O CINEMA E SEUS FILMES DE FARWEST
DERAM ORIGEM AS HQs DESTE GÊNERO
E AS SÉRIES DE TV!
Foi através
do cinema americano que a imagem do cowboy solitário se popularizou pelo mundo
afora e em pouco tempo a vida desses aventureiros passaram a povoar a mente de
gente de todas as idades. Inicialmente suas histórias eram lineares, sem
enredos elaborados, com uma moralidade bem definida onde o bem sempre vencia o
mal.
O pano de fundo desses filmes, que tinham como característica poucos
diálogos e muita ação apresentavam paisagens belíssimas marcadas por grandes
espaços abertos como os de Monument Valley (no Arizona) ou os Montes Alabama
(na Califórnia).
Este
gênero que de imediato cativou admiradores, também teve subgêneros, como o
western épico, onde a ação e os tiroteios se sucediam de forma irracional, os
musicais, o drama, a tragédia e as comédias e paródias – algumas se tornaram
clássicas.
Tempos
depois, os elementos básicos desses filmes foram repensados, criticados, e
fizeram surgir o western denominado revisionista.
Diálogos
curtos, onde a ação ocupava a maior parte da história, sem grandes descrições
eram a fórmula do sucesso.
Na maioria das películas, as histórias se
desenvolviam em lugares remotos e selvagens da Califórnia, Arizona, Utah,
Colorado ou no Wyoming. Essas películas movimentadas, em geral, eram ambientadas
no Oeste selvagem e no Oeste do século XIX. No segundo caso, podemos citar o
famoso e cultuado The Wild Bunch (Meu Ódio Será Sua Herança, nop Brasil), no
qual surgiram os primeiros carros, telégrafos, locomotivas e até aeroplanos. No
clássico Butch Cassidy, Paul Newman usa uma bicicleta, que simboliza o período
de transição do século XIX para o início do século XX.
Especialistas
no assunto consideram que o chamado Oeste selvagem tem seu mais remoto
representante os espetáculos protagonizados pelo lendário Bufallo Bill, a
partir de 1883.
The
Virgian, de Owen Wister (1902) é considerado o primeiro romance do gênero, que
foi escrito pelo alemão Karl May, influenciado pelo emigrante, também alemão, Carl
Laemmie, que fundaria tempos depois a Universal Pictures.
Há
quem afirme que,James Fenimore Cooper, autor de The Last of the Mohicans (O
Último dos Moicanos), de 1826, também foi influenciado pelo escritor de origem
germânica.
O gênero
western também era conhecido pelos ingleses, pois o escritor Conan Doyle, ao
escrever a primeira história de Sherlock Holmes, Um Estudo em Vermelho, em
1887, descreveu na segunda parte deste livro a vida de mórmons no continente
norte-americano, com todos os elementos de um bom conto sobre o Oeste no final
do século XIX.
Portanto,
o Oeste já existia através da literatura antes mesmo do cinema propagá-lo.
Escritores como: Zane Grey, Louis L’Amour e Elmore Leonard também escreveram
sobre o Oeste.
The
Great Train Robbery - Este era o título
de um filme mudo dirigido por Edwin S. Porter e protagonizado por Bronco Billy
Anderson, realizado em 1903. O filme fez tanto sucesso que Anderson se tornou o
primeiro astro de um filme de cowboy do cinema. O ator se tornou tão popular
que acabou protagonizando uma série de curtas metragens.
William
S. Hart não perdeu tempo, decidiu seguir a mesma trilha, e em pouco tempo
também se tornou astro de um filme do mesmo gênero.
Porém,
para os estudiosos do assunto, foi somente em 1910 que o primeiro filme
genuinamente de western foi rodado em Hollywood, cujo título era In Old
California, de D.W. Griffith. Muitos apontam Griffith como o grande renovador
deste tipo de película. Em 1914, Cecil B. DeMille estreava com o filme The
Squaw Man – filme que é considerado como o primeiro longa metragem sobre
western realizado na chamada “Meca do Cinema”.
Foi DeMille que transpôs para a telona, no mesmo ano, uma famosa obra
literária chamada The Virgian, que contou com a colaboração do autor Owen
Wister para elaboração do argumento.
Em
1923, James Cruze realizou o primeiro filme épico sobre o tema,
The Covered
Wagon, que mostrava uma longa viagem pelos territórios selvagens da Califórnia.
No ano seguinte, John Ford lançou Iron Horse – um tremendo sucesso - , obra que
abordava a construção da primeira estrada de ferro que cruzou a América de
costa a costa.
Este
tipo de filme caiu nas graças de pessoas de ambos os sexos, principalmente, por
suas variadas abordagens. Empolgados,
os estúdios passaram a produzir mais de
uma centena de filmes sobre o tema, anualmente. Em sua grande maioria essas
películas eram pobres, de baixo orçamento, e por isso passaram a ser
classificadas pela crítica especializada como filmes “B”.
Em
1930, Raoul Walsh lançou The Big Trail, utilizando película de setenta
milímetros e contratou John Wayne. Isto permitiu o surgimento do maior ícone do
velho Oeste (Wayne), e a aquisição do novo equipamento
fez com que o diretor
pudesse captar paisagens
deslumbrantes jamais vistas.
No
ano seguinte, Cimarron, de Wesley Ruggles, foi o primeiro clássico do gênero a
receber um Oscar de melhor filme.
CINEMA
DE WESTERN
A
chamada “Idade dourada” teve como expoentes máximos o trabalho de dois grandes
diretores: John Ford, que impulsionou a carreira de John Wayne, e Howard Hawks.
Stagecoach
(No tempo das Diligências, no Brasil), foi lançado em 1939, se tornou um épico.
Este filme até hoje é considerado um dos mais importantes da história do cinema
de western. Há quem afirme que Orson Wells assistiu este clássico diversas
vezes antes de realizar sua obra prima Citizen Kane (Cidadão Kane).
Em
1946, Ford filmou My Darling Clementine (Paixão dos Fortes, no Brasil), a saga
de Wyatt Earp e Doc Holliday, onde mostra o famoso tiroteio no Curral OK – cena
filmada no local original que se tornou mitológico na história do velho Oeste.
No
ano de1942, William Wellmann – aproveitando as lições de Ford e antecipando os
clássicos do gênero que foram produzidos na década de 60 - realizou The Ox-Bow
Incident, um filme que marcou época, por abordar um linchamento feito pelas
próprias mãos.
Os
filmes de western continuavam em ascendência e graças a diversificação dos
temas passou a ganhar cada vez mais público. Assim, William Wyler e Fritz Lang,
diretores conhecidos por produzirem outros gêneros, também decidiram realizar
filmes
JOHNNY
GUITAR MARCOU ÉPOCA
Johnny
Guitar foi lançado em 1954 e, pela primeira vez, apresentou mulheres, até então
meras coadjuvantes, em papéis de destaques.
O filme, apesar de não fazer sucesso na época, entrou para a história por ter sido o primeiro a destacar num gênero tipicamente
O filme, apesar de não fazer sucesso na época, entrou para a história por ter sido o primeiro a destacar num gênero tipicamente
REVISIONISMO
NA DÉCADA DE 60
Desde
o início dessas produções o mal sempre derrotava o bem e os indígenas eram
vistos como selvagens. Os novos roteiristas e diretores que surgiram na década
de 90 decidiram questionar tais itens. Isto deu origem ao chamado “Cinema de
revisonismo do Oeste”.
Assim, surgiram os primeiros filmes onde nem sempre o bem vencia o mal e os índios deixaram de ser apenas selvagens. Isto causou muita polêmica na época, mas caiu nas graças das platéias de todo o mundo.
Assim, surgiram os primeiros filmes onde nem sempre o bem vencia o mal e os índios deixaram de ser apenas selvagens. Isto causou muita polêmica na época, mas caiu nas graças das platéias de todo o mundo.
De
repente, os filmes passaram a mostrar o velho Oeste por outro prisma. Desta
época, são considerados clássicos: The Man Who Shot Liberty Valance (O Homem
que Matou o Facínora, no Brasil), um clássico de John Ford, Little Big Man (O
Pequeno Grande Homem), de Arthur Penn, com Dustin Hoffman.
Outros
filmes deram maior importância às mulheres, como em Open Range (Pacto de
Justiça, no Brasil), de Kevin Costner, e The Missing (Desaparecidas), de Ron
Howard. Em 1969, a atriz Claudia Cardinale, teve um papel relevante no filme
Once Upon a Time in the West (Era uma vez no Oeste), um dos clássicos do diretor
italiano Sergio Leone.
Entre
as décadas de 60 e 70, Hollywood começou a diminuir a produção deste gênero
devido a alguns fracassos de bilheteria. Poucas películas eram lançadas pela
Meca do cinema. O gênero western estava definhando gradativamente. Quando tudo
parecia estar perdido eis que surge a revitalização do gênero graças a alguns filmes
produzidos na Itália. Esses filmes que fizeram renascer o gênero ficaram
conhecidos como “Westerns
spaghettis”. Muitos deles tinham baixo orçamento e eram filmados, em geral, na
Espanha, na Iugoslávia, e e outros locais onde a locação era barata. Além dos
italianos, espanhóis, alemães e até russos, também passaram a produzir
westerns.
Porém,
a produção italiana ganhou notoriedade. Tinha violência extrema, melodramas e
muita ação e acabaram caindo no gosto popular. Um dos diretores mais prolíficos
e respeitados desta época foi Sergio Leone, que revolucionou o gênero com sua
famosa “Trilogia dos Dólares”: Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a
Mais e Três Homens em Conflito. Nessas películas não existiam “mocinhos”,
apenas heróis às avessas ou anti-heróis.
Leone e Morricone |
A
partir dessas produções de origem italianas, o homem mau, que outrora se vestia
de preto, passou a usar trajes de outras cores e alguns astros desses filmes
passaram a se vestir com roupas pretas. Se por um lado, os italianos provocaram
uma brusca mudança nos velhos conceitos preestabelecidos sobre o velho Oeste,
as histórias passaram a ser mais realistas. Isto agradou em cheio os fãs do
gênero e inspirou novas produções.
Por
exemplo, o ator Clint Eastwood, interpretou um mercenário em busca de fortuna
no filme O Homem Sem Nome. Além disso, os xerifes que aparecem no filme são
corruptos e os protagonistas não se envolvem em romances. Em virtude dessas
inovações que mostravam um Oeste mais realista, menos fantasioso, Clint se
tornou famoso na celebrada trilogia criada por Sergio Leone, a
mais
representativa do gênero.
Outros
atores ganharam notoriedade, como Lee van Cleef, James Coburn, Klaus Kinski,
Franco Nero (no filme Django, de 1966, dirigido por Sergio Corbucci). O ator
americano Henry Fonda também participou dessas produções inovadoras, assim como
Guliano Gema (O Dólar Furado), Terence Hill e Bud Spencer, que estrelaram
clássicos como Uma Pistola Para Ringo, Meu Nome é Ninguém e Trinity – megas
sucessos.
SATURDAY AFTERNOON MOVIE
(MATINÊS,
AOS DOMINGOS,
Os
seriados de western que eram exibidos nos cinemas aos sábados, na América, e ao
domingos no Brasil, nas famosas matinês, foram um fenômeno pré-televisivo que
arrebatavam milhares de jovens para essas seções cinematográficas. Johnny
McBrown, Tom Mix e Audie Murphy, que estrelavam muitos desses seriados, se tornaram os primeiros ídolos da juventude
da época.
Cowboys cantores como Roy Rogers, Rex Allen e Gene Autry, também se tornaram populares. Diversas gerações sonhavam poder cavalgar um dia, fazendo justiça, como aqueles heróis da telona.
Cowboys cantores como Roy Rogers, Rex Allen e Gene Autry, também se tornaram populares. Diversas gerações sonhavam poder cavalgar um dia, fazendo justiça, como aqueles heróis da telona.
Cisco Kid, Lash LaRue (Dom Chicote, no Brasil) e Durango Kid – personagens de filmes classe “B” também obtiveram muito sucesso. O ator negro, Herbert Jeffreys, vivendo o papel de Bob Blake, com seu cavalo Stardust, participou de diversos filmes destinados ao público afro-americano, numa época em que a segregação racial se estendia aos cinemas.
COWBOYS NA TV
No
final da década de 40 e início da década de 50 a televisão se popularizou nos
Estados Unidos e os seriados de westerns se tornaram a principal atração das
redes de TV.
Estes seriados classificados de “B” dominavam a grade das programações. Séries como Hopalong Cassidy, Gunsmoke, The Lone Ranger (Zorro, no Brasil), The Rifleman, Have Gun, Will Tavel (Paladino do Oeste, no Brasil), Rin-Tin-Tin, Bonanza, Big Valley, Cimarron,
O Homem de Virginia, Chaparral e Maverick, entre outros, fizeram a cabeça de gerações.
Nos Estados Unidos, o ator que interpretava e tinha os direitos da série Hopalong Cassidy ficou rico, ao negociar seus velhos filmes para serem reprisados na televisão.
Estes seriados classificados de “B” dominavam a grade das programações. Séries como Hopalong Cassidy, Gunsmoke, The Lone Ranger (Zorro, no Brasil), The Rifleman, Have Gun, Will Tavel (Paladino do Oeste, no Brasil), Rin-Tin-Tin, Bonanza, Big Valley, Cimarron,
O Homem de Virginia, Chaparral e Maverick, entre outros, fizeram a cabeça de gerações.
Nos Estados Unidos, o ator que interpretava e tinha os direitos da série Hopalong Cassidy ficou rico, ao negociar seus velhos filmes para serem reprisados na televisão.
(Décadas
de 50, 60 e 70)
Aproveitando
o embalo do sucesso dos cowboys as editoras americanas – inclusive a Marvel e
DC-, de imediato, passaram a lançar títulos que ganharam notoriedade no cinema
e na TV. Assim, surgiram nas bancas títulos consagrados como: Hopalong Cassidy,
Roy Rogers, Rin-Tin-Tin, Billy The Kid, Tim Holt, Buck Jones, O Rebelde, The
Lone Ranger, Gunsmoke, Bonanza, etc.
Entre
o final da década de 60 e início dos anos 70 a editora americana Gold Key, que se destacava por seus inúmeros
títulos revelando-se forte concorrente das poderosas Marvel e DC, ainda mantinha
alguns títulos de western como Gunsmoke,
Lancer, Bonanza, etc, cujas vendas definhavam tal qual a audiência na TV, ante o
lançamento de novos seriados que suplantaram o gênero western e passaram a
fazer sucesso, como: Lost in Space, Star
Trek, Voyage To The Bottom of The Sea, The Time Tunnel, Land of The Giants, etc.
As
editoras cariocas, Rio Gráfica (Globo) e Brasil-América, a exemplo de outras editoras da América, também dominavam o setor de
HQs e acompanhando a onda dos filmes de western lançavam diversos títulos no
mercado editorial brasileiro, como: Rocky Lane, Cavaleiro Negro, Reis do
Faroeste, Bonanza, Roy Rogers, Buck Jones, Cavaleiro Fantasma, Tim Holt, Flecha
Ligeira, Tex, etc.
Ainda
nos anos 60, Stan Lee e Jack Kirby ressuscitaram os até então falidos
super-heróis americanos (Capitão América e Cia), que voltaram ao mercado
apoiados por um forte esquema de merchandising, patrocinados pela Shell. Esses
lançamentos acabaram por sepultar quase de vez os antigos cowboys.
NO
FINAL DA DÉCADA
DE
60 E 70 OS COWBOYS
COMEÇARAM
A
De súbito, na mais poderosa mídia eletrônica
dos anos 60 e 70 (a TV) passaram a ser exibidas muitas séries de detetives,
agentes secretos, comédias, e super-heróis.
A
série McCloud, que estreou em 1970, incorporou novos elementos ao gênero Oeste.
Na verdade o seriado era uma fusão de western protagonizado por um xerife, com
dramas policiais urbanos.
Hec
Ramsey era um seriado de western (que nunca foi exibido no Brasil) que sempre
tinha um mistério para ser revelado no final dos episódios, tipo as clássicas
séries policiais chamadas “Who dunnit?” (Quem foi?). Outra tentativa de
reavivar os antigos bang-bangs foi Little House on The Prairie, que apesar de
ser ambientada no velho Oeste era, contudo, um drama familiar.
KUNG-FU
Bruce
Lee sonhava em interpretar o papel principal da série Kung Fu, mas morreu
frustrado. Quem protagonizou a série foi o ator David Carradine. Este seriado
produzido especialmente para a TV, e que seguia a tradição do pistoleiro solitário,
acabou recriando o gênero que estava prestes a sucumbir. Seu personagem
principal era um monge chinês que perambulava pelas cidades do velho Oeste, sem
armas, e que se defendia apenas usando sua habilidade em artes marciais. Kung-Fu
fez um estrondoso sucesso nos países em que foi exibido, inclusive no Brasil,
onde a editora Brasil-América lançou uma revista em quadrinhos com o título
homônimo a série da TV.
E O
VENTO LEVOU...
Os
tempos mudaram e os velhos filmes de cowboys foram engolidos, literalmente,
pelo tempo, por uma enxurrada de seres com superpoderes. A editora Brasil-América
ainda lançou corajosamente Jonah Hex, antes de encerrar suas atividades.
Dos
inúmeros títulos de western lançados no país só restou Tex, o ranger criado
pela Bonelli Comics – atualmente editado pela Mythos -, que há mais de 50 anos
faz sucesso no Brasil, após ter passado por diversas editoras, e Jonah Rex, que
esporadicamente surge nas bancas pela Panini Comics.
HERÓI
DA RESISTÊNCIA
Um editor independente do sul do país, chamado Arthur Filho, teve a ousadia de lançar a revista em quadrinhos chamada Billy The Kid, que perdura até hoje. Esta publicação ressuscitou o gênero western e deu oportunidade para novos e antigos mestres do traço que a cada edição podem mostrar sua arte,
como:
AC Moreira, Airton Marcelino, Fábio Chibilski, Shimamoto, Ailton Elias e outros
artistas. Milagrosamente Billy The Kid já ultrapassou a edição # 23.
Um editor independente do sul do país, chamado Arthur Filho, teve a ousadia de lançar a revista em quadrinhos chamada Billy The Kid, que perdura até hoje. Esta publicação ressuscitou o gênero western e deu oportunidade para novos e antigos mestres do traço que a cada edição podem mostrar sua arte,
INK
BLOOD COMICS
A
editora, também independente do sul do país, Ink Blood Comics, de Fábio Chibilski,
também decidiu ressuscitar Chet, criação máxima do excelente escriba Wild
Portella, que outrora foi publicado
pela Vecchi, com sucesso.
APACHE
A série Apache mostrava uma índia forte,
vingativa e justiceira, que desejava honrar
a morte de seus pais, que foram brutalmente assassinados. Esta mestiça foi publicada pela editora As Américas.
Seu slogan era: "Um Western Diferente", porque era protagonizado por um mulher,
bela e sensual.
A série Apache mostrava uma índia forte,
vingativa e justiceira, que desejava honrar
a morte de seus pais, que foram brutalmente assassinados. Esta mestiça foi publicada pela editora As Américas.
Seu slogan era: "Um Western Diferente", porque era protagonizado por um mulher,
bela e sensual.
Apache - Por Tony Fernandes |
Apache - Por ACMoreira |
Apache - Por Neide Harue |
Apache - Por Airton Marcelino |
Apache -Por Paulo José |
Apache - Por Minighiti |
Apache - por Júlia Pinto |
A atriz Cláudia Cardinale em Era Uma Vez no Oeste mostrou como as mulheres daquela época eram poderosas e nada passivas. |
Personagem criada e desenvolvida por Tony Fernandes e a equipe
Pégasus, chegou às bancas em 2010, com uma nova proposta: Um western diferente, onde a figura feminina era a personagem central. A série tinha como protagonista um bela e sexy vingadora indígena. Seus roteiros mesclavam fantasia e fatos históricos. A série teve diversos colaboradores, que fizeram miniposters, como: Getúlio Delphin, Beto, Augusto Minighitti, Antonio Carlos Moreira, Neide Harue, Toninho Lima, Ayrton Marcelino, Júlia Pinto e Décio Ramirez. Porém, Apache não passou da sexta edição.
Curiosamente,
dos muitos títulos que já foram editados no país só sobreviveu Tex que, por
várias vezes, também foi interrompido devido as baixas vendas e que após ser
ressuscitado pela editora Mythos, sobre os auspícios de Hélcio de Carvalho,
Dorival e José Carlos Francisco (vulgo Zeca Willer, o cowboy e maior divulgador
de Tex, de além mar, e o site TexBr), conseguiu resistir aos altos e baixos do
mercado. Atualmente, Tex tem diversos
formatos e edições mensais.
Tal
qual ocorreu no mundo do cinema, quando os quadrinhos Made in America de
westerns capengavam os italianos bravamente resgataram o gênero publicando Tex,
um fenômeno de venda na Itália. Nos tempos da extinta e saudosa editora Vecchi,
as aventuras do ranger chegaram a vender mais de 100 mil exemplares. Nos
últimos anos, as tiragens da série foram reduzidas e para compensar a editora
lança diversos títulos de Tex e seus pards, como o excelente Tex Gigante
(Textone, na Itália).
Apesar
das boas histórias das aventuras cinematográficas do ranger apresentar
desenhistas e roteiristas de ótima qualidade, e a Bonelli Comics ter suas
edições licenciadas em diversos países, Tex não emplacou na América, apesar da
tentativa.
Os editores, visando penetrar no fechado mercado americano,
contrataram o mestre Joe Kubert, que fez um trabalho magistral para uma das
edições do ranger. Mesmo assim, o púbico leitor de Tio Sam parece não admitir
que estrangeiros mexam com o seu folclore.
Mas,
isto pouco importa. O que importa mesmo é que o nosso
querido e velho ranger,
tai, firme, resistindo ao tempo e ao espaço.
Vida longa ao ranger!
Por
Tony Fernandes
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2014\Tony Fernandes\Estúdios Pégasus –
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Todos
os Direitos Reservados.
OBS: As
imagens contidas nesta entrevista são meramente ilustrativas e elas pertencem a
seus autores ou representantes legais.
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