sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA COM O GRANDE MESTRE AUGUSTO MINIGHITTI! ARTISTA E GRANDE PROMOTOR DE EVENTOS ARTÍSTICOS NO BRASIL!


CONHEÇA OS GRANDES 
FEITOS E OS TRABALHOS
 DESTE GRANDE MESTRE, 
BATALHADOR E DIVULGADOR
 DAS Histórias em Quadinhos
Amigo, web leitor, saiba mais sobre...

AUGUSTO MINIGHITTI!

Inteligente, bem humorado, ciente das coisas
  Tony - Com o advento e a popularização das 
comunidades da Web relacionar-se com o 
mundo, hoje, ficou fácil. De fato, o mundo
 tornou-se uma aldeia global, como preconizavam
 alguns visionários do passado, como Andy Wharol. 
E é através deste mundo novo e maravilhoso 
que a cada dia nos surpreendemos ao 
conhecermos gente de muito talento e
 que até então desconhecíamos ou que
 era pouco divulgada. 
Conheci Augusto Minighitti no Facebook, através 
de bate-papos, onde acabamos criando a
 já famosa Confraria dos 
Bengalas Boys Club (Rsss...).
 Essa fictícia entidade milenar, que ganha
 novos adeptos a cada dia, já chegou até
 além-mar, onde estão nossos bengalas 
brothers portuguêses - Zeca e 
Jorge Machado-Dias -, e por aí afora, nesse
 mundão de Deus. Você, Mini, já faz parte da 
confraria e por isso, hoje, você é a bola da vez. 
Preparado, pra entrevista?
 Então, vamos lá... Em que dia, mês e ano você
 nasceu, mestre? Cidade, estado, país?

Minighitti – Antes de mais nada, meu caro 
“Bengala-Friend”, Tony, quero te cumprimentar
 pela sua longa e grande contribuição no mundo 
editorial e gráfico desde a invenção da
 imprensa em 1450 até os 
dias atuais (rsss...)...

Tony 2 – Cacilda... desta vez peguei
 um entrevistado que é um piadista
 nato... (Rssss...). Gostei. 
Esta foi boa, Mini... me chamou, por tabela, 
de escriba-Mor do famoso código de
 Amurabi... (Rsss...).  Tudo bem... te pego na 
sequência... pelo visto começamos bem... 
esse nosso talkie show virtual
 vai dar o que falar...

Minighithi -  Falando sério... 
Você tem toda a razão. 
Este incrível mundo virtual proporciona 
uma ferramenta que aproxima uma legião 
de artistas e entusiastas de várias 
gerações, estes grandes bate-papos 
com os “bengalas Friends”; Wilde, Seabra, 
Calazans, Marco Angeli, Mauro Soares, 
Lancelott, Ikoma, Jorge Machado, Benedito
 Nicolau, Zeca, Alvarez, entre outros, traz
 a mesma emoção da 
época dos intermináveis
 papos regados a Chopp no Amigo Leo, 
na Ruas das Palmeiras, com Manoel Victor, 
Jayme Cortez, Nico Rosso, Zalla, Moya, 
Colin e quem viesse sentar na mesa....
só falta o Chopps (rssss...)...
então vamos nessa...
Nasci em São Paulo, no bairro do Ipiranga 
em 24 de fevereiro , sou Paulista 
e Paulistano da gema...

Tony 3 – Manéco, Olho-de-Lince
 (apelido do Cortez),
 Zalla, Moya, Colin... grandes amigos...
 tempo bom... o chopinho do Leo?
Hmmm, deu até água na boca. 
As vezes vou lá no Leo
 (um dos melhores chopps de S. Paulo), 
ainda, na esquina da Rua Aurora com a
 rua dos Andrades, na Cracolândia. 
Só falta os velhos amigos... Então, você 
é paulistano? Como eu? Somos coisa rara 
nesta cidade. Aqui tem gente de toda parte
 do mundo, mas, paulistano (sujeito que
 nasceu na capital bandeirante. 
Paulista é quem nasce no interior de SP), 
é coisa rara. Numa roda de dez você só 
encontra um paulistano da gema, e olha lá...
Pelo sobrenome, você só pode ser
 filho de italianos, correto? Seus país são
 originários de que parte da Itália?
 Vieram quando para o Brasil?

Minighitti – Correto, chegaram nos anos 40,
 vieram da região do Vêneto, mas tinha 
uma avó por parte de mãe que era da Espanha...
apesar de meu nome de batismo ser 
Minighitti, deveria ser Meneghetti ( igual ao 
do gatuno dos telhados rsss...), mas por erro
 do cartório, colocaram os pingos nos “Es”..rss

Tony 4 – Por erro!? Você deu é muita sorte
que a anta do cartório trocou as bolas... (Rsss...).
 Meneghetti  era o nome de um famoso 
bandidão das antigas, pra quem
não sabe... (Rsss...). Ainda sobre família... 
quantos irmãos você tem? Mais alguém 
da família já se aventurou pelo
 mundo das artes em geral?

Minighitti -  Tenho uma irmã mais nova. 
Minha mãe quando solteira chegou a pintar
 alguns quadros mas não deu continuidade,
 virou professora. Tenho também 2 sobrinhos
 o mais novo Ricardo e o mais velho Rafael, 
este está de certa forma se aventurando
 pelo mundo das artes visuais, trabalha na 
produtora IDT3 e na Rede TV.e na BAND

Um artista quase em extinção, a moda antiga
Tony 5 – Beleza, alguém tinha que puxar pro tio
e você, com certeza, herdou o gene artístico
 da mamma... Você mora, atualmente,
 em que cidade e região do país?

Minighitti – Atualmente moro em São Paulo, 
no Ibirapuera, na região de Moema.

Tony 6 – Belo bairro, adoro Moema, aqueles
 restaurantes maravilhosos e a tábua de
 frios regado a chope do João 100...
Foi através do Face que comecei a ver, a 
descobrir e admirar, aos poucos seus
 trabalhos artisticos, caro bengala-friend...
 mas, quando você postou aquele desenho 
fenomenal, que fez da minha Apache,
 babei, literalmente. Pois, ali estava um
grande trabalho, de alguém que tem
 grande conhecimento anatômico de
 alguém que tem, certamente, uma 
grande bagagem profissional, deduzi. 
Parabéns, pela bela arte... mas, me 
decepcionei quando fui buscar no
 Google e em livros de arte maiores
 informações a seu respeito. Daí, pensei:
 "Como pode alguém que tem um nato 
talento desse, não estar citado nesses
 novo e fantástico veículos de informação 
sobre arte, como é o google?"
 Achei isso uma tremenda sacanagem, 
pois os feitos de um artista do seu gabarito
 deveriam estar registrado para os 
anais da história há muito tempo, a meu ver. 
Daí te mandei um e-mail e fiquei feliz da
 vida, quando você concordou em 
conceder-me essa entrevista. 
Vamos nessa... Pergunto... 
Esta sua paixão pela
 arte que, obviamente, deve ter iniciado 
na tenra idade lendo gibis ou assistindo
 velhos seriados de TV, começou a 
tornar-se uma realidade profissional, 
a partir de quando? Quais foram seus 
primeiros trabalhos artísticos?

Minighitti - Fico contente em saber que gostou, 
o lance de ter desenhado sua personagem 
Apache foi por um simples motivo...
ela é muito gostosa!! rssss...


Apache - Incrível arte na visão do mestre Minighitti
Tony 7- Mais um tarado... (Rsss...). Mas, tenho
 que admitir que a nega é boazuda, 
mesmo... prossiga...

Minighitti - Quando possível, procuro fazer um
 desenho por puro prazer, quando vi a
 personagem Apache pensei: - Hummmm, isso
 sim vai dar prazer! rssss 
( tô parecendo o Seabra! rsss)...

Tony 8 – Ouviu esta, mestre Seabra? O Mini 
falou seu “santo nome” em vão...(Rsss...).

Minighitti - Quanto a aparecer muito, possivelmente,
 deve-se ao fato de eu ser extremamente
 reservado, um homem das cavernas 
contemporâneo  rssss...

Tony 9 – Hmmm... adora ficar na toca? 
Com quem? 
Tô brincando... vamos nessa...

Minighitti -  Você acertou em cheio,
 toda essa paixão pela arte veio 
inicialmente dos Quadrinhos, 
passando pelas séries de TV. Quando eu 
era menino ia todos os domingos numa 
feira livre perto de casa, tinha um velhinho
 chamado Sr. Anselmo que chegava com
 sua carriola de pedreiro com pilhas 
de Gibis antigos, organizadamente ele
 colocava todas as revistas no chão para 
vender, com alguns trocados comprava
 várias delas, era Superman, Batman... 



Batman - por Jim Aparo
...Capitão 7, de várias editoras,
 principalmente, da Ebal e La Selva,
 na antiga TV General 
Eletric assistia os desenhos do
 Pica Pau, Popeye, todos sem as dublagens,
 a partir desse momento eu apenas sabia 
que queria desenhar e mais nada, em 1967
 participei de um concurso de desenho 
pelo Estado de São Paulo patrocinada pela 
antiga Casas Pernambucanas e ganhei uma
 medalha, diploma e um baita portfólio 
de aves brasileiras, aquele eu considero
 o ponto inicial e que me incentivou muito.


POPEYE - Dos desenhos animados para os quadrinhos
Tony 10 – Olha que história legal... interessante. 
Todo início de carreira apresenta uma certa
 dificuldade. No seu caso, encontrou alguma
 barreira à ser superada para começar a
 trabalhar no setor artístico ou editorial?

Minighitti - Sim, existem várias...mas faz 
parte do show! Passamos a vida inteira
 tentando superar as barreiras e dificuldades
 e não importa o caminho que iremos trilhar. 
No meu caso tem que levar em conta que 
os tempos eram outros, não havia tanta 
informação como temos hoje em dia, 
livros especializados praticamente não
 existiam, quando você achava um, não
 tinha grana pra comprar, tinha o curso de
 correspondência da Panamericana, mas
 entrava o fator grana novamente, NET
 nem pensar...cultura sempre custou 
 caro, então tive que me virar pra ter 
um pouco de cultura, trabalhar na feira,
 carregar caminhão, soldar peças, coisas
 que qualquer cara que gosta de desenhar
 ficaria puto da vida de ter que fazer...
mas como disse, faz
 parte do show!  Rsss....

Tony 11 – Isto é um grande exemplo,
 bengala brother... tem muita gente por aí
 que acha vergonhoso ralar... pra mim, 
vergonha é roubar. Trabalho honesto
 sempre é gratificante... também já fiz 
de tudo nessa vida. Como você disse:
 “Faz parte do show”. Legal. Parabéns por 
esta batalha toda... gosto de gente de garra.
 Seus trabalhos iniciais foram feitos 
em que estilo? Comico, infantil  ou figuras
 anatômicas, o chamado 
desenho clássico?


A arte de Minighitti

Belas figuras e um belo traço

Minighitti - Geralmente eram desenhos
 mais clássicos, vivia fazendo layouts, 
as famosas manchas publicitárias, 
usava ecoline, guache, acrílica, pastel 
hidrográficas e aquelas 
barrinhas de grafite na forma de um 
pequeno tijolo da marca Zorzetto...

Tony 12 – Tempo bom esse, né? Tudo era na
 raça, pinceis de pelo de marta, roupa 
suja de tinta, originais enormes... hoje taí 
tudo pasteurizado, plastificado com as
 pinturas digitais... ainda acho bem mais
 artístico um trabalho analógico, à moda
 antiga... pinturas digitais não têm muita
 personalidade... somos 
jurássicos, mesmo, 
bengala friend. Disfarça... (Rsss...). 
Pelo que me consta, foi na área de ensino, 
cursos e programas de cunho didático, 
que você se especializou, certo? 
Quanto tempo militou nesta área e cite 
alguns trabalhos realizados por
 você, nesse segmento.

Minighitti –  Foi exatamente nesta área que 
acabei me especializando, e aconteceu
 de uma forma inesperada, já tinha me formado
  e fazia alguns trabalhos para uma agência 
de publicidade no Pacaembu, sempre 
arranjava um tempo pra tomar um café
 na Panamericana da rua Conselheiro 
Brotero, numa dessas visitas encontrei 
o Manoel Victor e ele pediu para 
substituir um professor 
que havia faltado, relutei um pouco, pois 
nunca tinha dado aula na vida, nem sabia o 
que falar para os alunos, vendo que eu 
estava com alguns layouts , mandou 
mostrar o processo criativo 
e de desenvolvimento 
dessas peças publicitárias, levou até a 
sala me apresentou e saiu a francesa...
dei a aula, o pessoal curtiu e no fim fui 
convidado a dar aula. Foi uma loucura.
 Entrava às 9 da manhã e 
ia direto até as 22hs em
 várias turmas de segunda a quinta, 
sexta tinha reuniões sobre o curso
 e no sábado das 9 às 14hs dava aulas
 também...foi nesta época também que
 conheci o grande amigo Ricardo Antunes
 que era professor, o mesmo que criou
o guia do Ilustrador e publica a revista
 eletrônica Ilustrar, agora está prestes a 
publicar o livro em 2 volumes do Benício,
 eu já vi e ficou demais... mesmo com todo
 esse tempo nas aulas, ainda descolava 
algum tempo para fazer outros trabalhos
 na medida do possível, participei do
 programa do Flávio Cavalcante fazendo
 música ilustrada, ilustrando para o Mr 
Sam da TV Gazeta, participando do 
TV Mix também da Gazeta, do programa
 do Omar Santos na extinta TV Manchete, 
que era dirigido pelo Nilton Travesso,  
no Lanterna Mágica da Cultura, capa de
 livros entre outras coisas...como conseguia
 fazer tudo isso eu nem sei rsss... 
fiquei quase 20 anos na Panamericana, 
depois montei um estúdio durante um
 ano e logo fui convidado a montar um 
curso de arte para dar aulas e coordenar
 num Centro Universitário, este convite 
surgiu do reitor Dr Luis Carlos de Azevedo, 
que era o irmão do Maneco...
foram mais uns 10 anos....

Tony 13 – Gostei de saber sobre o seu pique, 
na época... polivalente... fez acontecer muita 
coisa e algumas delas simultaneamente. 
Sois um guerreiro nato, grande Mini...
Quais foram suas experiências no setor editorial? 
Trabalhou ou fez trabalhos para quais
 empresas dessa área?

Minighiti – Eu tinha um tempo meio apertado, 
mesmo assim fiz algumas coisas para a editora 
Zillig da revista Troféu, na antiga revista Visão,
 umas ilustrações para o Alex Sonic da revista 
Manchete (editora Bloch), 
editora Dasein, editora Rosa
 dos Tempos entre outras. Agora está saindo 
 o Livro infantil Laboratório das Flores pela
editora Giostri , da minha amiga Gigi
 Anhelli ( Bambalalão ) onde fiz o projeto gráfico
 e todas as ilustrações , um encarte todo
 ilustrado de 16 páginas mais capa e 
contra capa do CD Cabeças Pensantes, 
do músico Doctor Xysse pela Alegretto...

Tony 14 – Fez muito, no passado, e continua
 fazendo acontecer... isto é fantástico, 
old guerreiro... seguindo... editoras de livros
didáticos e para-didáticos, como editora do
 Brasil, Ática, FTD, Melhoramentos, pelo visto,
 você deve ter trabalhado muito com elas, OK?
 Cite alguns desses trabalhos realizados.

Minighitti – Não exatamente em livros, 
há pouco tempo foi feito um trabalho
 para a Atica/Sipione/Abril... 
um outro projeto de animação onde a Gigi 
Anhelli fez o roteiro, a trilha sonora é do
 músico Xyss , eu fiz os concepts, 
meu sobrinho 
Rafael cuidou da animação...

Figuras expressivas, num traço arrojado

 Tony 15 – Família que trabalha unida, fatura 
unida, sem dúvida... você e o Rafa tão se
 dando bem, legal... Quais são seus artistas 
preferidos da área editorial - ilustradores 
ou desenhistas de HQs?

Minighitti –  Nas HQ não tem 
como não citar: Hal Foster, 
Alex Raymond, Stan Drake, Joe Kubert, 
Neal Adams, Gil Kane,  John Buscema, 
Carmine Infantino,  John 
Romita Sr. Steve Ditcko,
 Jack Kirby,  Gene Colan, Curt Swan, Russ 
Manning, Steranko, Eisner, MacRaboy...




Frank Frazetta - Arte que foi leiloada
 e vendida por 1,5 milhões
 de dólares em 2010
Alex Toth, Barry Windsor-Smith, Serpiere,
 Manara, Moebius, Hugo Pratt, Altuna,  
Maroto, Bermejo, José Ortiz entre
 tantos outros...
Ilustradores: Norman Rockwell, Bob Peak, 
 George Wilson, Frank Frazetta, Alex Ross, 
Jeffrey Jones, Kent Willians, Bill 
Sienkiewicz, Rowena Morrill, Joe Jusko,
Benicio, Manoel Victor e outros mais...


Arte de Norman Rockwell
Arte de Bob Peak
Arte de Rowena Morrill
Tony 16 – Só feras... muito bom gosto e todos 
bem lembrados... dessa turma toda só
 não conheço o Rowena Morrill e Joe Jusko...
 Agencias de publicidade, vamos falar um 
pouco sobre elas... trata-se de um setor 
que já foi muito bem remunerado 
(Obs: ainda é bem remunerado se 
compararmos aos preços editoriais), e que
 exige muita criatividade do pessoal. 
Quais foram suas experiências nessa 
área e com quais agências
 você já trabalhou?

Arte feita para agência de publicidade, 
para filme de comercial de TV
Minighitti – Foram várias durante anos, 
entre grandes e de fundo de quintal. 
Mas sempre como Free-lance...
 a Adag, DiCarli, Lintas, entre outras...
e realmente davam uma grana boa, numa 
época de grandes diretores de
 arte, hoje em dia o panorama
 mudou, você acaba 
lidando com basicamente 2 tipos
 de diretores de arte...
um é o filho do dono da agência, 
geralmente uma pessoa sem talento,
 burro e completamente
 alienado, o outro é o que sai com 
seu diplominha debaixo do braço ou
 no meio das coxas e entra
 logo de cara como diretor de arte... 
geralmente, prepotente, sem saber 
exatamente o que que tem 
que ser feito, apenas segue a cartilha
 de um curso muitas vezes ministrado
 por algum professor 
que nem de perto trabalhou na área... 
você deve saber como é!! Rsss... 
felizmente ainda 
temos alguns grandes na área....


Detalhe do storyboard
Tony 17 – E como sei, já trombei com muitos
 pentelhos desses por aí... (Rsss...). 
O pessoal tá lá no cargo sem qualquer 
bagagem profissional. Por falar em
 “bagagem profissional”, acho que este
 também é o grande mal da WEB, atualmente...
 tem muita gente que nunca trabalhou 
em lugar algum, nunca teve experiência
 e que tem um trabalho medíocre 
trabalhando pra editores americanos e
 pelo mundo afora, graças a Internet...
 daí, o cara se acha o máximo, vira um
 monstro,  e quer ser reverenciado e
 aplaudido pelos editores e 
agências nacionais. Acho isto um absurdo. 
Essa gente tem que se tocar que é preciso 
ter experiência de vida, bagagem...
 Não sou contra ninguém que tá na luta 
pra defender os trocos. Mas, conheço 
alguns que esnobam e se acham The Best... 
Essa galera não vê que o que os gringos 
querem é mão-de-obra barata.
 Mas, vamos deixar esses malucos
 de lado... cada cabeça uma sentença... 
Campanhas publicitárias, você já
 criou e desenvolveu algumas 
ou apenas participou como ilustrador?

Minighitti - Sim, algumas, principalmente na 
época em que tinha um estúdio com o meu 
sócio (Munhoz) na Augusta, geralmente eu 
ficava nas ilustrações e vinhetas....
Tony 18 - Algum prêmio, ao longo de sua 
brilhante carreira, na área publicitária?
Minighitti - Tive alguns prêmios, mas não
 na área publicitária, só nas artes 
plásticas e dos cursos que ministrava...





Tony 19 – Tá valendo...  Histórias em quadrinhos...
 já fez algumas? Quais foram elas?

Minighitti - Sim . Cheguei a fazer,
 mas devia ter entrado de cabeça 
como você, o Seabra, Mozart
 Couto e tantos outros... lembro que ainda
 garoto tinha feito uma história de umas
 cinco páginas e levei para o Zalla na casa
 dele, ele foi super gentil comigo, me
 mostrou como devia ser, abriu um 
armário e me deu uma
 revista desenhado
 pelo Stan Drake e falou que 
aquele era o caminho, olhei e
pensei “puta que pariu!!!”,
 sai da casa dele e fui me matricular na 
Panamericana... rssssss... 
depois de algum
 tempo cheguei a fazer umas páginas com
 o Munhoz, que trabalhava na editora Abril. 
Na época eles estavam relançando uma 
história do Demolidor e haviam perdido 
alguns bromuros, então copiamos as
 páginas  que estavam faltando no mesmo
 estilo do desenho que era feito
 por Frank Miller. 
Também tive uma história que foi
 publicada pela Metal Pesado...




... o projeto tinha sido
 criado pelo Moya para uma outra publicação 
sobre a morte do PC Farias, tinha vários 
desenhistas convidados, entre eles o
 Vilela, o Colonesse ( que assinou com 
outro nome, talvez com medo de 
matarem ele... rssss)... no final a editora
 que ia publicar deve ter falido, aí o Moya 
encaminhou para a Metal Pesado que
 estava começando no mercado editorial...
 todos fomos publicados...

HQ publicada na revista Metal Pesado
 (Versão nacional da Metal Hurlant,
Heavy Metal, na versão americana)
Tony 20 – Grande professor Moya... sempre 
agitando as HQs, realizando coisas, dando
 palestras, etc... preciso entrevistar este fera.
Aliás, parece que ele lançou a semana
 passada mais um livro. Shazam (famoso 
livro de Alvaro Moya sobre HQs), na época, 
virou a bíblia dos cursos de comunicação 
das faculdades... Mini, você, pelo visto, conviveu 
com alguns mestres das HQs...

Minighitti - Vários, mais os das antigas, como 
o Rosso, Jayme Cortez, 
Maneco, Zalla e alguns da nova geração...

Belas e arrojadas pranchas de HQs




Tony 21 – Professor Nico, que também
 lecionou na Panamericana de Arte, era 
um mestre do claro\escuro... 
também o conheci...  Você estudou
 arte ou é autodidata?

Minighitti - Tive os 2 momentos...
no primeiro como autodidata
 copiando os mestres e no
 segundo momento os mestres dando 
uma lapidada nos desenhos e ilustrações.
 No primeiro momento com tesão e
 emoção, no segundo momento
 com sangue, suor e lágrimas... rsss...

Traço espontanêo, figuras impressionantes 
e impactantes
Tony 22 - Esse conhecimento 
perfeito anatômico que 
você demonstrou ao desenhar 
Apache, como surgiu?

Minighitti -  Rs... te agradeço pelo “perfeito 
anatômico”... sempre gostei muito da figura 
humana, como autodidata desenhava sem
 parar copiando os mestres, quando fui 
estudar tive a sorte de ter aulas com
 grandes professores, suas dicas foram 
preciosas, gente como Neviane, Maneco, 
Cortez, Rosso. Eles me ensinaram a
 importância das fotos de referências
 e o modelo vivo... é, tive uma 
sorte lascada... rsss...

HQ explorando um dos seus temas
 favoritos: Ficção-científica

Traço estiloso, com muita personalidade

 Tony 23 – Sem dúvida. Teve grandes mestres 
e orientadores... 
quando disse “perfeito anatômico”,
 quis dizer que no geral o trabalho está 
perfeito, bengala friend... mesmo tendo
 sido baseado numa foto. Apache tá sensual, 
expressiva. Você caprichou nos detalhes
 do rifle, no cowboy em segundo plano... 
ficou show de bola! Jamais acreditei que 
existe um trabalho perfeito... pra mim,
 gênios não existem. O que existe é gente
 esforçada que rala, horas, dias, semanas, 
meses, e até séculos, para chegar a 
quase perfeição. Mas, é justamente isto
 que dignifica a arte. Analiso, 
sempre, o trabalho como um todo.
Sua arte tem impacto visual. Já cansei de
 ver trabalhos até de americanos, 
todo certinho, mas sem força, sem 
impacto visual. Tá cheio disso.
Vamos nessa bengala Mini, exposições... 
parece que ao longo de sua prolífica carreira
 você realizou várias. Dá pra citar algumas?
 E qual foi a mais importante, que você
 realizou? Qual era o intuito dessas 
exposições e em que ano a 
principal delas aconteceu?

Minighitti -  Fiz várias exposições, 
sempre cito umas 4, que foram 
as mais importantes 
para mim por razões afetivas, 
a primeira foi em 1967 ( eu era um garoto ainda),
 que foi pela Secretaria do Estado e da Cultura
 e acabei ganhando o 1º prêmio, tenho até hoje, 
um diploma, uma medalha
 e um portifólio com ilustrações 
de pássaros do Brasil. 
Também teve a do Festival de Angoulême, 
na França, em que participei com uma
história em quadrinhos 
especialmente para aquele evento e 
que fiquei super feliz por ser elogiado
 pelo Joe Kubert, um dos meus ídolos 
do desenho... 


Arte de Joe Kubert
...uma outra  que gostei de participar 
foi a do Rio de Janeiro na 1ª Exposição
 de Quadrinhos, pelo simples motivo de
 ser uma verdadeira aventura... rsss,
 e claro, a dos 25 Super-Heróis,
 que foi feita para a Comic-Com da escola 
Panamericana, em 1994. 
Depois rolaram várias outras... Jazz and 
Blue Company, Anatomia
 e Arte, Marcas, Retrato em Foco e por aí vai... 
em comum eu sempre usei a linguagem
 dos quadrinhos nas exposições 
e sempre deu certo....

Tony 24 – Taí um bengala friend guerreiro, 
com uma tremenda bagagem profissional 
e prêmios “mis”... parabéns. Você conheceu
pessoalmente Manoel Victor Filho, nosso 
querido e saudoso Maneco, da Escola 
Panamericana de Arte, como já mencionou. 
Fale-me sobre ele...

Mini e Manoel Victor Filho (Manéco), da PA, ao centro

Minighitti  – Sim, fui amigo pessoal ele. Uma pessoa 
extremamente bacana, muito ou quase tudo que 
sou devo exclusivamente a ele e ao seu irmão, 
o Dr Luis Carlos de Azevedo.


Arte de Manoel Victor Filho
Tony 25 – O Maneco, pra quem não sabe, foi 
um dos fundadores da escola Panamericana 
de Arte, no Brasil. O professor Nico Rosso 
também lecionou na PA - estudei com ele,
 também, além do Ignácio justo, meu 
grande mestre -, você conheceu ou 
conviveu com o grande mestre
 do claro\escuro, Nico Rosso?

Minighitti – Conheci também, já estava 
bem velhinho, teve um lance que aconteceu 
com ele que foi praticamente o fim... 
durante uma baita chuva seu estúdio foi 
inundado e ele perdeu um monte de originais 
no meio da lama, depois disso teve um AVC...
impossibilitado de continuar, ele
 começou a fazer uns trabalhos 
no pontilismo...eu mesmo tenho um 
desses trabalhos...sou muito amigo 
do neto dele, Luis Rosso, também um
 baita ilustrador, ele está há algum tempo
 separando os trabalhos do Rosso para
 se transformar num livro...
eu estou na fila pra comprar ...

Uma fada sensual

Tony 26 – Eu também... vai ser fantástico, Mini! 
Quando sair, me avise. Alvaro Moya - um dos 
maiores pesquisadores sobre HQs, autor de vários 
livros sobre a matéria e prof. da USP -, e Reynaldo de 
Oliveira - um dos melhores produtores gráficos 
desse país -, Jayme Cortez - o grande mestre 
das HQs do século XX -, esses nomes dizem 
alguma coisa pra você, em particular, Mini?

Minighitti – Muito. O Moya é amigo pessoal 
também, além dos livros e prof. da USP, é
 um dos pioneiros da TV no Brasil, Reynaldo 
de Oliveira eu conheci na Panamericana, 
o Sapão!!! Rssss....e o Jayme era uma figura,
 morava na Peixoto Gomide, muitas 
vezes dei carona pra ele até a porta
 do sobrado dele depois dos grandes 
encontros, num porre formidável!!!
 rssssss...

O artista em seu estúdio

 Tony 27 – O olho-de-Lince adorava um porre
 (como todos nós da classe)... muitas vezes
 eu, ele e o Reynaldão, íamos naqueles
 coquetéis maçantes do Museu da Imagem 
e do Som, dávamos uma gorjeta para
 o garção e ficávamos lá fora, sentados na
 guia, contando piadas e tomando todas
 e saboreando os salgadinhos... (Rsss...).
 Bons tempos aqueles. Depois, tínhamos
 que entregar o homem lá na rua Peixoto 
Gomide. A dona Edna – esposa do Cortez -,
 quase colocava a gente pra correr... (Rsss...). 
Ainda falando sobre o Cortez, que também
 conheci pessoalmente, e que era chamado 
carinhosamente pelos amigos de 
"Olho-de-Lince", por ser estrábico... (Rsss...)...
 o Cortez fez Zodíaco, uma das HQs mais
 reverenciadas da época e que foi
 republicada inúmeras vezes por
 diversas casas editoriais, 
no país e fora dele. 
Qual é sua opinião particular
sobre essa HQ do mestre Cortez?

Minighitti – Rssss... é verdade, um de seus 
olhos ficava girando em órbita dele mesmo...
 rssss... não sei se você teve a oportunidade
 de ver a prancha  original da história, era 
uma coisa impressionante...a força plástica 
 a estética e o estilo gráfico que tinha
 aquele material. Aquilo não era pra 
qualquer um, não. Ele estava a anos-luz 
dos desenhistas daquela época, e não
 lembro de ver até hoje um material 
que lembre aquele estilo...e o pior que
 muitos da nova geração nunca ouviram
 falar dele, mesmo dentro de uma
 escola de arte, o que é uma vergonha......

Pintura a moda antiga: analógica torna qualquer obra mais artistica

Tony 28 – Não tive o prazer de ver o original... 
mas comprei a revista e adorei, apesar 
daquilo ter um que de Victor Mora (outro autor
 português), só que bem mais evoluído, é 
claro. Zodíaco até hoje é moderno e tem 
um tremendo impacto visual. 
Ao meu ver, todos deveriam 
conhecer este trabalho
 fantástico, do mestre.
 Vale a pena. Quem quer fazer arte 
tem que beber na fonte do passado, dos 
grandes mestres... Kubert, Will Eisner 
e José Delbó... Fale-me um pouco sobre
 o trabalho desses grandes mestres 
que você ajudou a montar workshops? 
Como foi conhecê-los e conviver com eles?

Minighitti  – Ok, vamos por partes....

Tony 29 – Sim, por partes... 
como diria Jack, o estripador... (Rsss...).


O artista e seu macote
Minighitti - Em 1993 o Enrique Lipszic resolveu 
fazer uma Comic-Com na Panamericana,
 eu fiquei preparando a exposição
 dos 25 Super-Heróis.
O Enrique foi para os Estados Unidos nas
 editoras Marvel e DC, o Moya cuidava de 
outros materiais aqui no Brasil... um dos
 desenhistas que foi convidado era o Jack 
Kirby, mas estava doente e não pode vir. 
Um pouco antes de inaugurar a exposição 
ele morreu e acabou sendo homenageado 
no catálogo que foi feito na ocasião... outro 
convidado era o Neal Adams, mas também
 não pode vir, no lugar veio o Howard Chaykin,
 junto estiveram presentes o Delbó, 
Will Eisner, Joe Kubert e Jules Feiffer... 
o Moya e o Enrique montaram o esquema 
das Workshops, eu fiquei com a parte
 suja....tinhas trocentas pessoas querendo
 participar do evento, e eu tinha que fazer 
uma triagem de  umas 25/30 pessoas 
pra participar em cada evento
de cada artista... fui instruído pra separar 
os que apresentavam portifólios e sabiam 
inglês... foi uma loucura... alegrias e tristezas, 
mas no final deu tudo certo. Muitos que estão 
no mercado hoje em dia estavam presentes
 neste dia, era uma molecada danada... rsss... 
o Klébs, da Impacto, grudou no Chaykin rssss...
 lembro que no dia do Eisner chegou uma
 pessoa que queria porque queria ser
 fotografado com o Eisner, peguei este
 Senhor e o levei até para ser fotografado, 
quando perguntei o nome ele se
 apresentou...sou o Gedeone Malagola...

Tony 30 – O velho professor? (Rsss...). 
Ele não perdia chance mesmo...
ele gostava de aparecer 
em fotos aos lados dos gringos famosos... 
as vezes até atropelava o fotógrafo... (Rsss...). 
Era um temendo marketeiro...

Minighitti - Rssss ... Depois chegou o Ayres 
Campos( Capitão 7 ), queria conhecer o Kubert 
e o Eisner... aquilo tava virando uma bola de neve.
No WorkShop do Feiffer, depois de uns 10 
minutos, um cara magro, de bermuda,
 careca, levantou e saiu durante o trabalho,
 fiquei puto da vida e fui atrás pra saber 
quem era o idiota, peguei a lista e ali 
estava o nome dele... Loureço Mutarelli...


Capitão 7 foi a primeira série de super-heróis da TV
brasileira, na década de 50\60. Idalina de Oliveira
era Silvana a namorada do Capitão 7,
vivido pelo ator Ayres Campos




Devido ao sucesso na TV o Capitão 7
acabou virando revista de
Histórias em Quadrinhos


Tony 31 – Mutarelli? Ele era o idota? 
Genial... (Rsss...). Essa foi f...

Minighitti - Rsssssss... mas o strees maior foi
 com uma mulher grande, feia e arrogante 
pra xuxú... era a Elizabeth de Fiore, da Abril...

Tony 32 – Putz... agora deu dor de barriga, 
cara, de tanto rir... (Rssss...). A Elizazebth?
 A poderosa da Ed. Abril!? Gostei da sua
 franqueza.... (rssss...). 
Era esquisitona, mesmo... mas, gente boa...

Minighitti - Quebrei o pau com ela... na época
 eu pensei que fosse um homem de tão feia...
 rssss... à noite iam todos jantar num 
restaurante , voltavam para o hotel e 
continuavam no outro dia. N o último dia 
fomos todos jantar na casa do Mauricio 
de Sousa, tinham vários 
convidados por lá...
 peguei vários desenhos nesta noite... 
até de uma menininha que devia ter
 mais ou menos uns 6/7 anos e desenhava
 bem pela idade... era a filha do Mauricio, 
que virou a personagem Marina da revista
 da Monica...Rsss... mas acho que ela não 
deve ter seguido a carreira artística...
 de todos eles o cara mais simpático
 e e gentil era o Kubert, sem dúvida 
nenhuma... rsss...


Selecionando pranchas para a exposição com a turma da PA
Tony 33 – Meu, querido bengala friend... 
valeu, pelas risadas e apontamentos 
geniais... (Rsss...). Será que eu consigo
 prosseguir? Vou tentar... Mestre Mini, 
pelo visto foram vários anos de PA... chegou 
a ministrar aulas também? Se, sim, 
especifique a área: desenho artístico, 
publicitário ou comercial?


Minighitti – Muitas, por sinal Rss... chegava
às 9 da manhã na sala de aula e saia
 às 22 horas, ia para o bar da Pan com 
o pessoal e ficávamos até as 2 da madrugada. 
Só íamos para casa e no dia seguinte a
 mesma coisa Rsss... cada turma tinha
 aulas 2 vezes por semana, eu tinha
 turmas de Desenho Básico 1º ano, 
de Arte Publicitária e Ilustração 2º ano
 e Ilustração Editorial 3º ano 
de especialização ...

Tony 34 – Fiz o básico na PA e comecei a fazer
 publicidade... mas, por ralhar 
com um professo acabei sendo 
expulso... Quantos estúdios
 você já teve na vida? O primeiro foi em 
que ano e atendia que tipo 
de clientela específica?

Minighitti – Estúdio eu tive só um. Foi em 96/97. 
Era na Rua Antonia de Queiroz , travessa da
 Rua Augusta, na Consolação. Ficava num 
prédio de 2 andares, entre uma loja de 
jogo do bicho, uma loja de filmes pornô VHS, 
 um puteiro e e um boteco...era o paraíso...
 rsssss... tinha outros 2 sócios, Nilton 
Santoniero e Munhoz que estava saindo
 da Editora Abril... fazíamos de tudo um pouco... 
o Nilton tinha mais experiência em dar
 aulas, daí montamos um curso de 
desenho dentro do estúdio, além dos 
trabalhos que iam surgindo. Fazíamos 
desde embalagens, rotulagem, catálogos,
 montamos o Jornal
 da ProSaúde, revista ISSO 9002 da Heublein, até
 fazer ilustrações em paredes. 
Não éramos lá muitos seletos  RSS...


Figuras expressivas
Tony 35 – Travessa da rua Augusta... então, 
na época, voces pareciam modess, viviam
 “entre as mulheres” (rsss...). 
Quanto ao “não éramos muito 
seletos”, tudo é válido... traz know-how...

 Minighitti - Entre outras 
coisas que iam entrando, chegamos até 
a montar um curso de quadrinhos... 
depois o Nilton saiu  e ficou só dando aulas
 na Panamericana... depois sai eu para
 montar os cursos na UNIFIEO ficou só 
o Munhoz. Um ano depois, eu chamei 
o Munhoz para a faculdade para fazer 
parte do grupo de professores. 
Ele fechou o estúdio 
na Augusta e montou 
outro na Matheus Grou...na época
 do estúdio na Augusta, 
foi uma euforia..as vezes muita grana,
 outras sem nenhuma... mas tudo bem,
 tinha o boteco e o puteiro rsssss...


Arte para capa de livro


Tony 36 – É esta vida de artista não é fácil, 
mesmo... mas tem lá suas compensações, 
como: se sentir livre, patrão de si mesmo, 
boteco e puteiro... (Rsss...). Conheço bem isto... 
continuando o interrogatório... Cursos de 
design publicitário? Esta também foi uma
 das áreas em que você militou, por
 quantos anos, bengala friend?
Minighitti  – Rsss... Sempre achei este nome
 lindo..”Design Publicitário”... quando fui
 para o Unifieo, estava na moda colocar 
este nome...era mais comercial e 
contemporâneo do que dizer desenho
 publicitário ou projeto publicitário... 
se eu contar a ferro e fogo 
uns 25 ou 30 anos...

Bela homenagem ao mestre Eugênio Colonese
Tony 37 – Cacilda! É chão... Você sabe que o 
mundo da publicidade tem essas viadagens,
 tudo rola em inglês: storyboard,
 conceptboard, pack shot final, past-up 
(no tempo da antigas), art buyer, etc. 
A primeira vez que fiz um freela pra uma 
agência o sujeito perguntou se eu sabia
 fazer past-up e eu não sabia que porra 
era aquilo. Depois, descobri que era colar as
 colunas tipo de jornais e revistas (no nosso
 tempo jurássico, galera, não existia
 computador, Word ou In Design, era 
tudo na raça, pra fazer uma paginação 
ou diagramação). Enfim, colar papelzinho...
 chamavam, isto de”past-up”! É mole?
 Design de interiores?

Minighitti - Sim, isso foi no
 Centro Universitário,
 os cursos que eu tinha montado estava
 indo de vento em popa, foi quando surgiu
 a idéia de montar este curso, fiz o esqueleto
 do curso, mas precisava de alguém
 pra fazer funcionar. Daí chegou outro 
amigo Arquiteto chamado Edu Rodrigues 
que mandou ver... o curso foi, vingou 
e entrou outro professor, Vivi Casares,
 todos de 1ª linha e mandaram bem...

Tony 38 – Olha, tô impressionado com seu 
potencial para organizar esses tais cursos,
 Mini... maravilha. Um atrás do outro. Haja saco... 
Formou um time de teachers da pesada,
 pelo visto... Artes plásticas?
 Ministrou cursos, também?

Minighitti – Foi o mesmo caso de Design de
 Interiores... os alunos pediam este curso,
 por acaso um grande artista plástico 
chamado Maazo Heck tinha visto uma 
reportagem sobre os cursos e veio me
 visitar, daí não tive dúvidas, montei o
 curso... nesta época eu praticamente 
coordenava todos os cursos, mas 
sempre substituía eles no caso
 deles faltarem... era tranqüilo...

Tony 39 – Que sorte, hein? Aparecia o 
cara certo, na hora certa... fantástico...
 Mini, você é casado, solteiro,
 viúvo ou enrolado (Rsss...)?

Arte espetacular para a cada de um CD

Minighitti – Rsss... eu já fui casado, fiquei uns...
 deixe-me ver...1...2...3...11...11 meses e 
28 dias casado, rssss... foi um caos... rssss...
 me separei há uns 27 anos atrás... hoje moro
 só e namoro há um bom tempo com a 
Janaina... só o nome que é de índio, ela não... 
rssss... e até hoje não faço a mínima
 idéia como ela me agüenta... rsss...

Tony 40 – Todo esse tempão? Como conseguiu 
este feito? (Rsss...). Tenho um amigo que 
foi pior... casou e foi em lua-de-mel pra 
Cáncun, não "furunfou" e quando voltou
 separou e teve que ficar pagando as 
prestações da viagem uns 
dois anos... (Rsss...).
Foi um casório relâmpago. 
Parece que eu e você estamos na
 mesma situação, bengala brother... 
estamos na chamada “idade 
da razão”, eu acho. 
Apesar de sermos, na verdade, dois 
“maiores abandonados” (Rssss...).
 Se eu soubesse que era tão bom viver
 sozinho  tinha me separado há séculos 
atrás... (Rsss...). Um sonho ou 
um projeto de vida?

Minighitti – Acho que como 
todos os bengalas brothers,
ganhar sozinho uma bolada
 na loteria... rsss... mas, enquanto este
 sonho não vem eu me contentaria em 
morar nas montanhas e continuar a fazer
 o que gosto... desenhar, desenhar e
 desenhar... este é um projeto 
que ainda farei....

Tony 41 – Oh... quem não sonha em acertar 
uma bolada e fugir das megalópolis? 
Só doido é que não quer sair dessas neuras...
 Alguma frustração?

Minighitti – Com Certeza!!!!... rsss... 
uma delas é viver só e exclusivamente 
de histórias em quadrinhos, 
mas nesta terra de Santa 
Cruz só os mártires como você, o 
Seabra, entre outros, conseguiram 
e conseguem  tal proeza !!!


Tony 42 – Gostei da franqueza. 
Acho que todo
 mundo tem uma frustraçãozinha
dentro de si. Ninguém é 100% feliz. 
O IKoma disse que queria ser jogador
 de futebol... eu sempre sonhei 
em trabalhar exclusivamente com 
música (arranjos, composições, etc).
 Mas, em geral, quando faço esta pergunta
 a maioria da  galera diz que: “Não, tudo
 bem, sem nenhuma frustração”. 
É gozado... Quanto ao “Mártires” e “Você e o 
Seabra, entre outros, conseguiram fazer
 esta proeza”, é porque nascemos com alguns
 parafusos a menos, na certa... isto é
 profissão de doido, como: cinema, teatro, 
TV, jogador de futebol, modelo, etc.
 Muitos ralam e poucos ganham. 
Acho que também tudo é questão de sorte, 
de estrela... sei lá... Pergunto: 
Experiências internacionais?

Minighitti – Cheguei a fazer uma arte final 
para um projeto de Will Eisner  sobre Dom
 Quixote que ia ser veiculado
 na TV( nem sei se foi)... 
acho que a CBS ou algo assim. Ele veio 
através do Moya que era muito amigo 
dele. Ainda tenho os rascunhos comigo...
 depois de alguns anos eu vi a história
 em quadrinhos que ele fez do
 personagem, mas não 
era o mesmo que eu arte finalizei...

Bela e deliciosa figura feminina
Tony 43 – De qualquer forma, só o fato de fazer
 um trabalho com o grande mestre Will Eisner 
 já é uma honra, né? Valeu... Existe futuro pras 
HQs, na sua opinião, ou ela é uma 
linguagem fadada a extinção?

Minighitti – São 2 pontos... quanto
 a linguagem, não creio que 
está fadada a extinção,
 pois ela é icônica... só a pouco tempo
 atrás foram consideradas uma forma 
de arte  e, porque não, literária?
 Revelando seu conteúdo ideológico, 
sociológico , narrativo e mitológico e 
um excelente instrumento para se iniciar
 o hábito de ler e interpretar (literatura 
gráfico visual). Quanto ao futuro, na
 sua estética, possivelmente elas irão
  se adequar  a um novo formato digital
 para este  público que surge
  dia a dia..., mas não creio 
que  elimine completamente. 
 Ler HQs no monitor 
não dá, nem de longe, o sabor
 de se ter uma revista nas mãos. Se
ntir sua textura, seu cheiro, 
o ritual de virar suas páginas...

Tony 44 – Concordo contigo.
 E adorei sua análise.
 Atualmente, você faz o 
que especificamente?

Capa de livro feita para a obra de Gigi Anhelli


Minighitti – Ilustração... acabou de sair do 
forno um livro  intitulado Laboratório 
das Flores, que a  Gigi Anhelli 
( Bambalalão), e eu ilustrei. 
Pelo jeito faremos outros. 
Também saiu um Cd do X_Blues and Rock and
Roll chamado Cabeças Pensantes, ilustrei
 a capa, contra-capa e o encarte com 16 
páginas... neste instante estou fazendo 
um projeto de histórias em quadrinhos,
 vamos ver no que dá, rssss...
Outro projeto que estou 
acabando de montar 
são umas tirinhas (strips) que estou
 fazendo de um personagem que 
é Capitão num barco a 
deriva em alto mar... 
e não vai ser nada politicamente 
correto... aliás, este lance
 de politicamente correto já 
deu no saco!!! Isto está deixando
 as pessoas completamente idiotas...
 e isso parte sempre de jovens 
“entendidos” da secretaria Especial dos
 Direitos Humanos (sic) que utilizam 
do seu excesso de tempo livre para 
elaboração  da “Cartilha do Politicamente 
Correto” , que ao meu ver não
serve nem pra limpar a bunda !

Tony 45 – Também acho que há coisas
 mais importantes para sanar... 
Antigamente as agências é que liberavam, 
através do "trafego" - atual art buyer -, 
os storyboards (uma espécie de HQ
 para apresentação de um comercial 
de filme de TV), para os freelas. 
Hoje, esse material, em sua grande 
maioria, está nas mãos 
das produtoras, que pagam menos 
do que as agências... 
na sua opinião, por que 
isto aconteceu?

Minighitti – Rsss... Art Buyer é uma 
terminologia bem “aviada” pra
 designar o “Trafego” 
que sempre foi o meio de campo 
entre criação e  atendimento e criação...

Tony 46 – Bota viadagem nisso, 
bengala brother...

Minighitti - E por que foram parar nas mãos
 das produtoras? Custos, tudo gira em cima
 do dinheiro e do lucro fácil... menos
 pro pobre dos Freelas...

Tony 47 – Como dizia o profeta: 
“Quem trabalha não tem tempo de
ganhar dinheiro”. Nós, os labutadores, 
tamos sempre lascados... 
quem fatura alto são os empresários 
pícaros e os políticos, pra variar...

Minighitti - Muitas agências querem se livrar 
dos problemas, com isso elas passam a bola 
para as produtoras que por sua vez ficam
 putas da vida e como não tem quem ferrar, 
fode o Freela ...  poderia ser isso??? Rsss...

Tony 48 – Só pode ser isso... hoje em
 dia tem muita agência grande
 dando calote e canseira
 pra pagar. Entretanto, o mundo quer
 saber (Rsss...)... Augusto Minighitti por 
Augusto Minighitti? 
Quem é a criatura?

Minighitti – Hahahahaha... 
o mundo quer saber??? 
...Rss... nunca consegui ter uma clareza a 
meu respeito. Devo estar em algum estágio de 
evolução pessoal... ou não... rsss.



Tony 49 – Cacilda... você é uma 
criatura indefinível? 
Não-identificada? Ô loco... esta é a primeira
 vez que um entrevistado não consegue
 se auto definir... incrível... (Rsss...). 
Nobody is perfect, dizia um filósofo 
de boteco... Amigos?
Qual é sua concepção deles? Meu avô, 
por parte de pai, que era um espanhol 
descendente de mouro, dizia: "Quem te 
fode é sempre os amigos. Os inimigos
 não chegam perto e nem
 entram na sua casa."

Minighitti – Como escreveu Shakespeare : 
“Bons amigos são a família que 
nos permitiram escolher...”

Tony 50 – É... o homem da Inglaterra e o 
meu "vozão, véio 
de guerra", estavam cobertos de razão... 
tem que escolher a dedo, senão sifú... 
ainda mais...




Minighitti – Veio uma frase em minha 
cabeça de Woody Allen  - “Se Deus existe,
 por que Ele não me dá um sinal de 
Sua existência?” Como, por exemplo, 
abrir uma bela conta em meu nome num 
banco suíço? Rssss... tenho uma relação
 meio estranha com esse lance de religião...
 estava numa banca de jornal e vi uma 
matéria de capa, não sei se
 foi na Veja, época ou outra...
e tinha a foto de um Pastor com cara de 
presidiário com a Bíblia na mão.
 Estava  escrito que aquela era a igreja que 
mais tinha crescido nos últimos anos...
 e aí eu me pergunto: como é que pode
 uma criatura em sã consciência dar dinheiro,
 deixar ficar milionário um cretino desse?
 Um semi ( por vezes, completo) analfabeto
 interpretando a Bíblia ao seu modo 
visando seu bolso...
e não é só esse não. Ligue a TV e veja 
eles infestando todos os lares... a cara de
 pau é demais... tem de tudo, até peruas 
loucas... jogam aquele “171” falando : “– 
Voces sabem com quem conversei hoje 
de manhã?? Conversei com Deus...
” O povo: “ – Oohhhhhhhhh!”
“Simmmmm, com Deus...e ele me 
disse que está muito doente!!!
O povo: Ohhhhhhhhhh!!
“E ele está no hospital... e precisa de 
dinheiro!!! A conta bancária dele é...
 c/c 00000000 digito 0000... banco tal...
 depositem, ele tem que pagar a conta 
hospitalar e comprar os remédios!!!!”
É mais ou menos por ai... estão todos 
milionários, com  a mídia nas mãos, é TV,
 Radio, Jornais, Revistas e na política... 
isso sim que é o fim do mundo... aqui no 
Brasil só sei de 1 pessoa que não fez 
isso, Chico  Xavier. Publicou mais de 
450 livros vendeu mais de 50 milhões de
 exemplares entre outras coisas e 
nunca pegou os direitos autorais para 
si mesmo, foi todo doado para instituições
 de caridade, desde o 1º livro.... não sou 
espírita, mas para essa
 criatura eu tiro o chapéu....

Tony 51 – Costumo dizer, quando me 
perguntam: “Você acredita em Deus?”
Respondo indagando: “Claro, que sim...
 mas, a que Deus você se refere? 
Ao inominável princípio inteligente
 que gerou tudo ou ao Deus inventado
 para catequizar a humanidade, explorar
 o homem e defender os poderosos?”
No inominável é impossível não acreditar. 
Mas, nos das religiões... mas, como se
 diz por aí, infelizmente, religião é um mal 
necessário ante a frágil psique humana.
 Onde há trouxas sempre existirão 
exploradores. Aliás, os fiéis dão porque
 querem, ninguém bota uma arma na 
cabeça deles... 
fazer o que, com essas antas loucas? 
Quanto a Chico Xavier, Madre Teresa de
 Calcutá e outros, estes sim merecem 
serem exaltados. Tiveram total desapego
 aos bens materiais. O resto, my friend,
 é resto. Aliás, sou adepto da doutrina 
de Alan Kardec, há muito
 tempo, apesar de 
não seguir a doutrina ou freqüentar.
Se esses charlatões, que 
você citou: pastores,
 padres pedófilos e outros bichos,
 que só exploram a fé popular, vão pro 
céu, meu caro bengala brother... 
Prefiro ir lá pra baixo... (Rsss...).
Vamos falar de coisa boa...
 Tipo de música preferida?

Minighitti – Sou eclético, mas gosto muito 
de jazz, blues, rock e por ai vai.. grupo
 Tangos e Tragédias da dupla  Hique Gomez
  e Nico. Nicolaiewsky estão no topo 
da minha lista, assim como 
Cole Porter ou Peter Gabriel...

Tony 52 – Também sou eclético em termos 
musicais... aliás, sempre fui músico e tive
 várias bandas, etc. De vez em quando 
ainda componho trilhas e jingles... Filmes?

Minighitti  – Adoro comédias, principalmente, 
as italianas, faroeste, ficção cientifica... 
devo ter no meu acervo pessoal quase  
2 mil filmes e algumas séries como Perdidos
 no Espaço, Sielfeld, Dexter, 
Jornada nas Estrelas, agente 86...


Perdidos no Espaço - Este era o nome da primeira série da Tv,
de ficção-científica . Foi ao ar,  no Brasil,
na década de 60


Agente 86 - Sátira genial para a TV, de  James Bond,
escrita por Mel Brooks


Uma arte hiper realista
Tony 53 – Lost in Space era legal. 
Assistia muito. 
As comédias italianas sempre foram
 ótimas, Agente 86 era duka, Sielfeld,
 genial, ficção e faroeste são também 
meus preferidos... Meu caro bengala friend,
 Mini, esta entrevista foi super esclarecedora,
 descontraída, divertida (ao menso pra mim) 
e, sem dúvida, revelou ao mundo o 
grande artista, o grande guerreiro e
 batalhador, que você é e sempre foi, e
 que até então poucos conheciam. 
Por fim, revelamos ao mundo todo o
 seu potencial, toda a sua sagacidade 
e lucidez em diversos assuntos.
 Augusto Minighitti, você é um dos grandes 
mestres das artes deste país e que muito 
contribuiu, também, para 
que as HQs ficassem
 sempre em evidência organizando
 exposições, etc. Parabéns por seus 
inúmeros feitos, prova cabal de que 
você é e sempre foi um profissional 
eclético, que ajudou a formar muitos 
profissionais que hoje militam por aí e
 que você nunca alardeou isto. Prova de 
sua grande humildade e
 grandiosidade de caráter. 
Alguma dica aos iniciantes?

Minighitti  – Eu só tenho que te agradecer
 sua generosidade e sua paciência por
 esperar tanto pra te responder essas 
perguntas, acho que agora devo estar
 pronto para colocar todos os projetos
 de quadrinhos que ficaram por anos
 engavetados. Espero ter a tenacidade 
que você, Seabra, Portela, Zalla, Colonesse, 
entre tantos outros, tiveram de encarar 
de peito aberto essa aventura que é fazer 
 e publicar quadrinhos no Brasil... a única
 dica que posso me permitir dar é que 
estudem sempre, desenhe sempre e
 não desistam nunca que
 um dia chega a sua hora,
isso faz parte do show...

Tony 54 - Exatamente exato... o show tem
 que continuar, como diz uma velha canção 
do Queen... por falar em show, quero a
gradecer à todos que tem colaborado e 
contribuído para manter 
vivo este talkie-show 
 virtual – em ambos os blogs - que é 
um sucesso nacional e internacional!
 Thanks, à todos os bengalas friends.
Mini, é uma pena que esse bate-papo 
informal esteja quase chegando 
ao fim. Alguma consideração 


Minighitti - Realmente é uma pena, estava
 me divertindo muito, espero que eu
não tenha falado muitas besteiras, 
geralmente falo as coisas que pipocam
 na minha cabeça. Daí quando releio, analiso,
e percebo que não era nada daquilo 
o que eu estava querendo dizer...rsss...

 Tony 55 - Valeu, mestre Minighitti! Grato, 
pela atenção dispensada à este mero
 entrevistador, que visa divulgar e 
evidenciar os grandes profissionais 
deste país, que é um verdadeiro celeiro 
de talentos. Thanks e até a 
próxima, bengala-friend. 
Que o Criador mantenha acesa sempre esta 
chama maravilhosa que ilumina sua alma 
e que o "Chefe" projeta sempre você 
seus entes queridos! 
Um grande ano, afinal, o Brasil só começa 
a funcionar de verdade depois do 
Carnaval... (Rsss...).
Tá valendo! BYEEEEEE!

Minighitti – Valeu, grande mestre Bengala!! 
Eu que agradeço ao grande  Brother  pelo
 ser extraordinário e grande profissional
  que é!! Que sua vida seja longa e próspera !!!  
Tirei esta frase do Spok  rssss... que 
tenhamos todos um 2011 e tanto...pra finalizar
 acho que este texto de Shakspeare diz
 tudo o que gostaríamos de dizer, ler ou 
ouvir....grande abraço à todos... Minighitti.

O Brasil precisa de mais gente como ele, que faz acontecer

"Depois de algum tempo você 
aprende a diferença...
a sutil diferença entre dar a mão
 e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa

 apoiar-se, e que companhia 
nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são
 contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a 
cabeça erguida e olhos adiante, com a 
graça de um adulto e não 
com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas
 no hoje, porque o terreno do amanhã
é incerto demais para os planos, e o futuro
 tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que 
o sol queima se ficar exposto 
por muito tempo.
E aprende que não importa o 
quanto você se importe, 
algumas pessoas  simplesmente 
não se importam...
E aceita que não importa quão boa 
seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez 
em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode 
aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir 
confiança e apenas segundos para destrui-la, 
e que você pode fazer coisas em um instante, 
das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades 
continuam a crescer mesmo 
a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, 
mas quem você tem na vida. E que bons
 amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
 se compreendemos que os amigos mudam,
 percebe que seu melhor amigo e você 
podem fazer qualquer coisa, ou nada,
 e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais
 se importa na vida são tomadas de você 
muito depressa, por isso sempre devemos
 deixar as pessoas que amamos com palavras
 amorosas, pode ser a última 
vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os
 ambientes tem influência sobre nós, mas 
nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se 
deve comparar com os outros, 
mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo
 para se tornar a pessoa 
que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já 
chegou, mas onde está indo, mas se
você não sabe para onde está 
indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos 
ou eles o controlarão, e que ser flexível n
ão significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil 
seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram
 o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência 
requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa 
que você espera que o chute quando 
você cai é uma das poucas que
 o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver 
com os tipos de experiência que se teve
 e o que você aprendeu com elas do que 
com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus 
pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma
 criança que sonhos são bobagens, poucas
 coisas são tão humilhantes e seria
 uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva 
tem o direito de estar com raiva, 
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o 
ama do jeito que você quer que ame, 
não significa que esse alguém não o
 ama com tudo o que pode, pois existem 
pessoas que nos amam, mas simplesmente
 não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser
 perdoado por alguém, algumas vezes você
 tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma 
severidade com que julga, você será 
em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos
 pedaços seu coração foi partido, o mundo 
não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo 
que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore 
sua alma, ao invés de esperar 
que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode 
suportar... que realmente é forte, e que pode 
ir muito mais longe depois de pensar 
que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que 
você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos 
fazem perder o bem que 
poderíamos conquistar, 
se não fosse o medo de tentar."

(William Shakespeare)




MASP ABRE AS PORTAS PARA UMA 
EXPOSIÇÃO DE HQS!

QUER SABER MAIS SOBRE ISTO, 
SOBRE MANGÁ E OSAMU TEZUKA?
Não perca matéria super especial em...


Confira e fique por dentro dos fatos!

Copyright 2011\Tony Fernandes\Estúdios Pégasus\SP\Brasil -
Uma divisão de arte e criação da Pégasus Publicações Ltda

Todos os Direitos Reservados