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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
BATE PAPO ENTRE DOIS TITÃS DAS HQs: WILDE PORTELLA E EDUARDO VETILLO! IMPERDÍVEL!!
QUANDO OS FERAS
"SE ENCONTRAM"!
Esta semana o mano-novo e grande
cartunista Bira Dantas
armou um esquema para colocar "frente-a-frente",
pelo Skype, duas feras, dois intrépidos titãs
e manos-véios da área editorial:
o intrépido guerreiro e escriba
Wilde Portella e Eduardo Vetillo, um dos bambas do
desenho tupiniquim, duas feras, das antigas, jurássicas,
das HQs nacionais. Dois autênticos Bengalas Boys,
na acepção da palavra.Duas lendárias criaturas.
A coisa aconteceu assim, pelo que me parece, o Bira
convidou o Vetillo para ir até o "barraco" dele,
em Campinas City, pois já tinha armado a arapuca
(o pseudo-encontro), sem que as "vítimas" soubessem.
Então, nesse clima de suspense e ansiedade rolou a
troca de idéias entre os dois oldies friends, sob o
comando do genial Bira. Não percam a entrevista.
Também fui convidado pelo Bira, pra participar do
bate-papo... porém, infelizmente, tive um compromisso
e não pude estar na hora marcada e combinada,
no ar. Por não estar na bat-hora combiada e no
bat-canal... dancei e acabei perdendo este verdadeiro
duelo entre o velho escriba e o antigo e bom desenhista.
Mas, dois dias depois, recebi do impagável Bira, a
brilhante charge que ele fez para registrar o evento.
Nela, vemos o mister Wilde, autor de Chet, o Bira,
navegando entre os titãs, enquanto enfrenta o
mar bravio, mediando o bate-papo, e o grande
mestre Eduardo Vetillo, um dos dois irmãos Vetillos.
Eduardo Vetillo colaborou com diversos estúdios
e editoras, como: Eli Barbosa, Bloch (onde desenhou
Spectreman), Vecchi, etc. E também foi um dos
colaboradores da antiga versão de Chet.
Uma dúvida paira no ar...
Será que, de repente, a antiga parceria entre
Wilde\Vetillo poderá voltar? Será?
Tcham-tcham-tham-tcham!!!!
Que os deuses ouçam nossas preces e tragam
de volta esta salutar parceria.
A entrevista\matéria voces vão poder conferir
no blog do Bira...
Mas, a incrível charge você vai poder curtir,
também, neste Blog... Tá demais...
confiram, abaixo... (Rssss...).
See you later, friends!
Pégasus\Divulgação
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
TONY FERNANDES, POR BIRA DANTAS - Fotolog
TONY FERNANDES, POR BIRA DANTAS - Fotolog
Graças ao grande amigo e excelente cartunista Bira Dantas, apartir de hoje, também estamos divulgando nosso trabalho por toda América Latina e Espanha, além de Portugal. Gracias, grand Bira!
Graças ao grande amigo e excelente cartunista Bira Dantas, apartir de hoje, também estamos divulgando nosso trabalho por toda América Latina e Espanha, além de Portugal. Gracias, grand Bira!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
MARCOS E DOLORES MALDONADO - O CASAL 20 DAS HQs!
Ao longo dos anos - comecei a publicar oficialmente em 1973, pela editora Saber, a revista chamada Sargento Bronca, uma sátira militar a la Recruta Zero -, tive o prazer de conhecer, conviver e trabalhar, com gente que eu admirava e era fã.
Me considero um privilegiado de poder ter conhecido, convivido, e trabalhado com grandes nomes das HQs tupinquins, todos meus ídolos do tempo de garoto : Nico Rosso, Ignácio Justo, Edmundo Rodriguez, prof. Gedeone, Paulo Hamasaki, Shimamoto,Carlos Cunha, Minami Keizi, Franco de Rosa, Paulo Paiva, Izomar, Primaggio, Igayara, J.B. Pereira, Jorge Kato, Otta, Zalla, Reynaldo de Oliveira, Jaime Cortez, e outros bambas. Mas, dentre estes um casal, que há muito eu admirava, se destacava:
Marcos e Dolores Maldonado.
Dolores, só tive o prazer de conhecê-la pessoalmente na última FestComix realizada em São Paulo no ano passado (2010).
O DIA EM QUE CONHECI O FERA
Tive a honra de conhecer Marcos Maldonado quando eu era um garoto, um mero
assistente de arte na extinta editora Noblet, na década de 70, onde eu vivia retocando a guache
os originais gringos, de: Akim, Vampirella, Carabina Slim, Mister No, etc,
ou escrevendo matérias para as revistas Hot Girls e Contos Excitantes, sob o comando
do velho bengala friend Paulo Hamasaki, que na época era o nosso diretor de arte.
Marcos Maldonado aparecia por lá uma vez por mês. Era free-lance e letreirava as
publicações de HQs daquela casa editorial, como: Akim, Giddap Joe, Mister No,
Vampirella, Carabina Slim e Tex Tom.
Saíamos, as vezes, da editora para ir tomar cafézinho - no boteco do Zé-, que ficava
do outro lado da rua Almeida Torres, no Cambuci, com o ilustre colega, que era
sempre humilde, na dele, e com uma competência incrível para fazer letrinhas,
para desenhar os balõezinhos, tudo na raça, gente!
Naqueles primórdios a gente nem sonhava com computador.
Dá pra imaginar quantas mil paginas esse casal já fez?
As milhares de horas gastas para caprichar nas letrinhas?
REMINISCÊNCIAS...
Quantas vezes, quando eu era moleque (anos 60\70, faz tempo... (Rsss...), comprava os gibis e
via nos créditos o nome desse casal, que fazia o que muitos desenhistas de talento não
sabiam fazer: letreirar, fazer a "voz dos personagens".
Um trabalho super importante e que, em geral, poucos comentam ou dão o devido valor.
Se fala muito do personagem, da editora, do editor, do desenhista, do escriba, mas
raramente se fala de gente tão talentosa quando os grandes mestres do traço que dedicam
suas vidas nesse mercado, de altos baixos, fazendo letras e balõezinhos.
Afinal, uma HQ mal letreirada é horrível de se ler.
Então, por que pouco se comenta sobre quem as faz?
Não dá para entender.
Uma HQ, para ser concluída - editada - passa na mão de: editores, diretores de redações,
tradutores, revisores, assisentes de arte, letristas, etc.
Mas, toda essa gente fica quase que sem crédito, no anonimato.
E sobre essas pessoas, também brilhantes e talentosas, pouco se fala.
Fiquei anos sem ver esse incrível casal.
Civitelle, o desenhista de Tex, na FestComix, em 2010, em São Paulo |
Já vi muito roteirista e desenhista narcisista se vangloriando de sua obra e
nem se quer se referir a todos aqueles que colaboraram para que a
tal "obra" ficasse publicável.
Pura injustiça.
Jamais vi qualquer um desses que ficam "atrás da cochia" se cabar do seu trabalho.
MUNDO PEQUENO
Há alguns meses atrás, num boteco que frequento aqui em S. Paulo, na rua Martins Fontes -
pra tomar umas quatro ou nove (rsss...), pra tirar a neuras do dia-a-dia,
fui apresentado para uma irmã de uma amiga minha.
Assim, conheci Dora, de Sorocaba, uma senhora super simpática, elegante e fina.
Papo vai, papo vem... e acabamos entrando no assunto publicações e, por fim, quadrinhos.
Então fiquei surpreso quando ela me disse:
"O senhor é desenhista? Já foi editor? Trabalha há muito tempo com isso?
Tenho uns amigos que fazem as letrinhas."
"Letrinhas?" - indaguei, intrigado.
- Hoje o pessoal faz isso no computador - respondi. - Mas, esta já foi uma grande profissão -
completei.
Mas, ela insistiu: - Conheço um casal amigo que faz as letrinhas!
Então, perguntei se esses amigos, por acaso, não se chamavam Marcos e Dolores Maldonado,
que tinham um sítio em Sorocaba. Pois ela confirmou e me disse que eram eles mesmo.
Fiquei extasiado em saber que ela, de fato, os conhecia.
De repente, narrei fatos do passado à ela e disse o quanto eu os estimava e admirava.
Um mês depois, Dora voltou a S. Paulo, me procurou no tal boteco, mas eu havia viajado.
Quando ressurgi no tal boteco a irmã dela, uma advogada, super simpática e bonitona
me encontrou e disse: "Minha irmã trouxe um cartão daqueles seus amigos de Sorocaba!
Esperaí que vou lá no apartamento buscar."
A doutora mora num belo apartamento em cima do tal bar.
UMA GRATA SURPRESA
O cartão era do Marcos Maldonado.
Além do e-mail, telefone deles, etc, também havia atrás um recado.
Um convite para que eu, assim que pudesse, fosse conhecer o sítio deles na região,
pois teriam um enorme prazer em me receber.
Ainda tô devendo essa visita, meu amigo! Mas, vou. Te aviso antes.
Há poucos dias, antes da realização da FestComix, mandei um e-mail pra ele, visto
que, apesar de procurar feito doido - não conseguia achar o cartão-comercial dele, que
estava literalmente perdido em meio aos papéis das minhas mesas.
Quando recebi a resposta do Marcos, via e-mail, confesso que tive um orgasmo de
felicidade em saber que eles estavam ainda firmes nos quadrinhos, com a Mythos,
com o Dorival e com o Tex, e que também tinham acabado de regressar de
um evento da Bonelli - onde estava presente o Civitelli -, em Portugal.
Eles foram com o Dorival, a convite dos realizadores, pelo que me parece.
Uma homenagem mais do que digna e justa àqueles que durante anos
vêm letreirando com amor e carinho todas as revistas da Bonelli Comics,
aqui no Brasil.
Marcos Maldonado, Zeca Willer e Dolores, num evento realizado em Portugal, em 2010 |
Daí pensei... esse casal merece destaque.
Merece ser reverênciado pelos anos de batalha em prol das HQs nacionais e internacionais.
De imediato, pensei em escrever uma matéria no meu Blog.
Então, decidi pedir pro Marcos uma foto deles e alguns dados, pois eu também
não conhecia a fundo a verdadeira saga deles.
OUTRA SURPRESA AGRADÁVEL
No dia seguinte, ao comentar sobre eles com os amigos do Facebook tive outra boa
surpresa de ver as fotos do evento em Portugal, no álbum de um novo amigo - o cowboy
de além-mar Zeca Willer, um dos maiores colecionadores do mundo de Tex e dono do
blog mais popular da Europa, do velho e querido ranger- ,
onde eles - os Maldonados - estavam presentes, e também fiquei sabendo que estava
para ser lançado um livro onde eles apareceriam em destaque.
Achei genial. Esse "Casal 20", das HQs brasileiras e internacionais,
merece todo o nosso respeito!
Zeca Willer, Gege Carsan e o mestre Civitelle, na FestComix |
São verdadeiros heróis, que há anos militam nesse difícil ramo de atividade.
É importante frisar que: os maiores e melhores artístas nacionais e estrangeiros
tiveram a honra de ter seus trabalhos publicados no país graças ao talento nato dessa dupla,
de escrever os textos dos balõezinhos que lemos.
Abaixo segue um resumo da vida profissional dessas feras da suada arte de letreirar!
Confiram!
SUA VINDA PARA SÃO PAULO
Em 1960, Marcos Maldonado decidiu vir morar na capital.
Apesar de sempre ter uma boa caligráfia seu primeiro emprego, aqui, foi como
torneiro mecânico, durante 9 anos.
Sempre fôra fã de HQs desde pequeno, mas jamais havia pensado em trabalhar no ramo.
OUTRAS FACETAS
Ainda nos anos 60, Marcos conheceu Dolores e decidiram se casar.
Foram produtores e astros de fotonovelas - publicações que vendiam bem na época, destinadas
ao púbico feminino -, e até chegaram a encenar clássicos, como: O Alto Da Compadecida
e outras peças de teatro. Pelo visto, a veia artística sempre foi um dom divino.
LETRAS: UM IRMÃO QUE INCENTIVOU
Graças a seu irmão mais velho, Antonio Maldonado -, que fazia inicialmente
letreiramento para fotonovelas, foi que Marcos Maldonado Rodrigues, um ajustador,
torneiro mecânico e fresador, nascido num sítio em Soroca, Estado de S. Paulo,
começou a se interessar pelo ramo. Oficialmente, sua carreira como letrista -
de fotonovelas da ed. Abril -, começou em 1969.
QUADRINHOS
Devido a perfeição da arte da escrita de Antonio Maldonado - que hoje é artísta plástico -,
este foi convocado para fazer letreiramento de HQs da Abril.
Para atender a demanda Marcos começou a ajudar o irmão.
Daí vieram mais e mais trabalhos para as revistas Disneys, super-heróis e para outras
editoras, como: Giddap Joe, Akim, Mister No, Vampirella, Zagor, Chet - todas
as edições do cowboy do amigo bengala friend e grande escriba Wilde Portella foram feitas
por eles. Também fizeram as revistas: Sobrenatural, Spectro, Lobisomem, Combate, Fantasma, Mandrake, etc.
Dolores, também já havia arregaçado as mangas e entrado na briga ao lado do marido.
Suas letras eram muito uniformes e parecidas.
Formaram um par ideal na vida em comum e no ofício.
Um perfeito "Casal 20", das HQs.
Uma edição especial feita por Civitelle foi lançada na FestComix |
TEX - O COWBOY MAIS POPULAR DO MUNDO
Tex, eles começaram a trabalhar com o ranger ainda no tempo da extinta e saudosa
editora Vechhi (RJ), no dia 13 de março de 1980.
Faziam o trabalho em casa e mandavam via malote para o Rio.
Tex mudava de editora e lá estava o "Casal 20" letreirando o velho ranger, outra vez.
Há exatamente 28 anos eles letreram Tex, que atualmente tem diversos títulos e formatos
lançados pela gloriosa Mythos, de Hélcio de Carvalho.
Dorival é o editor chefe e o grande herói que trouxe de volta às bancas as movimentadas
aventuras de Tex, que tem uma verdadeira legião de admiradores e colecionadores.
Confira no portal TexBr um verdadeiro paraíso e ponto de encontro para
os texmaníacos do país.
A ERA DA INFORMÁTICA
Habituados a trabalhar com aquelas canetinhas que eram muito usadas em engenharia
e arquitetura - as famosas Rotring, de diversas numerações -, Dolores e Marcos
Maldonado tiveram que se adaptar a nova realidade que havia chegado para ficar: os computadores.
Segundo o Marcos, não foi fácil essa adaptação, e foi graças a insistência do Dorival e
as dicas da Gisele, também uma grande letrista da Mythos -, que eles acabaram se
dando bem em letreirar em computadores.
Isso agilizou a produção das páginas das diversas edições de Tex que são lançadas
pela Mythos. Segundo eles, é possível, agora, fazer uma edição do ranger em
apenas uma semana. Coisa que demorava mais tempo no passado.
A palestra feita por Civitelle na FestComix. O editor de Apache, Marco Antonio Faceto, também esteve presente |
CIVITELLI NO BRASIL E NO MUNDO
Atualmente a expressão-Mor da arte contemporânea italiana do ranger chama-se:
Aldo Civitelli, que está fazendo uma verdadeira excursão pelos países em que
os leitores adoram as aventuras texinianas.
Em São Paulo, um fabuloso evento que marcou o encontro dos fãs com o artista.
Ele foi realizado pela Mythos e pela Comix, na já tradicional FestComix, no final do ano passado
(em 2010). Marcos e Dolores Maldonado também estiveram por lá e finalmente pude
conhecê-la. Foi uma boa ocasião para rever os velhos amigos,como: Décio Ramirez, os Maldonados, e outros, que tanto fizeram e ainda fazem em prol dos Quadrinhos, e contatar os novos que fiz via Facebook, como: Alvarez, Antonio Carlos Moreira, Zeca Willer e Gege Carsan, que durante o
evento se vestiu a caráter, como Tex.
O e-mail que recebi do Marcos, antes deste referido evento, terminava, mais ou menos assim...
"Apesar dos altos e baixos dos quadrinhos,sem eles seríamos
como peixes fora da água, Tony!"
Com certeza, bengala friend, com toda a certeza...
Que Deus os abençoem e que durante anos e anos voces
ainda possam dar fala aos nossos heróis preferidos, Casal 20!
Um grande mano amplexo, proceis e à todos os web leitores!
See you later, cowboys!
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
MUNDO DAS HQs - HQS EUROPEIAS: UMA HISTÓRIA LUTA E GLÓRIA - Segunda Parte
HQs EUROPEIAS:
LUTA E GLÓRIA!
LUTA E GLÓRIA!
Segunda parte
Os franceses, animados com o sucesso alcançado por Akim - que era
produzido por Italianos -,
pouco tempo depois decidiram importar o
novo herói das selvas, que
produzido por Italianos -,
pouco tempo depois decidiram importar o
novo herói das selvas, que
passou a ser publicado em formatinho
pela editora Mon Journal.
Os franceses também adoraram Akim.
NO BRASIL,
A EDITORA NOBLET FOI A
PRIMEIRA A LANÇAR
A REVISTA AKIM
A EDITORA NOBLET FOI A
PRIMEIRA A LANÇAR
A REVISTA AKIM
Anos depois,o editor Joseph
Abourbih - meu ex-patrão -,
Abourbih - meu ex-patrão -,
um judeu egipcio e fundador da
editora Noblet, também
editora Noblet, também
decidiu lançar Akim no Brasil
e conseguiu manter a
e conseguiu manter a
revista por 30 anos nas bancas,
com relativo sucesso.
com relativo sucesso.
Akim foi lançado no Brasil pela editora Noblet |
Com o sucesso da revista Akim muitos
outros personagens, inclusive
de westerns, também foram
criados por toda a Europa
outros personagens, inclusive
de westerns, também foram
criados por toda a Europa
Gradativamente os fumetti italianos
foram substituindo os
títulos americanos, reconquistando
os antigos leitores
foram substituindo os
títulos americanos, reconquistando
os antigos leitores
e conquistando novos.
Seguindo o exemplo italiano, outros
países da Europa também
decidiram criar personagens
países da Europa também
decidiram criar personagens
baseados em produtos americanos.
Devido ao grande sucesso de AKIM, uma editora concorrente lançou ZEMBLA |
PIF, SURGE NA FRANÇA |
Na França, uma revista semanal
de grande circulação
de grande circulação
chamada Pif apresentou uma
nova série chamada Placid
nova série chamada Placid
et Muzzo, onde um dos personagens apresentava características
similares as do camundongo
similares as do camundongo
Mickey, de Walt Disney.
Na década de 50 surgiu na Bélgica
Tintim, uma criação genial
Tintim, uma criação genial
de Hergé, que até hoje é considerado
como o Disney europeu,
como o Disney europeu,
devido ao grande sucesso dos seus
álbuns em todo o mundo.
álbuns em todo o mundo.
O belga Hergé, que apresentava
um trabalho de alta
um trabalho de alta
qualidade nas aventuras de Tintim
trabalhava em equipe,
trabalhava em equipe,
numa espécie de “linha de montagem”, composta por vários
artístas, como os grandes
estúdios dos Estados Unidos.
Esses álbuns, que inicialmente não
passavam de 3 mil exemplares,
estúdios dos Estados Unidos.
Tintim e Milu, personagens clássicos de Hergé |
Capa da revista semanal chamada Tintim, lançada no Brasil, nos anos 70, que trazia diversos personagens europeus |
Esses álbuns, que inicialmente não
passavam de 3 mil exemplares,
foram conquistando vários países
europeus até se tornarem
um verdadeiro fenômeno
um verdadeiro fenômeno
de vendas. Isto estimulou os
editores belgas a lançar
editores belgas a lançar
cada vez mais novos produtos.
Todos esses fatos positivos acabaram incentivando os criadores europeus
a desenvolverem outras séries,
a desenvolverem outras séries,
em forma de álbuns, formato
magazines ou formatinhos.
magazines ou formatinhos.
Porém, dos maravilhosos álbuns
belgas poucos deles
belgas poucos deles
obtiveram sucesso junto ao
público leitor, como Tintim.
público leitor, como Tintim.
Salvo outras exceções, como:
Lucky Luke, de Morris (desenhos)
Lucky Luke, de Morris (desenhos)
e Goscinny (texto)- uma sátira
genial dos velhos cowboys
genial dos velhos cowboys
americanos que, de imediato,
conquistou os leitores,
conquistou os leitores,
e acabou se tornando um clássico
das HQs made in Europa -, e
o inigualável Asterix, de Uderzo
das HQs made in Europa -, e
o inigualável Asterix, de Uderzo
(desenhos) e Goscinny (texto).
Ambos surgiriam anos depois
do lançamento de Tintim.
do lançamento de Tintim.
Na França, um jovem desenhista
chamado Albert Uderzo,
chamado Albert Uderzo,
um imigrante italiano, que era
dautônico (não conseguia
dautônico (não conseguia
distinguir as cores), e que anos
depois se naturalizou
depois se naturalizou
francês, contrariando seus pais,
aos 13 anos, decidiu se tornar
um desenhista profissional.
aos 13 anos, decidiu se tornar
um desenhista profissional.
Seus primeiros traços tinham a
influência do seu tio,
influência do seu tio,
Bruno (um autodidata que, apesar
de desenhar bem,
de desenhar bem,
não seguiu carreira) e Marcel
(que era um profissional
(que era um profissional
da arte). O jovem Uderzo também
era vidrado nas criações
era vidrado nas criações
de Walt Disney e certa feita
confessou que passou a
confessou que passou a
estudar minusciosamente os
desenhos da escola Disney.
desenhos da escola Disney.
EDIÇÕES S.P.E.
- Este era o nome de uma famosa
casa editorial francesa,
casa editorial francesa,
naquela época. Uderzo decidiu,
um dia, bater naquela porta
um dia, bater naquela porta
para apresentar seus trabalhos.
Ali, ele conheceu e sofreu
Ali, ele conheceu e sofreu
a influência de Edmond Calvo,
um grande desenhista que
um grande desenhista que
estava em evidência época e que por coincidência
morava no mesmo bairro.
Dessa amizade, aos poucos,
surgiram os
surgiram os
seus primeiros free-lancers.
Anos depois, Uderzo criou Flamberge,
seu primeiro personagem.
“Jamais imaginei conhecer
Edmond Calvo ou René Goscinny.
Edmond Calvo ou René Goscinny.
Edmond foi meu grande mestre.
Eu o admirava e adorava
Eu o admirava e adorava
seus traços", declarou anos depois
numa entrevista
numa entrevista
concedida para uma publicação francesa
especializada em quadrinhos.
Nesta mesma edição, quando foi
questionado sobre
questionado sobre
Goscinny, respondeu:
"Goscinny... acabei descobrindo que
ele era um profundo conhecedor
de história gaulesa e um
ele era um profundo conhecedor
de história gaulesa e um
grande roteirista. O texto dele
sempre foi rico em
sempre foi rico em
detalhes históricos e sempre teve
um grande censo de humor.
Foi através dele que acabei
um grande censo de humor.
Foi através dele que acabei
tomando conhecimento da história
da França.
da França.
Na verdade, aos 9 anos de idade,
eu já tinha ouvido
eu já tinha ouvido
falar sobre os primitivos gauleses e
fiquei encantado com a história
deles. Esse primeiro contato
fiquei encantado com a história
deles. Esse primeiro contato
com o mundo gaulês aconteceu
através de Madame
através de Madame
Spitz, minha professora na
escola Clichy-sous-Bois.
escola Clichy-sous-Bois.
Ela tinha um jeito inovador de
lecionar, naquela época.
Nos instruía exibindo filmes
lecionar, naquela época.
Nos instruía exibindo filmes
americanos e nos obrigando a fazer
trabalhos manuais.”
SÁBIO DESTINO
O destino faz coisas incríveis.
Curiosamente, na mesma época
em que Uderzo tomava conhecimento
da saga dos gauleses numa
em que Uderzo tomava conhecimento
da saga dos gauleses numa
escola francesa, na Argentina,
na distante América do Sul, um
jovem chamado René Goscinny, tomava
na distante América do Sul, um
jovem chamado René Goscinny, tomava
conhecimento dos seus ancestrais
gauleses num colégio francês de
Buenos Aires, através da obra
gauleses num colégio francês de
Buenos Aires, através da obra
de Ernest Lavisse:
A História da França.
A História da França.
Um encontro entre esses dois
jovens talentosos estava
jovens talentosos estava
por vir, num futuro não muito
distante, sem que estes se
quer suspeitassem disso ou da
distante, sem que estes se
quer suspeitassem disso ou da
existência um do outro.
DESENHOS ANIMADOS
animado, após fazer diversos
cursos de arte. Nos anos que se
seguiram Albert Uderzo criou e
desenvolveu inúmeras ilustrações e
cursos de arte. Nos anos que se
seguiram Albert Uderzo criou e
desenvolveu inúmeras ilustrações e
séries de Hqs (cômicas e de aventuras)
para diversas casas
para diversas casas
editoriais francesas, sem imaginar
que um dia o destino iria unir
ele e René Goscinny para, juntos,
que um dia o destino iria unir
ele e René Goscinny para, juntos,
criarem o mais popular
personagem europeu
personagem europeu
de todos os tempos: Asterix.
Nessa mesma época, na França foi
instaurada a IV República.
instaurada a IV República.
Era um tempo de inovações do
pós-guerra, do existencialismo
pós-guerra, do existencialismo
e da descoberta, pelos europeus,
do jazz americano.
do jazz americano.
Jean-Paul Satre, Albert Camus,
Jean Cocteau e outros
Jean Cocteau e outros
agitavam os corações e mentes da
nação, com suas ideias revolucio-
nárias. Alheios aos fatos e conflitos
nação, com suas ideias revolucio-
nárias. Alheios aos fatos e conflitos
sociais, as crianças curtiam
la bande dessinée
la bande dessinée
(as histórias em quadrinhos).
O PRIMEIRO JORNAL SOBRE HQs
“O.K. foi o primeiro jornal de
histórias em quadrinhos,
histórias em quadrinhos,
do pós-guerra. Ele também foi o
primeiro a dar oportunidade
aos jovens desenhistas franceses.
primeiro a dar oportunidade
aos jovens desenhistas franceses.
Em 1946, O.K. era um jornal
inovador e nacionalista, apesar
do seu nome americanizado.
inovador e nacionalista, apesar
do seu nome americanizado.
Uderzo também
colaborou com esse jornal, que
era publicado em 3 cores.
Simultaneamente ele trabalhava
era publicado em 3 cores.
Simultaneamente ele trabalhava
para várias editoras.
Em 1947 fez para Les Editions
S.A.E.T.L. um personagem
S.A.E.T.L. um personagem
chamado Zidore, l’homme
Macaque.
Macaque.
Seu primeiro trabalho em cores, foi
Zidore. Mas, para pintar os originais
Zidore. Mas, para pintar os originais
ele teve que recorrer a amigos e
familiares para obter as cores
corretas, devido a
corretas, devido a
sua deficiência visual para
distinguir as cores.
distinguir as cores.
"Sempre fui um daltônico incorrigível",
confessava o desenhista ao amigos.
Em 1948, ele deixou de publicar
seus trabalhos para cumprir
obrigações militares. Foi servir
a Pátria. Serviu no 5º Regimento
dos Dragões, em Autiche.
seus trabalhos para cumprir
obrigações militares. Foi servir
a Pátria. Serviu no 5º Regimento
dos Dragões, em Autiche.
Entretanto, jamais deixou de
desenhar.
desenhar.
Nas horas vagas, no exército,
ele desenhava para si mesmo.
Quando o comandante do
regimento descobriu suas
habilidades para desenhar o
escalou para criar e fazer
desenhos para placas e
cartazes militares.
ele desenhava para si mesmo.
Quando o comandante do
regimento descobriu suas
habilidades para desenhar o
escalou para criar e fazer
desenhos para placas e
cartazes militares.
"Ainda quando eu estava no
exército, fiquei triste ao saber
que o jornal O.K. havia fechado.” –
disse Uderzo,
exército, fiquei triste ao saber
que o jornal O.K. havia fechado.” –
disse Uderzo,
numa entrevista concedida,
na década de 70, para
na década de 70, para
uma revista especializada em HQs.
Ele jamais se limitou a fazer
apenas HQs cômicas.
Artista eclético, ao longo de sua
carreira, também desenvolveu
trabalhos de figuras humanas onde
carreira, também desenvolveu
trabalhos de figuras humanas onde
demonstrava seu vasto
conhecimento em anatomia.
conhecimento em anatomia.
Fez ilustrações publicitárias,
campanhas, e trabalhou
campanhas, e trabalhou
para diversos jornais e revistas.
Para o famoso jornal popular
sensacionalista France Dimanche
fez inúmeras ilustrações
sensacionalista France Dimanche
fez inúmeras ilustrações
para as reportagens, asssim
como para a matéria sobre
como para a matéria sobre
Paul Dellapina, um tipo singular,
apelidado de
apelidado de
“O gangster cavalheiro”.
Uderzo, baseando-se numa
Uderzo, baseando-se numa
fotografia era capaz de reproduzir
fielmente qualquer fisionomia.
Seus trabalhos, na época,
fielmente qualquer fisionomia.
Seus trabalhos, na época,
faziam muito sucesso.
CAPITÃO MARVEL JR
FEZ A DIFERENÇA
Paralelamente aos seus trabalhos
de ilustração para esse jornal,
que acumulava processos judiciais,
de ilustração para esse jornal,
que acumulava processos judiciais,
Uderzo, através da agência
Paris-Graphic, fez HQs
Paris-Graphic, fez HQs
para a revista Bravo, de Bruxelas,
e uma famosa e popular serie
americana: Capitão Marvel Júnior,
e uma famosa e popular serie
americana: Capitão Marvel Júnior,
que diferia do trabalho do seu
criador original
criador original
americano. Isto ocorreu graças a
Madame Debain,
Madame Debain,
a dona de uma agência de
material de imprensa.
material de imprensa.
Esse trabalho feito para editores
americanos fez com que ele
fosse reconhecido como um
excelente artista pelos belgas, que
na época estavam
americanos fez com que ele
fosse reconhecido como um
excelente artista pelos belgas, que
na época estavam
ampliando suas publicações e
lançando diversos
lançando diversos
trabalhos de autores europeus na
forma de álbuns, em cores.
Em Bruxelas, na Bélgica, duas
importantes agências
importantes agências
recrutavam novos autores, a
International Press,
International Press,
fundada pelo jornalista Yvan Cheron
e a World Press, de Georges
Troisfontaines, que representava
um grupo belga: Édition Dupuis.
e a World Press, de Georges
Troisfontaines, que representava
um grupo belga: Édition Dupuis.
As duas agências trabalhavam
para editoras na Bélgica, porém,
para clientes diferentes.
para clientes diferentes.
DA FRANÇA PARA A BÉLGICA
Após analisar os desenhos de Uderzo,
Yvan Cheron convidou-o para fazer
parte de sua equipe, em Bruxelas.
“Tive a honra de trabalhar ao lado de Jean-Michel Charlier, fazendo
cenários de suas fantásticas
cenários de suas fantásticas
HQs sobre pilotos e corridas.
Algum tempo depois, voltei para
a França, para a casa da
minha família, em Paris, e
continuei a trabalhar para a
International Press fazendo
a França, para a casa da
minha família, em Paris, e
continuei a trabalhar para a
International Press fazendo
uma serie chamada La Wallonie.
Por sorte meus trabalhos estavam
agradando os editores Belgas.
O volume de trabalho aumentava.
Daí abri um estúdio na avenue
des Chaps-Elysées, 34.
Daí abri um estúdio na avenue
des Chaps-Elysées, 34.
Tempos depois, após ter colaborado, paralelamente, durante anos, com
o jornal France Dimanche
o jornal France Dimanche
decidi pedir demissão, após ler
um anúncio de jornal que pedia
desenhistas para trabalhar
um anúncio de jornal que pedia
desenhistas para trabalhar
na América. Decidi embarcar para
os Estados Unidos.
os Estados Unidos.
Minha decisão foi motivo de
comemoração na redação do
France Dimanche. Para eles, eu era
comemoração na redação do
France Dimanche. Para eles, eu era
uma espécie de filho pródigo.
Todos acreditavam no meu potencial.”
Continua . Para ler a última
parte clique no link abaixo...
Não perca!
http://tonyfernandespegasus.blogspot.com.br/2010/10/mundo-das-hqs-4-hqs-europeias-luta-e.html
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Estúdios Pégasus - S. Paulo -
Brasil - Todos os direitos
reservados.
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