposto pela
União Soviética, diminuíam a expectativa de
vida de suas populações e o crescimento
econômico dessas pequenas
nações não acontecia.
África, guerras e o aumento de casos de AIDS
alarmavam o mundo. Os antigos membros
dos países do Pacto de Varsóvia, após
deixarem o regime totalitário imposto pela
União Soviética, diminuíam a expectativa de
vida de suas populações e o crescimento
econômico dessas pequenas
nações não acontecia.
A
década de 90, que muitos profetizavam
que seria uma nova era de prosperidade, de
repente, virou o caos. Crises financeiras
assolaram os países em desenvolvimento
depois de 1994. Eventos trágicos passaram
a acontecer, como: as guerras dos Bálcãs,
o genocídio de Ruanda, a Batalha de Mogadiscio
e a Primeira Guerra do Golfo promovida
por George Bush, pai, que era
presidente da América.
que seria uma nova era de prosperidade, de
repente, virou o caos. Crises financeiras
assolaram os países em desenvolvimento
depois de 1994. Eventos trágicos passaram
a acontecer, como: as guerras dos Bálcãs,
o genocídio de Ruanda, a Batalha de Mogadiscio
e a Primeira Guerra do Golfo promovida
por George Bush, pai, que era
presidente da América.
No
que tange a vida social, a cultura jovem aceitou
o Grunge como mídia e o ambiente social
foi subdividido em inúmeras tribos, como
os punks, punks anárquicos, skins heads, etc.
O modo de se trajar, o uso de piercings,
tatuagens e de drogas diferenciavam essas
tribos. Ligado à cultura da música eletrônica
surgiu o ectasy, poderoso alucinógeno, e
o consumo da maconha se alastrou
pela classe média.
o Grunge como mídia e o ambiente social
foi subdividido em inúmeras tribos, como
os punks, punks anárquicos, skins heads, etc.
O modo de se trajar, o uso de piercings,
tatuagens e de drogas diferenciavam essas
tribos. Ligado à cultura da música eletrônica
surgiu o ectasy, poderoso alucinógeno, e
o consumo da maconha se alastrou
pela classe média.
Após
a eleição de Fernando Collor de Mello à
presidência da República – ele foi um dos
candidatos À presidência da República mais
votados de toda a história do país - ,
os anos 90 iniciaram com preocupante
instabilidade econômica. A ministra da
economia, Zélia Cardoso de Mello e sua equipe,
subitamente decidiram confiscar o dinheiro –
sem lastro - que o povo tinha aplicado nas
cadernetas de poupança e em contas bancárias,
sem aviso prévio. Conclusão: Muita gente
dormiu rico e acordou pobre. Até casos de
suicídio foram registrados naquela época
turbulenta do país. A inflação
comia solta – 50% a 60% ao mês.
Para tentar suportar os altos
índices inflacionários foi
criada a indexação, invenção brasileira.
Assim, diariamente, todo o comércio
remarcava seus preços. Algum tempo
depois de Collor assumir a presidência
da República, o movimento denominado
“Caras Pintadas” – apoiados por uma
forte mídia - foram às ruas protestarem
exigindo o impeachment do jovem
presidente, por causa de seus negócios
escusos. Apesar de tudo, Collor abriu as portas
do país para as indústrias internacionais,
promovendo assim, inicialmente, a
desestabilização e até a falência de
empresários que não estavam preparados
para concorrer com empresas oriundas de
outras nações, que ofereciam bons produtos
a preços módicos. Apesar do impacto
negativo social inicial, essa medida de
Collor tornou-se benéfica com o tempo,
porque obrigou a indústria
nacional a se modernizar.
presidência da República – ele foi um dos
candidatos À presidência da República mais
votados de toda a história do país - ,
os anos 90 iniciaram com preocupante
instabilidade econômica. A ministra da
economia, Zélia Cardoso de Mello e sua equipe,
subitamente decidiram confiscar o dinheiro –
sem lastro - que o povo tinha aplicado nas
cadernetas de poupança e em contas bancárias,
sem aviso prévio. Conclusão: Muita gente
dormiu rico e acordou pobre. Até casos de
suicídio foram registrados naquela época
turbulenta do país. A inflação
comia solta – 50% a 60% ao mês.
Para tentar suportar os altos
índices inflacionários foi
criada a indexação, invenção brasileira.
Assim, diariamente, todo o comércio
remarcava seus preços. Algum tempo
depois de Collor assumir a presidência
da República, o movimento denominado
“Caras Pintadas” – apoiados por uma
forte mídia - foram às ruas protestarem
exigindo o impeachment do jovem
presidente, por causa de seus negócios
escusos. Apesar de tudo, Collor abriu as portas
do país para as indústrias internacionais,
promovendo assim, inicialmente, a
desestabilização e até a falência de
empresários que não estavam preparados
para concorrer com empresas oriundas de
outras nações, que ofereciam bons produtos
a preços módicos. Apesar do impacto
negativo social inicial, essa medida de
Collor tornou-se benéfica com o tempo,
porque obrigou a indústria
nacional a se modernizar.
Com
a saída de Collor assumiu a presidência
o mineiro Itamar Franco, que propiciou
ao país uma certa estabilidade econômica
e relativo crescimento com a implantação
do Plano Real, por Fernando Henrique
Cardoso, que era Ministro da Fazenda.
o mineiro Itamar Franco, que propiciou
ao país uma certa estabilidade econômica
e relativo crescimento com a implantação
do Plano Real, por Fernando Henrique
Cardoso, que era Ministro da Fazenda.
Devido
as suas bem sucedidas medidas
econômicas Fernando Henrique Cardoso
foi eleito, por duas vezes, presidente da
República, naquela década, com o aceite
popular, após ter implementado o Real,
uma moeda forte e estável.
econômicas Fernando Henrique Cardoso
foi eleito, por duas vezes, presidente da
República, naquela década, com o aceite
popular, após ter implementado o Real,
uma moeda forte e estável.
Após
a implantação do Real as classes
mais pobres ganharam poder aquisitivo,
mas a chamada “Classe média” perdeu o
poder de comprar. No final da década a
pobreza tinha aumentado no país. Quando
as reservas câmbiais brasileiras foram
comprometidas, a moeda se tornou flutuante
em janeiro de 1999, após não ter suportado
as pressões especulativas gerado pela
crise russa que aconteceu em 1998.
mais pobres ganharam poder aquisitivo,
mas a chamada “Classe média” perdeu o
poder de comprar. No final da década a
pobreza tinha aumentado no país. Quando
as reservas câmbiais brasileiras foram
comprometidas, a moeda se tornou flutuante
em janeiro de 1999, após não ter suportado
as pressões especulativas gerado pela
crise russa que aconteceu em 1998.
Nesse
período, a cultura no Brasil passou a
ser valorizada. Os cinemas e teatros
ressurgiram, enquanto os músicos do
país eram bem recebidos no exterior.
O esporte também se deu bem, ganhamos
25 medalhas olímpicas e títulos mundiais
no futebol masculino e no basquete feminino.
ser valorizada. Os cinemas e teatros
ressurgiram, enquanto os músicos do
país eram bem recebidos no exterior.
O esporte também se deu bem, ganhamos
25 medalhas olímpicas e títulos mundiais
no futebol masculino e no basquete feminino.
A
poderosa editora Abril, que dominava
o mercado de revistas e de histórias em
quadrinhos, lançava O Edifício, a primeira
Graphic Novel, desenhada e escrita por
Will Eisner, destinada ao público adulto,
revolucionando, de vez, o mundo das HQs.
Porém, a revolução definitiva desse
poderoso meio de comunicação ocorreu
ao ser lançada a Graphic Novel Batman,
O Cavaleiro das Trevas, com um incrível
roteiro do genial Frank Miller.
o mercado de revistas e de histórias em
quadrinhos, lançava O Edifício, a primeira
Graphic Novel, desenhada e escrita por
Will Eisner, destinada ao público adulto,
revolucionando, de vez, o mundo das HQs.
Porém, a revolução definitiva desse
poderoso meio de comunicação ocorreu
ao ser lançada a Graphic Novel Batman,
O Cavaleiro das Trevas, com um incrível
roteiro do genial Frank Miller.
Ainda
nessa década o jornal a Folha de S.
Paulo promoveu um concurso para descobrir
novos talentos. Chargistas e desenhistas de
todo o país se inscreveram. Mas, o contemplado
foi Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido
como Angeli, um paulistano nascido em 1956,
que se tornou um dos mais conhecidos
chargistas brasileiros, no estilo underground.
Graças a Angeli, teve início nessa década o...
Paulo promoveu um concurso para descobrir
novos talentos. Chargistas e desenhistas de
todo o país se inscreveram. Mas, o contemplado
foi Arnaldo Angeli Filho, mais conhecido
como Angeli, um paulistano nascido em 1956,
que se tornou um dos mais conhecidos
chargistas brasileiros, no estilo underground.
Graças a Angeli, teve início nessa década o...
GRANDE
BOOOM DAS
REVISTAS UNDERGROUNDS
(COMIX) NO BRASIL!
REVISTAS UNDERGROUNDS
(COMIX) NO BRASIL!
Enquanto as HQs Made in
America apresentavam
um trabalho mais sofisticado com as
Graphic Novels, os artistas brasileiros,
graças ao talentoso Angeli, enveradava
pelo mundo das HQs undergrounds,
dando origem a uma serie de revistas
nessa linha. O movimento denominado
underground aconteceu nos Estados
Unidos na década de 60, cujo precursor foi
Robert Crumb, artista gráfico e ilustrador
que ganhou notoriedade por suas HQs nesse
estilo rebuscado, agressivo e que abordava
temas como drogas, sexo e rock and roll.
Tudo
começou nos anos 60, quando Crumb
e a mulher dele resolveram imprimir a
revista artesanal chamada Zap Comix e
começaram a vendê-las pelas esquinas de
Nova Iorque. De imediato, os trabalhos de
Crumb caíram nas graças do movimento
hippie, que pregavam a paz e o amor e
criticavam severamente a guerra do Vietnã,
que se alastrará e ceifava muitas vidas.
Marcaram época e toda uma geração
uma tira produzida por Crumb chamada
Keep On Truckin’ e os personagens Mister
Natural (uma sátira do yogi Maharish Mahesh,
visto que na época a moda era consultar
os gurus espirituais indianos que invadiram
a América. Fritz, o gato, surgiu para derrubar
toda falsa moral americana implantado pelo
famoso Comics Code (Código de Ética, que
durou de 1954 até 2011 e que infantilizou as
HQs americanas), criado pelos próprios
editores para censurar HQs que propagam as
drogas, o sexo, a violência ou insinuasse
homossexualismo. Esse código foi implantado
no país após a publicação do livro Sedução dos
Inocentes, publicado pelo psiquiatra
Frederic Wertham, em 1954, que alegava
que as HQs provocavam a delinquência
juvenil. Fritz era um gato vagabundo, louco
por drogas, rock e muito sexo –
um escândalo na época.
e a mulher dele resolveram imprimir a
revista artesanal chamada Zap Comix e
começaram a vendê-las pelas esquinas de
Nova Iorque. De imediato, os trabalhos de
Crumb caíram nas graças do movimento
hippie, que pregavam a paz e o amor e
criticavam severamente a guerra do Vietnã,
que se alastrará e ceifava muitas vidas.
Marcaram época e toda uma geração
uma tira produzida por Crumb chamada
Keep On Truckin’ e os personagens Mister
Natural (uma sátira do yogi Maharish Mahesh,
visto que na época a moda era consultar
os gurus espirituais indianos que invadiram
a América. Fritz, o gato, surgiu para derrubar
toda falsa moral americana implantado pelo
famoso Comics Code (Código de Ética, que
durou de 1954 até 2011 e que infantilizou as
HQs americanas), criado pelos próprios
editores para censurar HQs que propagam as
drogas, o sexo, a violência ou insinuasse
homossexualismo. Esse código foi implantado
no país após a publicação do livro Sedução dos
Inocentes, publicado pelo psiquiatra
Frederic Wertham, em 1954, que alegava
que as HQs provocavam a delinquência
juvenil. Fritz era um gato vagabundo, louco
por drogas, rock e muito sexo –
um escândalo na época.
Segundo
consta, quando Crumb e a
sua mulher vendiam as HQs artesanais
pelas ruas da Big Apple foi descoberto
por um editor que, ao farejar o sucesso,
o contratou e colocou aquelas HQs desenhadas
de formas rústicas no circuito editorial
comercial, profissional. Resultado:
Apesar dos protestos contra aquele
tipo de leitura, feita pelos conservadores,
as Hqs de Crumb fizeram absoluto sucesso,
porque inovaram o mercado.
sua mulher vendiam as HQs artesanais
pelas ruas da Big Apple foi descoberto
por um editor que, ao farejar o sucesso,
o contratou e colocou aquelas HQs desenhadas
de formas rústicas no circuito editorial
comercial, profissional. Resultado:
Apesar dos protestos contra aquele
tipo de leitura, feita pelos conservadores,
as Hqs de Crumb fizeram absoluto sucesso,
porque inovaram o mercado.
Em
1970, Crumb, em parceria com o roteirista
e arquivista Harvey Pekar, de classe média
baixa, de Cleveland, realizou alguns
trabalhos incríveis. Pekar escrevia sobre
sua visão do mundo de forma crítica
mostrando o tedioso modo de vida da
classe média americana, uma realidade
até então que jamais tinha sido mostrada
numa história em quadrinhos, isso
causou muita polêmica na época. Porém,
os trabalhos do cartunista caiu nas graças
da juventude e se tornaram
fenômenos de vendas.
e arquivista Harvey Pekar, de classe média
baixa, de Cleveland, realizou alguns
trabalhos incríveis. Pekar escrevia sobre
sua visão do mundo de forma crítica
mostrando o tedioso modo de vida da
classe média americana, uma realidade
até então que jamais tinha sido mostrada
numa história em quadrinhos, isso
causou muita polêmica na época. Porém,
os trabalhos do cartunista caiu nas graças
da juventude e se tornaram
fenômenos de vendas.
Crumb e sua esposa, Aline Kominsk,
desenharam juntos HQs incríveis que
foram publicadas na revista The New York.
Esse material foi publicado no Brasil, há
pouco tempo, pela revista PIAUÍ.
Em
2007 veio o merecido reconhecimento
pelo conjunto de sua obra que revolucionou
o mercado de HQs americano e internacional
e que acabou influenciando muitos autores
pelo mundo afora. Seu nome figurou no
vigésimo lugar numa lista composta com
os nomes dos 100 gênios da
humanidade, ainda vivos.
pelo conjunto de sua obra que revolucionou
o mercado de HQs americano e internacional
e que acabou influenciando muitos autores
pelo mundo afora. Seu nome figurou no
vigésimo lugar numa lista composta com
os nomes dos 100 gênios da
humanidade, ainda vivos.
Incentivado
por seu editor, Crumb passou
a adaptar obras literárias de autores de peso,
como: Franz Kafka, Charles Bukowisk
e Philip K. Dick. Em 2009, lançou Gênesis,
um clássico baseado no famoso livro da
Bíblia, em quadrinhos.
a adaptar obras literárias de autores de peso,
como: Franz Kafka, Charles Bukowisk
e Philip K. Dick. Em 2009, lançou Gênesis,
um clássico baseado no famoso livro da
Bíblia, em quadrinhos.
Atualmente
esse genial autor de HQs para
adultos mora no sul da França com sua
esposa e filha, que também são cartunistas.
adultos mora no sul da França com sua
esposa e filha, que também são cartunistas.
CRUMB
INFLUENCIANDO
BRASILEIROS
BRASILEIROS
A primeira revista a lançar HQs undergrounds no país foi
a Grilo, da extinta editora Arte Nova.
Os primeiros artistas nacionais que demonstraram
uma forte influência pelos trabalhos de
Crumb surgiram no Brasil nos fanzines.
Porém, um dos primeiros que se
destacou nesse estilo, no país, foi Francisco
A. Macartti Jr, um paulistano que nasceu em
1962. Ele foi um dos legítimos precursores
das HQs undergrounds no país. Seus traços
tinham uma forte influência “Crumbiana”.
Em 1980, graças a uma herança, Macartti
comprou uma impressora offset de mesa
Rex Rotary Modelo 1501 e se tornou
um dos primeiros editores independentes
do país. Com essa máquina jurássica fundou
a editora Pro-C. Assim, passou a escrever,
desenhar, imprimir, dobrar, grampear, editar
e vender, diversas revistas de sua autoria
e de outros artistas amigos como Lourenço
Mutarelli. Essas revistas em quadrinhos,
que tinham forte influência do Papa dos
Undergrounds (R. Crumb), tinham nomes
inusitados, como: Lodo, Prega,
Ventosa, Mijo etc.
a Grilo, da extinta editora Arte Nova.
Os primeiros artistas nacionais que demonstraram
uma forte influência pelos trabalhos de
Crumb surgiram no Brasil nos fanzines.
Porém, um dos primeiros que se
destacou nesse estilo, no país, foi Francisco
A. Macartti Jr, um paulistano que nasceu em
1962. Ele foi um dos legítimos precursores
das HQs undergrounds no país. Seus traços
tinham uma forte influência “Crumbiana”.
Em 1980, graças a uma herança, Macartti
comprou uma impressora offset de mesa
Rex Rotary Modelo 1501 e se tornou
um dos primeiros editores independentes
do país. Com essa máquina jurássica fundou
a editora Pro-C. Assim, passou a escrever,
desenhar, imprimir, dobrar, grampear, editar
e vender, diversas revistas de sua autoria
e de outros artistas amigos como Lourenço
Mutarelli. Essas revistas em quadrinhos,
que tinham forte influência do Papa dos
Undergrounds (R. Crumb), tinham nomes
inusitados, como: Lodo, Prega,
Ventosa, Mijo etc.
Ao
longo dos anos o ousado e criativo autor
e editor também publicou seus trabalhos
em outras revistas como Chiclete com Banana
(de Angeli), Tralha, Monga, Casseta e
Planeta e Mil Perigos. Macartti também fez
belas capas para os álbuns da banda
Ratos do Porão, de João Gordo
(Anarkophobia e Brasil).
e editor também publicou seus trabalhos
em outras revistas como Chiclete com Banana
(de Angeli), Tralha, Monga, Casseta e
Planeta e Mil Perigos. Macartti também fez
belas capas para os álbuns da banda
Ratos do Porão, de João Gordo
(Anarkophobia e Brasil).
Em
2001, ele criou Frauzio, para uma revista
publicada pela editora Escala, que imprimiu
e lançou 30 mil exemplares no circuito
nacional. Infelizmente as HQs de Frauzio,
em revista própria, teve breve
duração: 6 edições.
publicada pela editora Escala, que imprimiu
e lançou 30 mil exemplares no circuito
nacional. Infelizmente as HQs de Frauzio,
em revista própria, teve breve
duração: 6 edições.
Em 2003 voltou a lançar Frauzio, por conta
própria, pela Pro-C. Em 2005 a editora Conrad
lançou Mariposa, esta foi a primeira
Graphic Novel desse autor. De repente,
em 2007, Macartti decidiu deixar as HQs
escatológicas e fez a adaptação de um
clássico da literatura nacional, A Relíquia,
de Eça de Queiroz, para a
Escala Educacional.
Em
2008, Francisco A. Macartti Jr, se
tornou colaborador da edição
brasileira da revista Mad.
tornou colaborador da edição
brasileira da revista Mad.
Ele
começou a trabalhar no setor editorial aos
14 anos na revista Senhor. Além disso, colaborava
com diversos fanzines. Em 1973 foi
contratado pela Folha de S. Paulo, onde
continua até hoje. Sua imensa galeria de
personagens hilariantes, de humor
anárquico e urbano, começou a ser
desenvolvida nos anos 80. Rê Bordosa, Meia
Oito e Nanico, Like e Tantra, Wood e Stock,
Skrotinhos, Bob Cuspe, Mara Tara, Rhalah
Rikota, Ritchi Pareide, Walter Ego e outros
incríveis personagens criados por esse
autor criativo e inovador marcaram época
e ainda povoam a mente de seus leitores.
Inicialmente esses personagens surgiram
nas tiras de jornais, depois a Circo Editorial,
do editor Toninho Mendes, em 1983,
lançou a revista Chiclete com Banana,
um fenômeno editorial. As primeiras edições
tiveram a modesta tiragem de 30 mil exemplares.
Em pouco tempo essa tiragem atingiu a casa
dos 110 mil exemplares mensais. Chiclete
com Banana é considerada uma das revistas
mais importantes do setor editorial brasileiro,
feita para adultos, que influenciou toda
uma geração. Esse título que ganhou fama,
principalmente entre os estudantes universitários,
também contava com a colaboração de
Roberto Paiva, Clauco, Luis Gê e Laerte
Coutinho (Piratas do Tietê – um
clássico das HQs nacionais).
14 anos na revista Senhor. Além disso, colaborava
com diversos fanzines. Em 1973 foi
contratado pela Folha de S. Paulo, onde
continua até hoje. Sua imensa galeria de
personagens hilariantes, de humor
anárquico e urbano, começou a ser
desenvolvida nos anos 80. Rê Bordosa, Meia
Oito e Nanico, Like e Tantra, Wood e Stock,
Skrotinhos, Bob Cuspe, Mara Tara, Rhalah
Rikota, Ritchi Pareide, Walter Ego e outros
incríveis personagens criados por esse
autor criativo e inovador marcaram época
e ainda povoam a mente de seus leitores.
Inicialmente esses personagens surgiram
nas tiras de jornais, depois a Circo Editorial,
do editor Toninho Mendes, em 1983,
lançou a revista Chiclete com Banana,
um fenômeno editorial. As primeiras edições
tiveram a modesta tiragem de 30 mil exemplares.
Em pouco tempo essa tiragem atingiu a casa
dos 110 mil exemplares mensais. Chiclete
com Banana é considerada uma das revistas
mais importantes do setor editorial brasileiro,
feita para adultos, que influenciou toda
uma geração. Esse título que ganhou fama,
principalmente entre os estudantes universitários,
também contava com a colaboração de
Roberto Paiva, Clauco, Luis Gê e Laerte
Coutinho (Piratas do Tietê – um
clássico das HQs nacionais).
As
geniais tiras com os personagens de
Angeli também já foram publicadas na França,
na Itália, na Alemanha, Espanha, Argentina e
Portugal. Na terra de Camões as HQs de
Angeli ganharam destaque quando a editora
Devir, no ano 2.000, lançou uma compilação
da vasta obra do autor. No mercado americano
os célebres personagens de Angeli não
emplacaram devido a agressividade dele e
a menção a drogas e sexo, que contrariam a
regra dos bons costumes, segundo
editores locais.
Angeli também já foram publicadas na França,
na Itália, na Alemanha, Espanha, Argentina e
Portugal. Na terra de Camões as HQs de
Angeli ganharam destaque quando a editora
Devir, no ano 2.000, lançou uma compilação
da vasta obra do autor. No mercado americano
os célebres personagens de Angeli não
emplacaram devido a agressividade dele e
a menção a drogas e sexo, que contrariam a
regra dos bons costumes, segundo
editores locais.
No
mesmo ano, estreou uma serie de animações
com seus personagens numa coprodução da TV
Cultura coma produtora portuguesa
chamada Animanostra.
com seus personagens numa coprodução da TV
Cultura coma produtora portuguesa
chamada Animanostra.
Esse
criativo autor, que acabou se
transformando no Papa das HQs Undergrounds
no país, também trabalhou na Rede Globo de
Televisão, onde foi redator do programa infantil
TV Colosso, entre 1993 3 1996.
Na mesma emissora,
entre 1995 e 2005, criou animações de 5
segundos, que passaram a ser exibidas como
vinhetas nos intervalos dos filmes e programas
dessa importante rede de TV. Outros cartunistas
também participaram desse projeto inovador.
transformando no Papa das HQs Undergrounds
no país, também trabalhou na Rede Globo de
Televisão, onde foi redator do programa infantil
TV Colosso, entre 1993 3 1996.
Na mesma emissora,
entre 1995 e 2005, criou animações de 5
segundos, que passaram a ser exibidas como
vinhetas nos intervalos dos filmes e programas
dessa importante rede de TV. Outros cartunistas
também participaram desse projeto inovador.
LONGAMETRAGEM
Como
se não bastasse, em 2006, ele produziu
um longametragem animado: Wood e
Stock - Sexo, Orégano e Rock’n’Roll.
um longametragem animado: Wood e
Stock - Sexo, Orégano e Rock’n’Roll.
Nos
anos 90 a editora Nova Sampa, do editor
Carlos Cazzamatta, lançou um remix da
consagrada serie Chiclete com Banana,
mas teve breve duração, infelizmente.
Carlos Cazzamatta, lançou um remix da
consagrada serie Chiclete com Banana,
mas teve breve duração, infelizmente.
OUTRAS
PUBLICAÇÕES
UNDERGROUNDS
UNDERGROUNDS
Na
trilha do sucesso alcançado pelas
HQs undergrounds de Angeli surgiram
inúmeras publicações, que também
podem ser consideradas desse gênero,
que apesar de apresentarem traços mais
refinados abordavam temas polêmicos,
como: sexo, rock e drogas,
como: Abutre (Flama Editorial), Porrada
(Galvão Editora), Geraldão, Piratas do
Tietê (Circo Editorial) e Udigrudi
(Phenix Editorial).
HQs undergrounds de Angeli surgiram
inúmeras publicações, que também
podem ser consideradas desse gênero,
que apesar de apresentarem traços mais
refinados abordavam temas polêmicos,
como: sexo, rock e drogas,
como: Abutre (Flama Editorial), Porrada
(Galvão Editora), Geraldão, Piratas do
Tietê (Circo Editorial) e Udigrudi
(Phenix Editorial).
UDIGRUDI
– IMPRÓPRIA
PARA
BUNDÕES
Eu
sempre fui fã e colecionador da revista MAD
(que durante séculos teve como editor
o querido e criativo bengala brother
Otacílio D’Assunção Barros), e dos
quadrinhos feitos por Robert Crumb.
Apesar de apreciar MAD e seus artistas
geniais, sempre achei o humor americano
morno de mais. Desde os
tempos em que eu trabalhava na editora
Noblet sonhava em montar minha primeira
empresa, meu primeiro estúdio, tive a ideia
de fazer uma versão da MAD, mais
apimentada, mais maliciosa, mais latina,
mais adulta. Mas, faltava tempo para bolar
a tal revista e oportunidade para publicá-la.
(que durante séculos teve como editor
o querido e criativo bengala brother
Otacílio D’Assunção Barros), e dos
quadrinhos feitos por Robert Crumb.
Apesar de apreciar MAD e seus artistas
geniais, sempre achei o humor americano
morno de mais. Desde os
tempos em que eu trabalhava na editora
Noblet sonhava em montar minha primeira
empresa, meu primeiro estúdio, tive a ideia
de fazer uma versão da MAD, mais
apimentada, mais maliciosa, mais latina,
mais adulta. Mas, faltava tempo para bolar
a tal revista e oportunidade para publicá-la.
Nos
anos 90 conheci o editor Fernando
Mendes, da editora Ninja. O homem, de origem
lusitana, um ex-jornaleiro, tinha a intenção
de aumentar o número de seus produtos
editoriais, visto que tinha uma única
revista de artes marciais chamada Ninja.
Falei sobre a ideia da Udigrudi e, de
imediato, ele achou a coisa interessante.
Porém, a revista só se materializou quando
eu, Wanderley Felipe e Wilson Borges
(vulgo Carioca, autor de Sapolino,
personagem infantil), nos reunimos e
decidimos tocar o projeto adiante,
aproveitando a onda de total liberalismos
que surgiram nas revistas de HQs
nacionais cômicas dos anos 90. Chiclete
com Banana estava bombando, assim
decidimos seguir a mesma linha.
Começamos a elaborar a primeira edição
da Udigrudi. Eu escrevia a maior
parte dos textos e todos nós desenhávamos,
muitas vezes em parceria.
Mendes, da editora Ninja. O homem, de origem
lusitana, um ex-jornaleiro, tinha a intenção
de aumentar o número de seus produtos
editoriais, visto que tinha uma única
revista de artes marciais chamada Ninja.
Falei sobre a ideia da Udigrudi e, de
imediato, ele achou a coisa interessante.
Porém, a revista só se materializou quando
eu, Wanderley Felipe e Wilson Borges
(vulgo Carioca, autor de Sapolino,
personagem infantil), nos reunimos e
decidimos tocar o projeto adiante,
aproveitando a onda de total liberalismos
que surgiram nas revistas de HQs
nacionais cômicas dos anos 90. Chiclete
com Banana estava bombando, assim
decidimos seguir a mesma linha.
Começamos a elaborar a primeira edição
da Udigrudi. Eu escrevia a maior
parte dos textos e todos nós desenhávamos,
muitas vezes em parceria.
A
primeira edição lançada pela Ninja tinha
o formato 20,5X 27,5 cms, 32 páginas de miolo
em preto e branco. Para a primeira edição
criamos: Alice, a Rainha da Chupetinha,
Sací Gererê (de Wilson Borges) e
Capitão Piroca, se não me falha a memória
(infelizmente não tenho mais aqueles
exemplares raros). Creio que lançamos
umas três ou quatro edições
pela editora Ninja.
o formato 20,5X 27,5 cms, 32 páginas de miolo
em preto e branco. Para a primeira edição
criamos: Alice, a Rainha da Chupetinha,
Sací Gererê (de Wilson Borges) e
Capitão Piroca, se não me falha a memória
(infelizmente não tenho mais aqueles
exemplares raros). Creio que lançamos
umas três ou quatro edições
pela editora Ninja.
O
interessante é que na medida em que iam
sendo publicadas as edições iam surgindo
os colaboradores, como: Mauro, Décio
Ramirez e Gilvan Lira...
sendo publicadas as edições iam surgindo
os colaboradores, como: Mauro, Décio
Ramirez e Gilvan Lira...
Além
da UDIGRUDI desenvolvíamos uma
serie de outras revistas para a editora
Ninja (quadrinhos eróticos, fotonovelas
eróticas, Hqs de aventuras e até o clássico
Pequeno Ninja, um fenômeno de venda,
na época). Paralelamente atendíamos
pelo estúdio Felipe-Fernandes (Fusão que
fiz com Wanderley Felipe), a editora Onix,
Nova Sampa e o Laboratório Catarinense,
desenvolvendo o Almanaque Sadol (que
era distribuído gratuitamente nas farmácias),
rótulos e embalagens e campanhas
publicitárias, como o da Abelhinha do xarope
Melagrião, que foi veiculado, na época, nos
programas da Xuxa, Simoni e Gugu.
O ritmo de trabalho era pauleira.
serie de outras revistas para a editora
Ninja (quadrinhos eróticos, fotonovelas
eróticas, Hqs de aventuras e até o clássico
Pequeno Ninja, um fenômeno de venda,
na época). Paralelamente atendíamos
pelo estúdio Felipe-Fernandes (Fusão que
fiz com Wanderley Felipe), a editora Onix,
Nova Sampa e o Laboratório Catarinense,
desenvolvendo o Almanaque Sadol (que
era distribuído gratuitamente nas farmácias),
rótulos e embalagens e campanhas
publicitárias, como o da Abelhinha do xarope
Melagrião, que foi veiculado, na época, nos
programas da Xuxa, Simoni e Gugu.
O ritmo de trabalho era pauleira.
Para
dar conta do recado fomos agregando
uma serie de colaboradores de peso, como:
Salatiel de Holanda, Orlando Alves,
Luciana (a única garota do grupo), Verde,
Alexandre Dias, Alexandre Montandon
e Jerônimo Souza.
uma serie de colaboradores de peso, como:
Salatiel de Holanda, Orlando Alves,
Luciana (a única garota do grupo), Verde,
Alexandre Dias, Alexandre Montandon
e Jerônimo Souza.
O
PEQUENO NINJA: MOTIVO
O
Pequeno Ninja surgiu quando o editor
Fernando Mendes, após assistir ao filme
O Pequeno Samurai entrou em nossa sala
(trabalhávamos em salas do mesmo
andar) e propôs que desenvolvêssemos,
em parceria, um ninja para crianças.
De imediato, passei a desenvolver
os roteiros e deixei a cargo do Wanderley
Felipe (Vulgo Tulipa – apelido derivado
do nome de uma personagem infantil
criada por ele: A Taturana Tulipa), um
especialista em desenhos infantis e
excelente letrista, a responsabilidade
para desenvolver a imagem
do pequeno guerreiro.
Fernando Mendes, após assistir ao filme
O Pequeno Samurai entrou em nossa sala
(trabalhávamos em salas do mesmo
andar) e propôs que desenvolvêssemos,
em parceria, um ninja para crianças.
De imediato, passei a desenvolver
os roteiros e deixei a cargo do Wanderley
Felipe (Vulgo Tulipa – apelido derivado
do nome de uma personagem infantil
criada por ele: A Taturana Tulipa), um
especialista em desenhos infantis e
excelente letrista, a responsabilidade
para desenvolver a imagem
do pequeno guerreiro.
Pouco
depois, a primeira edição, em cores,
estava pronta. Os originais forma feitos
no formato A-3, com overlays como guia
de cores pintados a lápis coloridos. As cores
eram aplicadas em retículas no fotolito.
A ideia inicial era lançar 150 mil exemplares
a um preço acessível (tal qual a editora
Abril fazia com suas edições) e explorarmos,
juntos, o merchandising. De repente,
o editor decidiu rodar 250 mil exemplares
na gráfica Brasiliana que, na época era
comandada por Hercílio, atual
proprietário da editora Escala.
estava pronta. Os originais forma feitos
no formato A-3, com overlays como guia
de cores pintados a lápis coloridos. As cores
eram aplicadas em retículas no fotolito.
A ideia inicial era lançar 150 mil exemplares
a um preço acessível (tal qual a editora
Abril fazia com suas edições) e explorarmos,
juntos, o merchandising. De repente,
o editor decidiu rodar 250 mil exemplares
na gráfica Brasiliana que, na época era
comandada por Hercílio, atual
proprietário da editora Escala.
Fiz
um planejamento de marketing e
convoquei o amigo, fotógrafo e produtor
de filmes para comerciais da TV, André Lima
(porque já desenvolvíamos, juntos, algumas
peças publicitárias para o Laboratório
Catarinense, através da NKS- uma house
da referida empresa, que estava situada e
operando em São Paulo, sob o comando
do diretor de marketing e saudoso
amigo Laerte Batista.
convoquei o amigo, fotógrafo e produtor
de filmes para comerciais da TV, André Lima
(porque já desenvolvíamos, juntos, algumas
peças publicitárias para o Laboratório
Catarinense, através da NKS- uma house
da referida empresa, que estava situada e
operando em São Paulo, sob o comando
do diretor de marketing e saudoso
amigo Laerte Batista.
Quando
o filme ficou pronto fomos até a extinta
Rede Manchete, canal de TV que pertencia
a editora carioca Bloch Editores, na
qual já veiculávamos diversos comerciais
do laboratório, que também patrocinava
o programa infantil da Simoni. Conheci
o pessoal do laboratório de Santa Catarina
graças ao amigo João Carlos Pacheco,
da Magno Publicidade.
Rede Manchete, canal de TV que pertencia
a editora carioca Bloch Editores, na
qual já veiculávamos diversos comerciais
do laboratório, que também patrocinava
o programa infantil da Simoni. Conheci
o pessoal do laboratório de Santa Catarina
graças ao amigo João Carlos Pacheco,
da Magno Publicidade.
VOLTANDO
AO ASSUNTO...
Fizemos
um acurado levantamento dos
picos de audiência analisando os índices
do IBOPE de diversos programas
daquela emissora e, por fim, descobrimos
o programa ideal para inserirmos o comercial
do Pequeno Ninja: O filme Ninja Jiraya
(produzido no Japão) era líder de audiência
daquele horário. Não deu outra. Tínhamos
o filme certo para o público alvo perfeito:
a garotada. Fechamos um pacote com
3 inserções do comercial de 15 segundos
para o lançamento da revista do pequeno
guerreiro da seguinte forma: uma antes
do inicio do filme, outra no intervalo e outra
no final. Resultado da venda final da primeira
edição, auferida pela DINAP (Distribuidora Abril):
125 mil exemplares, de uma tiragem de
250 mil. Um fenômeno de venda, se considerarmos
que o personagem era
totalmente desconhecido.
picos de audiência analisando os índices
do IBOPE de diversos programas
daquela emissora e, por fim, descobrimos
o programa ideal para inserirmos o comercial
do Pequeno Ninja: O filme Ninja Jiraya
(produzido no Japão) era líder de audiência
daquele horário. Não deu outra. Tínhamos
o filme certo para o público alvo perfeito:
a garotada. Fechamos um pacote com
3 inserções do comercial de 15 segundos
para o lançamento da revista do pequeno
guerreiro da seguinte forma: uma antes
do inicio do filme, outra no intervalo e outra
no final. Resultado da venda final da primeira
edição, auferida pela DINAP (Distribuidora Abril):
125 mil exemplares, de uma tiragem de
250 mil. Um fenômeno de venda, se considerarmos
que o personagem era
totalmente desconhecido.
Empolgado
com os números auferidos
o editor decidiu nos passar para trás –
sem aviso prévio - e acabou contratando
para continuar a serie o estúdio do João
Costa, que a assumiu com competência,
devo admitir. Jamais conheci esse cidadão
que está isento de culpa, é óbvio...
Na verdade, creio que produzimos e desenhamos
apenas 4 ou 5 primeiras edições do Pequeno
Ninja. Nos sentimos traídos, afinal trabalhávamos
com a Ninja há um bom tempo, sem contrato,
mas até então ambas as partes tinham
respeitado os acordos verbais.
o editor decidiu nos passar para trás –
sem aviso prévio - e acabou contratando
para continuar a serie o estúdio do João
Costa, que a assumiu com competência,
devo admitir. Jamais conheci esse cidadão
que está isento de culpa, é óbvio...
Na verdade, creio que produzimos e desenhamos
apenas 4 ou 5 primeiras edições do Pequeno
Ninja. Nos sentimos traídos, afinal trabalhávamos
com a Ninja há um bom tempo, sem contrato,
mas até então ambas as partes tinham
respeitado os acordos verbais.
Tal
fato gerou atrito entre nós e o referido
editor. Rompemos com ele, de imediato, e
fomos procurar nossos direitos
no I.N.P.I (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial). Segundo o advogado
que nos recebeu a causa estava ganha.
Prometeu enviar uma notificação de
busca e apreensão de todas as revistas,
em todas as bancas do país, que seria
realizada pela Polícia Federal. Assim que
foi notificado o editor amarelou e decidiu
nos contatar propondo comprar os direitos,
em suaves prestações. Aceitamos a proposta,
que financeiramente era interessante, e
assim decidimos abrir mão do personagem,
que eu sabia que não venderia eternamente
bem, e abrimos nossa própria casa editora:
Phenix Editorial Ltda.
editor. Rompemos com ele, de imediato, e
fomos procurar nossos direitos
no I.N.P.I (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial). Segundo o advogado
que nos recebeu a causa estava ganha.
Prometeu enviar uma notificação de
busca e apreensão de todas as revistas,
em todas as bancas do país, que seria
realizada pela Polícia Federal. Assim que
foi notificado o editor amarelou e decidiu
nos contatar propondo comprar os direitos,
em suaves prestações. Aceitamos a proposta,
que financeiramente era interessante, e
assim decidimos abrir mão do personagem,
que eu sabia que não venderia eternamente
bem, e abrimos nossa própria casa editora:
Phenix Editorial Ltda.
Nos
últimos anos Fernando Mendes, da Ninja,
lançou o pequeno guerreiro numa versão
no estilo mangá, que não vingou (também
feita pelo Costa). Mesmo assim, esse editor
ainda saiu no lucro: Vendeu os direitos autorais
do Pequeno Ninja, por R$ 50 mil reais para
a editora On Line. A negociata foi feita por
João Costa, que continuou a fazer a serie
para essa casa editorial, mas o gibi não
alcançou o mesmo sucesso do passado.
Atualmente, Fernando Mendes, após
inúmeras experiências editorias catastróficas,
é dono da editora Merfer, selo pelo qual ele7
4 lança inúmeras revistas de caças palavras
e palavras cruzadas, com relativo sucesso.
lançou o pequeno guerreiro numa versão
no estilo mangá, que não vingou (também
feita pelo Costa). Mesmo assim, esse editor
ainda saiu no lucro: Vendeu os direitos autorais
do Pequeno Ninja, por R$ 50 mil reais para
a editora On Line. A negociata foi feita por
João Costa, que continuou a fazer a serie
para essa casa editorial, mas o gibi não
alcançou o mesmo sucesso do passado.
Atualmente, Fernando Mendes, após
inúmeras experiências editorias catastróficas,
é dono da editora Merfer, selo pelo qual ele7
4 lança inúmeras revistas de caças palavras
e palavras cruzadas, com relativo sucesso.
Nossos
primeiros lançamentos, pelo
selo Phenix, foram 4 revistas posters:
Duas do Bruce Lee, Robocop e Back To The Future
(De Volta para o Futuro, o filme). Esses posters
que foram impressos, na base do crédito,
na extinta Gráfica e Editora Parma, fizeram
sucesso. Só conseguimos crédito porque a
equipe econômica do governo Collor
tinha saqueado nosso rico dinheirinho e,
todos nós acordamos, do dia para a noite,
duros, sem dinheiro (com alguns trocados no banco).
Estávamos, todos, começando do zero, do nada.
Todos, ricos e pobres, no mesmo barco
(pelo menos a grande maioria). Saímos
com esses produtos exatamente no
momento em que o país vivia um
drama financeiro: o confisco governamental
e ainda enfrentava uma inflação galopante.
Alguém me disse: “Tony, você está louco?
Isto não é hora de lançar porra nenhuma.”
selo Phenix, foram 4 revistas posters:
Duas do Bruce Lee, Robocop e Back To The Future
(De Volta para o Futuro, o filme). Esses posters
que foram impressos, na base do crédito,
na extinta Gráfica e Editora Parma, fizeram
sucesso. Só conseguimos crédito porque a
equipe econômica do governo Collor
tinha saqueado nosso rico dinheirinho e,
todos nós acordamos, do dia para a noite,
duros, sem dinheiro (com alguns trocados no banco).
Estávamos, todos, começando do zero, do nada.
Todos, ricos e pobres, no mesmo barco
(pelo menos a grande maioria). Saímos
com esses produtos exatamente no
momento em que o país vivia um
drama financeiro: o confisco governamental
e ainda enfrentava uma inflação galopante.
Alguém me disse: “Tony, você está louco?
Isto não é hora de lançar porra nenhuma.”
Sempre
acreditei que é preciso ser oportunista.
Se o mercado estava estagnado em virtude
do confisco, se poucas editoras estavam
ousando lançar seus produtos, aquele era
o momento certo, ideal, para “metermos
o pé na jaca” e entrarmos com tudo no
mercado. Ou a gente alçava voo ou quebrava a
cara... Demos sorte, pois foi justamente
naquele momento que os cinemas da
cidade estavam lançando o primeiro Robocop
e as filas, para assistí-lo eram enormes.
Fomos os primeiros a lançar o pôster do
filme, graças a uma matéria que li, numa
revista importada, do tremendo sucesso
que o filme estava fazendo pelo mundo.
Na sequência saiu o álbum de figurinhas
da Multi Editora. Resultado:
Vendas garantidas.
Se o mercado estava estagnado em virtude
do confisco, se poucas editoras estavam
ousando lançar seus produtos, aquele era
o momento certo, ideal, para “metermos
o pé na jaca” e entrarmos com tudo no
mercado. Ou a gente alçava voo ou quebrava a
cara... Demos sorte, pois foi justamente
naquele momento que os cinemas da
cidade estavam lançando o primeiro Robocop
e as filas, para assistí-lo eram enormes.
Fomos os primeiros a lançar o pôster do
filme, graças a uma matéria que li, numa
revista importada, do tremendo sucesso
que o filme estava fazendo pelo mundo.
Na sequência saiu o álbum de figurinhas
da Multi Editora. Resultado:
Vendas garantidas.
UM
DISTRIBUIDOR SACANA
Rodamos
inicialmente 30 mil posters de cada.
Porém, o distribuidor nacional exclusivo
(Fernando Chinaglia, do Rio de Janeiro), uma
semana depois, nos mandou de volta
15 mil exemplares de cada alegando que os
jornaleiros não queriam expor nossos produtos.
Aquilo foi desanimador. O filme estava
bombando e os jornaleiros não queriam
expor os produtos? Aquela história
estava mal contada. Era preciso encontrar
uma saída, caso contrário como
iríamos pagar a gráfica?
Porém, o distribuidor nacional exclusivo
(Fernando Chinaglia, do Rio de Janeiro), uma
semana depois, nos mandou de volta
15 mil exemplares de cada alegando que os
jornaleiros não queriam expor nossos produtos.
Aquilo foi desanimador. O filme estava
bombando e os jornaleiros não queriam
expor os produtos? Aquela história
estava mal contada. Era preciso encontrar
uma saída, caso contrário como
iríamos pagar a gráfica?
DEUS
EXISTE
Por
sorte, recebemos o telefonema de um
distribuidor do estado de Minas Gerais,
que me disse: “Vocês fazem o Robocop?
Aqui em Belo Horizonte, capital de Minas,
só chegaram 200 posters. O pessoal quer,
mas não tem. Os jornaleiros estão feito loucos
atrás do produto editorial de vocês!
Compro um lote, qual é o preço?”
distribuidor do estado de Minas Gerais,
que me disse: “Vocês fazem o Robocop?
Aqui em Belo Horizonte, capital de Minas,
só chegaram 200 posters. O pessoal quer,
mas não tem. Os jornaleiros estão feito loucos
atrás do produto editorial de vocês!
Compro um lote, qual é o preço?”
Mal
pude acreditar naquilo que acabará
de ouvir. Ao menos a referida distribuidora
servia para alguma coisa: divulgar o produto.
O pessoal pegava nosso telefone nas
revistas e ligava pedindo mais.
de ouvir. Ao menos a referida distribuidora
servia para alguma coisa: divulgar o produto.
O pessoal pegava nosso telefone nas
revistas e ligava pedindo mais.
Desconfiado,
por não saber como funcionava
esse sistema que passei a chamar de
“Distribuição Alternativa”, dei um desconto
] de 50% do preço de capa (o mesmo que
dávamos para a Distribuidora Chinaglia), passei
ao homem o número de uma das nossas
contas bancárias e prometi enviar-lhe o
pedido assim que o dinheiro entrasse
na conta. Tudo correu perfeitamente.
Na sequência, outros distribuidores
regionais, que eu também desconhecia,
também nos ligaram e compraram
diretamente. Em pouco tempo tínhamos
uma enorme carteira de clientes
diretos de sul a norte do país. Resumindo,
assim que a primeira edição se esgotou,
nossos clientes pediram para
rodar mais e mais. Foi incrível.
esse sistema que passei a chamar de
“Distribuição Alternativa”, dei um desconto
] de 50% do preço de capa (o mesmo que
dávamos para a Distribuidora Chinaglia), passei
ao homem o número de uma das nossas
contas bancárias e prometi enviar-lhe o
pedido assim que o dinheiro entrasse
na conta. Tudo correu perfeitamente.
Na sequência, outros distribuidores
regionais, que eu também desconhecia,
também nos ligaram e compraram
diretamente. Em pouco tempo tínhamos
uma enorme carteira de clientes
diretos de sul a norte do país. Resumindo,
assim que a primeira edição se esgotou,
nossos clientes pediram para
rodar mais e mais. Foi incrível.
Graças
ao sucesso das nossas revistas
posters nós decidimos lançar quadrinhos.
Inicialmente mandamos imprimir, em
rotativa, para baratear custos, o Almanaque
Aventura, Almanaque Super Ação e a Udigrudi,
tudo em formatinho com 132 págs cada edição.
Tiragem: 30 mil de cada.
posters nós decidimos lançar quadrinhos.
Inicialmente mandamos imprimir, em
rotativa, para baratear custos, o Almanaque
Aventura, Almanaque Super Ação e a Udigrudi,
tudo em formatinho com 132 págs cada edição.
Tiragem: 30 mil de cada.
A
receptividade foi relativamente boa.
Alcançamos, em média, 40% de venda.
Nada mal para HQs nacionais. Na medida
em que as edições eram publicadas surgiam
cada vez mais novos amigos e colaboradores,
como: Kal, Roberto Guedes (autor de Meteoro),
Bilau, Seabra, Jotah, Brito (Papa Anjo),
Notre, Rodrigues, Timont, Antonio Sussex,
Verde, Cláudio Vieira, Jean Okada,
Fernando Aoki, Jorge Barreto,
Ricardo Giasseti, Ivan Reis, José Geraldo,
Mauricio Notre, Marcelo Pavan, Oberlan,
Cacure e outros bambas
do traço e do humor.
Alcançamos, em média, 40% de venda.
Nada mal para HQs nacionais. Na medida
em que as edições eram publicadas surgiam
cada vez mais novos amigos e colaboradores,
como: Kal, Roberto Guedes (autor de Meteoro),
Bilau, Seabra, Jotah, Brito (Papa Anjo),
Notre, Rodrigues, Timont, Antonio Sussex,
Verde, Cláudio Vieira, Jean Okada,
Fernando Aoki, Jorge Barreto,
Ricardo Giasseti, Ivan Reis, José Geraldo,
Mauricio Notre, Marcelo Pavan, Oberlan,
Cacure e outros bambas
do traço e do humor.
De
repente, o time de colaboradores cresceu
e a revista que tinha nascido com uma
proposta puramente underground adquiriu
estilo próprio, abrigando uma infinidade
de traços e estilos diferenciados, mas
sem perder sua temática principal: Drogas,
sexo, sátiras e rock and roll. A convivência
com os artista era ótima. Atendíamos
atenciosamente todos aqueles que nos
procuravam. Mantínhamos dois times: um
para produzir super-heróis e outros para
criar sátiras para a Udigrudi, que passou a
ter duas edições mensais de 132 páginas.
O difícil era fazer a turma produzir na
pauleira, apesar dos bons preços que
pagávamos, graças ao suporte financeiro
que obtínhamos com as revistas posters
de Tom Cruise, Van Damme, Madonna,
Chuck Norris, Indiana Jones,
New Kids On The Bloch etc.
e a revista que tinha nascido com uma
proposta puramente underground adquiriu
estilo próprio, abrigando uma infinidade
de traços e estilos diferenciados, mas
sem perder sua temática principal: Drogas,
sexo, sátiras e rock and roll. A convivência
com os artista era ótima. Atendíamos
atenciosamente todos aqueles que nos
procuravam. Mantínhamos dois times: um
para produzir super-heróis e outros para
criar sátiras para a Udigrudi, que passou a
ter duas edições mensais de 132 páginas.
O difícil era fazer a turma produzir na
pauleira, apesar dos bons preços que
pagávamos, graças ao suporte financeiro
que obtínhamos com as revistas posters
de Tom Cruise, Van Damme, Madonna,
Chuck Norris, Indiana Jones,
New Kids On The Bloch etc.
ARTISTAS
E PERSONAGENS
QUE
SE DESTACARAM
DA SERIE UDIGRUDI
DA SERIE UDIGRUDI
Hoje,
analisando friamente, vejo que demos
sorte e criamos, sem querer, uma equipe
genial. Orlando Alves criou verdadeiras
pérolas para a Udigrudi como: Cornão,
o bravo (sátira de Conan, da Marvel), Goste –
Do Outro Lado da Vida (Sátira do filme Ghost),
Juca Bação etc. Salatiel de Holanda, fã da série
de TV chamada A Ilha da Fantasia, estrelada
por Ricardo Montalban, criou A Ilha da Baixaria.
Outro personagem que marcou época foi:
Papa Anjo, um balzaquiano tarado
por garotinhas, personagem criado
pelo cartunista Mário Brito, que anos
depois foi um dos sócios da revista
destinada ao público masculino
chamada Brazil.
Curiosamente, o Salatiel tinha boas ideias,
mas não escrevia as histórias previamente.
Bolava o roteiro na mente e saia desenhando
a sequência. Me entregava os originais,
no formato A-4, sem balões ou textos definidos.
Deixava apenas os espaços em branco
para o letreramento. Ele me contava a ideia
da história que ele tivera e então observando
a sequência eu desenvolvia os textos.
Fizemos muitas HQs dessa forma.
Todos os letreramentos (de super-heróis e
da Udigrudi) estavam a cargo de Wanderley
Felipe, devido a sua experiência em letrerar
Disney, para a editora Abril. Uma ou outra HQ
vinha já letrerada. Em geral, desenhistas
são péssimos letristas. Eu sou o maior
exemplo, apesar do bengala brother
Marcos Maldonado, um especialista no
assunto, ter me dado umas dicas
na década de 80... Rssss...
OUTRA COISA INTERESSANTE:
O Salata, um gozador nato, além de apelidar
toda a galera vivia colocando a
caricatura da turma em suas HQs.
Bastava observar bem os fundos.
sorte e criamos, sem querer, uma equipe
genial. Orlando Alves criou verdadeiras
pérolas para a Udigrudi como: Cornão,
o bravo (sátira de Conan, da Marvel), Goste –
Do Outro Lado da Vida (Sátira do filme Ghost),
Juca Bação etc. Salatiel de Holanda, fã da série
de TV chamada A Ilha da Fantasia, estrelada
por Ricardo Montalban, criou A Ilha da Baixaria.
Outro personagem que marcou época foi:
Papa Anjo, um balzaquiano tarado
por garotinhas, personagem criado
pelo cartunista Mário Brito, que anos
depois foi um dos sócios da revista
destinada ao público masculino
chamada Brazil.
Curiosamente, o Salatiel tinha boas ideias,
mas não escrevia as histórias previamente.
Bolava o roteiro na mente e saia desenhando
a sequência. Me entregava os originais,
no formato A-4, sem balões ou textos definidos.
Deixava apenas os espaços em branco
para o letreramento. Ele me contava a ideia
da história que ele tivera e então observando
a sequência eu desenvolvia os textos.
Fizemos muitas HQs dessa forma.
Todos os letreramentos (de super-heróis e
da Udigrudi) estavam a cargo de Wanderley
Felipe, devido a sua experiência em letrerar
Disney, para a editora Abril. Uma ou outra HQ
vinha já letrerada. Em geral, desenhistas
são péssimos letristas. Eu sou o maior
exemplo, apesar do bengala brother
Marcos Maldonado, um especialista no
assunto, ter me dado umas dicas
na década de 80... Rssss...
OUTRA COISA INTERESSANTE:
O Salata, um gozador nato, além de apelidar
toda a galera vivia colocando a
caricatura da turma em suas HQs.
Bastava observar bem os fundos.
Mauro
– Este excelente profissional da arte
e do texto também criou e desenhou obras
primas que satirizavam super-heróis, como:
O Quarteto Fantástico (Quarteto Fanático),
The Flash (The Flechi), Os Simpsons
(Os Simpisão) , Fantastic Man (Fantastric Trem)
e criou Alex, o garotinho precoce etc.
e do texto também criou e desenhou obras
primas que satirizavam super-heróis, como:
O Quarteto Fantástico (Quarteto Fanático),
The Flash (The Flechi), Os Simpsons
(Os Simpisão) , Fantastic Man (Fantastric Trem)
e criou Alex, o garotinho precoce etc.
Alice,
a rainha da chupetinha, Capitão Piroca
(feito em parceria com o W. Felipe), Alf,
O Etesão, O Surfista Afrescalhado, Luke e
Lokko, Asterísco, e as sátiras de Batman e
Catwoman, Vic e Tô (um hippie milhardário
criado por Cláudio de Oliveira) foram
HQs que marcaram época e proporcionaram
boas gargalhadas nos leitores da serie.
(feito em parceria com o W. Felipe), Alf,
O Etesão, O Surfista Afrescalhado, Luke e
Lokko, Asterísco, e as sátiras de Batman e
Catwoman, Vic e Tô (um hippie milhardário
criado por Cláudio de Oliveira) foram
HQs que marcaram época e proporcionaram
boas gargalhadas nos leitores da serie.
Numa
parceria com o desenhista, ilustrador e
especialista em desenhos animados,
Cláudio de Oliveira, criei Gina, a aeromoça
sexy que ficava tarada assim que a
aeronave na qual trabalhava atingia
determinada altura.
especialista em desenhos animados,
Cláudio de Oliveira, criei Gina, a aeromoça
sexy que ficava tarada assim que a
aeronave na qual trabalhava atingia
determinada altura.
Enfim,
a revista UDIGRUDI virou, em
pouco tempo, sinônimo de bom humor
para adultos e acabou inspirando muita
gente boa como: Marcio Baraldi, Bira
Dantas e outros cartunistas bons de
traço e da arte do humor. “Fazer chorar
é fácil. Fazer rir é uma arte”, dizia um antigo
e desconhecido filósofo de boteco.
pouco tempo, sinônimo de bom humor
para adultos e acabou inspirando muita
gente boa como: Marcio Baraldi, Bira
Dantas e outros cartunistas bons de
traço e da arte do humor. “Fazer chorar
é fácil. Fazer rir é uma arte”, dizia um antigo
e desconhecido filósofo de boteco.
Nos
últimos anos elaborei uma nova
serie denominada UDIGRUDI – Reserva
Especial, em cores, no formato 20,5 x 27,5 cms.
Mas a atual situação mercadológica das
revistas e livros em geral tem dificultado
a negociação desse projeto que visa
resgatar os bons e grandes momentos
de bom humor e reunir diversos artistas.
“A esperança é a última que morre”, dizia
o sábio antes de ser enforcado. Portanto,
vou continuar tentando, prometo. Rssss...
serie denominada UDIGRUDI – Reserva
Especial, em cores, no formato 20,5 x 27,5 cms.
Mas a atual situação mercadológica das
revistas e livros em geral tem dificultado
a negociação desse projeto que visa
resgatar os bons e grandes momentos
de bom humor e reunir diversos artistas.
“A esperança é a última que morre”, dizia
o sábio antes de ser enforcado. Portanto,
vou continuar tentando, prometo. Rssss...
See
you later, cowboys!
Happy
New Year for all!
Be
well!
Por
Tony Fernandes\Redação\Estúdios Pégasus –
Uma
Divisão de Arte e Criação da Pégasus Publicações Ltda –
Copyright
2015 – Todos os Direitos Reservados.
OBS:
As imagens contidas aqui têm o caráter
exclusivamente ilustrativo e seus direitos
autorais pertencem a seus autores ou
representantes legais.
exclusivamente ilustrativo e seus direitos
autorais pertencem a seus autores ou
representantes legais.
IMPORTANTE:
Só foi possível elaborar
essa matéria especial graças a colaboração
do cartunista mais rock and roll do Brasil,
Marcio Baraldi, que me enviou pelo correio
algumas edições da revista UDIGRUDI
(que ele tinha em duplicatas), pois eu
não tinha mais um exemplar se quer,
e os antigos fotolitos se deterioraram
com o tempo. Thanks, Marcião!
essa matéria especial graças a colaboração
do cartunista mais rock and roll do Brasil,
Marcio Baraldi, que me enviou pelo correio
algumas edições da revista UDIGRUDI
(que ele tinha em duplicatas), pois eu
não tinha mais um exemplar se quer,
e os antigos fotolitos se deterioraram
com o tempo. Thanks, Marcião!
A SEGUIR... RELEMBRE
ALGUNS
BONS MOMENTOS
BONS MOMENTOS
DA UDIGRUDI...
Capa que saiu esquisita, por erro gráfico |