Edmundo
Rodrigues é um nome conhecido
entre os admiradores da boa História
em
Quadrinhos produzida no Brasil. Ao longo de
sua prolífica
carreira este grande mestre do traço,
que deixou saudades e um
legado incrível, se revelou um dos profissionais mais competentes do
quadrinho nacional. Edno Rodrigues, seu irmão desenhista, que também
foi parceiro do mestre em inúmeras HQs, decidiu homenagear seus
pais, toda a família e o seu irmão mais velho, que sempre admirou,
escrevendo
um livro fora de serie. Se você quer saber mais sobre
a
origem da família Rodrigues e de seus talentosos filhos não pode
perder esta obra.
A
seguir saiba mais sobre o livro...
EU, MEU IRMÃO, UMA
FAMÍLA E UMA
PEQUENA HISTÓRIA!
A obra conta a saga da família Rodrigues
originária da cidade de Marapim, uma ilha situada no interior do
Belém do Pará, de praias paradisíacas e culinária
típica – uma
das melhores do estado – e boa música, que veio para o Rio de
Janeiro em busca de oportunidades e sobre seus filhos talentosos.
UMA VIAGEM AO PASSADO
O autor, Edno, resgata fatos históricos sobre o
local onde nasceram – até então desconhecido pela maioria dos
brasileiros - e também cita, no livro, seus parentes ilustres que
tiveram relevante influência na história e
na política local e a
perseguição implacável que sua família sofreu por um ditador
regional.
REVOLUÇÃO DE 30
(BARATA, O DITADOR)
Segundo o autor, o major Joaquim Cardoso de
Magalhães Barata, um baixinho cruel, ditava as
normas na região
exercendo abuso de poder.
O ditador militar, e seus aliados, jogavam
duro
contra seus opositores e uma de suas vítimas foi a redação do
jornal Folha do Norte - jornal de maior circulação daquele estado -
, que fazia oposição
aos baratistas, cujo editor-proprietário era
Paulo Maranhão tio, por parte de mãe, de Edno e
Edmundo Rodrigues.
O patriarca da família Rodrigues (Armando do
Valle Rodrigues) era um excelente alfaiate, confeccionava roupas
para o cunhado, Maranhão e para seu secretariado. No dia da
intervenção do jornal o dono
do periódico não estava no local,
mas Armando estava lá tirando umas medidas e acabou sendo preso com
os demais funcionários.
Indignada com a prisão do marido Raymunda Oeiras
Botelho Rodrigues foi tirar satisfação com o então governador, que
também ameaçou aprisioná-la. Porém, ela fugiu. Seis dias depois,
Armando, o alfaiate, foi libertado. Graças a um compadre que era
diretor da Guarda Costeira do Maranhão, que foi procurado por dona
Raymunda, é que seu marido acabou indo
parar na cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro,
na casa dos Maranhão em Copacabana.
RIO: CIDADE MARAVILHOSA
Longe
da tirania de Barata, os Rodrigues começaram
a peregrinar pelo Rio
de Janeiro, na casa de parentes
e por fim foram morar num sobrado
enorme da rua Gomes Freire, no centro.
“Eu
estava com cinco meses, Elyeth com 10 anos, Enildette com 8, Edmundo
com 5 anos e Armando
com 3 anos. Naquele sobrado meu pai montou seu
ateliê”, relatou Edno Rodrigues.
SEIS PEQUENAS DO BARULHO
Enildete,
a caçula da família, em 1949 estava com 17 anos e fazia parte de um
conjunto musical chamado
Seis Pequenas do Barulho. Após árduos
ensaios as garotas estrearam na Rádio Tupi e passaram a excursionar.
Também gravaram alguns discos pelo
selo Star. Mas a carreira do
grupo foi abalada após a saída da vocalista Inesita Falcão.
As
demais integrantes decidiram continuar, mas a carreira artística
delas acabou numa apresentação da rádio Tamoio.
“Naquela
época, Edmundo vivia rabiscando nos
papéis em que vinham
embrulhados os pães demonstrando um grande potencial para o desenho.
Não tardou muito para que meu irmão iniciasse sua brilhante
carreira de desenhista na revista
O Tico-Tico, que passou a publicar
seu personagem João Charuto. Ele estava com 14 e eu com 10 anos.”
O PETRÓLEO É NOSSO!
Fevereiro
de 1947 – O presidente Dutra determinava
as diretrizes para a
exploração do petróleo no
Brasil – uma utopia, visto que faltava
verba, técnicos especializados etc - , mas o slogan ufanista adotado
foi “O petróleo é nosso!”
Antonio
Pereira da Silva, quando criança no Belém
do Pará, fora adotado
pelos Rodrigues, tornando-se
um membro da família. No Rio, tornou-se
linotipista
no jornal Diário da Noite.
Naquele
ano, em plena crise do petróleo, após ver a habilidade que o jovem
Edmundo tinha para
desenhar, Antonio Pereira pediu que ele fizesse
um
desenho sobre o polêmico assunto.
“Meu
irmão desenhou um garoto maltrapilho,
segurando uma placa, onde se
lia, em letras
garrafais: “O PETRÓLEO É NOSSO!”
O
desenho foi levado por Antonio ao jornal e
no dia seguinte o desenho
estava publicado na
primeira página – para o espanto do jovem
artista -,
com o seguinte texto: “Essa é a visão do nosso pequeno
eleitor Edmundo Rodrigues, de 12 anos,
sobre a crise do petróleo”.
O TICO-TICO E OS PIONEIROS
DOS
QUADRINHOS NO BRASIL
Este
era o título de uma publicação popular
que era lançada pela
editora chamada O Malho,
de propriedade do jornalista Luís
Bartolomeu
de Souza e Silva, a primeira a lançar HQs no país.
Sua
primeira edição saiu em 1905, segundo
relatou Edno Rodrigues, por
suas páginas
passaram desenhistas de peso, como: Luís Gomes
Loureiro, Luiz Goulart, J. Carlos, Paulo Affonso,
A Rocha, Miguel
Hocman, Alfredo e Osvaldo
Storni (pai e filho), Ângelo Agostini e o
jovem
Edmundo Rodrigues.
Seu
personagem mais popular se chamava
Chiquinho- uma cópia não
autorizada de Buster
Brown criado por Richard Felton Outcault,
que
também criou o lendário Yellow Kid.
O logotipo da referida revista
foi desenhada
por Angelo Agostini.
JERÔNIMO,
O HERÓI DO SERTÃO
1956
– Edmundo estava criando e desenvolvendo histórias para
fotonovelas para a revista Cinderela, da Rio-Gráfica (atual Globo),
de Roberto Marinho, além de fazer o Curso de Preparação de
Oficiais da Reserva do Exército (CPOR).
“Naquela
época eu e o mano estávamos planejando montar nosso primeiro
estúdio de desenho.”
Enquanto
isso, uma novela radiofônica chamada Jerônimo, O Herói do Sertão,
criada por Moyses Weltman, estava fazendo muito sucesso pela rádio
Nacional, diariamente, às 18:35hs, patrocinada pela Sidney Ross
Company. As Aventuras de Jerônimo –
uma espécie de faroeste
caboclo - era interpretado
por Milton Rangel, Aninha – a namorada
do herói -,
por Dulce Martins e Moleque Saci – o fiel parceiro do
herói-, por Cauê Filho.
Quer
saber mais sobre como Edmundo Rodrigues
teve a oportunidade de
desenhar Jerônimo?
Como surgiu os estúdio dos irmãos Rodrigues?
Quem colaborou com eles para atender a demanda
das aventuras do Herói
do Sertão? Quem adaptava
os textos de Moyses Weltman, criados para o
rádio, para as HQs? Quem eram os desenhistas americanos venerados
pelos irmãos Rodrigues? Em que HQs
Edno Rodrigues colaborou e outras
cositas más?
Então,
webleitor, não deixe de adquirir esta obra reveladora.
Reserve
seu exemplar antes que se esgote.
MAIORES
INFORMAÇÕES:
rodriguesedno@ig.com.br
rodriguesedno@ig.com.br
LANÇAMENTO:
Eu,
Meu irmão, Uma Família e Uma Pequena História
AUTOR:
Edno Rodrigues
NÚMERO
DE PÁGINAS: 290
Lombada
quadrada
MIOLO:
Em papel offset 75 gramas
IMPRESSÂO:
Em cores e P & B
LANÇAMENTO:
Editora Above
TIRAGEM:
Limitada
Por
Tony Fernandes\Redação Pégasus\Divulgação
Copyright
2016\Todos os Direitos Reservados
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