PRESTIGIE OS QUADRINHOS
ESTRANGEIROS
ESTRANGEIROS
E TAMBÉM
OS AUTORES NACIONAIS!
OS AUTORES NACIONAIS!
Este país tem tudo para ser um dos mais criativos
do mundo, pois é um verdadeiro celeiro de
talentos quer seja na música, no futebol,
na publicidade ou no mundo das Histórias
em Quadrinhos. Nem mesmo as décadas em
que este povo guerreiro sofreu com o terrível
regime militar ou louca inflação
conseguiram boicotar o talento
latente desse povo guerreiro.
No passado, gente criativa como: Ziraldo,
Mauricio de Sousa, Henfil, Benício, Sergio
Macedo, Alan Voss, Cláudio Seto, Fernando
Ikoma, Mozart Couto, Watson Portela, Rodval
Matias, Seabra e outras feras fizeram sucesso
no Brasil e até lá fora. Hoje, inúmeros são
os brasileiros que trabalham para editores da
América e do mundo.
Isto prova a competência dos nossos profissionais,
que apesar de terem nascido num país
onde o acesso a cultura sempre foi caríssimo,
para a grande parte da população,
superaram as dificuldades e se destacaram
no cenário nacional e internacional.
O mercado das HQs no Brasil sempre
foi inócuo devido a enxurrada de quadrinhos
americanos que abundam nossos pontos
de vendas desde a década de 30.
Mesmo assim, ao longo dos anos não faltaram
iniciativas de gente criativa e talentosa,
que insistiram em abrir espaço, na base da
porrada nesse difícil segmento, e que
conseguiram publicar seus trabalhos, seus
personagens. Essa garra, esse espírito de luta,
essa perseverança e tenacidade incrível,
com certeza, devemos a miscigenação
que ajudou a formar esta nossa raça
maravilhosa, esta grande nação.
O Brasil é um verdadeiro continente, onde
se fala a mesma língua de norte a sul,
coisa rara pelo mundo. Infelizmente,
muitos desses talentosos artistas, por absoluta
falta de campo de trabalho em seu próprio
país, acabaram se refugiando nas agências
de publicidade ou trabalhando para editores
do exterior para sobreviver. Poucos foram
aqueles que se mantiveram firmes no mercado.
Atualmente, apesar das baixas vendas
pós-informática, uma nova casta de jovens
e talentosos artistas estão por aqui, batalhando,
editando seus próprios produtos, seus personagens,
e dessa forma evitando que o bom e
velho quadrinho brasileiro não morra. Porém,
nesse mar turbulento e fantástico, chamado
setor editorial nacional, que já há alguns
anos foi invadido também pelos mangás
(quadrinhos de origem nipônica), muitos
dos nossos mais criativos autores
acabaram sumindo do mercado.
do mundo, pois é um verdadeiro celeiro de
talentos quer seja na música, no futebol,
na publicidade ou no mundo das Histórias
em Quadrinhos. Nem mesmo as décadas em
que este povo guerreiro sofreu com o terrível
regime militar ou louca inflação
conseguiram boicotar o talento
latente desse povo guerreiro.
No passado, gente criativa como: Ziraldo,
Mauricio de Sousa, Henfil, Benício, Sergio
Macedo, Alan Voss, Cláudio Seto, Fernando
Ikoma, Mozart Couto, Watson Portela, Rodval
Matias, Seabra e outras feras fizeram sucesso
no Brasil e até lá fora. Hoje, inúmeros são
os brasileiros que trabalham para editores da
América e do mundo.
Isto prova a competência dos nossos profissionais,
que apesar de terem nascido num país
onde o acesso a cultura sempre foi caríssimo,
para a grande parte da população,
superaram as dificuldades e se destacaram
no cenário nacional e internacional.
O mercado das HQs no Brasil sempre
foi inócuo devido a enxurrada de quadrinhos
americanos que abundam nossos pontos
de vendas desde a década de 30.
Mesmo assim, ao longo dos anos não faltaram
iniciativas de gente criativa e talentosa,
que insistiram em abrir espaço, na base da
porrada nesse difícil segmento, e que
conseguiram publicar seus trabalhos, seus
personagens. Essa garra, esse espírito de luta,
essa perseverança e tenacidade incrível,
com certeza, devemos a miscigenação
que ajudou a formar esta nossa raça
maravilhosa, esta grande nação.
O Brasil é um verdadeiro continente, onde
se fala a mesma língua de norte a sul,
coisa rara pelo mundo. Infelizmente,
muitos desses talentosos artistas, por absoluta
falta de campo de trabalho em seu próprio
país, acabaram se refugiando nas agências
de publicidade ou trabalhando para editores
do exterior para sobreviver. Poucos foram
aqueles que se mantiveram firmes no mercado.
Atualmente, apesar das baixas vendas
pós-informática, uma nova casta de jovens
e talentosos artistas estão por aqui, batalhando,
editando seus próprios produtos, seus personagens,
e dessa forma evitando que o bom e
velho quadrinho brasileiro não morra. Porém,
nesse mar turbulento e fantástico, chamado
setor editorial nacional, que já há alguns
anos foi invadido também pelos mangás
(quadrinhos de origem nipônica), muitos
dos nossos mais criativos autores
acabaram sumindo do mercado.
O nosso entrevistado de hoje é um dos mais
cultuados autores do século XX. Trabalhou
para diversas editoras nacionais e do exterior
e até para a poderosa editora Abril, que na época
dominava incontestavelmente o mercado
das histórias em quadrinhos publicando
os mais famosos personagens Made in America.
cultuados autores do século XX. Trabalhou
para diversas editoras nacionais e do exterior
e até para a poderosa editora Abril, que na época
dominava incontestavelmente o mercado
das histórias em quadrinhos publicando
os mais famosos personagens Made in America.
Graças ao seu filho, Rafael, após um rápido
bate-papo pelo Skype, é que tomei conhecimento
do seu blog e da boa notícia: O fera está na
ativa outra vez. E também foi graças ao Rafa –
é que consegui agendar a entrevista a seguir.
bate-papo pelo Skype, é que tomei conhecimento
do seu blog e da boa notícia: O fera está na
ativa outra vez. E também foi graças ao Rafa –
é que consegui agendar a entrevista a seguir.
O entrevistado, desta feita, é um cara que
sempre fui fã dele e do seu incrível trabalho.
Saiba mais sobre o querido bengala brother,
que eu sempre chamei carinhosamente de
Magrão, desde o dia em que o conheci
quando residia no Rio de Janeiro e trabalhava
para a extinta editora Vecchi.
Saiba mais sobre o genial...
WATSON PORTELA,
AUTOR DE PARALELAS!
UM CLÁSSICO DAS
HQs NACIONAIS!
Tony 1 – Grande, Magrão! Grande fera do traço!
Há muito, muito tempo não nos falávamos... Que honra poder
entrevistá-lo nesse nosso cantinho da WEB que, aos poucos,
está conquistando audiência pelo mundo afora, graças a
vocês, nossos célebres entrevistados. Você é um cara que
sempre admirei. E o melhor ainda, foi saber que você está
de volta ao mercado... muita gente ao saber
disso vai ter um orgasmo (Rsss...).
Há muito, muito tempo não nos falávamos... Que honra poder
entrevistá-lo nesse nosso cantinho da WEB que, aos poucos,
está conquistando audiência pelo mundo afora, graças a
vocês, nossos célebres entrevistados. Você é um cara que
sempre admirei. E o melhor ainda, foi saber que você está
de volta ao mercado... muita gente ao saber
disso vai ter um orgasmo (Rsss...).
Watson : Só se eu fosse um “símbolo sexual’’,
que nem de longe é o caso! Rssss...
que nem de longe é o caso! Rssss...
Tony 2 – Essa foi boa, começamos bem (Rsss...)... Graças ao
Rafael, seu filho, é que hoje estamos aqui podendo trocar
ideias nesse nosso talkie show virtual. Ter um filho que
batalha assim pelo pai é fantástico. Todo mundo quer
ter um filho assim, com certeza (Rsss...). Posso começar
a fazer as perguntas? Você está pronto para responder
na bucha as questões, sem frescura, doa a quem doer?
Rafael, seu filho, é que hoje estamos aqui podendo trocar
ideias nesse nosso talkie show virtual. Ter um filho que
batalha assim pelo pai é fantástico. Todo mundo quer
ter um filho assim, com certeza (Rsss...). Posso começar
a fazer as perguntas? Você está pronto para responder
na bucha as questões, sem frescura, doa a quem doer?
Watson: Ele é mais que um filho... é um amigo
verdadeiro,
como minhas filhas! Vai doer neles (editores) !!!
Rsss... Manda ver!
como minhas filhas! Vai doer neles (editores) !!!
Rsss... Manda ver!
Tony 3 – Então, vamos lá... simbora... nome completo,
cidade, estado onde você nasceu, dia mês e ano...
Watson: Simbora... Watson Portela, direto do
Recife:
Nasci as 18:00 h. numa casa em Camaragibe (Município
de Pernambuco), no dia 18/10/50. Por tanto,
61 anos atrás! Uau! Faz tempo!
Tony 4 – Somos legítimos bengalas boys (Rsss...)...
pra não dizer sobreviventes de uma era jurássica (Rsss...)...
É óbvio que este seu talento nato foi um dom divino,
uma dádiva, que deve ter se manifestado na infância,
influenciado por HQs gringas que você deve ter lido
na infância, OK? Pergunto: Quando foi exatamente a
época em que essa vontade de desenhar se
manifestou e quais foram os autores
que o influenciaram?
Nasci as 18:00 h. numa casa em Camaragibe (Município
de Pernambuco), no dia 18/10/50. Por tanto,
61 anos atrás! Uau! Faz tempo!
Recife - Pernambuco - Região Nordeste - Praia de Boa Viagem |
Camaragibe - Recife - Municipio de Pernambuco |
Camaragibe - Centro da cidade (Foto: Rodrigo Holanda) |
Tony 4 – Somos legítimos bengalas boys (Rsss...)...
pra não dizer sobreviventes de uma era jurássica (Rsss...)...
É óbvio que este seu talento nato foi um dom divino,
uma dádiva, que deve ter se manifestado na infância,
influenciado por HQs gringas que você deve ter lido
na infância, OK? Pergunto: Quando foi exatamente a
época em que essa vontade de desenhar se
manifestou e quais foram os autores
que o influenciaram?
Watson: Eu já rabiscava aos 7 anos! Aos 9, fazia HQ
em
caderno escolar e meus leitores eram os colegas de
colégio! Eu copiava Jack Kirby e
mais tarde, Will Eisner.
caderno escolar e meus leitores eram os colegas de
colégio! Eu copiava Jack Kirby e
mais tarde, Will Eisner.
Tony 5 – A coisa rolou precocemente... Ao contrário da
maioria dos desenhistas tupiniquins que seguiram
a linha americana de fazer quadrinhos você
enveredou por outra vertente, ou seja, a influência
das HQs européias são nítidas no seu fantástico traço.
Para mim, você é o nosso Jean Giraud (Moebius).
O que você tem a dizer sobre isso, bengala friend?
maioria dos desenhistas tupiniquins que seguiram
a linha americana de fazer quadrinhos você
enveredou por outra vertente, ou seja, a influência
das HQs européias são nítidas no seu fantástico traço.
Para mim, você é o nosso Jean Giraud (Moebius).
O que você tem a dizer sobre isso, bengala friend?
Watson: Moebius foi a influência mais direta,
porém,
havia um pouco de Blanc-Dumant e Mézierès, daí, parei!
Vi os trabalhos de um Japonês (não lembro o nome)
que tinha os traços bem limpos e
fazia hachuras fantásticas
(época da Grafipar).
havia um pouco de Blanc-Dumant e Mézierès, daí, parei!
Vi os trabalhos de um Japonês (não lembro o nome)
que tinha os traços bem limpos e
fazia hachuras fantásticas
(época da Grafipar).
Jean Giraud (Moebius ou Gir) |
NOTA: Michel Blanc-Dumant (Foto acima) e Jean-Claude
Mézières foram dois grandes artistas franceses
de quadrinhos, que marcaram época.
Moebius (Jean-Giraud), assim como Watson,
também buscou inspiração nos trabalhos
desses grandes mestres.
Por: Blanc-Dumant |
Arte de Blanc-Dumant - Le Petit Chaperon Rouge 2 |
Blanc-Dumant |
Por Blanc-Dumant |
ACIMA: Os autores da série: Valérian and Laureline - Da esquerda
para a direita: Eveline Tranlé (cor), Pierre Christin (escriba)
e Jean-Claude Mézières (ilustrador)Arte de Mézières - Valérian, Agent Spatio-Temporel |
Valérian and Laureline - por: Mézières |
este lance de “Moebius Brasileiro”, não! Aquele
trabalho lá na revista do Mauricio de Souza me
pegou de surpresa (Estou em meio projeto oposto)
e saiu por instinto, ou seja, nem fiz estudos pra me
“Atualizar’’. Tempo curto, sacou? O Giraud foi
grandioso demais e eu sou “Pouca sombra”.
É uma comparação meia exagerada, bengala!
Deixa eu ser só “Watson”, ok?
Tony 6 – OK, bengala brother Gir (Rsss...)!
Como sempre, você é um cara fantasticamente
modesto. E pensar que tem tanto
nego convencido por aí... Prosseguindo...
Num passado anti-diluviano eu era funcionário da
editora Noblet e se não estou enganado a primeira
vez que vi um trabalho seu foi pela editora Vecchi e
devo confessar que adorei seu traço estiloso e
diferenciado. Oficialmente, em que ano você
começou a publicar sua primeira HQ? Antes disso,
teve outras experiências em sua terra Natal?
Como sempre, você é um cara fantasticamente
modesto. E pensar que tem tanto
nego convencido por aí... Prosseguindo...
Num passado anti-diluviano eu era funcionário da
editora Noblet e se não estou enganado a primeira
vez que vi um trabalho seu foi pela editora Vecchi e
devo confessar que adorei seu traço estiloso e
diferenciado. Oficialmente, em que ano você
começou a publicar sua primeira HQ? Antes disso,
teve outras experiências em sua terra Natal?
Watson: Trabalhava no Caderno Dominical do Diário.
Fazia tiras, etc... Oficialmente, deveria ter sido
na Ebal, porém os originais (O Caçador de Esmeraldas)
foram roubados de dentro da editora, história cabeluda
e que envolveu pessoas de baixo caráter. (Descobri tudo)!
Assim, “ O começo” ficou como estreia na
Vecchi, não recordo o ano...74 ou 75, talvez.
Fazia tiras, etc... Oficialmente, deveria ter sido
na Ebal, porém os originais (O Caçador de Esmeraldas)
foram roubados de dentro da editora, história cabeluda
e que envolveu pessoas de baixo caráter. (Descobri tudo)!
Assim, “ O começo” ficou como estreia na
Vecchi, não recordo o ano...74 ou 75, talvez.
Tony 7 – EBAL!? Originais surrupiados!? Caceta!
Isto ninguém jamais poderia imaginar... Otacilio de
Assumpção Barros – que ficou marcado como o cara
da revista MAD -, foi muito importante na vida de
muita gente. Nosso criativo bengala friend, além
de comandar a MAD, durante séculos, era o editor
responsável pelas demais publicações do Lotário
Vecchi. Dava uma tremenda força
para os autores nacionais.
Como você o conheceu?
Como foi o primeiro contato?
Isto ninguém jamais poderia imaginar... Otacilio de
Assumpção Barros – que ficou marcado como o cara
da revista MAD -, foi muito importante na vida de
muita gente. Nosso criativo bengala friend, além
de comandar a MAD, durante séculos, era o editor
responsável pelas demais publicações do Lotário
Vecchi. Dava uma tremenda força
para os autores nacionais.
Como você o conheceu?
Como foi o primeiro contato?
Watson: Enviei a HQ e esperei...
Quando a Spectro chegou,
havia um cheque no local da minha história
publicada, o contato foi depois, via cartas...
Tony 8 – O cara tinha felling e logo reconheceu
um grande artista, sem dúvida... Quantos anos
você tinha quando decidiu enveredar pelo mercado
editorial nacional? Foi fácil abrir espaço?
um grande artista, sem dúvida... Quantos anos
você tinha quando decidiu enveredar pelo mercado
editorial nacional? Foi fácil abrir espaço?
Watson: Uns 21 anos, quando iniciei as tentativas...
Foram anos de desgastes total, lendo cartas de editores
estúpidos e uma minoria educada (que não era
do ramo de HQ)! Alguns até conhecidos, me
escrotizaram nessa fase (Mas dei troco, quando
me tornei profissional). Todo iniciante tem que
ser pentelho, se não, nunca vai conseguir.
Fui mais que um pentelho! Rsss...
Foram anos de desgastes total, lendo cartas de editores
estúpidos e uma minoria educada (que não era
do ramo de HQ)! Alguns até conhecidos, me
escrotizaram nessa fase (Mas dei troco, quando
me tornei profissional). Todo iniciante tem que
ser pentelho, se não, nunca vai conseguir.
Fui mais que um pentelho! Rsss...
Watson - Editora Abril |
Tony 9 – Essa foi uma dica perfeita pros iniciantes!
Concordo plenamente! Quem não pentelha não
vai a lugar algum (Rsss...)... Certa feita, a Bloch
convidou o Paulo Hamasaki, que sempre foi
conhecido como o Japa que começou com o
Mauricio de Sousa, para fazer os gibis dos
Trapalhões e Trapasuat, programas
cômicos que eram um sucesso na TV.
O Hama me convidou para embarcar no projeto,
visto que ambos éramos funcionários da Noblet
e nosso tempo era escasso. Nessa época,
Edmundo Rodrigues estava
no comando das publicações
da Bloch e o Shima e o Colin já estavam
colaborando com aquela casa tradicional editorial.
O Shima fazia A Múmia e o Colin O Lobisomen,
eu acho. Daí, eu e o Hama fomos para o Rio para
fazer uma reunião com os diretores da Bloch.
Chegamos no sábado e fomos diretos para
Jacarepaguá, pro “barraco” do Shima, que na
época, estava a milhão produzindo cerca de
100 págs por mês também para a Grafipar.
O Edmundo apareceu por lá no domingo para nos
encontrar e avisou que o trabalho era nosso e
que era preciso fazer uma
reunião reunião oficial e fazer um teste.
Tudo estava agendado para a segunda-feira.
Assim, ficamos acampados, no Rio, no Shima.
Ele nos levou para conhecer o casarão
do Otta e depois rumamos para
a sua casa, na periferia do Rio. Ao chegarmos na
sua casa encontramos você desenhando a pincel,
cercado pela família. O Rafael estava lá.
Era apenas um garotinho (Rsss...). Isso, bengala
friend, aconteceu há muito tempo e talvez
você nem se lembre mais disso...
Concordo plenamente! Quem não pentelha não
vai a lugar algum (Rsss...)... Certa feita, a Bloch
convidou o Paulo Hamasaki, que sempre foi
conhecido como o Japa que começou com o
Mauricio de Sousa, para fazer os gibis dos
Trapalhões e Trapasuat, programas
cômicos que eram um sucesso na TV.
O Hama me convidou para embarcar no projeto,
visto que ambos éramos funcionários da Noblet
e nosso tempo era escasso. Nessa época,
Edmundo Rodrigues estava
no comando das publicações
da Bloch e o Shima e o Colin já estavam
colaborando com aquela casa tradicional editorial.
O Shima fazia A Múmia e o Colin O Lobisomen,
eu acho. Daí, eu e o Hama fomos para o Rio para
fazer uma reunião com os diretores da Bloch.
Chegamos no sábado e fomos diretos para
Jacarepaguá, pro “barraco” do Shima, que na
época, estava a milhão produzindo cerca de
100 págs por mês também para a Grafipar.
O Edmundo apareceu por lá no domingo para nos
encontrar e avisou que o trabalho era nosso e
que era preciso fazer uma
reunião reunião oficial e fazer um teste.
Tudo estava agendado para a segunda-feira.
Assim, ficamos acampados, no Rio, no Shima.
Ele nos levou para conhecer o casarão
do Otta e depois rumamos para
a sua casa, na periferia do Rio. Ao chegarmos na
sua casa encontramos você desenhando a pincel,
cercado pela família. O Rafael estava lá.
Era apenas um garotinho (Rsss...). Isso, bengala
friend, aconteceu há muito tempo e talvez
você nem se lembre mais disso...
Mestre Watson Portela- anos 80 |
Watson: É! Morei alguns meses lá! Me senti um macaco
de zoológico, ”todos queriam me ver”. Rsss... Não me
lembro, não, velho! Era muita gente no “zoo”...
Cê se enganou, Bengala Boy! O Rafa nasceu anos
depois, no Paraná! Eu só tinha 3 filhas!
de zoológico, ”todos queriam me ver”. Rsss... Não me
lembro, não, velho! Era muita gente no “zoo”...
Cê se enganou, Bengala Boy! O Rafa nasceu anos
depois, no Paraná! Eu só tinha 3 filhas!
Tony 10 – É mesmo!? Pensei que uma das três
crianças fosse o Rafa, pô... Let’s go... Na época
seu trabalho já estava sendo endeusado por leitores
e profissionais do ramo.
Você, acho que também estava
trabalhando com a Grafipar, assim como todos nós.
Os quadrinhos eróticos nacionais estavam bombando,
graças ao mestre Cláudio Seto, que abriu espaço
para todos. As reuniões no Bairro da Santa Felicidade –
região gastronômica da cidade cheia de restaurantes
de alto nível italianos-, em Curitiba, reunia
esporadicamente uma centena de escritores e
desenhistas dos quatro cantos do país.
O mercado das HQs no país estava superaquecido
e não faltava trabalho. Foi uma grande época.
Conhecê-lo, pessoalmente – graças ao Shima-,
foi um imenso prazer, Watson, mas ao mesmo
tempo foi decepcionante, quando vimos que
você morava numa casa humilde, de chão de
terra-batida.
Ficamos injuriados e cientes de que
o pessoal da Vecchi, na verdade, estava lhe
explorando, mano véio. Eles estavam faturando
alto com Tex – que vendia mais de 100 mil exemplares-,
as revistas de HQs de terror – Spectro, Chet, etc -,
além das tradicionais fotonovelas – que vendiam
muito na época- e as demais publicações e, pelo
visto, pagavam mal seus colaboradores.
Dá pra falar um pouco sobre essa fase?
crianças fosse o Rafa, pô... Let’s go... Na época
seu trabalho já estava sendo endeusado por leitores
e profissionais do ramo.
Você, acho que também estava
trabalhando com a Grafipar, assim como todos nós.
Os quadrinhos eróticos nacionais estavam bombando,
graças ao mestre Cláudio Seto, que abriu espaço
para todos. As reuniões no Bairro da Santa Felicidade –
região gastronômica da cidade cheia de restaurantes
de alto nível italianos-, em Curitiba, reunia
esporadicamente uma centena de escritores e
desenhistas dos quatro cantos do país.
O mercado das HQs no país estava superaquecido
e não faltava trabalho. Foi uma grande época.
Conhecê-lo, pessoalmente – graças ao Shima-,
foi um imenso prazer, Watson, mas ao mesmo
tempo foi decepcionante, quando vimos que
você morava numa casa humilde, de chão de
terra-batida.
Ficamos injuriados e cientes de que
o pessoal da Vecchi, na verdade, estava lhe
explorando, mano véio. Eles estavam faturando
alto com Tex – que vendia mais de 100 mil exemplares-,
as revistas de HQs de terror – Spectro, Chet, etc -,
além das tradicionais fotonovelas – que vendiam
muito na época- e as demais publicações e, pelo
visto, pagavam mal seus colaboradores.
Dá pra falar um pouco sobre essa fase?
Watson: A Vecchi foi que me lançou e me tornou
conhecido no mercado, mas cobrou um preço
altíssimo! Eu sabia sobre minha popularidade, mas
sempre fui humilde e ainda tinha muito o que
aprender! Eles nem sabiam que eu já estava
na Grafipar. Quando avisei que iria morar
no Paraná, deixaram de pagar o último mês que
trabalhei lá! A Grafipar bancou tudo:
passagem, mudança e os 3 meses de depósito
da casa que aluguei, já que eu não tinha fiador!
Honestamente... nunca suportei editores, eles
é que me aturavam, um preço por outro! Rsss...
Editor é o sujeito que tem “faro” para produto
“vendável”. É ilusão pensar que eles me
fizeram “Favor”.
Quando faziam isso, já tinham
lucrado e iriam lucrar mais com os meus trabalhos!
Então qualquer tipo de favor foi pago!
É só observar as minhas HQs que foram publicadas
e republicadas aqui, nos EUA e na Europa! Fui o
ultimo a saber disso! Eles ficaram com 99% de
meus materiais. Não cuspo pra cima, é pra baixo
mesmo! Cada cuspida tem um
alvo, ô fase pernóstica!
conhecido no mercado, mas cobrou um preço
altíssimo! Eu sabia sobre minha popularidade, mas
sempre fui humilde e ainda tinha muito o que
aprender! Eles nem sabiam que eu já estava
na Grafipar. Quando avisei que iria morar
no Paraná, deixaram de pagar o último mês que
trabalhei lá! A Grafipar bancou tudo:
passagem, mudança e os 3 meses de depósito
da casa que aluguei, já que eu não tinha fiador!
Honestamente... nunca suportei editores, eles
é que me aturavam, um preço por outro! Rsss...
Editor é o sujeito que tem “faro” para produto
“vendável”. É ilusão pensar que eles me
fizeram “Favor”.
Quando faziam isso, já tinham
lucrado e iriam lucrar mais com os meus trabalhos!
Então qualquer tipo de favor foi pago!
É só observar as minhas HQs que foram publicadas
e republicadas aqui, nos EUA e na Europa! Fui o
ultimo a saber disso! Eles ficaram com 99% de
meus materiais. Não cuspo pra cima, é pra baixo
mesmo! Cada cuspida tem um
alvo, ô fase pernóstica!
Tony 11 - Os caras
foram sacanas
pra cacete, com certeza...
mas a vida é assim mesmo: vivendo e aprendendo...
Exploradores sempre irão existir, infelizmente.
Vamos nessa... Saímos, todos, da sua casa, revoltados
com a Vecchi e passei a admirá-lo ainda mais ao
vê-lo naquelas condições trabalhando cuidadosamente
um imenso original a pincel. Pensei: “Meu Deus, esse
cara tem um grande talento e precisa sair da mão
desses picaretas”. Por sorte, a Grafipar começou
a expandir seus títulos, o Ataíde foi pra lá também
e você parece que se deu bem com eles e saiu
das garras da Vecchi. Sempre houve muitos
exploradores no mercado e cabe a cada um
de nós nos valorizarmos.
Não se deixar explorar.
pra cacete, com certeza...
mas a vida é assim mesmo: vivendo e aprendendo...
Exploradores sempre irão existir, infelizmente.
Vamos nessa... Saímos, todos, da sua casa, revoltados
com a Vecchi e passei a admirá-lo ainda mais ao
vê-lo naquelas condições trabalhando cuidadosamente
um imenso original a pincel. Pensei: “Meu Deus, esse
cara tem um grande talento e precisa sair da mão
desses picaretas”. Por sorte, a Grafipar começou
a expandir seus títulos, o Ataíde foi pra lá também
e você parece que se deu bem com eles e saiu
das garras da Vecchi. Sempre houve muitos
exploradores no mercado e cabe a cada um
de nós nos valorizarmos.
Não se deixar explorar.
Watson: Sempre respeitei minha arte, indiferente ao
preço vulgarmente irrisório, todas
as casas ou sobradinhos que morei
eram simples.
Nunca gostei de “ostentação’’, mesmo
quando eu estava na Abril.
A “Boa energia” delas é que
me atraiam! Curitiba foi a melhor fase, mesmo na
“Super produção”. Morava em Três Marias, quando
o Rafa nasceu e o batizei na igreja de Santa Felicidade,
bairro próximo. Depois, me arrependi do “padrinho”
que escolhi pra ele... quando marcou a data do
casamento, pediu cópia do batismo e o “Padrinho
indesejável”, dançou! Na época ele não era editor...
depois se tornou um! Cruz credo! Rsss...
preço vulgarmente irrisório, todas
as casas ou sobradinhos que morei
eram simples.
Nunca gostei de “ostentação’’, mesmo
quando eu estava na Abril.
A “Boa energia” delas é que
me atraiam! Curitiba foi a melhor fase, mesmo na
“Super produção”. Morava em Três Marias, quando
o Rafa nasceu e o batizei na igreja de Santa Felicidade,
bairro próximo. Depois, me arrependi do “padrinho”
que escolhi pra ele... quando marcou a data do
casamento, pediu cópia do batismo e o “Padrinho
indesejável”, dançou! Na época ele não era editor...
depois se tornou um! Cruz credo! Rsss...
Cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná |
Curitiba - esta cidade do Sul tem a melhor qualidade de vida | do país |
Sonja, a guerreira, por Watson (ed. Abril) |
Tony 12 – Não consigo imaginar quem
tenha sido esse “Padrinho indesejável”,
mas deixa pra lá, Magrão (Rsss...).
Grafipar... vamos continuar a falar sobre essa
grande editora, que marcou época. Faruk El-Katib,
pelo que sei, era de uma tradicional família de
plantadores de café no Sul no país e de repente
se tornou um editor famoso, bastante conhecido,
graças ao genial Seto e a derrocada da censura
prévia no Brasil, que culminou com a liberação das
revistas pornôs escrachadas e deu fôlego para
o crescimento dos inúmeros títulos de HQs
eróticas no país. Gente de talento como você, o
Mozart Couto (nosso Raymond tupiniquim) e
Rodval Matias tiveram grande evidência no
tempo da Grafipar. Pergunto: Em que ano você
começou a trabalhar para eles e qual foi
a primeira HQ que fez para a Grafipar?
tenha sido esse “Padrinho indesejável”,
mas deixa pra lá, Magrão (Rsss...).
Grafipar... vamos continuar a falar sobre essa
grande editora, que marcou época. Faruk El-Katib,
pelo que sei, era de uma tradicional família de
plantadores de café no Sul no país e de repente
se tornou um editor famoso, bastante conhecido,
graças ao genial Seto e a derrocada da censura
prévia no Brasil, que culminou com a liberação das
revistas pornôs escrachadas e deu fôlego para
o crescimento dos inúmeros títulos de HQs
eróticas no país. Gente de talento como você, o
Mozart Couto (nosso Raymond tupiniquim) e
Rodval Matias tiveram grande evidência no
tempo da Grafipar. Pergunto: Em que ano você
começou a trabalhar para eles e qual foi
a primeira HQ que fez para a Grafipar?
Watson: Vou te contar um segredo:
Tenho anotado as datas de nascimento
dos meus filhos e netos,
“um casal”, pra não esquecer do aniversario deles.
Nem sei a idade de cada um, só a minha!
Por Watson |
tenho
esses lapsos de memória... Para quem não sabe,
naquela época jurássica, existia a censura prévia no Brasil.
Nenhuma matéria jornalística ou publicação podia sair sem
que os terríveis censores de Brasília – a serviço dos
nossos ditadores militares- aprovassem. Ninguém
podia dizer um “A” contra o governo e muita gente
acabou caindo nas garras ou sofrendo nas
mãos do DOPS e do DOICOD – órgãos governamentais
criados para reprimir manifestações “anti-terrorismo”
ou que apregoassem algo sobre ou
contra o governo.
Assim, toda editora antes de lançar
um título nas bancas tinha que enviar o “boneco”
da edição previamente para Brasília, que tinha
o poder absoluto sobre o que o povo poderia
ou não ler ou tomar conhecimento.
Uma palhaçada.
naquela época jurássica, existia a censura prévia no Brasil.
Nenhuma matéria jornalística ou publicação podia sair sem
que os terríveis censores de Brasília – a serviço dos
nossos ditadores militares- aprovassem. Ninguém
podia dizer um “A” contra o governo e muita gente
acabou caindo nas garras ou sofrendo nas
mãos do DOPS e do DOICOD – órgãos governamentais
criados para reprimir manifestações “anti-terrorismo”
ou que apregoassem algo sobre ou
contra o governo.
Assim, toda editora antes de lançar
um título nas bancas tinha que enviar o “boneco”
da edição previamente para Brasília, que tinha
o poder absoluto sobre o que o povo poderia
ou não ler ou tomar conhecimento.
Uma palhaçada.
Muita gente “despareceu”, foi assassinada ou foi
torturada, por se declarar contra o regime militar.
Nesse período turbulento em que viveu esse país
aqueles que não sofreram ou foram vítimas dos
órgãos repressores, que estavam de olho nas
movimentações artísticas e estudantis que se
rebelavam contra o sistema, acabaram sendo
deportados, expulsos do Brasil, principalmente
aqueles que tinham dinheiro ou lastro familiar.
Quando a censura prévia acabou todos os editores
respiraram aliviados e foram convocados para
comparecer em Brasília para assinar um termo
de responsabilidade onde cada um (editor)
assumia a responsabilidade pelos seus produtos
e, obviamente, iriam responder judicialmente
pelos seus atos. As revistas de mulheres peladas,
mostrando a genitália, por fim, estava liberada.
Desde que estivessem em sacos plásticos.
Porém, os editores pequenos e médios ficaram
apreensivos e temiam lançar esse tipo de produto
e sofrer alguma repressão. Nessa época eu
era redator-chefe e ilustrador das revistas Contos
Excitantes e Hot Girls, da Noblet. A primeira empresa
que ousou mostrar uma mulher de perna aberta foi
a Bloch Editores, na revista Ele & Ela.
Empolgados e ávidos para vender mais os
jornaleiros tiravam a revista do saco plástico e
expunham de forma irresponsável os posters
indecentes nos pontos de vendas ao lado de publicações
infantis ou infanto-juvenis. As vendas explodiram.
A revista evaporou rapidamente das bancas.
Com o sucesso da Ele e Ela os demais editores
também decidiram entrar na festa e timidamente
começaram a exibir cenas de sexo
explícito em seus produtos.
torturada, por se declarar contra o regime militar.
Nesse período turbulento em que viveu esse país
aqueles que não sofreram ou foram vítimas dos
órgãos repressores, que estavam de olho nas
movimentações artísticas e estudantis que se
rebelavam contra o sistema, acabaram sendo
deportados, expulsos do Brasil, principalmente
aqueles que tinham dinheiro ou lastro familiar.
Quando a censura prévia acabou todos os editores
respiraram aliviados e foram convocados para
comparecer em Brasília para assinar um termo
de responsabilidade onde cada um (editor)
assumia a responsabilidade pelos seus produtos
e, obviamente, iriam responder judicialmente
pelos seus atos. As revistas de mulheres peladas,
mostrando a genitália, por fim, estava liberada.
Desde que estivessem em sacos plásticos.
Porém, os editores pequenos e médios ficaram
apreensivos e temiam lançar esse tipo de produto
e sofrer alguma repressão. Nessa época eu
era redator-chefe e ilustrador das revistas Contos
Excitantes e Hot Girls, da Noblet. A primeira empresa
que ousou mostrar uma mulher de perna aberta foi
a Bloch Editores, na revista Ele & Ela.
Empolgados e ávidos para vender mais os
jornaleiros tiravam a revista do saco plástico e
expunham de forma irresponsável os posters
indecentes nos pontos de vendas ao lado de publicações
infantis ou infanto-juvenis. As vendas explodiram.
A revista evaporou rapidamente das bancas.
Com o sucesso da Ele e Ela os demais editores
também decidiram entrar na festa e timidamente
começaram a exibir cenas de sexo
explícito em seus produtos.
Não demorou muito para que a polícia batesse
na porta da editora em que trabalhávamos alegando
que as nossas revistas eram pornográficas e queriam
dar busca e apreensão. Fomos conduzidos a uma
delegacia e interrogados. Em síntese, era só pentelhação
o que os caras queriam mesmo era dinheiro.
Com certeza essa gente encheu os bolsos às
custas de muitos editores como o meu, que amedrontado,
acabou “pagando pau pros “zomes”. Uma puta
sacanagem. Pergunto, bengala friend... no tempo
dos quadrinhos eróticos, vocês também sofreram
este tipo de abordagem sarcástica policial?
na porta da editora em que trabalhávamos alegando
que as nossas revistas eram pornográficas e queriam
dar busca e apreensão. Fomos conduzidos a uma
delegacia e interrogados. Em síntese, era só pentelhação
o que os caras queriam mesmo era dinheiro.
Com certeza essa gente encheu os bolsos às
custas de muitos editores como o meu, que amedrontado,
acabou “pagando pau pros “zomes”. Uma puta
sacanagem. Pergunto, bengala friend... no tempo
dos quadrinhos eróticos, vocês também sofreram
este tipo de abordagem sarcástica policial?
Watson: Eu nunca fui incomodado
pelos “zomes” gorduchos, achando que farda
tornam ele superiores a qualquer um.
Minhas revistas eram recolhidas quase sempre
(Barroso era abusado ), mas a editora assumia tudo.
Pediam que eu “pegasse leve”, por um mês.
Depois, tudo se repetia! O fato é que quando recolhiam
a fatia maior já tinha sido consumida! Rsss...
Robo Gigante - Por: Franco de Rosa e Watson |
Tony 17- Bela estratégia! Assim vocês
davam um nó nos “zomes” - na polícia - (Rsss...).
Nessa época, era comum vermos
nossas praças públicas e
campus das universidades
transformadas em batalhas campais entre as
tropas de choques e o povo, que enfrentava
corajosamente com pedras e pedaços de paus
os repressores, que munidos de escudos, capacetes,
cacetetes - que davam choques elétricos-, cães e
bombas de gás lacrimogênio, muitas vezes se davam
mal nesses confrontos.
Por sorte, esse tempo acabou
e hoje até podemos eleger nosso presidente e
representantes. A merda é que ainda nem tudo
são flores do lado de baixo do Equador e os
corruptos ainda imperam em Brasília. Um dia,
isso tudo tem que acabar. Qual é a sua opinião,
sobre o momento político e sobre a boa performance
financeira do Brasil – aparente-, no
cenário internacional atual?
davam um nó nos “zomes” - na polícia - (Rsss...).
Nessa época, era comum vermos
nossas praças públicas e
campus das universidades
transformadas em batalhas campais entre as
tropas de choques e o povo, que enfrentava
corajosamente com pedras e pedaços de paus
os repressores, que munidos de escudos, capacetes,
cacetetes - que davam choques elétricos-, cães e
bombas de gás lacrimogênio, muitas vezes se davam
mal nesses confrontos.
Por sorte, esse tempo acabou
e hoje até podemos eleger nosso presidente e
representantes. A merda é que ainda nem tudo
são flores do lado de baixo do Equador e os
corruptos ainda imperam em Brasília. Um dia,
isso tudo tem que acabar. Qual é a sua opinião,
sobre o momento político e sobre a boa performance
financeira do Brasil – aparente-, no
cenário internacional atual?
Heróis da Tv\Marvel por Watson |
Watson: Podemos eleger “fantoches”, né? Vivemos sob
uma “ditamografia”, e quem viu o caso Tancredo,
curiosamente esqueceu, que o dia Gloria Maria
(hoje, ex-apresentadora do fantástico). Vivemos numa
grande mentira! Se o Brasil fosse um país sério
e democrático ( de verdade) , a Globo já estaria de
portas fechadas.
Afinal, a fatia maior da dívida interna, é deles.
Você viu algum ditador responder por seus crimes?
Tenho mais perguntas do que respostas!
Sim, eu acredito em Deus!
uma “ditamografia”, e quem viu o caso Tancredo,
curiosamente esqueceu, que o dia Gloria Maria
(hoje, ex-apresentadora do fantástico). Vivemos numa
grande mentira! Se o Brasil fosse um país sério
e democrático ( de verdade) , a Globo já estaria de
portas fechadas.
Afinal, a fatia maior da dívida interna, é deles.
Você viu algum ditador responder por seus crimes?
Tenho mais perguntas do que respostas!
Sim, eu acredito em Deus!
Tony 18 – “Ditamografia?”
Nunca tinha ouvido esse termo
antes, juro... mas é interessante. Sim, me lembro d o
caso Tancredo e o famoso dia de glória da Glória Maria,
mas duvido que o povo ainda se lembre disso.
A galera, infelizmente, não tem memória... a Globo
cresceu graças ao dinheiro externo da Time Life.
Na época rolou um puta buxixo, que não deu em nada.
Quanto aos ditadores: de fato, sempre saíram numa
boa. Exceto Saddam Hussein, que estava na mira
da família Bush, por interesse óbvios: petróleo...
A própria América, que se autodenomina democrática,
desrespeitou as normas da ONU –
entidade semi-morta-, e baseada numa mentira criada
por Bush: “Hussein tem armas químicas!” – que
nunca existiram-, partiu pro pau aleatoriamente
passando por cima das normas internacionais.
Quando eles querem tomar o “doce” de alguém, não
são nada democráticos, bengala boy friend.
Como conseqüência dessa luta inútil tai a América
balançando na beira do abismo, como a Europa.
Mas, voltando a falar da Grafipar...Eu sei que
caras como o Shima e o Flávio Colin tinham
cotas para cumprir com a Grafipar. Isto é,
cerca de 100 páginas mensais, e por esta produção
doida recebiam um preço especial por páginas,
tamanha era a necessidade da empresa de não
deixar faltar bom material
nacional em suas publicações.
Você também estava nessa de cota de produção?
Quantas páginas, em média, você produzia
por mês, naquela época, Magrão?
Watson: Rsss... A princípio, sim! Mas logo eu e o Shima
começamos apostar quem fazia mais! Eu aprontava
(“letreirada” e finalizada) 10 páginas por dia, num
formato menor que o formatinho... Calcula aí, sem tirar
finais de semana,velho! De segunda a segunda.
Fazia 6 capas por dia! Quer mais? Escrevia desenhava
pra outros finalizarem! Nem mesmo eu tenho
noção de quanto produzia por mês.
O Shima produzia pra caramba
sem perder a qualidade!
começamos apostar quem fazia mais! Eu aprontava
(“letreirada” e finalizada) 10 páginas por dia, num
formato menor que o formatinho... Calcula aí, sem tirar
finais de semana,velho! De segunda a segunda.
Fazia 6 capas por dia! Quer mais? Escrevia desenhava
pra outros finalizarem! Nem mesmo eu tenho
noção de quanto produzia por mês.
O Shima produzia pra caramba
sem perder a qualidade!
Tony 19 – Carambolas! A coisa era pauleira mesmo!
Voces, apesar de serem verdadeiras máquinas de
produção, conseguiam manter um bom nível.
Coisa de maluco... Você participou de muitos
títulos da Grafipar... dá pra relembrar alguns?
Voces, apesar de serem verdadeiras máquinas de
produção, conseguiam manter um bom nível.
Coisa de maluco... Você participou de muitos
títulos da Grafipar... dá pra relembrar alguns?
Watson: “Memória”... Acho que eu participei de quase
todos, afinal. Fiz milhares de capas.
Tony 20 – Na real vocês não tinham tempo nem
pra respirar! Estavam escravos da arte! Que merda!
Todos nós desejamos trabalhar, mas nesse pique aí
é foda... Vamos em frente... Paralelas! Este é o nome
de uma série de HQs clássicas sua, que é inesquecível,
bengala brother... como e quando surgiu
a ideia de fazer essa obra prima?
Watson: Em 73/74! Na verdade eu tinha que desenhar
HQS de terror, mas deu cinco minutos por conta de
umas reportagens que li no jornais, sobre pessoas que
estavam “sumindo” na frente das outras.
Daí, comecei a desenhar o que o cérebro pedia.
Concluído o trabalho, faltava o título...Tava rolando
no meu som a música “Paralelas”, com Erasmo
Carlos, daí... pensei que a HQ não iria ser aceita,
porque não era de terror.
Mas, pensei errado.
Tony 21 – Na verdade, digamos,
“baixou o santo”, depois que
você curtiu o noticiário (Rsss...). E, por fim, pra sua
surpresa, a galera aceitou a HQ mesmo não sendo de
terror... que história incrível!
Quem poderia imaginar? Mas, só há um detalhe:
Paralelas era música do Belchior e, não,
do Erasmo, bengala brother (Rsss...).
Nobody's perfect...
Prosseguindo, bengala magrão... Muitos artistas
foram convidados para irem morar em Curitiba, na
época. Muitos se empolgaram com o franco
crescimento da empresa e partiram de mala e
cuia para o Sul do país, região que sempre teve
poucas opções de trabalho para os profissionais
da área. Como nada é eterno, um dia o sonho acabou,
a empresa foi pra cucuia e muitos bengalas brothers
sentaram na mandioca, literamente, e tiveram
dificuldade de regressar às sua cidades.
Você também passou por esse sufoco?
Paralelas - Um clássico campeão de vendas |
Watson: Rrsss... O que você acha de ficar numa
cidade estranha, sozinho, com a família? Um editor
cascateiro e uma editora falida?
Fui o último a sair e nem apaguei a luz.
Tony 22 – Que merda! Dá pra imaginar o sufoco...
Apesar do imenso volume de produtos editoriais
que a Grafipar tinha nas bancas, segundo o mestre\escriba
Ataide Braz, as vendas despencavam vertiginosamente
e aquele aparente crescimento não passava apenas de
“tapa buraco”, para descontar títulos em bancos
para pagar dívidas monstruosas, visto que era comum
editores baterem títulos no valor de 30% das mercadorias
contra as distribuidoras.
Assim, quanto maior
o número de títulos, maior era a possibilidade de
trocar esses “papagaios” (título podres) nos
bancos ou agiotas para manter a empresa girando.
Mas, qualquer empresa que entra nesse parafuso
uma hora acaba indo pro saco, principalmente
quando seus títulos em bancas vendem menos
do que os referidos 30%. Editores acabavam
devendo para as distribuidoras, para os bancos,
agiotas e credores, na época– havia muitas
empresas editoriais nessa situação caótica,
obviamente (Rsss...). Qual é a sua opinião, sobre
a maioria dos editores brasileiros?
Falta profissionalismo?
cidade estranha, sozinho, com a família? Um editor
cascateiro e uma editora falida?
Fui o último a sair e nem apaguei a luz.
Tony 22 – Que merda! Dá pra imaginar o sufoco...
Apesar do imenso volume de produtos editoriais
que a Grafipar tinha nas bancas, segundo o mestre\escriba
Ataide Braz, as vendas despencavam vertiginosamente
e aquele aparente crescimento não passava apenas de
“tapa buraco”, para descontar títulos em bancos
para pagar dívidas monstruosas, visto que era comum
editores baterem títulos no valor de 30% das mercadorias
contra as distribuidoras.
Assim, quanto maior
o número de títulos, maior era a possibilidade de
trocar esses “papagaios” (título podres) nos
bancos ou agiotas para manter a empresa girando.
Mas, qualquer empresa que entra nesse parafuso
uma hora acaba indo pro saco, principalmente
quando seus títulos em bancas vendem menos
do que os referidos 30%. Editores acabavam
devendo para as distribuidoras, para os bancos,
agiotas e credores, na época– havia muitas
empresas editoriais nessa situação caótica,
obviamente (Rsss...). Qual é a sua opinião, sobre
a maioria dos editores brasileiros?
Falta profissionalismo?
Watson: Não. Falta caráter e honestidade!
Tony 23 – Gostei dessa! Você respondeu na bucha! Mas,
também sou editor e como tal preciso defender a classe,
bengala friend. Afinal, não se pode generalizar a coisa.
Afinal, toda regra tem excessão.
Há editores pícaros e também há desenhistas e
autores pícaros, que não entregam originais
nos prazos, que copiam desenhos, etc...
Conheci muitos editores pícaros, porém também
encontrei pelo caminho muitos
caras descentes, gente fina... Há quem diga que,
além de sofrer graves quedas nas vendas a Grafipar
acabou comprando um jornal esquerdista – que era
contra o governo -, e que e isto teria acabado
de ferrar de vez a empresa.
Você sabe alguma coisa a esse respeito?
Watson: Nunca soube disso! O Faruk ferrou a Grafipar no
dia em que assinou um contrato altíssimo com a “pentose”.
Na noite de lançamento, ele pagou até pro Pelé aparecer.
O próprio Claudio Seto afirmou: “Esse cara tá louco!
Vai afundar a Grafipar!” A editora Abril (Playboy) e
Bloch (Ele e Ela), boicotaram geral!
Qualquer jornaleiro que ousasse comprar a Penthouse,
perderia o direito de levar qualquer título de ambos!
Os gringos vieram e tomaram tudo do Faruk, até
sua cuequinha turca! Rsss... Só não levaram o
jornal, porque o seu pai excluiu seu nome do mesmo!
Só restou o orgulho ferido dele! Quando tudo foi pago
voltou pra o jornal! Sabe como é...
Sacana rico, nesse pais, são imunes !
A mulherada pelada fubecou o editor (?) |
Tony 24 – Essa pra mim é novidade! Então foi o lance da
Penthouse que fubecou tudo? Rola muitas coisas nos
bastidores que os leitores nem imaginam, com certeza...
mas, esse papo de que os gringos vieram e tomaram até
“a cuequinha turca”, do editor, foi duka (Rsss...).
Genial...não dá para parar de rir (Rsss...).
Putz... vamos tentar continuar... essa foi demais!
Valeu... valeu! Minha nossa... vamos nessa...
Como diz um amigo meu:
“ Editor é que nem praga. Você mata um e
aparece um monte na sequência (Rsss...).”
Penthouse que fubecou tudo? Rola muitas coisas nos
bastidores que os leitores nem imaginam, com certeza...
mas, esse papo de que os gringos vieram e tomaram até
“a cuequinha turca”, do editor, foi duka (Rsss...).
Genial...não dá para parar de rir (Rsss...).
Putz... vamos tentar continuar... essa foi demais!
Valeu... valeu! Minha nossa... vamos nessa...
Como diz um amigo meu:
“ Editor é que nem praga. Você mata um e
aparece um monte na sequência (Rsss...).”
Especialmente depois
da tal era da informática.
Vi muitos editores surgirem e desaparecerem –
inclusive eu (Rsss...).
Os grandes se dão bem, mas os pequenos só sifú...
Não é fácil ser editor de pequeno porte num país
subdesenvolvido. Falo por experiência própria.
Você tem que bancar tudo, jogar os produtos nas
mãos dos distribuidores, consignado, e rezar
pros caras fazerem uma boa distribuição para que
talvez você tenha uma venda razoável, que pelo
menos pague os custos operacionais. Isso é um jogo
perigoso que requer muito jogo de cintura.
Atualmente a coisa piorou, quando a DINAP
(Distribuidora da editora Abril) comprou a Fernando
Chinaglia (com dinheiro dos Sul africanos, segundo
dizem por aí) e monopolizou o mercado.
Hoje, só há uma distribuidora no país
chamada TRILOG.
Eles ditam as normas, ditam tiragens ridículas,
enfim, mandam e desmandam nos editores,
que são reféns desses caras e das gráficas, para
variar. Para acabar de ferrar, fazem uma distribuição
de merda e não adianta brigar com eles. Não há outra
opção. Qual é o seu ponto de vista sobre esta
caótica situação, bengala brother?
Vi muitos editores surgirem e desaparecerem –
inclusive eu (Rsss...).
Os grandes se dão bem, mas os pequenos só sifú...
Não é fácil ser editor de pequeno porte num país
subdesenvolvido. Falo por experiência própria.
Você tem que bancar tudo, jogar os produtos nas
mãos dos distribuidores, consignado, e rezar
pros caras fazerem uma boa distribuição para que
talvez você tenha uma venda razoável, que pelo
menos pague os custos operacionais. Isso é um jogo
perigoso que requer muito jogo de cintura.
Atualmente a coisa piorou, quando a DINAP
(Distribuidora da editora Abril) comprou a Fernando
Chinaglia (com dinheiro dos Sul africanos, segundo
dizem por aí) e monopolizou o mercado.
Hoje, só há uma distribuidora no país
chamada TRILOG.
Eles ditam as normas, ditam tiragens ridículas,
enfim, mandam e desmandam nos editores,
que são reféns desses caras e das gráficas, para
variar. Para acabar de ferrar, fazem uma distribuição
de merda e não adianta brigar com eles. Não há outra
opção. Qual é o seu ponto de vista sobre esta
caótica situação, bengala brother?
Watson: Ô, velho! Essa situação parece
“Sessão da Tarde!”
A Chinagua já ferrava com tudo aí, cê
soma com Dinap mais Trilog = Desista!
Ou canta: “Na barriga da
miséria, nasci brasileiro”. Quem disse que
“ Deus é brasileiro” tava chapado e de pileque! Rsss...
Ah! Editor é pior que praga de gafanhotos !
Só deixa o rastro de caca caótica! Rsss...
Pra ser sincero ( e pode apostar que sou), o que
vejo nas bancas , são as grandes novidades de ontem!
Parei de comprar e ler HQ, quando decidi “sumir”.
Com este lance de computação, tem nego dizendo
que desenha (que não entende porra nenhuma
de anatomia) e publicando, utilizando o computador
pra suprir sua própria deficiência.
Essa pá de babacas pensam que leitor e otário,
mas otário é quem pensam que os leitores não
sabem discernir lixo de arte! As cores abusivas
escondem os erros dos falsos
artistas e o que sobra?
“Sessão da Tarde!”
A Chinagua já ferrava com tudo aí, cê
soma com Dinap mais Trilog = Desista!
Ou canta: “Na barriga da
miséria, nasci brasileiro”. Quem disse que
“ Deus é brasileiro” tava chapado e de pileque! Rsss...
Ah! Editor é pior que praga de gafanhotos !
Só deixa o rastro de caca caótica! Rsss...
Pra ser sincero ( e pode apostar que sou), o que
vejo nas bancas , são as grandes novidades de ontem!
Parei de comprar e ler HQ, quando decidi “sumir”.
Com este lance de computação, tem nego dizendo
que desenha (que não entende porra nenhuma
de anatomia) e publicando, utilizando o computador
pra suprir sua própria deficiência.
Essa pá de babacas pensam que leitor e otário,
mas otário é quem pensam que os leitores não
sabem discernir lixo de arte! As cores abusivas
escondem os erros dos falsos
artistas e o que sobra?
Tony 25 – Concordo contigo, mano veio! Hoje quando
pego uma revista da Marvel ou DC vejo uma porrada
de arte mal-feita – em sua maioria -, com um zilhão de
efeitos de cores – d e pinturas digitais -, pra camuflar
a péssima arte. Tá cheio disso no mercado e há os
tupiniquins que também estão nesse embalo.
Fazer o quê? Seguindo, grande guru e intrépido
bengala brother... Se por um lado a Internet surgiu como
um grande meio de divulgação e até de veículo de
venda on line aquecendo o chamado “E-Commerce”,
por outro ela também dispõe de
muito material gratuitamente,
como: música, HQs, filmes, etc. Isto, com certeza,
ajudou a detonar as vendas dos já instáveis produtos
editoriais nacionais. Aliás, o mundo todo foi afetado
pela WEB. Há anos não se vende mais como
antigamente.
Porém, ela permitiu o surgimento de milhares
de editores independentes pelo mundo afora,
que vivem das vendas de pequenas tiragens em
sites especializados ou em casas especializadas
em comercializar este tipo de produto alternativo.
Poucos produtos atualmente vendem bem em
nossas bancas. Ao estudar esses editores
independentes – verdadeiros heróis -, constatei
que a venda deles é sofrida, lenta, e que para poder
se manter essa turma tem que rebolar e em geral
bancar ou se endividar com as gráficas. Essa crise
de mercado que começou nos anos 90, quando a
editora Abril decidiu parar de publicar Marvel e
DC, vem crescendo gradativamente. Estariam os
bons e fiéis leitores do passado desinteressados
em adquirir quadrinhos, por quê?
pego uma revista da Marvel ou DC vejo uma porrada
de arte mal-feita – em sua maioria -, com um zilhão de
efeitos de cores – d e pinturas digitais -, pra camuflar
a péssima arte. Tá cheio disso no mercado e há os
tupiniquins que também estão nesse embalo.
Fazer o quê? Seguindo, grande guru e intrépido
bengala brother... Se por um lado a Internet surgiu como
um grande meio de divulgação e até de veículo de
venda on line aquecendo o chamado “E-Commerce”,
por outro ela também dispõe de
muito material gratuitamente,
como: música, HQs, filmes, etc. Isto, com certeza,
ajudou a detonar as vendas dos já instáveis produtos
editoriais nacionais. Aliás, o mundo todo foi afetado
pela WEB. Há anos não se vende mais como
antigamente.
Porém, ela permitiu o surgimento de milhares
de editores independentes pelo mundo afora,
que vivem das vendas de pequenas tiragens em
sites especializados ou em casas especializadas
em comercializar este tipo de produto alternativo.
Poucos produtos atualmente vendem bem em
nossas bancas. Ao estudar esses editores
independentes – verdadeiros heróis -, constatei
que a venda deles é sofrida, lenta, e que para poder
se manter essa turma tem que rebolar e em geral
bancar ou se endividar com as gráficas. Essa crise
de mercado que começou nos anos 90, quando a
editora Abril decidiu parar de publicar Marvel e
DC, vem crescendo gradativamente. Estariam os
bons e fiéis leitores do passado desinteressados
em adquirir quadrinhos, por quê?
Os
leitores só vão voltar quando tudo estiver no
seu devido lugar! Se isso vai acontecer,
não sei! Não sou astrólogo! Rsss...
seu devido lugar! Se isso vai acontecer,
não sei! Não sou astrólogo! Rsss...
Tony 26 – Você é uma cara lúcido, inteligente!
Antenado nas coisas...mas discordo de você
num ponto: A maioria dos leitores não tão
nem aí pra arte, querem apenas se
divertir, ler e ver uma boa HQs
movimentada. Fazemos HQs pro povão
ou para meia dúzi de pseudos-artistas e
críticos? O público-leitor quer apenas
uma boa HQ e jamais se importou se ela
é nacional ou estrangeira.
O resto é balela...
Tô adorando papear com você, que não tem papas
na língua e prima pela verdade! Se todos fossem
assim o mundos eria outro. Mas, a sociedade humana
é baseada na hipocrisia mútua. Mas, há aqueles
que ainda s esalvam, Magrão. Você é um deles.
Diga-me... O que falta para que as HQs nacionais
emplacar? Falta qualidade? Bons roteiros? Boas
tiragens? Boa distribuição?
Ou falta criatividade?
Antenado nas coisas...mas discordo de você
num ponto: A maioria dos leitores não tão
nem aí pra arte, querem apenas se
divertir, ler e ver uma boa HQs
movimentada. Fazemos HQs pro povão
ou para meia dúzi de pseudos-artistas e
críticos? O público-leitor quer apenas
uma boa HQ e jamais se importou se ela
é nacional ou estrangeira.
O resto é balela...
Tô adorando papear com você, que não tem papas
na língua e prima pela verdade! Se todos fossem
assim o mundos eria outro. Mas, a sociedade humana
é baseada na hipocrisia mútua. Mas, há aqueles
que ainda s esalvam, Magrão. Você é um deles.
Diga-me... O que falta para que as HQs nacionais
emplacar? Falta qualidade? Bons roteiros? Boas
tiragens? Boa distribuição?
Ou falta criatividade?
Watson: As “ super produções’ tiram
minha “lucidez”. Rsss...
Primeiro e preciso entender que o mercado
brasileiro, nunca foi brasileiro, e isso pesa
muitos quilos! Temos porcaria de consumo e”cópias”
de rebarba! Resumindo: Temos originais estrangeiros
e clonagens nacionais (Isso não e de hoje, só
muda o gênero).
Pra encaixar as HQs nacionais,
infelizmente falta tudo! Nunca existiu o
mercado pra HQs nacionais, que fosse estável!
Se você prestar atenção nas invasões de editoras
com trabalho nacionais (a Grafipar foi a única
genuinamente nacional) ,vai perceber que houve
apenas 4 anos de estabilidade para uma geração
de artistas, como jamais houve pra outras!
O caso parece ser uma obra
que Deus não quis assinar!
Tudo acabou nos anos 90. Na minha época, roteiristas
eram altamente retrógrados! Pareciam nunca ter
saído dos anos 60 pra escrever! Roteirista tem
que ler e se atualizar! O pagamento gera pouca
qualidade, embora eu tenha me negado a ligar
meu trabalho ao preço! Muitos desenhistas diziam
que “o preço” justificava o trabalho sofrível!
Havia a preguiça de alguns de colocar até cenários
em suas histórias, e haja “close”... Rsss...
A criatividade se perdeu em meio ao consumo de
material estrangeiro. E difícil se desassociar
disso tudo e ser um Mané, como eu sou!
E com uma péssima distribuição,
só mesmo um “milagre’, resolve!
Tony: 27 - Cara, você disse tudo! Jamais existiu, de
verdade, um mercado brasileiro de HQs. Sempre fomos
dominados pelos importados. O que houve, de fato,
foram tentativas esparsas, inglórias. Editores e
produtos nacionais que sempre acabaram morrendo
na praia... Seguindo adiante...
Super-heróis? O que acha do gênero?
Watson: Quando eu achar, te digo!
Tony 28 – (Rsss...)! Tá difícil? Essa também foi
duka... Mangás?
Watson: Foram os produtos que detonaram os caras
de sunguinhas, malhas e capas coloridas!
Os mangás são o ”mercado brasileiro” de hoje!
Spider Man - Watson (ed. Abril) |
meu caro, Watson (Rsss...)! Me senti o
Sherlock Holmes, agora (Rsss...).
Os americanos não devem ter gostado muito dessa
súbita invasão do Oriente, em todos
os sentidos e segmentos...
Com a evolução da tecnologia muita gente pelo
mundo – principalmente os jovens -, vem curtindo
HQs, jornais, músicas e livros, através de celulares
e de tablets. Ao meu ver, devemos nos adaptar a
essa nova realidade ou ficaremos obsoletos.
O material impresso esta cada vez
mais se distanciando
do povo.
O material impresso se tornou elitista,
caro pra cacete. Prenúncio de
tiragens cada vez menores
e sofisticação de revistas destinadas para um
pequeno nicho que gosta da coisa e tem poder
aquisitivo. Entretanto, não creio que as revistas
um dia poderão acabar.
No entanto, é fácil
vislumbrar um mercado cada vez mais segmentado.
Esta também é sua linha de pensamento?
Watson: Embora ache coerente o teu ponto de vista,
tiro meu “ ponto” da reta! Sou meio troglodita.
Não quero me “adaptar” ao que tenho aversão!
Prefiro ser um “absoleto pensante”, que um
“Tablet Man” vazio! Se a tecnologia tiver que
entrar (e vai entrar) em minha arte, só terá
espaço pra letreiramento e cor, só vou supervisionar.
Aprender a utilizá-la, jamais! No meio desse mercado
segmentado, vou ser turista, pois vão me encontrar
nas “poucas revistas”.
E o Rafael pode até entrar
num desses esquemas segmentados, mas sem
me deixar irado! Rsss...
Ele sabe até onde pode ir ou não.
Watson - Foto atual |
Tony 30 – Também acho que nada substitui os bons e
velhos, papel, lápis e nanquim, bengala friend... mas, acho,
que como complemento aí sim a tecnologia pode ajudar.
Como já está ajudando. Você conseguiu se adaptar com
as novas ferramentas tecnológicas para fazer HQs?
Isto é, usa programas, como: Photoshop, Corel Draw,
Painter, etc? Perguntei só por perguntar, pois sua
resposta só pode ser uma: Não, suponho (Rsss...).
velhos, papel, lápis e nanquim, bengala friend... mas, acho,
que como complemento aí sim a tecnologia pode ajudar.
Como já está ajudando. Você conseguiu se adaptar com
as novas ferramentas tecnológicas para fazer HQs?
Isto é, usa programas, como: Photoshop, Corel Draw,
Painter, etc? Perguntei só por perguntar, pois sua
resposta só pode ser uma: Não, suponho (Rsss...).
Watson: Que palavrões são esses, cara?!?
Tá querendo que eu surte??
Tony 31 – Rssss... eu sabia! Cutuquei a fera com vara curta...
Prosseguindo... Editora Abril... Vamos falar sobre
ela, bengala Magrão! Você, durante um bom período,
trabalhou quase que exclusivamente para ela, fazendo
uma centena de capas, HQs, etc, até de personagens
gringos. Como foi trabalhar para eles?
Deu para ganhar dinheiro de verdade?
E, quanto tempo durou essa parceria?
Watson: Quando iniciei a carreira nos quadrinho,
sempre fui mal remunerado, e às vezes recebia um
desculpa idiota como forma de pagamento, até chegar
na Abril! “Daí a Cesar o que é de Cesar!”
Fui contratado no dia um de Abril
(no Dia da Mentira). Lá eu soube o
que era um salário digno, com direito a 13º e férias
(nunca houve atraso de pagamento)! Não foi difícil
trabalhar com eles, pelo contrario... Foi ótimo!
Eu só tinha que produzir 22 páginas, a lápis,
por mês ! Eu não escrevia roteiros.
Quando finalizava, o preço era o mesmo do lápis
(um acordo que fiz já que demorava um pouco
mais para fazer a finalização). Comparado-a aos
preços que recebia antes, era alto, sim! Fiquei 6
anos exclusivo da Abril. Mas o barco começou a
afundar, então pedi pra ser demitido.
Voltei às velhas editoras picaretas da vida.
Tony 32 – Pois é, foi pena que o sonho acabou... Essa sua
fase de “retiro espiritual” do mercado deixou muitos
de seus fãs, como eu, frustrado. Uma pergunta pairava
no ar: “Onde foi parar o genial rabiscador? Sumiu?”
Ouvi dizer que você estava morando num sítio
com seus pais e que estava decepcionado
com o mercado. Dá para explicar, por quê?
Watson: Meu "retiro espiritual” começou quando
decidi ilustrar livros e ministrar um curso de HQ,
na Oficina Cultural de Sampa, lá no Tucuruvi, bairro
onde morei. Isso durou 2 anos.
Tucuruvi - Bairro situado na zona norte de São Paulo |
Tucuruvi - Periferia da cidade de São Paulo |
ladeira abaixo, vendo um “dente”,
meio empoeirado... Foi aí que ponderei. Eu havia
escolhido uma profissão que não existe pra o
sistema de pessoas normais e essa minha escolha
maluca que fiz na vida não tinha nada a ver
como meus filhos, que estavam pagando um preço
alto, por um sonho que não era deles! Pior!
Eu me dedicava mais ao sonho do que a eles.
Meu egoísmo só me soterrou. Vaguei como
minhoca entre cavernas
subterrâneas, ministrando cursos de HQ.
Lambendo as próprias feridas,
arrastando meus babies comigo. Então senti o
peso de tudo isso. Fui me decepcionado comigo
mesmo e com o que era ser:
um desenhista de HQs! Parei geral!
Esqueci quem eu fui e me tornei
o pai que não fui, embora, tardiamente!
Aí me viciei numa droga pesadona: Games! Ah...
que vício doidão! Só me chapava de games! Hmmm...tá!
Minha única irritação passou a ser o “ game over”,
mas resolvi isso com revistas de trapaças!
Sou trapaceiro até a veia hoje! Rsss...
Tony 33 – Menos mal... O que aconteceu com
você também aconteceu com muita gente,
que partiu pra outras áreas, quando
caiu a ficha, quando decidiram priorizar a família!
O ramo é difícil, penoso, e haja garra
e saco pra permanecer nele.
É preciso muito jogo de cintura e produzir artes para
outros segmentos de mercado. Viver de HQs sempre
foi pura utopia. Em certos períodos a gente até
consegue, mas essas marés passam – como
foi o caso Grafipar -, e daí a coisa fica preta, nebulosa.
Há muito tempo cheguei a essa conclusão e
decidi manter meus estúdios trabalhando no
esquema multimídia, muito antes dessa palavra
ser difundida.
Sempre fizemos HQs paralelamente.
você também aconteceu com muita gente,
que partiu pra outras áreas, quando
caiu a ficha, quando decidiram priorizar a família!
O ramo é difícil, penoso, e haja garra
e saco pra permanecer nele.
É preciso muito jogo de cintura e produzir artes para
outros segmentos de mercado. Viver de HQs sempre
foi pura utopia. Em certos períodos a gente até
consegue, mas essas marés passam – como
foi o caso Grafipar -, e daí a coisa fica preta, nebulosa.
Há muito tempo cheguei a essa conclusão e
decidi manter meus estúdios trabalhando no
esquema multimídia, muito antes dessa palavra
ser difundida.
Sempre fizemos HQs paralelamente.
A verdade é o seguinte, o sujeito metido a artista, que
não cair a ficha, que ele tem que aplicar seus dotes
artísticos em outros setores sempre vai acabar
se dando mal, é simples.
não cair a ficha, que ele tem que aplicar seus dotes
artísticos em outros setores sempre vai acabar
se dando mal, é simples.
Mas, como dizem os grandes mestres:
“Essa coisa vicia” e é perigosa.
Parece maldição, pois quem já fez HQs
sempre vai querer voltar a fazê-las.
Pois nós amamos elas.
Você, como muitos, deu um break, refletiu,
investiu na família e taí de novo... isso prova
que nem só de dinheiro vive o homem, ou que
então somos, todos, masoquistas mesmooo (Rsss...).
Na verdade acredito que precisamos mudar
o jeito de olhar pro mercado e passar a trabalhar
corretamente, atendendo agências
e empresas em geral.
Afinal, nem só de HQs vive a humanidade
e muito menos um estúdio que se preze.
Por sorte, você decidiu, voltar à ativa – graças a
Deus, para alegria dos seus fãs (Rsss...).
Você voltou. O bom filho a casa torna e até colocou
no ar um blog maravilhoso. Esta decisão, de
voltar ao turbulento e imprevisível mercado, surgiu
por influência dos amigos e do Rafael, ou
por iniciativa própria, mestre
e bengala friend?
“Essa coisa vicia” e é perigosa.
Parece maldição, pois quem já fez HQs
sempre vai querer voltar a fazê-las.
Pois nós amamos elas.
Você, como muitos, deu um break, refletiu,
investiu na família e taí de novo... isso prova
que nem só de dinheiro vive o homem, ou que
então somos, todos, masoquistas mesmooo (Rsss...).
Na verdade acredito que precisamos mudar
o jeito de olhar pro mercado e passar a trabalhar
corretamente, atendendo agências
e empresas em geral.
Afinal, nem só de HQs vive a humanidade
e muito menos um estúdio que se preze.
Por sorte, você decidiu, voltar à ativa – graças a
Deus, para alegria dos seus fãs (Rsss...).
Você voltou. O bom filho a casa torna e até colocou
no ar um blog maravilhoso. Esta decisão, de
voltar ao turbulento e imprevisível mercado, surgiu
por influência dos amigos e do Rafael, ou
por iniciativa própria, mestre
e bengala friend?
Watson: Eu tava aprontando uma HQ como despedida
dessa profissão! Não tinha a menor vontade de voltar!
Tinha escrito um texto, dando bye bye aos leitores, etc e
tal. Mas o Rafael achou que era cedo pra isso !
Torrou minha paciência com muita insistência!
Nessa, ele se prontificou a ser o meu agente...
Ri, porque não acreditei que conseguisse alguma
coisa e selei um acordo com ele, disse:
“Vou te dar um tempo, se até lá não conseguir
nada eu paro, sem despedida! “E se eu conseguir?”
perguntou ele. Fiquei em silêncio... Acho
que subestimei o meu filho ... Ele quebrou a
cara no início, mas aprendeu rápido e veio
com um contrato! Então, assinei a procuração,
e legalizamos oficialmente sua função como meu
representante. Ele cuidou de tudo, o blog é de
outro membro da parceria,
com o caveman (Wagner Moloch)!
Tony 34 – Esse filho seu vale ouro,
grande bengala boy brother!
Ele provou que tem capacidade para agenciá-lo...
talvez, isso era o que lhe faltava no passado, pois
talento é o que não falta a você. O Rafa deve ter um bom
tino comercial, coisa que, em geral, faltam aos
artistas... quanto ao Wagner Moloch, ele é gente
final e grande vídeomaker. Tá dando uma tremenda
força pros artistas, montando blogs, sites, vídeos, etc...
ainda quero entrevistá-lo.
Ele colaborou até pra que
este nosso bate papo acontecesse.
Taí mais um parceiro de fibra, guerreiro.
Seu time está aumentando. Atualmente, graças
a facilidade de contatar com o mundo via Internet,
há muita gente atendendo editores americanos
e europeus diretamente, sem intermediários...
pretende trilhar por esta senda?
Watson: No momento estou trabalhando numa Graphic
Novel infantil. Essa linha de trabalho tem todo um
sistema que exige mais tempo que as HQs que costumo
fazer. Desse lance, o Rafael cuida!
Eu só desenho bengala...
Rsss...
Graphic Novel Infantil - Projeto atual |
Tony 35- Bela parceria e como é bom saber que você já
está na ativa, grande Watson! Bem vindos – você,
o Rafa e o Moloch -, e muito sucesso!
Planos para o futuro?
Watson: O futuro é amanhã, eu vivo o momento.
Mas meu agente tem negociações fechadas em projetos
pro primeiro semestre de 2012. Fora isso, está em
andamento outro projeto com o caveman (Moloch) e
Rafael, que acredito, vai completar um
ciclo sobre um tal de Watson .
Wagner Moloch
Tony 36 – Tô sentindo firmeza nesses seus parceiros.
Vai fundo, Magrão... Grande bengala boy brother
Watson, bem vindo a nossa milenar confraria dos
Bengalas Boys Club.
Foi uma imensa honra poder
entrevistar alguém que sempre respeitei e admirei,
poder registrar aqui seus feitos, principalmente para
a nova geração. Poder saber mais sobre sua carreira,
sobre o que rolou nos bastidores e também por poder
anunciar ao mundo este seu retorno ao metiê.
Que Deus o abençoe nessa nova empreitada e que
você seja muito feliz e nos dê grandes alegrias
com suas criações. Hoje estamos com boa audiência
internacional e muitos têm conseguido até manter
bons contatos com editoras nacionais e até de outros
países graças a essas nossas entrevistas.
Tomará que ela abra muitas portas à você... digo,
à voces. Deixe aí seu e-mail, fone para contato,
endereço de site ou blog, etc.
Fique a vontade. A casa é sua...
Watson: Meu agente vai cuidar dessa parte! Rsss…
Contato: Rafaportela_@hotmail.com
rafaelportela31gmail.com
Contato: Rafaportela_@hotmail.com
rafaelportela31gmail.com
Blog:
www.watsonportelaoficial.blogspot.com
Facebook:
http://www.facebook.com/groups/137139029723781
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Tony 37 - Valeu, fera! Muito sucesso, Magrão!
Vi sua foto no blog e você não engordou uma grama, cara...
continua com aquela cinturinha de bailarino espanhol (Rsss...).
Precisa me recomendar essa academia, bengala friend (Rsss...).
Até mais! Um grande 2012, parceiro!
Vi sua foto no blog e você não engordou uma grama, cara...
continua com aquela cinturinha de bailarino espanhol (Rsss...).
Precisa me recomendar essa academia, bengala friend (Rsss...).
Até mais! Um grande 2012, parceiro!
Watson: “
Academia genética!” Rsrsrs... Foram perguntas
pertinentes, sem aquela mesmice e bem descontraída,
old bengala friend! Que Deus te abençoe também e nos
dê mais espaço nesse sistema sufocante!
A gente se vê nas esquinas da HQs, bengala Tony!
Que venha muitas realizações em 2012!
Fui! Bailarino espanhol?
Rssss? Faquir é melhor! Rssss...
Tony 38 - Com certeza, bengala faquir...
até nossa próxima
entrevista webleitores!
FUIIIIIIIIII!!!!
QUER MAIS? NÃO PERCA O SENSACIONAL
BATE PAPO DESCONTRAÍDO COM
MAURO,
Ex-desenhista e colaborador da revista UDIGRUDI,
roteirista e proprietário da Stratégia Propaganda,
no link abaixo...
pertinentes, sem aquela mesmice e bem descontraída,
old bengala friend! Que Deus te abençoe também e nos
dê mais espaço nesse sistema sufocante!
A gente se vê nas esquinas da HQs, bengala Tony!
Que venha muitas realizações em 2012!
Fui! Bailarino espanhol?
Rssss? Faquir é melhor! Rssss...
Tony 38 - Com certeza, bengala faquir...
até nossa próxima
entrevista webleitores!
FUIIIIIIIIII!!!!
QUER MAIS? NÃO PERCA O SENSACIONAL
BATE PAPO DESCONTRAÍDO COM
MAURO,
Ex-desenhista e colaborador da revista UDIGRUDI,
roteirista e proprietário da Stratégia Propaganda,
no link abaixo...
Copyright 2012\Tony
Fernandes\Estúdios Pégasus –
Uma Divisão de Arte e
Criação da Pégasus Pubicações Ltda
São Paulo – Brasil
Todos os Direitos
Reservados
Beleza de entrevista Bengala Tony. Que bom que Watson voltou, já era tempo!
ResponderExcluirEssa entrevista só confirmou o que eu pensava. Se não priorizarmos nossa família ao invés de priorizar nossos sonhos que não são os deles, poderemos estar "matando a unha" quem não tem nada a ver com o pato.
e isso é um preço alto demais. Os quadrinhos...infelizmente fica como hobby mesmo.Sem esperar uma margem de lucro satisfatória.
Parabéns mais uma vez Tony e Watson.
Paulo José
Opa! Olha aí! Temos mais um visitante ilustre!
ResponderExcluirDe fato, Watson falou com propriedade Paulão.
Sempre precisamos repensar nossas atitudes, pois na maioria das vezes agimos de forma egoísta sem se preocupar com aqueles q dependem de nós.
Toda ação deve ser seguida de uma boa reflexão.
E além do mais, sempre há tempo para voltar, após analisar os prós e contras, armar um novo jeito de encarar o mercado e expadir sua arte para outros setores mais rentáveis. Assim, fica fácil continuar a fazer nossa paixão: HQs, sem se autodestruir ou ferir aqueles que amamos. É óbvio q para se manter um estúdio (empresa) no ar é impossível fazer só HQs.
Vivo dizendo isso há séculos e o depoimento dele só veio reforçar minha antiga tese.
Grato, por sua visita e por seus comentários, grande
guerreiro! Apareça, sempre, pra um cafezinho.
O mano véio Watson é um bom papo e super descontraído, além de ter uma humildade incrível.
Mano amplexo, procê!
Sensacional entrevista, Tony. Mais uma que vai ficar para os anais da história dos quadrinhos brasileiros.
ResponderExcluirNão conheço nenhum adjetivo que possa retratar de força ideal o talento e a arte de Watson Portela.
Desde a primeira vez que vi seus desenhos nas páginas de uma revista da velha Vecchi, contatei que estava admirando a arte de um grande artista nacional. Não é possível fazer uma lista séria dos dez melhores desenhistas nacionais de todos os tempos, sem que nela esteja o nome de Watson Portela.
Foi com imenso prazer e alegria que li esta entrevista. Espero que seja um marco e o retorno do grande Watson a abrilhantar nossos quadrinhos.
Só falta agora ele ser imortalizado como um dos Bengala Boys, e nos dar o imenso prazer de ter seu convívio no Facebook.
Grande abraço
Alvarez
Bela entrevista! Watson de volta! Grande cara e grande artista! Parece vinho, com o tempo fica melhor! Valeu, Tony!
ResponderExcluirGrande, Alvaro! Que prazer te encontrar por aqui, nobre guerreiro. Sem dúvida a volta de Watson é mutio importante para o setor editorial brasileiro e pra todos nós. A volta dele é, sem dúvida, o grande acontecimento do ano. O cidadão amadureceu, feito uva, e está cada vez melhor.
ExcluirGrato, por sua visita, e pelo comentário!
Bom domingão.
Fala, glorioso bengala-Mor, que prazer em tê-lo por aqui, mais uma vez. Sem dúvida o bengala Watson é um artista fora de série e saberq ue ele está de volta ao mundo das HQs (graças ao agente Rafael) nos dá uma imensa alegria, Don ALvarez de La Mancha.
ResponderExcluirFoi um enorme previlégio poder entrevistá-lo, conhecê-lo melhor, saber que ele continua o mesmo cara humilde de
sempre e super talentoso. Todos nós, através do depoimento dele pudemos ficar conhecendo melhor, sua trajetória e atésuas histórias e experiências traumatizantes do passado. Agora, ele volta com maior determinação e um grande agente, o filho Rafa.
Qto a ele ser imortalizado como um dos Bengalas Boys, não tenho dúvidas, trata-se de um lígitimo bengla brother da confraria. Mas, no q se refere a participar do Facebook, só o Rafa pode nos dizer (Rsss...). O homem é avêsso a tecnologia, como deu para perceber.
Grande material essa entrevista, Tony! Parabéns a você e ao Watson. Realmente um grande Mestre do quadrinho nacional. Os detalhes de bastidores enriqueceram muito o texto.
ResponderExcluirAbraço,
Grato, por sua visita e por seus comentários, Gilberto!
ResponderExcluirO Magrão, além de ser genial, sempre foi um bom papo e abriu o coração com a gente.
Grande amplexo, pra vc!
Obrigado pela excelente entrevista com grande Watson que inspirou uma grande geração de novos quadrinhistas fiquei emocionado com a sinceridade das resposta nos anos 80 sonhava com um mercado de HQ Nacional e lutava por isso publicando em Fanzines e incentivando seus editores e comprava tudo que encontrasse nas Bancas com algum material Nacional um dia também surtei porque muita vezes não conseguia nem comprar os fanzines em que minhas tirinhas eram publicados por falta de grana então pirei e parei fiquei uns 20 anos sem desenhar nada nem para trabalho escolar das crianças agora estou voltando hoje com uma nova cabeça desenhando mais por curtição um abração e te aguardo lá no Baú qualquer hora dessa!
ResponderExcluirSim, Veloso, Watson inspirou muita gente! As respostas e a simplicidade do Magrão é singular, coisa de gente cosncicente e madura.
ResponderExcluirO q vc sofreu,com certeza, muita gente tb pasosu por isso.
Ou seja, priorizou a família, se afastou das HQs e criou uma mini estrutura básica familiar. Aposto q isso tb ampliou seus horizontes em relação ao mercado.
Saber que, hoje, vc tb esta´retornando aos quadinhos é uma boa nova, cowboy.
Seja bem vindo, grato por seus comentários, sua visita e muityo sucesso!
Amigo Watson Vc não me conhece mas eu te admiro muito e há muito tempo, sou ex quadrinista também parei por um tempo e muitas coisas que Vc disse aí em cima bateram comigo.
ResponderExcluirConhecí um sujeito Judeu e voltei a fazer trabalhos de HQ para histórias judias, esse camarada se chama Michel.
Talvez ele te contacte para falar sobre futuros trabalhos, já que sem querer fiquei sabendo da sua volta e passei seu nome pra ele. Posso garantir que ele respeita muito a nossa profissão e é pontualíssimo no pagamento, boa sorte e um grande abraço!
excelente entrevista Tony, que bom que watson deu sinais de vida, nós amantes das HQ precisamos dele.
ResponderExcluirMais visitantes ilustres e admiradores do grande mestre Watson, assim como eu. Vamos lá... Sakanus, mandei esta sua mensagem diretamente para o Rafael, filho e empresário do Watson. Na certa, eles ficaram felizes. Grato, por sua visita e seu comentário.
ResponderExcluirMonsieur e querido bengala boy friend Moreira, agora vivendo em Paris, que prazer revê-lo por aqui. Como vc mesmo disse, nos os amantes das HQs sonhávamos com isso: a volta do fera. E ele já está na ativa e recebendo convites. Só nos resta aguardar as novidades que virão por aí! Grande mano amplexo à vc, ao Sakanus 1 e a todos que nos visitaram. Au
revoir!
o que dizer dessa entrevista? minha infancia foi agraciada por este dois mestres... e adolescencia também...
ResponderExcluirGrande, Gaúcho Negro, o grande mestre está de volta e com certeza vamos vibrar com os novos trabalhos dele. Grato, por sua visita e por seu comentário.
ResponderExcluirApareça sempre!
Gde mano amplexo!
Veja o link. CAPITÃO BRASIL paper4web O primeiro e único! 1982 View Link. https://pt.gravatar.com/universox1 http://www.paper4web.com.br/MauriciodosSantos Olá! Eu sou Mauricio dos Santos, designer à procura de desenvolvedor / patrocinador dos Quadrinhos & Histórias. Globalização planetária Editora não pensa duas vezes sobre ter a colaboração de futuros associados para o bem comum quando se trata de quadrinhos fictício. Todos ganharam a longo prazo. Você vê que este livro em quadrinhos publicado amplamente. Enviar compras pedidos grandes editoras. O u Enviar por e-mail em dinheiro ou cheque nominal cruzado a MAURICIO camuflado DOS SANTOS, depósito bancário ou enviar uma cópia do depósito. HSBC Bank Brasil S. A Banco Múltiplo-AGÊNCIA: 0305CTOS.São José dos Campos / SP.CONTA :0305-01399-29_CLIENTE: MAURICIO DOS SANTOS. Rua: Brasílio Cursino, 90 Vilas São Benedito. São José dos Campos-SP. BRASIL 55 CEP: 12227-020 NO BRASIL 55 Celular (12 21 55) 88012483 e TEM POR Que +55-12-88012483 parágrafo chamadas de Fora do Brasil Dentro do Brasil TEM Que Ser 0-xx12-88012483-ARTE EM MS !. IMAGEM TEXTO e "um Diferença fAZ à Diferença" "Fazemos jornais e revistas etc Desde a sua opinião para avançar Ele passa informações antes de the.Google contato e-mail (ms & studio) imediatamente: msestudio@vivointernetdiscada.com.br ® e surgiu assim ... Capitão BRASIL Dions Estevão Corrêa, brasileiro, fez um projeto avançado para quem está na câmara do computador molecular, têm o poder de forçar campo expandido da prova molecular e bala voaram. sua dedicação à ciência fez a sua vida tomou uma direção diferente Hoje, com seu ideal patriótico, capitão -... Brasil não vai mudar o mundo o último dos Corrêas, eram amargas, mas ... não mudou muito a sua educação moral e seus ideais prevaleceu sem nunca desistir de mudar o mundo da melhor forma possível em CAPITÃO BRASIL:. uma reunião de duas terras lookalike X1 e Z dois heróis de ambos os terrenos idênticos.
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