DOIS
SUPER-HERÓIS AMERICANOS DE QUADRINHOS MUDARAM
DE
COR E DE SEXO, É MOLE?
Na verdade as editoras da América na esperança de
alavancar as vendas e despertar a atenção
de seus leitores, já não tão fiéis, graças a infinidade
de opções de lazer, como: games, etc, andam “atirando pra tudo quanto é lado”.
Os universos de seus personagens andam cada vez mais tumultuados e confusos e
como se isto não bastasse o paladino epônio daquele país, desde a Segunda
Grande Guerra Mundial, o Capitão América, teve inopinada transformação e isto
deixou os antigos fãs com a barba de molho. Alguns gostaram da ideia, outros
detestaram.
Quem curte HQs sabe que Steve Rogers, um homem comum utilizando um uniforme que representa a
bandeira de seu país e um escudo que mais parece um bumerangue chegou a salvar
a pele de um político no início de carreira, John Kennedy. Foi congelado e
descongelado, após enfrentar os nazistas e mesmo assim continuou vivendo
incríveis aventuras após ser ressuscitado nos anos 60 pela genial dupla, o
escriba Stan Lee e o desenhista Jack Kirby.
Não resta dúvida de que este super-herói sempre foi e
sempre será um grande ícone da América.
MUDANÇA
RADICAL
De repente, a divisão de quadrinhos da Marvel
Entertainment anunciou que Rogers, que teve sua energia vital sugada pelo vilão
Iron Nail envelheceu 60 anos num piscar de olhos e pediu aposentadoria. Em seu
lugar entrou em cena seu velho amigo Sam Wilson, que outrora encarnava outro
super-herói, o Falcão, um cidadão de cor. Entre os velhos fãs do velho Capitão
defensor da democracia americana esta mudança radical provocou muita polêmica.
O Capitão América, virou negro?
Entretanto, para os americanos afro-descendentes a
mudança drástica os agradou. Afinal, nem só os brancos defendem a liberdade e a
justiça,
segundo estes.
segundo estes.
Um afro-americano envergando o escudo da quintessência do
patriotismo ianque, o poderoso Capitão América, massageou o ego dos negros que
vivem na América. Muitos brancos
Mas aceitar um Capitão América negro não seria problema
grave, segundo os editores, visto que em 2012, Lanterna Verde, um super-herói
tradicional da DC Comics (a grande concorrente da Marvel), não só assumiu sua
homossexualidade na segunda edição da revista Earth 2 como casou com outro
macho.
LANTERNA
VERDE UM HOMOSSEXUAL
Apesar da mídia do movimento LGBT falasse numa certa
“explosão do orgulho arco-iris”, as reações pro e contra, na ocasião, até que
foram comedidas. Talvez, afirmam os estudiosos, pelo fato de que a
heterossexualidade eternamente “noivos”, que viviam em perfeita harmonia com
pupilos cheios de energia (como no caso de Batman e Robin, Capitão América e
Buck, e outras duplas que combatiam o crime e o mal), era tão plausível quanto
Papai Noel e suas renas.
Um comediante gay
da TV americana (Adam Sank) ironizou o personagem dizendo que Lanterna Verde
era o Homem-Melância: verde por fora e rosa por dentro.
BARACK
OBAMA E O HOMOSSEXUALISMO
Certa feita Barack Obama (o primeiro presidente negro
eleito na America) se manifestou, dizendo: “Sou a favor do casamento entre
pessoas do mesmo sexo!”
Segundo alguns estudiosos do comportamento humano, o fato
de estarmos em pleno século XXI exige que certos preconceitos deixem de
existir. Porém, nem todos os leitores de quadrinhos aceitam que, de repente,
seu herói tradicional e preferido “saia de dentro do guarda roupa”, “solte a franga” e assuma seu
lado homossexual.
ARCHIE
COMICS
Na realidade a primeira a lançar um personagem gay no
mundo dos quadrinhos foi a Archie Comics. Na época isto causou muita polêmica.
Porém, o mercado que incialmente se alvoroçou acabou se acalmando e os editores
ficaram felizes com o sucesso das vendas. Isto motivou outros editores
tradicionais como Marvel e DC a fazerem mudanças radicais nas HQs de seus
super-heróis. Afinal, os heróis fictícios de papel, segundo eles, devem se
adaptar a realidade do mundo atual, onde em muitos países o casamento gay é
aceito.
OS
VINGADORES NO CINEMA
Por hora, apenas o Capitão América dos quadrinhos mudou
de cor. No cinema na bilionária franquia Os Vingadores, grupo de super-heróis
que conta com a participação do Homem de Ferro, Hulk e Thor, o Capitão América,
por hora, continuará caucasiano, por mais um filme, interpretado pelo ator
Chris Evans, que segundo alguns encarnou perfeitamente o personagem.
Convém lembrar que nem sempre mudanças bruscas em
personagens populares deram certo.
JAMES
WEST NUMA
Na década de 70, um seriado de western cujo protagonista
era uma espécie de James Bond do velho Oeste era exibido em horário nobre na TV
brasileira e obteve altos índices de audiência.
Anos depois, desta série popular foi feito um
longa-metragem, uma nova versão de James West, cujo personagem foi vivido pelo
ator negro Will Smith. Apesar do filme ter muita ação e suspense não obteve
sucesso, principalmente, com os velhos fãs do antigo seriado da TV que
estranharam ver o personagem vivido por um ator não caucasiano.
MAIS
UMA SURPRESA!
O
PODEROSO THOR – METAMORFOSE
MIRABOLANTE
Se muitos dos antigos leitores de Capitão América e do
Lanterna Verde não se conformaram com a mudança feita em seus personagens
favoritos orientada por seus editores, que desesperadamente procuram causar
polêmica, atrair leitores e com isso alavancar as vendas.
Os leitores brasileiros que admiram Thor, o Deus do Trovão, também poderão se chocar. O herói oriundo da mitologia escandinava também sofreu uma metamorfose mirabolante: virou mulher.
Os leitores brasileiros que admiram Thor, o Deus do Trovão, também poderão se chocar. O herói oriundo da mitologia escandinava também sofreu uma metamorfose mirabolante: virou mulher.
Segundo as edições que serão lançadas em outubro, nos
Estados Unidos, que ainda hão de chegar ao Brasil, o martelo sagrado de Thor
(Mjolnir) fonte de poderes sobrenaturais e um perfeito símbolo fálico sacaneou
Thor.
Numa aventura programada para outubro sugestivamente
chamada Pecado Original, segundo fontes da Marvel, o martelo encantado será
encontrado, empunhado e brandida por uma representante do suposto sexo frágil,
cuja identidade ainda está em sigilo, mesmo que o cabo da arma (ferramenta)
tenha a inscrição chauvinista: “Quem quer que cinja este martelo, se ELE for
digno disso, possuirá os poderes de
Thor”.
Um executivo da Marvel afirmou que já estava na hora de
acabar com a tal inscrição e de ter preconceito com as mulheres. Afinal, por
que uma fêmea não pode ser a Deusa do Trovão? Ainda segundo ele, todos sabem
que os meninos leem mais revistas de quadrinhos de super-heróis do que as
meninas, graças ao machismo exacerbado. O que ele visa com esta mudança
inesperada é atrair leitoras femininas e conquistar mais de 70% do mercado, que
vive alienado. Sendo assim, webleitor, sai de cena um deus e entra uma deusa
esplendorosa. No panteão nórdico Thor é a divindade dos trovões e da
tempestade. Desde a época pagã, um dia da semana foi dedicado a este nobre deus
de Asgard (lendária cidade do Arco-Iris, morada dos deuses e área de domínio do
poderoso Odin), Thursday, quinta-feira, o dia de Thor), que até hoje vigora no
calendário inglês.
BETTY
FRIEDMAN E O FEMINISMO
Nos anos 70, a guerra do Vietnã causava muitas vidas,
tanto do lado americano quanto vietnamita, um movimento denominado hippie
(jovens cabeludos que usavam roupas psicodélicas e ervas cabulosas) pleiteava
paz e amor, enquanto isso na América a feminista Betty Friedman ditava as novas
normas do missal feminino contemporâneo chamada A Mística Feminina. Betty era
branca e estudada, era dependente financeiramente do marido e vivia numa mansão
de 15 cômodos no rio Hudson, em Nova Iorque.
Ela pleiteava direitos iguais para as mulheres e para chamar a atenção da imprensa internacional queimava soutiens em praças públicas americanas. Há quem afirme que naquela época de grandes agitações sociais, ela era uma das pessoas mais privilegiadas do planeta, devida a sua situação estável economicamente. Dedicou boa parte da sua vida combatendo o machismo e a falta de igualdade e liberdade das feministas. Se hoje as mulheres não são mais submissas, elas devem agradecer a Betty Friedman.
Nesta transação comercial que ocorreu em 2009, quando a
Disney adquiriu a Marvel por 4 bilhões de dólares algumas feministas
protestaram afirmando que a Disney que vendia princesas para as meninas estava
comprando a Marvel para dar heróis aos meninos.
Na mesma semana em que uma donzela se prepara para
assumir o cajado de um super titã do plantel de heróis Marvel, uma pesquisa
acadêmica respondeu as feministas que aquela inesperada aquisição não
representava só aquilo. Uma outra pesquisa realizada pela Universidade de Wisconsin
revelou a tendência de casais da América: esses enlaces matrimonias eram mais
longevos quando o casal tinha o mesmo nível cultural. E que, entre 1950 e 2014,
revelou que atualmente os casamentos em que as mulheres tinham nível superior
ao do marido indicavam um risco maior de separação. Apesar da conquista da
Women’s Lib (Frente de Libertação Feminina) o modelo perdurou pelo menos até o
final dos anos 80. Somente nos anos 90 é que se revelou uma geração de homens
que casou com mulheres tão ou mais inteligentes que eles e que deram certo.
Isto também indicou que os homens já não gostam mais das mulheres bobas,
alienadas.
Estudiosos do comportamento humano e do setor editorial
americano afirmam que não é o sexo ou raça de um personagem que determina ou
não o seu sucesso. Todo personagem, macho ou fêmea, depende muito de sua
identidade carismática. Obviamente, muitos leitores poderão estranhar o
poderoso Thor se tornar uma figura feminina, mas aos poucos a nova personagem
pode conquistar novos leitores e até agradar os antigos. Ainda segundo eles, a
identificação com o protagonista não depende do cromossoma X ou Y, e sim de sua
densidade carismática. Com essas mudanças os editores, com certeza, podem
conquistar um novo público-leitor, até então esquecido (as meninas).
“Não há nada de anormal ao vermos uma mulher batendo no
solo o martelo de Thor, ou ver futuramente Hillary Clinton sucedendo Barack
Obama, ou uma americana nascida em New Jersey, de origem paquistanesa, como
Kamala Khan, a Miss Marvel, que foi primeira heroína muçulmana da DC Comics.
HOMEM
DE FERRO
E para quem não suporta alterações radicais, mais uma
notícia bombástica: Fontes fidedignas (da Marvel) informaram que a armadura
usada por Tony Stark, o Homem de Ferro, também vai mudar. Quem viver verá.
Será que os editores americanos surtaram de vez?
Deu a louca na América?
Stan Lee, na certa deve estar pensando:
“Meu Deus... o que fizeram com os heróis que criei,
porra!?
Copyright 2014\Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –
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