BATE PAPO
Na última entrega do Troféu
Angelo Agostini, que
foi realizado no Memorial da América
Latina, em São Paulo,
tive a oportunidade de rever velhos
amigos, como: Franco de Rosa
– incansável guerreiro-, Jal
–Assessor de Comunicação da Mauricio de
Sousa
Produções-, Jodil – velho amigo de rabiscos e de
maravilhosos happy hours musicais, ex-colaborador da editora
Hamasaki, - Primaggio –
um dos ex-bambas da editora Abril, o mestre
que ressuscitou
Rock Lane (atualmente) e autor de Sacarolha -, o
genial Eduardo
Vetillo – ex-colaborador do Estúdio Ely
Barbosa e desenhista
de Chet e Spectreman, da Bloch -, Bira Dantas –
um dos maiores caricaturistas da atualidade-, Dario Chaves –
desenhista e ex-editor da
editora do Franco e do Carlos Man- , Jotah
– autor da Turma
do Barulho -, Deddy Nelson – o homem que criou a
hemeroteca
do Tatuapé -tradicional bairro paulistano - e um
grande
colecionador de HQs, mestre Worney – um dos mentores
dessa
festa anual fantástica -, Marcos e Dolores
Maldonado - O Casal
20 das HQs.
Dolores e Marcos Maldonado. O Casal 20 das HQs. |
O professor Marcos, um dos maiores letristas de HQs desse país, também faturou merecidamente um Angelo Agostini -, e também tive o prazer de conhecer “gente nova”, que tá aí na briga pelos quadrinhos nacionais, como: Gonçalo Junior – autor de vários livros sobre HQs e que é atual Gerente de Comunicação Social da Fundação Memorial da América Latina, um dos responsáveis por ter levado a premiação para esta casa grandiosa, projetada pelo já saudoso e genial arquiteto Oscar Nyemier.
Enfim,
trombei com muita gente boa.
Os feras da Quadrante Sul |
Todos, verdadeiros guerreiros, que
editam do mais simples fanzine até os mais sofisticados
produtos editoriais. Além disso, conheci blogueiros, que
também fazem muito pelas HQs, divulgando e resgatando
trabalhos e gente do passado, como Alexandre Silva, e outras feras.
Ah... também tive a honra de ser apresentado (pelo Jotah) a
Cida Marques, a mais ferenha assessora de imprensa do metiê,
que estava no evento trabalhando – registrando os fatos em fotos.
Enfim, só encontrei feras por
lá. Dentre estes, conheci dois autores do Rio Grande do Sul,
que foram contemplados com o Angelo Agostini, por terem realizado,
juntamente com muitos colaboradores, uma publicação
independente muito bem feita, que acabei ganhando de presente do
Denilson Reis e do Alex Doeppre. Confesso que li, adorei e recomendo.
Portanto, o entrevistado da vez é...
DENILSON REIS, UM DOS EDITORES
DA QUADRANTE SUL, A REVISTA DE
HQs
QUE FATUROU O 29º ANGELO
AGOSTINI!
Tony 1: Bem vindo, grande Denilson, a
este blog. Espero que fique a vontade durante essa entrevista e saiba
que é um prazer poder entrevistar gente de talento como você.
No sul do país tem muita gente boa agitando, que admiro, como:
Ailton Elias – autor de Brigada da Selva -, Fabio Chibilski – que
corajosamente relançou Chet, criação-Mor do
bengala brother Wild Portella. O Fabio, da Ink Blood Comics, também
lançou novos títulos maravilhosos -, Lorde Lobo, que
também desenvolveu um belo trabalho em equipe, e outras feras.
Posso começar?
Denilson: Vamos nessa, Mestre
Tony. Para mim será um prazer poder ser entrevistado por
alguém que é nossa inspiração desde que
começamos a fazer fanzines no final dos anos 1980.
Tony 2: Sério? Me sinto lisonjeado em saber
disso... Confesso que não conhecia a Quadrante Sul e adorei a
qualidade gráfica e as HQs da edição # 4, que
vocês me deram. Está muito bem feita. Este título
coletivo foi criado em 1988? Por quem?
DENILSON: Em 1988 tinha uma gurizada fazendo fanzine “papel
xerox” aqui na região metropolitana de Porto Alegre/RS.
Quando esta galera encontrou-se, surgiu a ideia de juntar forças
e procurar fazer um fanzine mais profissional, saindo do xerox e
migrando para o off-sete com capa em duas cores. Surge assim a
Quadrante Sul reunindo como editores: Denilson Reis (Fanzine Tchê),
Gevásio Santana (Fanzine Estilo) e Alex Doeppre (Fanzine
Antimatéria). Junto a este grupo tínhamos o apoio do
Paulo Montenegro (Fanzine Opinião), Jerônimo Souza
(Fanzine Raff) e Daniel HDR (fanzine Novo Raff).
Tony 3: O primeiro zine sofisticado
que conheci também era de um sulista,
Oscar Cristiano Kern. Você e essa gurizada (turma) da pesada estão de parabéns.
O Jerônimo é um velho amigo, chegou a estagiar num dos meus estúdios.
É um grande guerreiro. Prosseguindo...A Quadrante Sul, que hoje
virou uma revista de qualidade, inicialmente, começou como um zine, OK?
Oscar Cristiano Kern. Você e essa gurizada (turma) da pesada estão de parabéns.
O Jerônimo é um velho amigo, chegou a estagiar num dos meus estúdios.
É um grande guerreiro. Prosseguindo...A Quadrante Sul, que hoje
virou uma revista de qualidade, inicialmente, começou como um zine, OK?
Qual foi a
tiragem e como era vendida?
Outra coisa, a última edição,
qual foi a tiragem desse revival?
DENILSON: Lançamos três números entre 1988
e 1989 com tiragem de 200 exemplares.
Para um fanzine isto era um marco, tanto que Henrique Magalhães frisa isso em seu livro O Que é Fanzine (Editora Brasiliense). Esta tiragem estava também de
acordo com a distribuição da época, toda ela feita via correios. Além disso, também éramos bastante jovens e pouco remunerados em nossos primeiros empregos após entrarmos para o mercado de trabalho no final do 2º Grau (hoje Ensino Médio). Depois o pessoal deu uma parada para fazer faculdade e se estabilizar na vida. Apenas eu continuei editando o Fanzine Tchê, que completou 25 anos em 2012. Quando retomamos o Grupo Quadrante Sul e
surgiu a ideia de lançar uma revista
Para um fanzine isto era um marco, tanto que Henrique Magalhães frisa isso em seu livro O Que é Fanzine (Editora Brasiliense). Esta tiragem estava também de
acordo com a distribuição da época, toda ela feita via correios. Além disso, também éramos bastante jovens e pouco remunerados em nossos primeiros empregos após entrarmos para o mercado de trabalho no final do 2º Grau (hoje Ensino Médio). Depois o pessoal deu uma parada para fazer faculdade e se estabilizar na vida. Apenas eu continuei editando o Fanzine Tchê, que completou 25 anos em 2012. Quando retomamos o Grupo Quadrante Sul e
surgiu a ideia de lançar uma revista
em
gráfica e tal, topamos fazer uma tiragem de 1000 exemplares
já
que nos dias de hoje não é só a venda direta que
existe.
Tem as lojas especializadas, os eventos de quadrinhos e a
Internet.
Tony 4: Vinte e cinco anos!? Cacilda! Isso é coisa de herói, tchê! Quantos anos vocês tinham, quando editaram a primeira edição? E quantos autores foram publicados nela?
Denilson: As primeiras edições
surgiram quando
estávamos no final da adolescência e
início da vida adulta, ou seja, tínhamos uns 20 anos,
uns mais outros menos. Tony, sinceramente fica difícil dizer
quantos autores passaram pelos primeiros números da Quadrante
Sul, mas muita gente boa e renomada colaborou no zine, como Laudo Jr,
Níckel, Henry Jaeplet, Daniel HDR, Paulo Nery e tantos outros.
A ideia sempre foi dar espaço para todos que buscavam colocar
seu trabalho em evidência.
Tony 5 – De fato, passou pelo seu
zine um time de primeira linha,
que acabou ganhando nome no mercado. Parabéns,
bengala friend, abrir espaços pros autores é um trabalho importante...
Segundo o livro de Henrique Magalhães (O Que é Fanzine),
editado pela Brasiliense, em 1993, há 4 fases da publicação de
zines no Brasil: a fase dos pioneiros (1965\1976), a fase
da expansão (1983\1986) e a crise na produção, que aconteceu
que acabou ganhando nome no mercado. Parabéns,
bengala friend, abrir espaços pros autores é um trabalho importante...
Segundo o livro de Henrique Magalhães (O Que é Fanzine),
editado pela Brasiliense, em 1993, há 4 fases da publicação de
zines no Brasil: a fase dos pioneiros (1965\1976), a fase
da expansão (1983\1986) e a crise na produção, que aconteceu
na virada da década
de 80 para 1990.
Por que ele classificou a Quadrante Sul, na quarta
fase? Dá pra explicar?
DENILSON: Foi uma questão do momento em que a Quadrante
Sul foi lançada.
Esta crise não é de
criatividade, mas sim resultado da crise econômica
que o país
vivia na época. Muita gente lançava um fanzine contando
em gastar certa quantia em xerox e selos para distribuição
e com a inflação
galopante, tinha um enorme prejuízo
fazendo muitos zines deixarem
de existir já na primeira
edição. Nossa ideia de lançar a
Quadrante Sul
está totalmente relacionada a esta crise.
Juntamos forças
também para poder manter o fanzine em circulação,
mesmo com os custos elevados de gráfica.
Tony 6 – Sempre dei muito valor a
todos os fanzineiros.
Voces fazem um trabalho duka... em todas as minhas
editoras também tive que enfrentar a crise que assolava o país.
Muitos editores, inclusive eu, sucumbimos ante uma inflação de
50% ao mês. Aquilo era uma loucura. Mas, voces, unidos,
conseguiram sobreviver heroicamente. Como diz o ditado:
“A união faz a fora”. Infelizmente, nós os editores
somos uma classe desunida... O primeiro zine sofisticado
que conheci – como já citei -, na década de 80, era do
saudoso Oscar Kern, que também era do sul do país...
vocês conheceram o clássico zine chamado Historieta,
no qual participava o bengala brother Ailton Elias, desenhista
do Homem Justo e criador de Brigada das Selvas?
Voces fazem um trabalho duka... em todas as minhas
editoras também tive que enfrentar a crise que assolava o país.
Muitos editores, inclusive eu, sucumbimos ante uma inflação de
50% ao mês. Aquilo era uma loucura. Mas, voces, unidos,
conseguiram sobreviver heroicamente. Como diz o ditado:
“A união faz a fora”. Infelizmente, nós os editores
somos uma classe desunida... O primeiro zine sofisticado
que conheci – como já citei -, na década de 80, era do
saudoso Oscar Kern, que também era do sul do país...
vocês conheceram o clássico zine chamado Historieta,
no qual participava o bengala brother Ailton Elias, desenhista
do Homem Justo e criador de Brigada das Selvas?
DENILSON: Sim, claro. O Oscar Kern é o nosso Mestre aqui
no Sul.
Ainda no século passado pude ir até sua casa e
pegar toda a coleção de Historieta.
Nos últimos anos de sua vida o encontrava aos sábados na revistaria
Tutatis onde ele costumava ir para comprar uns gibis.
Uma pessoa fantástica e criativa.
Ainda no século passado pude ir até sua casa e
pegar toda a coleção de Historieta.
Nos últimos anos de sua vida o encontrava aos sábados na revistaria
Tutatis onde ele costumava ir para comprar uns gibis.
Uma pessoa fantástica e criativa.
Tony 7: Você conviveu com o
mestre!? Foi um privilegiado. Só me comunicava com ele através
de cartas. Depois, conheci o Elias no famoso “Barraco do Justo”,
na década de 70. AH... ia me esquecendo... Qual é o seu
nome completo,
em que dia mês, ano e cidade, você nasceu?
em que dia mês, ano e cidade, você nasceu?
Denilson: Denilson Rosa dos Reis, nasci em Porto Alegre no dia
16 de julho de 1968, pois na cidade em que meus pais moravam não
havia Hospital.
Por isso digo que sou alvoradense (cidade de Alvorada) desde que nasci.
Por isso digo que sou alvoradense (cidade de Alvorada) desde que nasci.
Tony 8: O que você curtia, lia, quando era criança ou adolescente?
Denilson: Quando criança eu era preguiçoso para
ler. Curtia brincar na rua, jogar bola, tomar banho de açude,
ou seja, coisas que não existe mais nas grandes cidades. Mas,
ainda criança curtia os seriados de super-heróis que
passavam na TV (Batman, Hulk, Ultraman) e também o saudoso
programa dos Trapalhões. Foi na adolescência que comecei
a deixar a preguiça da leitura de lado e comecei a ler livros,
o que me direcionou para a faculdade de História. As Hqs
surgiram após eu assistir ao filme Conan, O Bárbaro.
Fiquei alucinado com aquele universo transmitido no filme e quando
descobri que o filme veio dos quadrinhos fui atrás dos gibis e
logo virei um colecionador, não só de Conan, mas de
quadrinhos de forma geral.
Isto acabou me levando para os fanzines.
Isto acabou me levando para os fanzines.
Tony 9: Interessante... então
foi graças ao filme estrelado pelo Arnold Swarzennegger, que
você descobriu os quadrinhos do cimério e os demais...
hmmm... Quais são suas HQs preferidas, nacionais e
internacionais? E, o que você lê atualmente?
Denilson: Sou um “conanmaníaco”...
Tony 10: Deu pra perceber (Rsss...)...
também confesso que tenho e
guardo a coleção do Conan (da ed. Abril) a sete chaves...
os desenhos do Buscema
(o Michelangelo dos quadrinhos)
são sensacionais. Prossiga...
guardo a coleção do Conan (da ed. Abril) a sete chaves...
os desenhos do Buscema
(o Michelangelo dos quadrinhos)
são sensacionais. Prossiga...
Denilson: Assim, sempre vou colocar as HQs do Conan como minhas
preferidas.
Mas li e tenho muita coisa em minha coleção, algo em torno de uns 5
mil gibis e aí tem para todos os gostos: os super-heróis, os europeus,
os undergrounds e o quadrinho brasileiro. Este último devo ter
quase tudo – em especial terror e fantasia – que foi publicado
a partir dos anos 1990 e claro, coisas antigas que fui buscando
em sebos ao longo do tempo. Atualmente leio as publicações
independentes que chegam diariamente em minha caixa postal.
Acho importante termos esta relação de intercâmbio.
Não compreendo quando sugiro trocar meu gibi que custa
R$ 5 por de outro editor que vende o dele por R$ 5 e o
cara diz que não faz trocas. Ou seja, ele quer que compremos
o gibi dele, mas ele não valoriza o gibi dos outros.
Se queremos um mercado, temos que começar nós a sermos
os primeiros leitores dos gibis independentes. Mas, deixa para lá...
Também tenho gostado muito das HQs do selo Vertigo da DC.
Mas li e tenho muita coisa em minha coleção, algo em torno de uns 5
mil gibis e aí tem para todos os gostos: os super-heróis, os europeus,
os undergrounds e o quadrinho brasileiro. Este último devo ter
quase tudo – em especial terror e fantasia – que foi publicado
a partir dos anos 1990 e claro, coisas antigas que fui buscando
em sebos ao longo do tempo. Atualmente leio as publicações
independentes que chegam diariamente em minha caixa postal.
Acho importante termos esta relação de intercâmbio.
Não compreendo quando sugiro trocar meu gibi que custa
R$ 5 por de outro editor que vende o dele por R$ 5 e o
cara diz que não faz trocas. Ou seja, ele quer que compremos
o gibi dele, mas ele não valoriza o gibi dos outros.
Se queremos um mercado, temos que começar nós a sermos
os primeiros leitores dos gibis independentes. Mas, deixa para lá...
Também tenho gostado muito das HQs do selo Vertigo da DC.
Tony 10: Isto é que eu chamo
de “Um colecionador de verdade”.
Quanto ao intercâmbio de zines, acho a coisa salutar.
E concordo com você que os fanzineiros também devem dar valor
ao outro. Sobre a Vertigo, acho algumas HQs geniais. Mas, nem
todas... Jerônimo de Souza, esse velho amigo, e Gervásio Santana
(preciso entrevistar esse grande guerreiro das HQs tupiniquins),
um dos mentores do site TexBr, também participaram e ainda
participam da elaboração da Quadrante Sul, de que forma?
Quanto ao intercâmbio de zines, acho a coisa salutar.
E concordo com você que os fanzineiros também devem dar valor
ao outro. Sobre a Vertigo, acho algumas HQs geniais. Mas, nem
todas... Jerônimo de Souza, esse velho amigo, e Gervásio Santana
(preciso entrevistar esse grande guerreiro das HQs tupiniquins),
um dos mentores do site TexBr, também participaram e ainda
participam da elaboração da Quadrante Sul, de que forma?
Denilson: Como já disse, Gervásio e Jerônimo
estão
no Grupo Quadrante Sul desde o embrião do projeto.
O Gervásio foi editor desde o início, mas retirou-se após
a o retorno com a Quadrante Sul # 04 ficando como roteirista e consultor
do Grupo. O Jerônimo entrou agora para o time de editores
e terá seu nome a partir do # 5 da revista que sairá em junho de 2013.
Além disso, é um dos roteiristas do Grupo.
no Grupo Quadrante Sul desde o embrião do projeto.
O Gervásio foi editor desde o início, mas retirou-se após
a o retorno com a Quadrante Sul # 04 ficando como roteirista e consultor
do Grupo. O Jerônimo entrou agora para o time de editores
e terá seu nome a partir do # 5 da revista que sairá em junho de 2013.
Além disso, é um dos roteiristas do Grupo.
Tony 11: Cara, você está
muio bem assessorado. Dois feras, uau!
Voces ressuscitaram esse título 20 anos depois, correto?
Por que demoraram tanto pra lançar essa bem cuidada edição?
Inicialmente quantas edições sucessivas foram lançadas?
Voces ressuscitaram esse título 20 anos depois, correto?
Por que demoraram tanto pra lançar essa bem cuidada edição?
Inicialmente quantas edições sucessivas foram lançadas?
Denilson: No início foram três números.
Demorou para retornar
pois cada um do grupo acabou levando
sua vida pessoal por outros caminhos.
Apenas eu e o Alex continuamos fazendo fanzines. Eu com o Fanzine
Tchê e o Alex me ajudando na editoração do zine.
Mas era inegável que todos ainda acompanhavam e
faziam desenhos e roteiros ao longo do tempo.
Portanto, era uma questão de tempo para esta galera
voltar a se reunir, fato que ocorreu em 2006 e
passamos a lançar novos zines a partir de 2009.
pois cada um do grupo acabou levando
sua vida pessoal por outros caminhos.
Apenas eu e o Alex continuamos fazendo fanzines. Eu com o Fanzine
Tchê e o Alex me ajudando na editoração do zine.
Mas era inegável que todos ainda acompanhavam e
faziam desenhos e roteiros ao longo do tempo.
Portanto, era uma questão de tempo para esta galera
voltar a se reunir, fato que ocorreu em 2006 e
passamos a lançar novos zines a partir de 2009.
Tony 12: Bons filhos sempre à
casa tornam (Rsss...). É legal essa união de voces. Coisa rara no metiê... Na edição # 4, os editores
são: Alex Doeppre, Daniel HDR, você, Gervásio
Santana e Marcelo Tomasi... com tanta gente assim atuando como
editor, não fica difícil escolher as HQs que farão
parte de uma edição? Como vocês fazem para
selecionar o que deve ou não ser publicado? Como rola a coisa
nos bastidores? Vocês dividem o custo
gráfico e os supostos lucros, irmanamente?
Não há “treta” entre a turma?
gráfico e os supostos lucros, irmanamente?
Não há “treta” entre a turma?
Denilson: Realmente não é fácil lidar com
tantos editores, mas a camaradagem acaba falando mais alto e os
contratempo são resolvidos. Claro que sempre tem o mais
esquentadinho, mas aí entra o Tio Denilson para acalmar os
ânimos, hehehe... Quanto a seleção, ela é
fácil pois acabamos publicando muito material produzido pelos
próprios editores. No mais, a seleção é
feita pela qualidade do material que temos em mão. No retorno
da revista o Alex Doeppre foi o “Papai Noel” e bancou os custos
de gráfica, mas para a próxima revista os custos serão
divididos em igual parte entre os atuais 4 editores (Alex, Denílson,
Jerônimo e Marcelo). Nunca tem treta pois não existem
lucros, só prejuízos. Hummmm, droga!!!
Tony 13 – Não há
lucros!? Só prejú (Rssss...). Voces não existem,
foram inventados (Rsss...).Fazem a coisa por amor a arte, acho isso
incrível... Ainda nessa primorosa edição, tem
artes de: Matias Streb (capa), Laudo Ferreira e Omar Viñole
(quarta capa). Os quadrinhos são assinados por: Jader Corrêa,
Carlos Lima, Marcelo Tomazi, Matias Streb, Rodjer Goulart, Henrique
Bittencourt, Roger Medeiros, Daniel HDR, Newton Barbosa, na HQ
Caçador e Alfa. Os textos são de: Marcelo Tomazi. Em
Eliminador, os desenhos são assinados por: Marcel de Souza,
Alex Doeppre. As letras são de: Diego Muller. História:
Fabiano Holtz. Na HQ, O Aproveitador, as artes são assinadas
por: Juliano Machado e Alex Doeppre. O texto é do intrépido
Gervásio Santana... (Ufa!)... e como se não bastasse
tanta gente boa, tem uma HQ de 2 páginas (Bruce) feita pelo
grande mestre e querido bengala friend Júlio Shimamoto –
esse velho samurai e amigo tá me devendo uma entrevista que
mandei pra ele há um século. O roteiro é seu e
de Alex Doeppre. Cara, vocês conseguiram arrumar um time
imensurável. Parabéns... conta pra gente, como funciona
as coisa nos bastidores? Fazem reuniões semanais, mensais,
anuais? Ou só se falam pela Internet e telefone?
Denilson: O pessoal aqui do Sul tem encontros regulares e tudo
está documentado em nosso blog (quadrantesul.blogspot.com). As
reuniões são entre 3 ou 4 por ano, fora os eventos em
que participamos. Claro que a Internet nos ajuda pois qualquer página
prevista para sair na revista é discutida previamente ela
Internet. Ela também é importante para os contatos com
o pessoal do interior do estado e a galera de fora do Rio Grande do
Sul. Nossas reuniões são sempre no maior astral, rola
bate-papo de cultura pop e outras besteiras antes dos assuntos
sérios.
Sempre rola um lanche coletivo, muitas fotos e
brincadeiras.
Anualmente fazemos também o churrasco Quadrante
Sul.
Tony 14: Dá pra imaginar a
farra que deve rolar quando
essa galera se encontra, Denilson. Deu pra sentir o alto astral...
Foi fácil convidar o mestre Shima? O homem anda meio arredio,
pelo menos quanto as entrevistas (Rsssss...). Me disse
que anda cansado de concedê-las. Quem manda ser famoso, né?
(Rsss...). O homem é uma lenda viva e um dos grandes
que batalham há anos em prol das HQs nesse país...
essa galera se encontra, Denilson. Deu pra sentir o alto astral...
Foi fácil convidar o mestre Shima? O homem anda meio arredio,
pelo menos quanto as entrevistas (Rsssss...). Me disse
que anda cansado de concedê-las. Quem manda ser famoso, né?
(Rsss...). O homem é uma lenda viva e um dos grandes
que batalham há anos em prol das HQs nesse país...
Denilson: Shimamoto é um Mestre. Um dos maiores nomes do
Quadrinho Nacional. Tenho uma amizade antiga com o Mestre. No início
dos anos 1990 estive no Rio de Janeiro e dei um pulo em Jacarepaguá
sendo muito bem recebido pelo Mestre. De lá para cá ele
tem colaborado com meus fanzines com capas exclusivas. Quando surgiu
a ideia da revista escrevi um roteiro de duas páginas e mandei
para ele. Ele comentou que, pelo roteiro ser curto e o tempo de
produção longo – mandei o texto um ano antes de
lançar a revista – ele toparia fazer. Me considero um cara
de muita sorte por ter a amizade do Shima de forma bem próxima.
Ele já fez uma nova HQ para mim e espero poder contar com o
Mestre em novas empreitadas.
Tony 15: É... poucos tem esse
privilégio. O Shima é o cara... Essa “fanedição”,
de fato, ficou muito rica, devido ao número expressivo de
colaboradores.
O projeto, que renasceu forte, vai ter continuidade? Há um planejamento?
O projeto, que renasceu forte, vai ter continuidade? Há um planejamento?
Denilson: Tínhamos um planejamento de lançar uma
revista por ano.
Infelizmente fazer quadrinho alternativo e sem fins lucrativos onde os colaboradores são colaboradores de verdade, ou seja, entram no projeto pela amizade, sem receber para isso. Nosso planejamento foi para o espaço. Também ficamos na inércia por um tempo, o que parou o projeto. Retomamos os trabalhos no final do ano passado e vamos lançar uma nova revista em 2013. A partir de 2014 nosso projeto é tornar a revista semestral.
Infelizmente fazer quadrinho alternativo e sem fins lucrativos onde os colaboradores são colaboradores de verdade, ou seja, entram no projeto pela amizade, sem receber para isso. Nosso planejamento foi para o espaço. Também ficamos na inércia por um tempo, o que parou o projeto. Retomamos os trabalhos no final do ano passado e vamos lançar uma nova revista em 2013. A partir de 2014 nosso projeto é tornar a revista semestral.
Tony 16: Sei que não é
fácil manter periodicidade ou um planejamento em publicações
que não visam lucros. E juntar gente que faz a coisa por
paixão e não por dinheiro, é coisa ainda mais
rara, hoje me dia. Infelizmente, vivemos, todos, num mundo
capitalista selvagem. Pra falar a verdade, o dinheiro, ele é o
Deus do mundo moderno. Sem ele, não somos ninguém, não
importando nosso potencial. Que merda, né? Mas é a pura
realidade... O que significou pra vocês serem contemplados com
o Ângelo Agostini?
Acham que isso pode abrir portas, no mercado?
Acham que isso pode abrir portas, no mercado?
Denilson: Bah, foi a coisa mais fantástica que poderia
ocorrer. Faz 25 anos que vemos as pessoas serem premiadas – todas
com muita justiça – e agora chegou a nossa vez. Ficamos
muito eufóricos e o prêmio renovou
nossas forças para continuar nosso projeto.
O prêmio Angelo Agostini com certeza trará outra
visibilidade para o Grupo Quadrante Sul.
nossas forças para continuar nosso projeto.
O prêmio Angelo Agostini com certeza trará outra
visibilidade para o Grupo Quadrante Sul.
Tony 17: Merecidamente, fica de
passagem. Congratulations ao grupo de heróis de carne e
osso... E.C.Nickel… vamos falar sobre esse fera, que colaborou com
a Press Editorial, dos queridos bengalas brothers Paulo Paiva (P.P,
pros íntimos) e o incansável Franco de Rosa, nos anos
80.
O Nickel também já fez parte do esquadrão de voces?
Em que edições ele participou?
O Nickel também já fez parte do esquadrão de voces?
Em que edições ele participou?
Denilson: O Nickel participou dos primeiros números lá
no final dos anos 80. O Gerváso fez contato com ele
apresentando o projeto e o cara mandou algumas ilustrações
que utilizamos como capa da número 01 e poster especial na #
02. O Nickel é outro grande nome dos
quadrinhos que nos orgulhamos de ter publicado.
quadrinhos que nos orgulhamos de ter publicado.
Tony 18: Com certeza... Henry Jaepelt
e Laudo Ferreira Júnior – dois talentosos artistas-, também
começaram com vocês? Como os conheceu?
Denilson: Naquela época em que fazíamos fanzines,
o pessoal se conhecia por carta. Víamos o nome de algum
desenhista em outro zine e fazíamos o contato. O Henry
produziu muito coisa para nós e o Laudo foi um grande parceiro
meu. Tenho umas 4 ou 5 HQs que escrevi que foram desenhadas pelo
Laudo. Acho até, que a primeira HQ que o Laudo publico foi num
número da Quadrante Sul.
Ainda hoje quando chamo estes
camaradas para colaborar,
os caras não pensam duas vezes em
dar uma força.
Tony 19: O pessoal é firmeza,
Denilson. Não há dúvida de que você
fomentou uma galera nota mil e que suas pblicações se
tornaram uma espécie de berço de grandes talentos.
Admirável... A Quadrante Sul foi citada no livro e nos
trabalhos acadêmicos de Henrique Magalhães sobre a
História dos
Zines no Brasil,como já citei, certo?
O que isso significou pra vocês?
Zines no Brasil,como já citei, certo?
O que isso significou pra vocês?
Denilson: Para nós ser citado nos trabalhos acadêmicos
do Professor e Fanzineiro Henrique Magalhães é um
orgulho. Saber que nosso trabalho tem significado na fanedição
brasileira mostra que nós estamos fazendo o correto pela arte
do quadrinho nacional.
Tony 20: Não resta dúvida
(Rsss...)... Qual é a sua formação, Denilson?
Denilson: Sou formado em História pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Trabalho como professor na Rede Pública
do Estado do Rio Grande do Sul.
Tony 21: Eu sabia, precisamos de mais
gente estudada como você, teacher. No passado, a maioria dos
nossos autores não tinham formação acadêmica.
Só sabiam ler gibis. Daí a coisa não rolava
muito bem, você sabe como é... um cara que desenha ou
escreve deve ter bagagem cultural... isso é fundamental. Alex
Doeppre nasceu em 1973, publicou os zines: Antimatéria
(1987\1990), Micronauta (1991\92) e o Mundo Obscuro, como co-editor
em 1996\97. Em 2007, passou a ser o editor de arte do fanzine Tchê...
o cara é fera, desenha, letrera, colore e até escreve,
as vezes. Publicou na revista Hangar – A Casa das Máquinas,
Hangar Especial e até colorizou contracapas de Lazarus Ledd #
4 e 6, para a Tutatis editora. Como foi que vocês se
conheceram?
Denilson: Trocávamos fanzines nos anos 80. Depois é
como já escrevi no início.
Nos encontramos pessoalmente e resolvemos fazer um fanzines mais profissional.
Hoje ele é um dos editores da revista Quadrante Sul e edita os diversos
fanzines que faço em “papel xerox”.
Nos encontramos pessoalmente e resolvemos fazer um fanzines mais profissional.
Hoje ele é um dos editores da revista Quadrante Sul e edita os diversos
fanzines que faço em “papel xerox”.
Tony 22: Pelo visto, esse negócio
de publicar zines agrega mesmo, né? Rola muita afinidade e
gera boas e frutíferas amizades. Legal... O desenhista Carlos
Augusto Martins de Lima nasceu em 1977. No ano 2.000 publicou no
extinto projeto A União dos Quadrinhos, um suplemento do
jornal A União, de João Pessoa, PB, como desenhista e
roteirista – na época pertencia ao Grupo Made in PB. Em
2008, fez RPGs para a Mongoose, editora da Inglaterra... como e
quando foi que você conheceu este pernambucano? Artistas da
região sul e nordeste unidos, isto é muito legal, este
intercâmbio cultural é excelente... Você o
conheceu pela WEB?
Denilson: O Carlos Lima é um contato do Marcelo Tomazi
(editor da Quadrante Sul). O Marcelo propôs para ele fazer
parte deste retorno da revista e o cara topou.
Tudo é feito pela Internet e tem aquele espírito fanzineiro de colaboração.
Tudo é feito pela Internet e tem aquele espírito fanzineiro de colaboração.
Tony 23: Maravilha. Deus salve a WEB
(Rsss...). Ela veio para facilitar a vida e estimula o intercâmbio
cultural... Daniel Horn – só dá fera, minha nossa...
-, este nasceu em 1974, em Porto Alegre, RS. Começou em 1988.
Em 95 colaborou com a Image Comics e depois com a Marvel e Dark
Horse. O piá não é fraco, não...Nos anos
90, foi membro do grupo Visuart, dando cursos de HQs no MARGS. Andou
fazendo ou ainda faz trabalhos para a Avatar Press, editora
americana, é professor na UNIOSINOS e coordenador
do Dinamo Studio... como vocês se conheceram?
Denilson: O Daniel era um piazito quando o conheci. do Dinamo Studio... como vocês se conheceram?
AUDITÒRIO NA ENTREGA DO ANGELO AGOSTINI |
Marcamos
uma reunião de alguns fanzineiros de Porto Alegre e ele
apareceu por lá. Como vi no guri um enorme potencial, logo
escrevi alguns roteiros e mandei para ele desenhar. A partir de lá,
ele se aperfeiçoou e chegou ao topo na arte de desenhar
quadrinhos, tendo uma carreira no mercado norte-americano.
Nossa amizade é claro vai mais longe do que isso e assim ele ainda
é um parceiro de arte, ajudando com seu talento onde for possível.
Nossa amizade é claro vai mais longe do que isso e assim ele ainda
é um parceiro de arte, ajudando com seu talento onde for possível.
Tony 24: O “piazinho” vai
longe, né? (Rsss...)... Tem talento. Denilson Rosa dos Reis,
você, é professor de história, músico e
fanzineiro. Nasceu em 1968. Publica os zines: Tchê, desde 1987
– coisa de herói , de maluco, no bom sentido... Rsss... Além
do Tchê, ainda participou dos zines. como: Blueseria, O Muro,
Arquivo e A Tréplica, certo? Barbaridade... Vai trabalhar lá
longe, tchê! Coisa de “Maluco”, no bom sentido (Rsss...).
E, ainda escreve artigos para o semanário Nosso Jornal, da
cidade de Alvorada (RS) e para o site A Trincheira. Também
criou vários personagens, dentre estes, Peryc, o mercenário
(uma espécie de Conan em versão nacional). Em 2008,
lançou o CD-Rom Tchê Vol. 1, uma coletânea digital
dos vinte primeiros números do zine, que fez história...
(ufa...). Conta pra gente, como é que você arruma tempo
pra fazer tudo isso, piá?
Denilson: Tempo é a palavra que mais uso na minha vida.
Realmente as pessoas me perguntam como consigo fazer tudo isso.
Sinceramente, não sei, apenas vou fazendo. Quando a gente faz
aquilo que realmente gosta, conseguimos fazer. Hoje não
conseguiria viver sem este envolvimento todo. Claro que isto não
pode atrapalhar na tua vida profi$$ional, afinal temos que pagar as
contas. Também temos que reservar aquele tempo especial para a
família, pois sem o apoio de minha esposa (Dona Rosi) e meus
filhos (Henrique e Fernanda)
não conseguiria manter a força de continuar nesta luta.
não conseguiria manter a força de continuar nesta luta.
Tony 25: Ser mulher de artista não
deve ser fácil. Pelo visto Deus o abençoou e pôs
em sua vida a compreensiva Dona Rosi, que lhe deu outra benção:
os dois filhos. Beijão aí na gurizada e na comadre
(Rsss...)... Seguindo em frente... Diego Muller é membro
fundador do Grupo Contra-Regra, que agrega quadrinistas da região
do Vale dos Sinos. Veio ao mundo em 1983. Mora em Estância
Velha (RS). Escreve, desenha, artefinaliza e faz letras. Publicou
pela primeira vez no zine Ponto Zero. Colabora com o Tchê e as
revistas Peryc e Quadrante Sul. Como pintou essa amizade e parceria?
Denilson: O pessoal do grupo Contra-Regra foi
convidado a participar dos encontros do Grupo
Quadrante Sul pelo Alex Doeppre que mora em
Novo Hamburgo (região do Vale dos Sinos).
Eles (Diego, Fabiano e Marcel)
curtiram nosso projeto e se engajaram nele.
convidado a participar dos encontros do Grupo
Quadrante Sul pelo Alex Doeppre que mora em
Novo Hamburgo (região do Vale dos Sinos).
Eles (Diego, Fabiano e Marcel)
curtiram nosso projeto e se engajaram nele.
Tony 26: De fato, suas publicações
criam fãs que, com o tempo, passam a ser colaboradores. Isto é
incrível... Let’s go... Fabiano da Costa Holtz, o homem é
um excelente escriba de HQs. O fera nasceu em 1979. Mora em São
Leopoldo (RS). Em 2006 publicou pelo Grupo Contra-Regra o zine para
crianças chamado Rato Rabuxo, inspirado nos Looney Tunes, da
Warner e no seriado mexicano Chaves, um sucesso na TV do Brasil. É
o criador do roteiro do Eleminador. O cidadão também é
conhecido como Batboy, tarado pelo cavaleiro das trevas (Rsss...)...
quando surgiu o entrosamento? Como a coisa rolou?
quando surgiu o entrosamento? Como a coisa rolou?
Denilson: O Batboy é do Grupo Contra-Regra e sua
aproximação ocorreu
tal qual descrevi acima falando do Diego.
tal qual descrevi acima falando do Diego.
Tony 27: Ok... Gervásio
Santana de Freitas...data de nascimento: 1970. Nos anos 80, o mestre
desenhou, criou roteiros e artefinalizou, publicou zines e ajudou a
comandar a Quadrante Sul (edições: 1,2 e 3).Na década
de 90, se afastou do mundo das HQs. No ano 2.000 criou o famoso site
TexBR, famoso zine virtual sobre Tex Willer, famoso cowboy da Bonelli
Comics. TexBR é o mais importante site do ranger na América
Latina. O site também divulga e agrega outros títulos
dessa conceituada casa publicadora italiana e até HQs Made in
Brazil. Em 2007, ele decidiu retornar as HQs como escriba,
desenvolvendo roteiros para O Aproveitador, Enigma, Peryc e Cido
Membirá... Cacilda, essa turma trabalha mesmo, hein? Conta aí,
como conheceu o grande Gervásio?
Denilson: O Gervásio foi o
primeiro fanzineiro do Rio Grande do Sul que conheci pessoalmente. Eu
editava o Tchê e ele o Estilo. Nossos zines surgiram pelo
incentivo de um amigo em comum que tínhamos, o saudoso Joacy
Jamys. Assim, resolvemos nos encontrar já que trocávamos
fanzine pelo correio, mesmo morando perto um do outro. Nosso encontro
em Porto Alegre para mim é
o marco do surgimento do Grupo Quadrante Sul.
o marco do surgimento do Grupo Quadrante Sul.
Tony 28: Sem duvida, esse é o
cara... O desenhista e artefinalista, Henrique Bittencourt... o
referido cidadão veio ao mundo em 1989. Atualmente, ele é
agenciado pelo Dinamo Studio. Adora: Big John Buscema - o
Michelangelo dos comics -, Garcia Lopez e Ivan Reis (esse fera
desenhou meu personagem Fantatsicman - sua primeira HQ - aos 14
anos. Já era muito talentoso e hoje detona nas majors
americanas). O Bittencourt, ele colaborou com o jornal NH e no zine
Saphira. Artefinalizou a graphic novel Elijah e fez sketch cards do
Homem Aranha. Você só juntou “caras ruins”, né?
(Rsss...)...
Incrível. Quando e como o conheceu?
Incrível. Quando e como o conheceu?
Denilson: O Henrique é um dos desenhistas da Dinamo
Studio do Daniel HDR.
Quando fizemos a HQ Caçador e Alfa pedimos ao Daniel que nos indicasse
alguns desenhistas de seu estúdio para ajudar na produção da HQ.
Assim o Henrique nos foi apresentado.
Quando fizemos a HQ Caçador e Alfa pedimos ao Daniel que nos indicasse
alguns desenhistas de seu estúdio para ajudar na produção da HQ.
Assim o Henrique nos foi apresentado.
Tony 29: Captei vossos “sinais de
fumaça”... Jader Rodrigues Corrêa é:
roteirista, desenhista, artefinalista e colorista. Seu traço
tem influência dos quadrinhos de terror, os clássicos
dos anos 50. Curte: Frazetta, Buscema, Mozart Couto, e outros bambas.
Publicou no zine Zona Franca e nas revistas: Subversos # 1,
Tempestade Cerebral, Ficção de Polpa # 3, e Alexandria.
Ilustrou diversos livros infantis. Atualmente, ele é agenciado
pelo estúdio Expert. E esse aí, como foi? Conta “pra
nóis”, Denilsão...
Denilson: O Jader que hoje também está
trabalhando com o Daniel na Dinamo e anda fazendo alguns cards para o
mercado norte-americano de super-heróis, é colaborador
das antigas. Ele colaborou com o meu fanzine Tchê nos anos
1990. Nos encontramos em um evento em Porto Alegre e a partir dali
retomamos nossa parceria.
Tony 30: É gente boa que não
acaba mais (Rsss...)... Juliano Machado nasceu em 1971. É
desenhista. Em 1989, após comprar a Quadrante Sul # 3, numa
banca em Novo Hamburgo (RS), decidiu entrar de cabeça no mundo
dos zines e passou a colaborar com eles até 1991. Depois,
decidiu dar um tempo, mas não resistiu (Rsss...). O mestre
Ignácio Justo, vivia dizendo que quando a tinta nankim entra
no sangue o cara fica viciado e não para mais. É pior
que cocaína (Rsss...).... Quinze anos depois, voltou a
produzir para os zines: Tchê, Blueseria e Visão ANDF e a
revista Quadrante Sul. Como vocês “trombaram”? Foi por
acaso? Alguém apresentou?
Denilson: Quem fez os primeiros contatos com o Juliano foi o
Alex Doeppre pela proximidade das cidades onde vivem. Sempre gostei
do desenho do Juliano e assim o convidei a colaborar frequentemente
com meus fanzines e colocar o cara a participar da revista.
Tony 31: Entendido, câmbio... O
desenhista Marcel Souza nasceu em 1984. Publicou diversas vezes nos
zines: Contra-Regra, Tchê e Visão ANDF. Fez a HQ
intitulada Ser Vampiro, para o zine Hagar – A Casa das Máquinas
# 1 e Peryc, o mercenário. Também fez ilustrações
para um documentário (O Naufrágio do Príncipe de
Astúrias), e atualmente coordena o estúdio Comic
Makers, correto? Diz aí, como se conheceram? Numa balada? No
MacDonald? Na praia?
Denilson: O Marcel é outro do Grupo Contra-Regra e tem
uma história idêntica ao Diego e ao Batboy dentro do
grupo. Como é um desenhista de traço muito bom o chamei
para ilustrar minhas aventuras do Peryc, O Mercenário, e ele
acabou tendo destaque muito grande no número 1 da revista do
bárbaro mercenário.
Tony 32: É só a gente
ver o seu bárbaro mercenário para sacar que você
adora Conan, mesmo (Rsss...). Tem gente que diz que esse tipo de
coisa é plágio. Não percebem que isso é
coisa de fã. Por outro lado, quantos personagens igual a
Tarzan existem pelo mundo afora? O cara era fã de Tarzan, daí
resolveu criar Akim, Targo, etc. Não vejo problema algum...
Bem, agora vamos falar de Marcelo Tomazi Silveira... esse bengala
friend nasceu em 1973. É roteirista e artefinalista. Colaborou
com diversos fanzines, como: Novidade e Bigzine, nos ano 80. Criou
diversos personagens, dentre estes O Caçador é o mais
popular. Na década de 90 participou do grupo Visuart,
ministrando curso de HQs no MARGS. Foi artefinalista das artes de
Carlos Ferreira em Winona Earp:
Home on The Strange, da IDW Publishing, dos Estados Unidos.
O fera também agência artistas através do seu estúdio chamado Expert.
Como e quando, Denilsão, você conheceu o Tomazi?
Home on The Strange, da IDW Publishing, dos Estados Unidos.
O fera também agência artistas através do seu estúdio chamado Expert.
Como e quando, Denilsão, você conheceu o Tomazi?
Denilson: Sabe que tem uma história bacana em relação
ao Marcelo. Certa vez mandei o meu fanzine Tchê para ser
divulgado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre/RS. O Marcelo viu
a divulgação e fez contato comigo para saber do que se
tratava esse tal de fanzine. A partir daí foi contaminado pelo
vírus da fanzinagem e se mantém com a gente desde 1990.
Tony 33: Esse vírus pega
mesmo. E parece que não há antidoto (Rsss...)... Matias
da Silveira Streb é roteirista, desenhista e artefinalista dos
bons, nasceu em 1986 e mora em Cachoeira do Sul (Rio Grande do Sul).
O homem é eclético. Faz o estilo clássico e até
mangás. Edita a revista Alexandria, com: Jader Correa e Carlos
Francisco. Colaborou para as revistas: Subversos e Tempestade
Cerebral. Também é agenciado pelo Expert Studio. Quando
foi que você e o Streb descobriram que tinham afinidades?
Denilson: O Matias eu conheci em um evento de quadrinhos em
Porto Alegre/RS. O Matias é amigo do Jader e os dois estavam
neste evento. Como o Jader já era conhecido da época
que comecei nos fanzines, ele me apresentou o Matias, que pela
qualidade de sua arte logo foi convidado a fazer a capa da revista.
Matias atualmente tem feito várias séries de cards para
o mercado norte-americando.
Tony 34: Atualmente, muitos
brasileiros trabalham pra editores da América e da Europa,
graças ao talento deles e as facilidades de comunicação
via WEB. Vamos nessa... Desenhista, artefinalista e colorista são
as especialidades de Newton Barbosa, que é agenciado pelo
Dinamo Studio. Nasceu em 1982. Fez artes finais para os desenhos de
Daniel HDR para as séries:
Texas Chainsaw Massacre e Lady Death. Também artefinalizou
a graphic novel Red Prophet, para a Dabel
Boss e séries de sketchcards para a Marvel
Comics, para as séries X-men e Spider Man.
Vocês se conhecem há muito tempo? Contaí...
Texas Chainsaw Massacre e Lady Death. Também artefinalizou
a graphic novel Red Prophet, para a Dabel
Boss e séries de sketchcards para a Marvel
Comics, para as séries X-men e Spider Man.
Vocês se conhecem há muito tempo? Contaí...
Denilson: O contato com o Newton se deu via Daniel que o
indicou
para o time que trabalhou com a HQ Caçador e Alfa.
para o time que trabalhou com a HQ Caçador e Alfa.
Tony 35: Mais um que faz parte do
Dinamo Studio, onde atua como escriba, desenhista, colorista e
artefinalista: Rodjer da Silva Goulart. O bamba nasceu em 1986.
Curte: nossos queridos bengalas brothers: Mike Deodato, Ed Benes e
Daniel HDR. É fã de mangás como: Bersek,
Claymore e Fullmetal Alchemist. Colaborou para o zine Dragão
Escarlate e fez alguns trabalhos através do Dinamo Studio.
Pelo visto, os estúdios do sul estão bombando, Deni.
Conta pra gente como conheceu esse fera, também...
Denilson: O Rodjer também foi indicado pelo Daniel, ou
seja,
entrou no grupo pelas mãos dele. É um cara bacana que vez por
outra nos encontramos em eventos
de quadrinhos aqui em Porto Alegre/RS.
entrou no grupo pelas mãos dele. É um cara bacana que vez por
outra nos encontramos em eventos
de quadrinhos aqui em Porto Alegre/RS.
Tony 36: Cara, o Daniel é
fantástico. Sempre dá uma boa dica ou apresenta um
grande talento. Esse merece uma medalha, trata-se de um fiel amigo de
verdade... Roger Targanski Medeiros é desenhista,
artefinalista e colorista. Veio ao mundo em 1980. É fã
de Frazetta, Jim Lee, Mike Deodato, Roger Cruz e Daniel HDR – só
“gente ruim de traço”... (Rsss...). Também é
agenciado pelo estúdio Dinamo. Publicou em Dragon Slayer, pela
editora Escala.
Dá pra lembrar, quando conheceu
este cidadão também, Denilsão, ou já nem lembra mais?
Dá pra lembrar, quando conheceu
este cidadão também, Denilsão, ou já nem lembra mais?
Denilson: Também é da Dinamo e foi levado ao
grupo pelo
Daniel para a HQ Caçador e Alfa.
Daniel para a HQ Caçador e Alfa.
Tony 37: Deus salve o Dinamo estúdio
e o Daniel (Rsss...)...
Meu querido bengala friend, conta pra gente, como é que você conseguiu colocar tanta gente boa, talentosa, numa única edição? Quadrante Sul é a revista mais coletiva que já vi na vida. Acho que pelo mundo afora não há similar. Todos esses feras numa edição de 40 páginas... parece mentira. Mas, vocês, editores, fizeram um puta milagre, um grande feito.
De quem foi a ideia maluca de reunir esses feras?
Não houve treta entre a turma, nunca? Confessa, vai...
Meu querido bengala friend, conta pra gente, como é que você conseguiu colocar tanta gente boa, talentosa, numa única edição? Quadrante Sul é a revista mais coletiva que já vi na vida. Acho que pelo mundo afora não há similar. Todos esses feras numa edição de 40 páginas... parece mentira. Mas, vocês, editores, fizeram um puta milagre, um grande feito.
De quem foi a ideia maluca de reunir esses feras?
Não houve treta entre a turma, nunca? Confessa, vai...
Denilson: A ideia de colocar tanta gente é simples.
Como a revista não é voltada para o mercado consumidor, ou seja, não dá lucro, tínhamos que contar com colaboradores não remunerados. Assim, não daria para colocar um ou dois desenhistas para fazer toda a revista e a saída foi dividir o trabalho em pequenas frações possíveis de
serem feitas dentro do tempo livre de cada desenhista.
Como a revista não é voltada para o mercado consumidor, ou seja, não dá lucro, tínhamos que contar com colaboradores não remunerados. Assim, não daria para colocar um ou dois desenhistas para fazer toda a revista e a saída foi dividir o trabalho em pequenas frações possíveis de
serem feitas dentro do tempo livre de cada desenhista.
Tony 38: Bem bolado... gostei da
estratégia... Quais são os planos pro futuro?
Denilson: Manter o Grupo Quadrante Sul na ativa editando
revistas, fanzines e organizando eventos como o Mutação.
Este evento é coordenado pelo Grupo
Quadrante Sul e ocorre anualmente na Feira do Livro de Porto Alegre/RS.
Quadrante Sul e ocorre anualmente na Feira do Livro de Porto Alegre/RS.
Tony 39: Boa e grande iniciativa...
Alguma frustração?
Denilson: Para um jovem que começou a fazer fanzines em
máquina de datilografia ter hoje uma quantidade de amigos
espalhados pelos quatro quadrantes deste país, não
tenho do que reclamar. Nada de frustrações, tudo é
alegria. Temos as nossas lutas pelo reconhecimento do quadrinho
nacional, mas como estamos
na resistência, ainda não nos frustramos.
na resistência, ainda não nos frustramos.
Tony 40: Heróis da
resistência, sem dúvida... Esse país é um
verdadeiro celeiro de talentos. O que não dá pra
entender é o seguinte: Apesar da crise mundial, no Brasil a
economia está melhor. Há mais gente no país,
mais dinheiro circulando e, há eventos de HQs o ano inteiro em
diversos estados. Atualmente surgiram milhares de editores
independentes, há incentivos governamentais, etc. Porém,
infelizmente, as vendas andam cada vez pior – de todos os jornais,
livros e revistas em geral e não só de quadrinhos. As
grandes gráficas estão à beira da falência
ou em crise. Em síntese: Falta espaço pra todos esses
jovens talentos. E o pior é que toda imprensa pelo mundo afora
também anda de mal a pior... Na sua opinião, as
revistas vão sucumbir? Só vamos ler revistas, em geral,
via tablet, Ipad, etc? A culpa dessa situação caótica
é da Internet?
Denilson: Não acho que as revistas vão sucumbir.
Não podemos desconsiderar que as novas gerações
estão sendo criadas com tecnologias que não tínhamos
em tempos atrás. Assim, um jovem vai acabar usando estes
tablets, ipads e celulares para ler revistas. Mas quando ele
realmente ver que curte aquela arte, vai logo procurar o produto
impresso. Não acho que a Internet vai tirar os leitores. Ela
vai selecionar os leitores. Isso está dando um choque na
produção de revistas impressas, mas elas não vão
deixar de existir.
Tony 41: Deus te ouça... Há
dois anos atrás eu estava lançando Apache nas bancas –
que durou apenas 6 edições milagrosamente. Fui chamado
de “Herói da Resistência”, “O último dos
moicanos”, títulos irônicos e absurdos... Mas, hoje,
quando olho nas bancas vejo que só da Mauricio de Sousa, o
mestre. Caceta, cadê os autores nacionais?, me pergunto. Cadê
nossas revistas? A coisa, que já era ruim, nos últimos
anos ficou pior. O Primaggio disse com propriedade: “O leitor
brasileiro rejeita o material de HQs nacionais.” Disse isso, com
base, pois a editora Abril tentou, por várias vezes, implantar
títulos brasileiros, como a Turma do Barulho, do bengala
brother Jotah – e outros ... mas todos esses lançamentos
foram pro saco, literalmente. HQs que exploram temas regionais então,
piorou... os caras – os marvelmaníacos e decemaníacos
- torcem o nariz, mesmo sem ler o material. Esse preconceito, um dia
acaba? Falta qualidade pras nossas HQs? Cadê os editores
nacionalistas, idealistas?
No país, agora, só há uma distribuidora: Trilog, da editora Abril.
Monopólio não é proibido, por lei? Ou será que
estamos pecando, por não estarmos conseguindo
nos comunicar com esse púbico?
Desse a ripa aí, solte os bichos... diga o que pensa...
No país, agora, só há uma distribuidora: Trilog, da editora Abril.
Monopólio não é proibido, por lei? Ou será que
estamos pecando, por não estarmos conseguindo
nos comunicar com esse púbico?
Desse a ripa aí, solte os bichos... diga o que pensa...
DENILSON: Este é um tema bastante pertinente.
Ainda
quero escrever um artigo sobre isso com o título “Onde estão
meus gibis de HQB”. Realmente está difícil de se
fazer quadrinho no Brasil e publicar em bancas. Tem esta questão
da distribuição e você, mais do que ninguém,
tem propriedade para falar do assunto. Não podemos tentar
fazer o público de super-heróis ler outro tipo de
quadrinhos. Acho que temos que buscar outros tipos de leitores. Não
sei onde eles estão, mas quando fui apresentado aos quadrinhos
foi pelo Conan e os heróis Marvel, mas logo eu estava lendo os
gibis da Grafipar, da Press e da D-arte. Onde estes gibis foram
parar? Acho que se poderia tentar retomar esta onda que deu certo nos
anos 1980/1990 e que por motivos que desconheço sumiram do
mapa. Mas pode ter certeza, não foi por falta de criatividade
artísticas de nossos escritores e desenhistas. Aí estão
o Júlio Emílio Braz e outros para provar que podemos
escrever bem. Nem vou falar dos talentosos desenhistas que hoje estão
brilhando nas páginas dos super-heróis. Talvez uma
editora pudesse levantar esta bandeira, mas sem expectativas
astronômicas num primeiro momento. Veja que o álbum do
Danilo Beirut está vendendo feito água. Sei lá,
temos que tentar.
Tony 42: Ou pelo menos morrer
tentando. Também acredito nesse lema masoquista (Rsss...).
Fazer, o quê? Nascemos malucos e morreremos doisos (Rsss...)...
Na minha opinião, as HQs nacionais só não
sumiram graças a vocês, editores independentes, pois nas
bancas de jornais até os títulos tradicionais estão
com vendas aquém da expectativa lamentavelmente. Vocês
são guerreiros, heróis, pois é impossível
viver dessas tiragens, que são feitas por pura paixão.
Premiar os fanzineiros, editores independentes, foi uma grande sacada
do pessoal do Troféu Angelo Agostini, não acha? O
interessante é que os estúdios proliferaram pelo país
e a maioria trabalha pro exterior, porque por aqui não há
espaço. Um absurdo, uma merda. Você acredita que a coisa
pode melhorar, ou piorar? Há uma luz no final do túnel?
Tem gente que nem tá vendo mais túnel...
Denilson: O prêmio Angelo Agostini deve ser reverenciado.
Falo isso há muito tempo e não porque ganhamos o
prêmio.
Realmente os independentes mantêm uma produção
de quadrinho
nacional de qualidade já faz um bom tempo e o Angelo
Agostini está de parabéns por ter categorias
que valorizam os independentes com verdadeiro destaque.
Quanto ao espaço de publicação reitero o
que escrevi na resposta anterior.
nacional de qualidade já faz um bom tempo e o Angelo
Agostini está de parabéns por ter categorias
que valorizam os independentes com verdadeiro destaque.
Quanto ao espaço de publicação reitero o
que escrevi na resposta anterior.
Tony 43: Denilson, acho que depois da
entrevista que editamos aqui do cowboy de além mar, Zeca
Willer, que até hoje é sucesso – um dos maiores
colecionadores e divulgadores de Tex na Europa-, esta é a mais
longa... também, tanta gente, tanta coisa pra falar, né?
Grato por sua atenção, parabéns pela premiação
e pra todos os tchês envolvidos na Quadrante Sul, que é
tri-legal. Espero que vocês continuem firmes e fortes por
muitos anos. E, vamos rezar pra esse mercado melhorar. Talvez, um
dia, surja um grande editor para lançar HQs nacionais. Quer
sejam elas impressas ou virtuais. O futuro só cabe a Deus. Que
assim seja. Até a próxima, guerreiro.
Denilson: Ufa! Realmente é uma longa entrevista, mas
valeu a pena.
Acho que pude falar de todos os envolvidos no projeto e eles merecem.
Mestre, Tony, valeu pela oportunidade de levar ao público minhas ideias e
os trabalhos que desenvolvemos por aqui.
Acho que pude falar de todos os envolvidos no projeto e eles merecem.
Mestre, Tony, valeu pela oportunidade de levar ao público minhas ideias e
os trabalhos que desenvolvemos por aqui.
Tony 44: Putz... eu ía me
esquecendo... deixe aí o e-mail de vocês, blog, sites,
etc. Quem desejar adquirir a Quadrante Sul, como deve proceder?
Mande
aí o seu recado... afinal, divulgar é preciso...
grande
mano amplexo pra toda equipe, gurizada! Até breve!
Denilson: Segue alguns contatos:
Revista Quadrante Sul:
http://quadrantesul.blogspot.com
Revista Peryc, O mercenário:
http://perychq.blogspot.com
Fanzine Tchê:
http://tchezine.blogspot.com
E-mail: tchedenilson@gmail.com
Abração Tony e até
a próxima!
Tony45 : Outro imenso “proceis” e
sigam em frente!
Copyright 2013\Tony
Fernandes\Estúdios Pégasus –
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Criação da Pégasus Publicações
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